ANO C


07 de Dezembro de 2015
Lc 5,17-26
Comentário do Evangelho
O tema central do evangelho de hoje é a fé. A fé dos que carregavam o paralítico impressiona Jesus. “Quem pode perdoar os pecados a não ser Deus?”, pensavam os escribas e os fariseus. Mais tarde, em razão disso e de outras afirmações de Jesus, os escribas e fariseus presentes vão acusá-lo de blasfemo. Jesus penetra os pensamentos dos escribas e dos fariseus, assim como Deus no Sl 139 conhece o mais profundo do coração do ser humano. No entanto, o passivo divino empregado – “teus pecados estão perdoados” – revela que o sujeito da ação de perdoar é Deus. É Deus quem perdoa e o mediador do perdão de Deus é Jesus. O perdão efetivo pode ser verificado pela cura: “levantando-se diante de todos, pegou a maca e foi para casa, glorificando a Deus”. O perdão, do qual Cristo é o mediador, liberta da enfermidade e solta a língua: no início do relato, nem uma palavra foi atribuída ao paralítico; no término do relato, no entanto, ele sai “glorificando a Deus”, pois reconhece na palavra de Jesus a ação de Deus.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Nós temos muitas dificuldades para vermos os verdadeiros valores que devem marcar a existência humana e, por isso, não damos importância a eles e até mesmo fechamos o nosso coração à ação divina, dificultando a sua realização. É o caso do Evangelho de hoje, no qual a importância maior é dada para a cura do corpo, sem levar em consideração a cura espiritual e o julgamento de que esta é impossível. Os tempos messiânicos são a expressão da verdadeira hierarquia de valores, na qual os perenes estão acima dos temporais.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
MANIFESTOU-SE O PODER DE DEUS
A religiosidade de Israel ansiava por manifestações espetaculares do poder de Deus na história humana. As antigas tradições referiam-se a grandiosos gestos salvíficos de Javé, em favor de seu povo. Os profetas, por sua vez, referiam-se às ações que o Messias realizaria, quando de seu advento. Todas elas formidáveis!
O ministério de Jesus consistiu numa contínua manifestação do poder divino, sem, contudo, se enquadrar nos esquemas tradicionais vigentes. Já por sua origem e condição social distanciava-se das esperanças de um Messias de estirpe sacerdotal ou régia. Seu despojamento e sua opção pela pobreza impediam que o identificassem com o esperado Messias glorioso e poderoso.
O modo como manifestava o poder divino tinha alguns traços característicos: visava sempre recuperar a dignidade humana, de tantas formas aviltada; estava a serviço da libertação do ser humano, de toda sorte de opressão; buscava reconciliá-lo com Deus, por meio do perdão dos pecados; protegia-o da rigidez das tradições religiosas. Consistia em possibilitar ao ser humano caminhar com os próprios pés, liberto de todas as amarras que o impedem de pôr-se à disposição de Deus e do próximo. É a libertação para o amor!
O episódio da cura do paralítico, colocado diante de Jesus através de um buraco aberto no teto da casa, é uma das muitas maravilhosas manifestações do poder de Deus.
Oração
Pai, teu poder divino manifestou-se, de modo admirável, no ministério de Jesus. Torna-me também beneficiário deste poder que me abre para o amor misericordioso.
FONTE: dom total

08 de Dezembro de 2015