domingo, 24 de novembro de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

LITURGIA DIÁRIA - 24/11/2019


Tema do dia

CRISTO, REI DO UNIVERSO: ELE É A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL

Todas as tribos de Israel foram encontrar-se com Davi em Hebron: «Já antes, quando Saul era nosso rei, o verdadeiro comandante era você. Você será o chefe de Israel.» Davi fez um pacto com eles e eles ungiram Davi como rei de Israel. (2Sm 5,1-3)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

34º Domingo - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo Do Tempo Comum
Cor: Branco


Primeira Leitura (2Sm 5,1-3)
Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo - 24/11/2019

Leitura do Segundo Livro de Samuel:

Naqueles dias, 1todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempo atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: ‘Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe’”.
3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 121)
Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo - 24/11/2019

— Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!
— Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!

— Que alegria, quando ouvi que me disseram:/ “Vamos à casa do Senhor!”/ E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
— Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor./ Para louvar, segundo a lei de Israel,/ o nome do Senhor./ A sede da justiça lá está/ e o trono de Davi.


Segunda Leitura (Cl 1,12-20)
Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo - 24/11/2019

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Com alegria dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. 13Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, 14por quem temos a redenção, o perdão dos pecados. 15Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do Corpo, isto é, da Igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 23,35-43)
Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo - Domingo - 24/11/2019


Hoje estarás comigo no Paraíso

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 35os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
38Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”.
39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
40Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. 42E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. 43Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/11/2019

ANC


Lc 20,27-40

Comentário do Evangelho

Os ressuscitados não podem mais morrer.

Os saduceus não são propriamente um grupo religioso, mas uma espécie de aristocracia ligada ao Templo de Jerusalém. Eles não acreditam na ressurreição dos mortos (cf. v. 27; At 23,8), ao contrário dos fariseus. Considerando o modo como eles apresentam o caso, a ressurreição na concepção deles é uma espécie de prolongamento ou repetição da vida presente. O caso apresentado por eles é absurdo e, provavelmente, tem o intuito de ridicularizar a fé na ressurreição (vv. 19-23). Para isso, recorrem à lei do levirato (= cunhado): “Se dois irmãos viverem juntos e um deles morrer sem filhos, a viúva não sairá de casa para casar-se com um estrangeiro; seu cunhado se casará com ela e cumprirá com ela os deveres legais de cunhado; o primogênito que nascer continuará o nome do irmão morto, e assim não se apagará o nome dele em Israel” (Dt 25,5-6). Na resposta Jesus revela a ignorância deles: interpretam mal a Escritura e desconhecem o poder de Deus, supondo que a morte anulasse o poder de Deus. Eles pensavam, como dissemos, que a ressurreição fosse continuidade da vida terrena. É preciso se abrir à novidade de Deus e nele esperar: “os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam; e já não poderão morrer” (vv. 35-36). Ora, sem a relação ao Deus dos vivos, a própria Escritura é letra morta. Jesus faz remontar a crença na ressurreição a Moisés: “Que os mortos ressuscitam, também foi mostrado por Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama o Senhor de “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó’” (v. 37).
 A ressurreição não pode ser pensada como pura e simples continuidade de nossa vida terrestre. Há uma ruptura com nossa vida neste mundo: “Neste mundo, homens e mulheres se casam”, mas no mundo futuro e na ressurreição não se casam (v. 34.35). Os ressuscitados têm um ponto em comum com os anjos: eles não podem mais morrer; logo, não necessitam mais de descendência. Deus é o Deus dos vivos (cf. v. 38): “Ninguém de nós vive e ninguém de nós morre para si mesmo, porque se vivemos é para o Senhor que vivemos, e se morremos é para o Senhor que morremos” (Rm 14,7-8).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Fonte: Paulinas em 23/11/2013

Vivendo a Palavra

Sigamos o Mestre, fazendo o bem a todos nesta vida, conscientes de que a missão de Jesus não terminava com a morte. Ela ia além. O que Ele anunciava não era Reino de mortos. Assim como Javé era Deus de Abraão, Isaac e Jacó, vivos, também é o nosso Deus, nesta terra e no tempo da nossa ressurreição.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre, viveu fazendo o bem a todos nesta vida, consciente de que a sua missão não termina com a morte. Ela vai além: a última palavra será Ressurreição. O que Ele anuncia não é um Reino de mortos. Assim como o Pai era Deus de Abraão, Isaac e Jacó, vivos, também Ele é o nosso Deus, não apenas nesta terra e tempo, mas na Vida Eterna.

Reflexão

Como todos nós vivemos num mundo marcado pelo materialismo, cada vez mais somos tentados a fazer da matéria a causa da nossa felicidade e nos fecharmos nessa realidade para analisar todas as coisas e, com isso, não somos capazes de ver outros caminhos para a felicidade ou até mesmo outras condições de vida que Deus pode nos conceder para o nosso bem, como é o caso da vida eterna. O erro que os saduceus cometeram e que aparece no evangelho de hoje é esse: se tornaram tão materialistas que ficaram incapazes de abrir o próprio coração para a proposta da vida plena que nos é feita pelo próprio Deus.
Fonte: CNBB em 23/11/2013

Reflexão

Os saduceus são os porta-vozes das grandes famílias ricas que desfrutam dos generosos donativos de peregrinos e da renda de sacrifícios oferecidos no Templo. Não lhes interessa que se fale de uma retribuição na outra vida, pois já têm a garantia desta vida presente. Pretendem fazer Jesus cair na armadilha: De quem será esposa a mulher que teve sete casamentos e sete maridos? De nenhum, é a resposta de Jesus, corrigindo o raciocínio dos saduceus. Na vida futura, não haverá morte nem necessidade de criar família. As relações humanas se dão em nível diferente, próprio dos anjos. Quanto à ressurreição dos mortos, é certo que há, pois Deus é Deus de vivos e não de mortos. A própria Escritura o comprova ao mencionar o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Eu também corro o risco de me apegar a um materialismo exagerado? Em que deposito minha felicidade? - Sei reconhecer os grandes dons de Deus? - Preocupo-me com a vida eterna? - Em que consistem minhas preocupações? - O que posso fazer em meu ambiente de vida para combater o materialismo exagerado? - Os adversários de Jesus, que negavam a ressurreição dos mortos, o provocaram e Jesus passou-lhes seu recado: as coisas de Deus estão acima do modo de pensar terreno. O sentido de toda a criação é viver para Deus e a vida em Deus não tem fim. As instituições terrenas não continuarão no céu, que é o mundo da justiça plena.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 23/11/2013

Meditando o evangelho

O SENHOR DOS VIVOS

O tema da ressurreição opunha os fariseus aos saduceus. Os primeiros afirmavam que haveria a ressurreição, enquanto que os outros a negavam. Quando os saduceus interrogaram Jesus a respeito desta questão, tinham em mente colocá-lo em apuros, além de ridicularizar o partido rival. Por isso, bolaram uma situação grotesca, partindo da Lei do levirato que obrigava o irmão desposar a cunhada viúva, caso não tivesse gerado filhos com seu marido.
Jesus não caiu na armadilha dos saduceus. O fato aludido comportava duas sérias lacunas. A primeira consistia em imaginar que a vida eterna seria uma continuação pura e simples da vida terrena, de forma que, na ressurreição, persistiriam as encrencas da vida presente. A vida eterna, na verdade, consiste na participação da vida divina, longe da ameaça da morte.
Aí, os esquemas terrenos não têm validade. O segundo pressuposto falso consistia em considerar Deus como Senhor dos mortos e não como Senhor dos vivos. Na verdade, para ele, todos estão vivos, até mesmo os patriarcas do povo. Ele se mantém em comunhão com os justos, mesmo além da morte, quando são estabelecidos relacionamentos duradouros, numa explosão de vida, sem a menor influência da morte. Por conseguinte, a ressurreição deve ser pensada a partir do amor misericordioso de Deus, que partilha vida abundante com a humanidade, e não a partir dos esquemas mesquinhos do pecado e da morte.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, ilumina minha mente e meu coração, para que eu possa compreender a ressurreição como manifestação do amor misericordioso do Pai pela humanidade.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Lá vem os Saduceus com suas historinhas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem é que já não teve a tentação de imaginar o céu como uma continuidade dessa vida? Os Fariseus vêm até Jesus com uma Histórinha maluca e até cômica. Eram sete irmãos e um deles tomou uma certa mulher como esposa, entretanto ele morreu. Como era costume e com base na Lei de Moisés, um dos irmãos a tomou como esposa, mas um dia esse também  “Bateu a Cacholeta”.
Imediatamente um outro irmão dos cinco restantes, desposou a tal viúva que deveria ser “Fogo”... O terceiro também não aguentou o “tranco” e veio a falecer. Bom, os sete irmãos, cada um a seu tempo, desposou essa mulher e daí vem a perguntinha inoportuna e sem cabimento: Na Vida Eterna ela será esposa de qual deles?
Seria um despropósito imaginarmos que vamos levar conosco para a Vida Eterna nossos probleminhas de relacionamento desta vida. Primeiro, que se não resolvemos aqui nossos problemas existenciais ou de relacionamento, não vai ser lá que vamos resolver.
A Vida Plena de comunhão com Deus comporta uma continuidade mas também uma descontinuidade: seremos nós mesmos, mas de um outro jeito! Nesta vida terrena as nossas relações, ao mesmo tempo em que nos aguça para o amor, também denuncia a nossa incapacidade de um amor total como o de Jesus, entretanto, ao atingirmos a plenitude do céu não haverá mais limites ou qualquer impossibilidade nesse sentido, porque estaremos em Deus e com Deus, que é a Plenitude da plenitude.
O Céu é uma comunidade. Estaremos em comunhão com as pessoas mas o elo dessa comunhão não será mais o nosso empenho e esforço, as relações serão perfeitas porque Deus mesmo será o nosso elo de comunhão, em Deus seremos Tudo em Todos.
Então para que servem as nossas relações neste mundo, principalmente a vida conjugal apresentada neste evangelho? Exatamente para exercitarmos a vivência desta comunhão que jamais deve buscar a si, mas ao outro, fazer o outro feliz, ao passo que o outro, deverá ter tomado a decisão de ser sempre feliz, independente se o outro irá fazê-lo feliz ou não, pois no céu, para ser feliz não dependeremos mais uns dos outros, mas apenas de Deus e por isso, essa esperada e sonhada felicidade, já está de certo modo garantida em Jesus Cristo.
Os Saduceus só conseguem imaginar o céu dentro de categorias humanas, se fosse assim, o céu de Deus não seria um lugar tão bonito e perfeito!

2. Ele é Deus! - Lc 20,27-40
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Nos últimos dias do ministério de Jesus, em previsão de sua morte, Lucas introduz o tema da ressurreição numa discussão com os saduceus, que não aceitavam a ressurreição dos mortos. Os fariseus, sim, aceitavam. Os saduceus argumentavam contra a ressurreição como se a vida no mundo futuro fosse repetição desta vida. Jesus ensina que ela é continuação numa novidade de vida. Continuação, porque seremos nós mesmos. Novidade, porque seremos iguais aos anjos. Neste mundo, os homens e as mulheres se casam. No mundo futuro, não! Serão como anjos, porque já ressuscitaram.

HOMILIA

A PERGUNTA SOBRE A RESSURREIÇÃO

A propósito de uma pergunta capciosa dos seus adversários que negavam a ressurreição dos mortos, Jesus procura fazer-lhes compreender que, no mundo novo da ressurreição, as coisas estão fora e acima do nosso modo de pensar terreno. A ressurreição dos mortos pertence já a esse “mundo que há de vir” para além da morte, em que Deus vive como Deus de vivos, como Ele Se tinha revelado no episódio da sarça ardente, ao apresentar-Se a Moisés como Deus dos que tinham vivido antes, mas que para Ele são sempre vivos, Ele “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob”.
Os saduceus, grandes proprietários de terras, formavam a elite dos sacerdotes(20,27-40). Não acreditavam na ressurreição, e propõem a Jesus um caso difícil, para mostrar que é absurdo crer na ressurreição. Jesus retifica a questão, mostrando que a vida da ressurreição não deve ser concebida como mera cópia da vida na dimensão presente. E os mortos ressuscitam? Referindo-se à célebre forma “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó”, Jesus mostra que, sendo Deus dos vivos e da Vida, também Abraão, Isaac e Jacó devem estar vivos com ele. Com efeito, o sentido de toda a criação é viver para Deus, e essa vida não conhece fim. Ruma para a plenitude, sempre. O que está com Deus está vivo para gozar a vida em abundância.
Os saduceus queriam embaraçar Jesus fazendo perguntas a partir da prática do levirato (Dt 25.5-6). No livro do Deuteronômio está ordenado que, no caso de um irmão falecer sem descendência, é a obrigação de um irmão casar com a viúva para dar o nome à família. Se, nessa prática, uma viúva casar sucessivamente, de quem será a mulher na ressurreição? Jesus afirma a ressurreição (vv. 35-37), e mostra aos saduceus que as instituições pertencentes a esta ordem das coisas não continuarão pós-ressurreição. Em outras palavras, as instituições terrenas não continuarão no céu, que é o mundo da justiça plena. O mundo onde está presente o Reino de Deus. Todas as instituições e poderes são transitórios e provisórios, ainda.
A continuidade entre o agora e o então está em Deus e na sua graça. E Jesus faz excursão mais profunda no Pentateuco, lembrando-os do que Moisés disse a respeito de Deus como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. A ressurreição é contrastada, por isso, pela imposição da morte; pelos determinismos e fatalismos da cultura, da religião, da política corrompida, nos sistemas de pensar. A ressurreição é a dádiva da vida e vem de Deus. Assim, à luz da ressurreição, a vida é vista e vivida sob o poder da graça. Em Lucas a ênfase recai na expressão: “não podem mais morrer” com referência aos filhos da ressurreição.
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia :Diária em 23/11/2013

Liturgia comentada

Eles estão vivos! (Lc 20, 27-40)
Sim, nossos mortos estão vivos. Não “dormem”, em animação suspensa, como os ricaços norte-americanos que, tomados por um câncer incurável, mandaram congelar seu corpo em nitrogênio líquido, à espera da evolução da ciência médica... Com a morte, nossa alma se separa do corpo. Este, lançado à terra, com o respeito e a veneração devidos àquele que foi por tantos anos o “templo do Espírito Santo” (cf. 1Cor 6, 19), logo se desfará em seus elementos químicos originais.
Mas é imortal a nossa alma espiritual. Vive para sempre, à espera do novo corpo que lhe será dado na ressurreição da carne, conforme professamos ao rezar o “Símbolo dos Apóstolos”.
- Vive onde? – alguém perguntaria. Ora, Vive em Deus! Os ramos da videira não são podados pela morte. Os membros do Corpo de Cristo, depois de uma vida em comunhão com Cristo-Cabeça, irrigados pela mesma circulação da Graça, não são amputados pela morte. Esta comunhão (sýssomos, um só corpo com Cristo, sýnaimos, um só sangue com Cristo – na expressão de São Cirilo de Alexandria!) permanece e se projeta além de nossa morte.
De outra forma, como poderíamos entender a disposição de S. Teresinha do Menino Jesus de “passar o céu trabalhando na terra”, se a Pequena Teresa estivesse anestesiada, à espera da Segunda Vinda?! Não estivessem vivos os nossos mortos, como poderiam cumprir a “permanência do amor” lá no céu, mesmo quando já não exista espaço para a fé e a esperança, como ensina São Paulo (cf. 1Cor 13, 8).
Desde o início, quando celebrava a Eucaristia sobre o túmulo do fiel martirizado na véspera, a Igreja sempre soube que nossos mortos celebravam conosco, junto aos coros dos anjos, reunidos em volta do altar. Esta “memória” mística se manifesta nas expressões rituais típicas de cada Oração Eucarística: o “memento” (do verbo meminiscere = lembrar) dos mortos, paralelamente ao “memento” dos vivos. O sacrifício de Cristo-Cabeça é inseparável do sacrifício de seus membros, que o celebram e atualizam por Cristo, com Cristo, em Cristo.
Assim, é em Cristo que nossos mortos vivem, após uma vida em comunhão com Ele. Enfim, não fora outra a promessa de Jesus em seu discurso eucarística (Jo 6, 51): “Eu sou o pão vive que desce do céu. Quem comer deste pão viverá para a eternidade.”
Orai sem cessar: “O Senhor resgata a vida de seus servos!” (Sl 34 [33], 23)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 23/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Não podemos perder aquilo que Deus preparou para quem O ama

Não podemos ficar de fora dessa festa, não podemos perder aquilo que Deus preparou para quem O ama. Que, pela nossa vida, nós possamos participar da vida futura.

“Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram” (Lc 20,34-36).

Meus queridos irmãos e irmãs, vivemos a alegria de celebrar o amor misericordioso de Deus para conosco. Este mês de novembro, lembremo-nos da saudade dos nossos que já partiram e também de que é este o futuro que aguarda todos nós: a vida junto do Senhor na eternidade.
Deus não quer que fiquemos na ignorância a respeito da nossa vida futura. Na outra vida, não teremos almas que ficarão na penumbra nem almas penadas ou qualquer coisa parecida que venha da nossa fantasia. O nosso Deus é o Deus da vida, e aqueles que morrem n’Ele vivem eternamente na Sua presença. Mas qual é a condição daqueles que vivem na presença do Senhor, que participam da eternidade junto d’Ele para sempre? É serem semelhantes aos anjos, terem uma vida plena.
Alguém me perguntou esses dias: “Padre, lá na outra vida, eu vou me lembrar de quem eu sou e vou me lembrar de quem eram as outras pessoas? Claro que sim! Quem vai para o Céu somos nós, a nossa pessoa, a nossa personalidade. Algumas pessoas, por doenças degenerativas ou outros problemas emocionais, perdem a consciência, a memória aqui na Terra, mas não no Céu!
No Céu, nós seremos plenos, e plenitude significa superação de toda imperfeição. Quem morre criança assume sua plenitude no Céu. Quem morre adulto, debilitado, já com idade avançada, no Céu é plenificado.
Óbvio que não podemos pensar em coisas futuras com cálculos humanos, com a mentalidade humana. O que Deus preparou para nós é inexplicável, de tão bondoso e maravilhoso que é o que Ele preparou para aqueles que O amam na vida futura. A verdade é uma só: ‘Nós ressuscitaremos com o Senhor e seremos semelhantes a Ele’.
Nosso corpo pode ser todo dilacerado, mas, na ressurreição, teremos um corpo glorioso. Tudo aquilo que lembra a imperfeição e o limite humano, na eternidade, junto de Deus, experimentará a plenitude.
Quero apenas lembrar a você que não podemos ficar de fora dessa festa, não podemos perder aquilo que Deus preparou para quem O ama. Que, pela nossa vida, nós possamos participar da vida futura. Que nós nos esforcemos, aqui na Terra, sem nos esquecermos de buscar as coisas do Alto, mas é de lá que Ele nos espera para a morada eterna.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/11/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a luz do Espírito para acolhermos com alegria e simplicidade o mistério da ressurreição. Que a nossa gratidão pelos sinais do teu Reino de Amor, que já vivemos nesta terra, seja completada pela esperança do seu pleno gozo, quando ressuscitarmos para o teu abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2013

ORAÇÃO FINAL

Pai Santo, dá-nos a luz do Espírito para acolher com alegria e simplicidade o Mistério da Ressurreição. Que a nossa gratidão pelos sinais do teu Reino de Amor, que já vivemos nesta terra, seja completada pela esperança do seu pleno gozo, quando ressuscitarmos para receber o teu abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.