sábado, 20 de fevereiro de 2016

LITURGIA DOMINICAL - O Domingo – Crianças - 21 de fevereiro: 2º Domingo da Quaresma

21 de fevereiro: 2º Domingo da Quaresma

Escutar Jesus, o Filho amado de Deus

A liturgia nos convida a estar com Jesus, ouvi-lo e acolhê-lo como o Filho amado que Deus enviou ao mundo para fazer uma aliança de amor com a humanidade. Queremos aprender com ele a viver em fraternidade e irradiar a sua luz no mundo em que vivemos.


Compromisso da semana

Proponho-me reservar um tempo para fazer minha oração pessoal. Agradecer a Jesus o dom da vida, da minha família e dos amigos.

http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo-criancas/21-de-fevereiro-2o-domingo-da-quaresma#.VslUIvkrK1t

LEITURA ORANTE DO DIA 21/02/2016



LEITURA ORANTE

Lc 9,28b-36 - O Mestre se transfigura


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Este momento é muito especial no meu dia.
Faço silêncio no meu coração e peço luz ao Espírito.
Rezo com o Bem-aventurado Alberione:
Mestre,
Tu que iluminas todo homem e és a própria verdade:
eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
nem julgar senão conforme os teus julgamentos,
verdade substancial, dada a mim pelo Pai:
“Vive na minha
mente, ó Jesus Verdade”.

1.Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente a narrativa da Transfiguração em Lc 9,28b-36
Jesus levou Pedro, João e Tiago e subiu o monte para orar. Enquanto orava, o seu rosto mudou de aparência, e a sua roupa ficou muito branca e brilhante. De repente, dois homens apareceram ali e começaram a falar com ele. Eram Moisés e Elias, que estavam cercados por um brilho celestial. Eles falavam com Jesus a respeito da morte que, de acordo com a vontade de Deus, ele ia sofrer em Jerusalém. Pedro e os seus companheiros estavam dormindo profundamente, mas acordaram e viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. Quando esses dois homens estavam se afastando de Jesus, Pedro disse:
- Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Pedro não sabia o que estava dizendo. Ele ainda estava falando, quando apareceu uma nuvem e os cobriu. Os discípulos ficaram com medo quando a nuvem desceu sobre eles. E da nuvem veio uma voz, que disse:
- Este é o meu Filho, o meu escolhido. Escutem o que ele diz!
Quando a voz parou, eles viram que Jesus estava sozinho. Os discípulos ficaram calados e naquela ocasião não disseram nada a ninguém sobre o que tinham visto.
Refletindo
A transfiguração é manifestação da glória da Ressurreição. Observo neste trecho do Evangelho a revelação do Filho nas palavras do Pai: “Este é o meu Filho, o meu escolhido. Escutem o que ele diz!”. Observo alguns símbolos:
. “Monte” – o monte indica o lugar de encontro com Deus
. “Roupa brilhante”, (“luz”) ¬. Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará. Quanto mais Palavra de Deus tiver em mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida.
. “Tendas” ou “barracas”- lugares de repouso e de oração.
. “Nuvem e sombra” simbolizam a presença de Deus.
Jesus se revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devo escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.

2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para mim?
A fé e o amor me levam a ver de forma diferente as pessoas, imagem de Deus. Preciso me aproximar mais e escutar a Palavra. Esta é condição para aprender do Mestre, para converter-me e viver como filho de Deus, transformar minha vida e ser discípulo/a e missionário/a do Mestre Jesus Cristo.
Meditando
Como nos lembram os bispos, em Aparecida: “Não temos outra felicidade nem outra prioridade que não seja sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante todas as dificuldades e resistências. Este é o melhor serviço – seu serviço! – que a Igreja tem que oferecer às pessoas e nações” (DAp 14).

3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda a Igreja na América Latina, contemplando o Senhor Ressuscitado:
"Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda sorte de bênçãos na pessoa de Cristo (cf. Ef 1,3). O Deus da Aliança, rico em misericórdia, nos amou primeiro; imerecidamente amou a cada um de nós; por isso o bendizemos, animados pelo Espírito Santo, Espírito vivificador, alma e vida da Igreja. Ele, que foi derramado em nossos corações, geme e intercede por nós e, com seus dons nos fortalece em nosso caminho de discípulos e missionários.
Bendizemos a Deus com ânimo agradecido, porque nos chamou para sermos instrumentos de seu reino de amor e de vida, de justiça e de paz, pelo qual tantos se sacrificaram. Ele mesmo nos encomendou a obra de suas mãos para que cuidemos dela e a coloquemos a serviço de todos. Agradecemos a Deus por nos fazer seus colaboradores para que sejamos solidários com sua criação pela qual somos responsáveis. Bendizemos a Deus que nos deu a natureza criada que é seu primeiro livro para possamos conhecer a Ele e viver nela como em nossa casa."(DAp 24-25).

4.Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Levo comigo a luz de Jesus transfigurado. Quanto mais esta luz levar em meus olhos, minhas mãos, minhas palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivo.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

Leitura Orante
2º  domingo da quaresma, 21 de fevereiro de 2016


“SOMOS SERES TRANSFIGURADOS..., E NÃO SABÍAMOS”

“Enquanto orava, o aspecto do seu rosto mudou, e suas vestes tornaram-se de um branco deslumbrante.” (Lc 9,29)

Texto Bíblico: Lc 9,28-36

1 – O que diz o texto?
O relato da Transfiguração não é crônica de um fato histórico; é, muito mais.
A transfiguração não foi um fato isolado na vida do Mestre de Nazaré, mas o ‘estado habitual de seu ser’. Foi durante sua oração, no monte, que Jesus deixou transparecer sua identidade mais profunda e escondida; algo que os seus discípulos não podiam captar no ritmo da vida cotidiana.
Por isso, uma pessoa transfigurada é uma pessoa profundamente humana. Tudo o que é autenticamente humano é transparência de Deus. Em outras palavras, a vivência do humano nos diviniza.
Somos todos “pessoas transfiguradas”..., mas desconhecemos essa realidade surpreendente.
Jesus continua se “transfigurando” na montanha interior de cada um de nós.
Podemos expressar numa frase o significado do relato: “Jesus é transparência do divino”.
Por isso, podemos dizer também que Ele é um homem transfigurado. Jesus viveu constantemente transfigurado.
Os discípulos perceberam em Jesus, uma transparência que os impactou profundamente...

2 – O que o texto diz para mim?
A Transfiguração está me dizendo quem era realmente Jesus e quem eu sou realmente. Ela me revela também a minha identidade e me faz caminhar em direção à minha própria humanidade.
Na Transfiguração, Jesus me faz descobrir meu verdadeiro ser, que vejo refletido n’Ele.
N’Ele, encontro “indicações” que me conduz a essa descoberta: a vivência do amor, da compaixão, da confiança, do silêncio, da coragem, da experiência de Deus...
A transfiguração não é condição de um “iluminado”, mas a realidade de toda pessoa que é capaz de “sair de seu próprio amor, querer e interesse” (S. Inácio).
Transfigurar é descentrar-se e expandir-se na direção do outro.
Transfigurar é ativar todas as possibilidades de vida para que ela se torne oblativa.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?
A  bondade, compaixão, autenticidade, integridade, coerência, liberdade, seu projeto de vida e relação com o Pai... fazia de Jesus um “homem transfigurado”.
Ou seja, o que há de divino em Jesus está em sua humanidade. Só no humano transparece Deus.
Jesus me dá a medida do humano: ser pessoa compassiva e comprometida com os demais. É precisamente na condição humana de Jesus onde posso conhecer quem é Deus e como é Deus.
Mais ainda, é na entranhável humanidade de Jesus onde compreendo a profunda e desconcertante humanidade de Deus.
Sua humanidade e sua divindade se expressavam cada vez que Ele se aproximava das pessoas, especialmente as mais excluídas e sofredoras, ajudando-as a reconstruir a própria humanidade ferida.
Sua humanidade levada à plenitude é Palavra definitiva. Por isso, é preciso “escutá-Lo”.
Escutar o “Filho amado” é transformar-se n’Ele e levar uma vida comprometida, semelhante à d’Ele, ou seja, mergulhada no “modo” como Ele humanamente viveu.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?
Senhor, tal experiência também me confere um “olhar contemplativo” que me faz descobrir que toda realidade já está “transfigurada”.
Seguramente reacenderá em mim a capacidade de admiração, de assombro e de contemplação, para ver as pessoas e “todas as coisas criadas” para além do meramente superficial.
A Transfiguração possibilita cultivar um “olhar” que sabe ver em profundidade, descobrindo em cada ser humano, para além de suas aparências, um ser transfigurado, porque sou capaz de vê-lo em sua beleza e bondade originais; um olhar que sabe deixar-se impactar por tudo aquilo que me cerca e é capaz de render-se diante do Mistério.

5 – O que a Palavra me leva a viver?
Com certeza “subir” ao Tabor implica “descer” em direção à minha própria humanidade. A Montanha me “transfigura” , revelando meu ser essencial. Muitas vezes estou disposta a “subir”, mas me custa muito “descer”.
Descobrir a voz de Deus no grito desesperado de cada um dos seres humanos que encontro no caminhar.
“Humanizar!”  Esta é a voz d’Aquele que viveu permanentemente “transfigurado-humanizado”.
Transfigurar minhas relações humanas: passar de relacionamentos interesseiros a relações afetuosas e amáveis.
Transfigurar o tempo e o espaço.
Transfigurar a política, transformando o poder e a gestão da coisa pública em serviço ao bem comum.
Transfigurar a natureza na comunhão do ser humano com o universo.
A Transfiguração do ser humano acontece no coração de cada um que crê. É Deus que nos transfigura, “mudando nosso coração de pedra em coração de carne” (Ez 36,26).
A espiritualidade cristã me possibilita fazer a síntese entre o novo e o antigo, entre a interioridade e exterioridade, enfim, síntese entre a Transfiguração do Tabor e o cotidiano da vida comprometida com os desafios do vale. Sínteses profundas que me educa para a “liberdade dos filhos de Deus” (Rom 8,21)

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas:  Lc 9,28-36
Pe. Adroaldo, sj – reflexão do Evangelho
Desenho: Osmar Koxne

Fonte: Pe. Adroaldo, sj
Postado por: admin_radio
http://www.paulinas.org.br/radio/pt-br/?system=news&id=12449&action=read

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA DE 21/02/2016

ANO C



Lc 9, 28b-35

Comentário do Evangelho - Paulinas

Domingo da Transfiguração. Do deserto da tentação Jesus sobe à montanha da transfiguração, não na ordem do tempo, mas na ordem da liturgia quaresmal. Quem viu Jesus enfraquecido e provocado no deserto precisa vê-lo transfigurado na montanha. Ele subiu para rezar, escreve São Lucas, e enquanto rezava o aspecto do seu rosto se alterou e suas roupas começaram a brilhar.
Quem o vê se lembra de que Moisés subiu ao monte Sinai atravessando a nuvem que o cobria e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites, o tempo da nossa Quaresma. A glória do Senhor pousara sobre o monte e seu aspecto era como o de um fogo consumidor. A nuvem cobriu o monte durante seis dias, e no sétimo, o Senhor chamou Moisés do meio da nuvem. Quem o vê lembra-se também de Elias, o profeta, que, alimentado pelo anjo, caminhou quarenta dias e quarenta noites, o tempo da nossa Quaresma, pelo deserto até o monte de Deus, Horeb, que é o Sinai. Num murmúrio de uma brisa suave, Deus se revelou a Elias.
E agora os dois conversam com Jesus, representando a Lei e os Profetas, que convergem para a pessoa do Salvador. Os três conversam sobre os acontecimentos de Jerusalém para onde Jesus se encaminha. Em Jerusalém tudo se consumará e Jesus partirá deste mundo. Ao subir à montanha Jesus tinha levado consigo três dos seus apóstolos: Pedro, Tiago e João. Estes três, mais André, encabeçam todas as listas dos doze apóstolos. Aqui falta André, mas não falta Pedro, que receberá o primado, nem Tiago, o primeiro a dar a vida por Cristo, nem João, a quem a tradição identifica com o discípulo amado, o que vai cuidar da mãe de Jesus. Marcos e Mateus dirão que os mesmos três acompanharam Jesus em sua agonia do Getsêmani, enquanto Lucas fala apenas de discípulos, sem mencionar nomes. Os três estarão novamente juntos na visita à casa de Jairo, cuja filha tinha morrido. Jesus entra no quarto com Pedro, Tiago e João e os pais da menina.
Depois lhes pediu que não falassem nada sobre a transfiguração. Guardaram silêncio naqueles dias. Pedro testemunha em sua segunda carta que Jesus recebeu de Deus Pai honra e glória quando uma voz vinda do céu lhe disse: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo. Esta voz eles a ouviram quando lhe foi dirigida do céu, ao estarem com ele no monte santo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d8

Vivendo a Palavra

A tentação de Pedro era ficar ali, gozando o esplendor da manifestação divina de Jesus. Mas a missão os convidava a descer da montanha e voltar ao meio dos irmãos. Também nós somos tentados a nos alienar dos problemas da Comunidade e nos refugiarmos nas dobras dos mantos dourados das imagens dos nossos templos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

A SANTIDADE REVELADA

Os discípulos estavam longe de conhecer o Mestre, com quem partilhavam a vida e a missão. Nada de extraordinário havia em Jesus, que o distinguisse dos demais seres humanos. Com certeza, alguns traços de sua personalidade faziam dele uma pessoa especial. Contudo, nada que o fizesse impor-se às pessoas, obrigando-as a confessarem sua condição de Filho de Deus.
A transfiguração revelou aos três discípulos escolhidos o que, em Jesus, está além das aparências: sua santidade. Tudo, na cena, aponta para isto. Jesus transfigurou-se, enquanto estava em oração, em profunda intimidade com o Pai. Seu rosto assumiu uma nova fisionomia. A candura fulgurante de suas vestes, e tudo o mais, apontavam para a riqueza interior do Mestre. O ápice da experiência dá-se quando o Pai proclama-o com sendo seu Filho amado. Não resta lugar à dúvida: a humanidade de Jesus encobria sua santidade, que o colocava na esfera divina.
A proposta dos discípulos, encantados com o que viram, não convenceu a Jesus. Querer ficar no alto do monte, contemplando a glória do Mestre, não era um desejo viável. Era preciso descer a montanha e, com ele, caminhar até a cruz. Só então, para sempre, o fulgor de sua glória despontaria na ressurreição.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de revelação, como aos três discípulos, mostra-me a santidade de Jesus, com quem devo caminhar até a cruz.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-02-21

Recadinho


Quando Jesus lhe fala? - Onde você reza? - Em que circunstâncias prefere rezar? - Você oferece seus sofrimentos e cruzes a Deus? - Você considera o trabalho uma fonte de bênçãos? Faz seu trabalho com dedicação e amor?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/21/02/2016

REFLEXÕES DE HOJE


21 DE FEVEREIRO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Conversavam com ele… (Lc 9,28b-36)
Quando meditamos sobre a Transfiguração de Jesus na alta montanha que a Tradição identifica com o Monte Tabor, nosso olhar costuma se concentrar na luz, na brancura das vestes, no fulgor que cega. Não seria antes o caso de fechar os olhos e abrir os ouvidos? Não seria o excesso de luz exatamente um convite a trocar a visão pela audição?
Sim, a Transfiguração é um momento de conversas. Na horizontal, Jesus conversa com a Lei (Moisés) e com a Profecia (Elias). Diríamos que a Palavra conversa com a Palavra: Moisés recolhera nas tábuas de pedra a Palavra que o dedo de Deus – o Espírito Santo – gravara a fogo para o povo a caminho; Elias fizera ecoar em Israel a Palavra viva que denunciava a idolatria. E Jesus Cristo é aquele que encarna em definitivo a Lei e a Profecia.
Na vertical, acima do cume da montanha, estende-se a nuvem onde se oculta o Pai. E é da nuvem que sai a voz a identificar o Filho: “Este é meu Filho, o Eleito! Escutai-o!” Os dois eixos da comunicação traçam uma cruz sobre o Tabor. Não admira que falassem exatamente sobre a “saída desse mundo” que Jesus viveria em Jerusalém, pregado na cruz.
Nenhum de nós precisa galgar as ásperas encostas do Tabor. Não é aquela extrema luminosidade extraterrestre que deve prender nossa atenção. Importa, sim, ouvir a voz do Pai que nos diz o essencial: escutar Jesus!
Muita gente estaria disposta a subir montanhas para presenciar espetáculos pirotécnicos, a dança do sol e o remoinho das estrelas. Pouca gente se dispõe a fechar os olhos e acolher – nos ouvidos e no coração – a voz do Pai que nos orienta para o Filho.
Na hora sombria do Calvário, os relâmpagos são breves, a luz se esconde, todo brilho desvanece. Só ficarão ao pé da cruz aqueles que ouvem e praticam a palavra de Deus (cf. Mt 7,24).
Quando acordaram Pedro, Tiago e João, só viram a Jesus. E, de fato, não precisavam ver mais nada. Ninguém mais. Basta o Filho de Deus para preencher toda a paisagem e concentrar todos os nossos olhares. Mas de nada adiantaria ver a Jesus dia e noite e, afinal, fazer como Judas, que viu, mas não ouviu…
Parece que nosso tempo não é tempo de visões. A tela da TV concentra todos os olhares. No entanto, nada impede que nossos ouvidos se voltem para a fonte da revelação, onde o Filho nos chama para o Pai.
Orai sem cessar: “Ouvirei o que diz o Senhor Deus!” (Sl 85,9)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-21022016/



Oração Final
Pai Santo, mantém-nos encantados pelas maravilhas da fé, mas dá-nos, também, vontade irresistível de transmiti-las aos companheiros de viagem de retorno ao Lar Paterno, através de uma relação generosa e compassiva, especialmente com os pobres. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php