segunda-feira, 10 de outubro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 11/10/2022

ANO C


Lc 11,37-41

Comentário do Evangelho

A liberdade de Jesus

Em um contexto de advertências de Jesus aos chefes do judaísmo, Lucas narra este episódio durante uma refeição em casa de um fariseu. Lucas apresenta mais dois outros episódios em tal situação (Lc 7,36-50; 14,1-5), o que é uma exclusividade sua.
Com este texto Lucas inicia uma série de sete admoestações de Jesus contra os fariseus e os doutores da Lei. Elas também são encontradas no capítulo 25 do evangelho de Mateus, de maneira ainda mais contundente.
O convite do fariseu a Jesus parece estranho. Pode-se perceber que há uma intenção de incriminá-lo em alguma falta contra a Lei, o que se manifesta pela admiração do fariseu porque Jesus não faz as abluções rituais antes da refeição. A partir deste fato, Jesus afirma sua liberdade de ação com uma ampla crítica à prática religiosa daqueles fariseus e doutores da Lei, com suas observâncias legais e sua imposição ao povo submisso. A primeira crítica é feita sobre o preceito legal das abluções e purificação exterior. Aqueles líderes cumpridores de atos religiosos exteriores estavam com seu interior corrompido. A sentença final exprime que, se os fariseus abrissem mão da cobiça que tinham em seu interior, tudo ficaria puro para eles.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me torna incapaz de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 16/10/2012

Comentário do Evangelho

Esta é uma ocasião para Jesus ensinar a prática da misericórdia.

Jesus já havia sido convidado para uma refeição na casa de Simão, um fariseu (7,36). Há entre Jesus e os fariseus uma mescla de simpatia e resistência. Os fariseus, efetivamente, desejam viver fielmente sua religião e creem servir a Deus através de suas práticas, sobretudo, uma determinada prática da Lei. Mas a rigidez quase obsessiva os cega, liga-os de modo estreito à letra do texto; a Lei de Deus é para eles um conjunto de regras e preceitos. Esse modo de cumprir a Lei, que eles julgavam ser o correto, fazia com que se esquecessem do essencial da Lei: o amor a Deus e o amor fraterno. Um modo de interpretar a Lei os impedia, inclusive, de olhar para os outros com misericórdia e pôr em prática a palavra do Senhor: “É misericórdia que eu quero, e não sacrifícios” (Os 6,6).
A atitude de Jesus de não cumprir as regras de pureza prescrita para as refeições causa admiração no fariseu que o convidou (v. 38). É para Jesus uma ocasião de ensinar: a hipocrisia dos fariseus consiste na oposição entre exterior e interior. A esmola, como obra de caridade, é mais importante dos que as regras de pureza ritual (ver: Tb 4,8.11; Is 58,3ss; 1Pd 4,8).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 15/10/2013

Comentário do Evangelho

Crítica à hipocrisia que seduz e engana.

Não obstante as duras críticas que Jesus faz aos fariseus (Mt 23), havia entre ele e, ao menos, um certo grupo de fariseus, simpatia e apreço. Não é a primeira vez que Jesus é convidado para uma refeição na casa de um fariseu (7,36ss). Nessas ocasiões Jesus aproveita para ensinar. Os fariseus não são, apesar dos rótulos que lhes impõem, pessoas más; eles acreditam viver fielmente sua religião através do apego ao rigorismo da lei e das tradições de seus antepassados. No entanto, a rigidez obsessiva e escrupulosa os cega, inclusive para a finalidade última da Lei de Deus, que é a vida e a liberdade do ser humano. Esse modo de entender e cumprir a Lei os leva a excluir as pessoas, impedindo-os de olhar os outros com misericórdia (cf. Os 6,6). A atitude de Jesus de não lavar as mãos, como prescrito pelo preceito, antes das refeições causa admiração no fariseu que o convidou (v. 38). O fato de estar na casa do fariseu não inibe Jesus de criticar o desvio na compreensão e prática dos mandamentos da Lei de Deus. No evangelho de hoje, a crítica é à hipocrisia que seduz e engana e que, aqui, é entendida como oposição entre interior e exterior. O verdadeiro tesouro que deve ser partilhado é o bem que Deus mesmo colocou no coração do ser humano. A esmola, como dom de si mesma, é muito mais importante que as regras de pureza ritual (cf. Tb 4,8.11; Is 58,3ss; 1Pd 4,8).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 14/10/2014

Vivendo a Palavra

Para nós, que nos dizemos seguidores de Jesus, a religião é uma opção radical de vida e não um conjunto de regras para salvar as aparências. Vale o coração, o amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador dedicado a todos os irmãos de peregrinação.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2012

Vivendo a Palavra

Jesus ensina ao fariseu e a todos nós que a Lei a ser seguida é aquela escrita no coração e não as prescrições catalogadas pelos homens. A Lei é o Amor, vivido o tempo todo e naqueles lugares em que nos encontramos, de forma criativa, livre, generosa e humilde.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/10/2013

Vivendo a Palavra

Os textos sagrados de hoje nos ajudam a compreender que a liberdade de filhos do Pai Misericordioso que assumimos, nos livra de cumprir regras exteriores apenas para sermos vistos pelos homens; mas nos leva a assumir atitudes silenciosas de compaixão com os peregrinos que caminham conosco de volta à Casa Paterna.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/10/2016

VIVENDO A PALAVRA

Para nós, que nos dizemos seguidores de Jesus, religião é opção radical de vida e não um conjunto de regras impostas para salvar aparências. Vale o coração, o Amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador dedicado a todos os irmãos que seguem ao nosso lado em peregrinação por esta terra abençoada que nos cabe conservar, usufruir e partilhar.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos ensina o Caminho para a verdadeira pureza: olhos limpos, puros e brilhantes, ouvidos atentos ao clamor do irmão, coração generoso, mãos operosas e pés capazes de nos conduzir até onde está o mais necessitado, o desprezado, para levar até ele o sinal da presença amorosa do Pai, que é rico em Misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/10/2020

Reflexão

O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.
Fonte: CNBB em 16/10/2012, 15/10/2013, 14/10/2014 11/10/2016

Reflexão

Fazer refeição em casa de um fariseu pode acarretar a Jesus algum desconforto. Com efeito, neste episódio, o fariseu critica Jesus por sentar-se à mesa sem antes ter-se lavado. Os fariseus davam muita importância a certas ações exteriores, como se fossem obras agradáveis a Deus. Não executá-las seria transgredir a Lei. Jesus aponta para o essencial: a pureza de coração, a reta intenção, o amor ao próximo. Não basta a boa intenção, é necessário traduzi-la em gestos concretos. Por isso, Jesus lança aos fariseus um intrigante desafio: “Deem como esmola o que vocês têm, e tudo ficará puro para vocês”. Dar esmola, símbolo da prática da caridade fraterna, é mais significativo e valioso do que a simples limpeza das mãos e dos utensílios domésticos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/10/2018

Reflexão

Fazer refeição em casa de um fariseu pode acarretar a Jesus algum desconforto. Com efeito, neste episódio, o fariseu critica Jesus por sentar-se à mesa sem antes ter-se lavado. Os fariseus davam muita importância a certas ações exteriores, como se fossem obras agradáveis a Deus. Não executá-las seria transgredir a Lei. Jesus aponta para o essencial: a pureza de coração, a reta intenção, o amor ao próximo. Não basta a boa intenção, é necessário traduzi-la em gestos concretos. Por isso, Jesus lança aos fariseus um intrigante desafio: “Deem como esmola o que vocês têm, e tudo ficará puro para vocês”. Dar esmola, símbolo da prática da caridade fraterna, é mais significativo e valioso do que a simples limpeza das mãos e dos utensílios domésticos.
Oração
Ó Jesus Mestre, não suportas quando alguém pratica atos externos para ser admirado pelos outros. Isso pode tornar-se um modo de esconder o interior, cheio de “roubos e maldades”. Importante é ter o coração puro e servir a Deus com humildade. Senhor, concede-nos generosamente esta graça. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 13/10/2020

Reflexão

Há três momentos importantes nesse relato. O primeiro é o fato de Jesus ser o convidado de um fariseu. Sentar-se à mesa é sinal de amizade. Mas como era de se esperar, considerando que há sempre discussões entre Jesus e os fariseus, o segundo momento é do embate. O terceiro tem que ver com a cegueira do fariseu. Jesus é puro de coração, nele não há maldade. No entanto, o fariseu, preso ao rigor dos preceitos frios, é incapaz de notar quem está ao seu lado. A lição é para a comunidade cristã: quem é discípulo tem o interior livre de amarras e suas ações são marcadas pela caridade.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditação/Recadinho

Podemos dizer que temos muita bondade no coração? - Será que às vezes não estamos preocupados demais com exterioridades apenas? - Não somos muitas vezes fariseus disfarçados? - Como trabalhamos com o ar de superioridade que se encontra por toda parte? - Somos fáceis em criticar os outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/10/2013 e 14/10/2014

Comentário do Evangelho

UM CASO DE INSENSATEZ

Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez purificado o coração, tudo o mais se torna puro.

Oração
Espírito que purifica, tira do meu coração a impureza do egoísmo que me impede de ser misericordioso para com os meus semelhantes.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/10/2014

Meditando o evangelho

A VERDADEIRA PURIFICAÇÃO

A censura velada do fariseu, admirado por ver Jesus sentado à mesa sem ter feito as abluções de praxe, foi devidamente desmascarada. O fato de ter aceitado, de bom grado, o convite para o almoço, não significava que o Mestre estivesse disposto a se submeter a todas as manias de seu anfitrião.
De fato, o fariseu não chegou a censurá-lo verbalmente. Jesus, porém, deu-se conta da situação, pelo modo como ele agiu. Aliás, a mentalidade farisaica era assaz conhecida. Daí a iniciativa de denunciar a falta de coerência na prática da pureza ritual, tão valorizada pelos círculos farisaicos.
O argumento de Jesus parte da constatação de que existem dois níveis de pureza: interior e exterior, com suas respectivas exigências de purificação. Os fariseus preocupavam-se com a purificação exterior, que se faz com água e sabão, cujo efeito é eliminar possíveis impurezas que se apegam ao corpo. A preocupação de Jesus ia na direção oposta: centrava-se no tema da pureza interior. Este nível profundo de impureza resulta do pecado e do egoísmo que se apoderam do coração humano, tornando-o incapaz de se relacionar com Deus. Só a prática da caridade pode tornar o ser humano livre dela.
De nada serve purificar o copo e o prato, nem lavar as mãos antes de sentar-se à mesa, se o coração está cheio de malícia e egoísmo. Importa, antes, purificar o coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, purifica de todo o pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Dom Total em 11/10/2016

Meditando o evangelho

A CARIDADE É QUE PURIFICA

A admiração do fariseu surpreso porque Jesus sentou-se à mesa para comer sem ter lavado as mãos não passou despercebido pelo Mestre. Ele conhecia muito bem a mentalidade de seu anfitrião e seu apego escrupuloso à tradição da pureza ritual. Igualmente tinha consciência da reação que sua atitude causaria. No entanto, apesar de ser hóspede, não perdeu a ocasião de denunciar a hipocrisia de quem o convidara para almoçar.
A pureza exterior do fariseu não correspondia à do seu interior. Limpo por fora, estava cheio de sujeira por dentro. A contaminação provinda dos roubos e de sua malícia era muito pior do que a eventual impureza de um copo ou prato. Grande insensatez perder tempo com coisas secundárias, olvidando o essencial!
Jesus apresentou a caridade como a melhor forma de garantir e conservar a verdadeira pureza. Quando a pessoa abre seu coração e se torna sensível para com o irmão carente, partilhando com ele seus bens, tudo se torna puro para ela. Esta é a melhor forma de eliminar o egoísmo, único fator de contaminação do coração humano. Quando o coração é puro, tudo o mais se torna puro.
A pureza, fruto da caridade, é agradável a Deus e garante a salvação. Ele julga as pessoas a partir do interior. Aí ele verifica se elas, de fato, estão puras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, não me deixes cair na insensatez de buscar a pureza exterior, porque a pureza verdadeira provém do amor.
Fonte: Dom Total em 16/10/2018 e 13/10/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Coerência Interna e Externa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___São Lucas, essa “xingação” de Jesus aos Fariseus e Mestres da Lei, foi em uma hora só? Jesus estava indignado!
Lucas__ Não, não foi. A gente foi apanhando aqui e ali, todas as discussões que Jesus teve com eles, e juntamos em um lugar só, onde sempre iniciamos a frase com a palavra “Ai”

___Mas esse “Ai” é uma ameaça ou não?
Lucas ___Claro que sim, toda pessoa religiosa, que na comunidade age desse modo farisaico, vai acabar mal.

___Pagar o Dízimo não é coisa errada, parece que eles pagavam o dízimo até sobre plantio de ervas, não?
Lucas ___ Eles ofertavam o dízimo sobre tudo o que produziam, há comunidades rurais onde até hoje o dízimo é em espécie. O problema é que eles exageravam em uma coisa e se omitiam em outra. Entendeu?

___São Lucas, dê um exemplo prático para nós...
Lucas___ Digamos, você é um dizimista fiel, paga sempre e nunca atrasa a sua oferta, a cada aumento recebido no salário, aumenta também o dízimo. Entretanto, trai a esposa e não dá nenhuma atenção aos filhos. De que adianta ser fiel no dízimo e ter uma conduta que não é cristã?

___ Nossa São Lucas! Tem mesmo desse tipo em nossas comunidades. É verdade.
___E esse negócio de gostar dos primeiros lugares, e de serem saudados nas praças?
Lucas ___( sorrindo) Ah, esses são os metidos a bacana, os bons e perfeitos da comunidade, piedosos, são os que mais rezam e fazem questão de se distinguirem dos demais, gostam de ser referência. Já tinha isso naquele tempo e tem hoje também aí em suas comunidades....

___Mas São Lucas, só falta esse último tipo que achou ruim de Jesus ter falado essas coisas, e tentou se esquivar dessas acusações.
Lucas___ Ah... Na pregação de um retiro ou de uma homilia, o sujeito fala com quem está ao lado, “Nossa, que maravilhosa pregação, meu genro, ou minha sogra, ou , meu vizinho é quem deveria estar aqui, para ouvir essas verdades. Nunca abrem coração para deixarem se transformar pela Palavra.

___ Olha São Lucas, pior que é assim mesmo o farisaísmo em 2012. Por aqui a gente chama esse tipos de “Bagre ensaboado”, são liso e nunca se deixam atingir com alguma verdade. E se fosse hoje, Jesus diria “Ai de Vós Cristãos melindrosos, Bagres ensaboados, que sempre acham que a Verdade é para o outro e não para você”
Lucas ____Isso mesmo, acho que você pegou o “Espírito” da coisa e hoje dá para ampliar a lista de “Ais” sobre a conduta farisaica no meio do Povo de Deus, Leigos e Clero.
Fonte: NPD Brasil em 16/10/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. As Aparências enganam
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___São Lucas, porque o Senhor lembrou-se desse fato e fez questão de o refletir, junto às suas comunidades quase 80 anos após ele ter ocorrido? Dá para o Senhor explicar o contexto?

__Sem dúvida, farei isso com o maior prazer, vocês sabem que nossas primeiras comunidades não eram homogêneas, todas iguaizinhas, mas havia uma mistura de culturas e de crenças religiosas, tinha membros que vieram do paganismo e nada sabiam das práticas judaicas, tinha outros que vieram do judaísmo, e estes, muito conservadores, de vez em quando tinham uma recaída e supervalorizavam os rituais, dando enfoque aos ritos de purificação e se esqueciam do essencial que era a intenção interior, dentro do coração humano onde só Deus tem acesso.

___Mas o Fariseu era gente boa, afinal convidou Jesus para jantar em sua casa... Por que a censura?

___Por que no fundo esse Fariseu queria "domar" Jesus Cristo, eles admiravam muito a Jesus e o tinham em conta de um Mestre Sábio e Verdadeiro, mas queriam enquadrá-lo nas suas práticas religiosas e nos seus exagerados legalismos rituais e Jesus está muito acima de qualquer liturgia ou ritual...

___Nossa, São Lucas, é isso? E esse recado vale também para nós cristãos deste terceiro milênio?

___E como vale! Às vezes há cristãos que querem dominar Jesus Cristo, enquadrá-lo e defini-lo dentro de um determinado padrão de vida, isso é puro farisaísmo. O cristianismo autêntico e sincero entende a pureza de coração como a ausência do egoísmo, coração puro é um coração que sempre amplia seu horizonte, aprimorando cada vez mais o seu jeito de amar as pessoas, configurando-se cada vez mais a Jesus Cristo.

___ E o que o Senhor diria então, aos cristãos do nosso tempo, com este seu evangelho...

___Que não se deixem enganar pelas aparências, o importante é o conteúdo, o que está por dentro, e não a embalagem, o rótulo. Se as celebrações não expressarem a Vida da comunidade, é sinal de que o Farisaísmo ainda está em alta, e tem muita gente pousando de "santa", comendo a "casca" e jogando a "fruta" fora...

2. Dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós - Lc 11,37-41
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus estava falando, quando um fariseu o convidou para comer em sua casa. Três momentos nessa refeição. Na primeira cena, Jesus cria um conflito, porque às vezes é preciso criar conflitos para poder avançar na caminhada. Jesus sentou-se à mesa sem ter lavado as mãos, o que causou surpresa ao fariseu e aos convidados. Não se trata da observância de uma norma de higiene, mas de uma norma religiosa. Era antes uma norma de higiene, muito importante, que se tornou um gesto ritual. Quem faz a ablução, enche um copo com água e derrama duas vezes na mão direita. Repete com a esquerda. Depois, diz a oração de bênção. Esfrega as mãos juntas e as enxuga. Não cumprir o rito passou a significar desobediência à lei de Deus e, portanto, um pecado. Jesus aproveita a ocasião para uma crítica severa aos religiosos fariseus. Eles estão preocupados com ritos externos enquanto por dentro estão cheios de rapina. Jesus os acusa de roubo, de falsidade religiosa para juntar dinheiro. Mas como Jesus veio apresentar caminhos de salvação, apresentou um para os fariseus: dar em esmola o que tinham guardado para se tornarem puros. A pureza religiosa, diante de Deus, não se alcança com o rito de lavar as mãos, mas com a honestidade que brota de dentro. Dentro deles estava o fruto da rapina.
Fonte: NPD Brasil em 13/10/2020

Liturgia comentada

O vosso interior... (Lc 11,37-41)
No tempo de Jesus, o ensinamento dos rabinos incluía estritas normas de “pureza legal”. Neste Evangelho, o filho do carpinteiro sentou-se à mesa de refeição sem as tais abluções preparatórias, causando certo escândalo a seu anfitrião. Jesus se vale da ocasião para lembrar que a pureza interior era a mais importante. E que de nada vale muita higiene externa, se o íntimo da pessoa cheira mal. Nem podemos disfarçar a falta de amor com algumas esmolas... Boa oportunidade para lembrar algo óbvio, que costuma passar despercebido. A pessoa humana tem dois lados: o exterior e o interior. Claro, ambos devem ser cuidados, mas o interior é mais importante.
Pode ser que alguém não durma sem escovar 50 vezes os longos cabelos, elogiados por sua beleza, efeito de uma cosmética fora do alcance dos pobres. E os cabelos são apenas excreção, como as unhas e o suor. Será que a mesma pessoa gasta cinco minutos, ao final do dia, para fazer um exame de consciência e pôr em ordem a sua casa interior? Pode ser que o homem de meia idade ande preocupado com a queda de seus cabelos, o que motiva consulta médica e o uso de algum tônico capilar. E do lado de dentro? Que pensamentos ele alimenta? Que sentimentos ele estimula? Raiva, ódio, falta de perdão, planos de vingança?
A sociedade pagã vive de aparências, valoriza o sucesso financeiro, a fama, os bens acumulados. Não leva em conta se os meios para fazer fortuna incluem a exploração do próximo. O corpo merece uma espécie de culto religioso. Proliferam academias de ginástica, aficcionados “malham”, jovens “bombam” os músculos, corpos modelados com implantes de silicone...
O exercício físico não é inútil, mas o Apóstolo adverte: “Exercita-te na piedade. Com efeito, o exercício corporal é de escassa utilidade, ao passo que a piedade é útil para tudo. Não possui ela a promessa da vida, tanto da vida presente como da futura?” (1Tm 4,7b-8.) E Jesus acrescenta: “De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mt 16,26.)
A passagem do tempo manifesta o real valor de tudo. A atriz, cuja beleza atraía multidões ao cinema, ao fim da vida se tranca num apartamento, incapaz de conviver com suas rugas. O ex-campeão de boxe não domina as mãos trêmulas, ferido pelo Mal de Parkinson. Enquanto isso, os santos envelhecem em paz, servindo os irmãos até o último suspiro. Teresa de Calcutá e João Paulo II não me deixam mentir...
Orai sem cessar: “Senhor, tu me sondas e me conheces.” (Sl 139, 1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 15/10/2013

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 15/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Aprenda a cultivar um intenso amor pela pureza

Postado por: homilia
outubro 16th, 2012

Estamos, mais uma vez, diante da admirável pregação de Jesus que move e comove a tudo e a todos. Sua Palavra penetra até o fundo dos corações, ao ponto de até os fariseus se sentirem na obrigação de convidá-lo para um banquete.
Estranho é notar que sobre a doutrina do Mestre eles não se questionavam. Mas quando se tratava de coisas superficiais como, por exemplo, o mero lavar as mãos antes de comer, ficavam escandalizados como se o lavar ou não fosse “questão de vida ou morte”.
Então, a resposta d’Aquele que verdadeiramente convida os homens ao banquete das núpcias eternas, não se faz esperar: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós”.
O homem, tocado e envolvido pela Palavra de Jesus, se transforma numa pessoa íntegra. Pessoa capaz de revelar o que traz no seu coração. Isto exigirá dela uma pureza interior.
A pureza não ocorre por acaso e nem “brota da noite para o dia”. O apóstolo Pedro compara-a ao processo de depuração do ouro (cf. 1 Pedro 1,6-7). O ourives tem de aquecer esse metal várias vezes para que as impurezas e ligas venham à superfície, e assim ele possa removê-las.
Isto nos leva a concluir que a purificação é um processo. Contudo, não basta desejarmos ser puros. E mesmo que sejamos sinceros e nos empenhemos duramente, isso não é suficiente. Precisamos ter o propósito de sermos conforme à imagem de seu Filho (cf. Rm 8,29).
Jesus deixou bem claro que é impossível servir a dois senhores. “Onde estiver nosso tesouro, aí estará também o nosso coração” (Mt 6,21). Na luta pela formação de um caráter santo, precisaremos guardar no coração certos elementos e barrar a entrada de outros. Quem não cuida bem de seu coração, está se predispondo a ter problemas. Quem o guarda com todo cuidado, vence.
O único fator que pode impedir que um homem se entregue à impureza é o intenso amor pela pureza interior. Portanto, lave e guarde a sua mente, o seu coração – e não somente as suas mãos! – e serás verdadeiramente puro.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Cuide bem do seu interior.

Cuide bem do seu interior, e seu exterior vai ser uma resposta de tudo aquilo que você vive dentro da sua alma.

“Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos!” (Lucas 11, 39-40).

Os fariseus estão incomodados com Jesus, sobretudo esse a cuja casa Jesus se dirige para jantar. Ele fica admirado, porque o Senhor não lava as mãos antes das refeições; aquilo inquieta e perturba o coração do fariseu. E não é preciso que ele diga algo a respeito, o Mestre Jesus percebe a inquietação dele. A resposta, para um bom entendedor, poucas palavras já dizem tudo. Porque estão incomodados com a maneira como se lavam os copos, como se lavam os talheres, como se lavam as mãos. O problema é que o interior, o coração deles, está cheio de ideias de roubos, de enganos, fraudes, impurezas, maldades. Um velho ditado já diz: “Quem vê cara, não vê coração”.
Às vezes, nós nos encantamos com a beleza da aparência das pessoas. E nós mesmos já vivemos tantas vezes tão seduzidos em cuidar da nossa aparência externa que o nosso tempo se torna limitado para cuidar da nossa aparência interna. As pessoas passam horas em salões de beleza se arrumando, para isso e para aquilo. E como estão vazias as filas para os confessionários! Como estão vazios os sacrários! Quão poucas pessoas se dispõem a fazer uma purificação espiritual para lavar a alma.
Muito cuidado, pois as nossas conversas são rodeadas pelos mesmos assuntos fúteis: – “Como está a sua unha?” e “Como está o seu cabelo?” Contudo, a conversa do homem e da mulher de Deus, acima de tudo, deve ser esta: Como está o seu coração, a sua alma, o seu interior?
Cuide bem do seu interior, e seu exterior vai ser uma resposta de tudo aquilo que você vive dentro da sua alma!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quem deseja permanecer em Deus deve cuidar do coração

Nosso coração, muitas vezes, está cheio de maldades e de sentimentos errados. Contudo, quem quer permanecer puro diante de Deus deve priorizar cuidar do coração e do essencial!

“O Senhor disse ao fariseu: ‘Vós, fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades’” (Lucas 11, 39).

Nós já acompanhamos muitos confrontos entre os fariseus e Jesus. Eles querem colocar o Senhor em alguma dificuldade, querem confrontá-Lo e desmerecer a pregação e o ensinamento d’Ele. Porque, na verdade, aquilo que o Senhor Jesus prega, ensina e vive é um confronto ao modo de vida deles.
Aquilo que Jesus faz e realiza provoca muitos questionamentos; e nós não gostamos de ser provocados, não gostamos de ser incomodados. Nós, muitas vezes, preferimos viver do jeito que estamos e não gostamos que ninguém questione o nosso modo de viver, de pensar e de agir. É claro que essa atitude é própria de quem tem um coração orgulhoso. Com o humilde isso é diferente, pois ele se deixa questionar, deixa-se confrontar e rever sua vida, suas atitudes e seus gestos. Se não isso está bom, ele quer melhorar e, mesmo que já esteja bem, ele quer se tornar melhor ainda. Ao passo que quem está bitolado, que quem está cego e não consegue enxergar adiante, logo fica inflamado quando é questionado pelo outro.
A questão principal dos fariseus é porque eles se preocupam com as aparências, se preocupam com o que está por fora; eles se preocupam com o copo, se este foi limpo por fora, eles se preocupam com a veste, com a roupa, com a aparência, mas não cuidam do essencial, não cuidam do coração, não cuidam da mente e da vida interior. Estão cheios de zelo na forma de viver a vida, cuidando das suas vestes, de lavar as roupas, de lavar as mãos, em tudo aquilo que fazem, mas se esquecem de lavar o interior e de purificar o coração. Nem sei se posso dizer se, de fato, eles “se esquecem disso” ou se não priorizam mesmo.
Permita-me dizer a você e a mim também: nós não podemos cair neste mal! Farisaísmo é sinônimo de hipocrisia, e hipocrisia tem o sentido justamente de ver as coisas desta forma: nós nos preocupamos com a casca e não com o essencial. Nós cuidamos, muitas vezes, de nossa aparência, nos preocupamos com isso ou com aquilo, com a forma como as pessoas se comportam, se vestem e falam; como comem, como fazem isso ou aquilo, e deixamos e nos esquivamos, muitas vezes, de cuidar do nosso interior e do nosso coração.
Devemos refletir sobre isso porque nosso coração, frequentemente, está cheio de maldades, de más intenções, de sentimentos e pensamentos errados. Quem quer permanecer puro diante de Deus deve priorizar cuidar do coração, do interior e de tudo aquilo que permanece!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Purifiquemos nossa alma e nosso coração

É com muito mais diligência, aplicação e determinação que precisamos cuidar daquilo que está dentro de nós, da nossa alma e do nosso coração

“O Senhor disse ao fariseu: Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades” (Lucas 11, 39).

Jesus foi convidado para jantar na casa de um fariseu. O fariseu ficou reparando no que Jesus fazia e, para ele, foi um escândalo porque Jesus não lavou as mãos para comer.
Há pessoas que reparam em tudo. Reparam como está a unha, os pés da pessoa; como o cabelo está amarrado, reparam se a pessoa lavou as mãos. Há essa “preocupação” de reparar como é o comportamento dos outros.
O fariseu fez isso. Mas o problema não foi o fariseu reparar (e não é o problema nós repararmos). O problema é que não reparamos no essencial, não reparamos no que realmente precisa ser reparado.
Primeiro, precisamos reparar a nossa própria vida. Precisamos, acima de tudo, aprender a nos cuidar, a cuidar dos nossos atos e atitudes. Parar de olhar para o externo e olhar o essencial.
Por isso, a resposta de Jesus para o fariseu foi muito incisiva: “Vocês fariseus, estão sempre muito preocupados em limpar o prato e o copo por fora, mas o vosso interior, o vosso coração está cheio de roubos, maldades, enganos e tantas outras coisas”.
Sabe, meus irmãos, temos que cuidar muito para não sermos pessoas de aparências. Porque aparentemente está tudo muito bem, muito limpo, está tudo muito bonito. Até na forma como olhamos para as pessoas deixamos nos prender pelas aparências. Achamos aquela pessoa formosa, linda, maravilhosa…
Vivemos na sociedade das aparências, dos enganos, das cores, do bonito. Mas não é a sociedade do belo. É a sociedade que olha somente para o que vê no exterior. Deixamo-nos enganar, iludir, seduzir por essa visão da sociedade totalmente enganosa, que não é capaz de penetrar o interior da alma e do coração.
Gastamos muito mais tempo, energia e preocupações com o nosso exterior. Não há problema nenhum em cuidar da sua beleza, em cuidar da sua aparência (temos que cuidar de nossa aparência); os outros merecem ver o melhor de nós. Mas é com muito mais diligência, aplicação e determinação que precisamos cuidar daquilo que está dentro de nós, da nossa alma e do nosso coração!
Se gastamos tanto tempo para arrumar a nossa unha, o nosso cabelo, podemos gastar muito mais intensidade para limpar o nosso coração de coisas velhas, de “tranqueiras”, de sentimentos negativos, de ressentimentos acumulados e mágoas que estão entravadas dentro de nós e que nos impedem de sermos pessoas melhores, autênticas e verdadeiras.
Temos que nos purificar do orgulho e da soberba mas, sobretudo, da cegueira espiritual. Quem vê demais a vida dos outros não é capaz de ver a si mesmo, de enxergar de fato como cada um é.
O nosso trabalho interior é, acima de tudo, purificar a nossa alma e o nosso coração!
Lave seus pratos, seus talheres, suas roupas e tudo aquilo que precisa lavado, mas não deixe de lavar o essencial. Lave a alma e o coração. Renove o espírito e purifique-se do que está velho e estragado.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Limpemos o nosso interior e cuidemos do nosso coração

Tenhamos tempo, dedicação e cuidado para cuidar da nossa alma e purificar o nosso interior

“Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades” (Lucas 11,39).

Jesus não discrimina nem se coloca contra ninguém, pelo contrário, Ele vai ao encontro de todos, porque ama a todos. Hoje, inclusive, vemos que Ele foi jantar na casa de um fariseu, e sabemos, no entanto, como os fariseus combateram Jesus, não O aceitaram.
O Senhor também foi ao encontro deles, mas, quando Ele chegou, a hipocrisia falou mais alto do que qualquer coisa. O fariseu estava preocupado, porque Jesus não lavava as mãos. Então, Ele nos ensina e catequiza: “Vós, fariseus, estais apenas direcionados para limpar o copo por fora, mas não se preocupam com o interior do copo. Ou seja, vocês cuidam das aparências, daquilo que os outros estão vendo, mas não cuidam daquilo que está no interior”.
Temos de ter cuidado para não viver uma fé hipócrita, uma fé em que cuidamos do copo do lado de fora, mas, por dentro, deixamos as impurezas que contaminam a água e a tomamos contaminada, porque o copo por fora é lindo, até brilha, mas por dentro não foi purificado.
Por fora, nós temos sempre boa aparência, estamos usando roupas bonitas, maquiagens, estamos nos retocando, sempre querendo mostrar a face para esse ou para aquele outro, mas nos esquecemos de cuidar melhor daquilo que está dentro. Não caíamos na tentação da hipocrisia.
Ser hipócrita é viver de aparências, de máscaras; é não cuidar do essencial, aquilo que está dentro de nós.
Cuidemos do nosso interior, da nossa alma, do nosso coração, cuidemos daquilo que está dentro de nós, porque o que está fora precisa refletir o que está dentro.
Tenhamos tempo, dedicação e cuidado para cuidar da nossa alma e purificar o nosso interior, fazer sempre um bom exame de consciência, reconhecer as próprias fraquezas e misérias, não se deleitar, não se preocupar em acusar os pecados e as fraquezas dos outros e não cuidar das próprias fraquezas e misérias.
Quanto mais cuidamos de nós mesmos, do nosso interior, melhores seremos para os outros e cresceremos na nossa relação com Deus.
Que o Senhor nos dê a graça de não limparmos o copo somente por fora, mas nos apliquemos, com toda a dedicação da nossa alma, a limpar o nosso interior e cuidar do nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

Quem repara na vida dos outros não cuida do seu coração

“O Senhor disse ao fariseu: ‘Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades’” (Lucas 11,39).

O fariseu estava admirado porque Jesus não lavou as mãos antes de comer. O fariseu estava preocupado com as coisas externas. Sabe essa nossa mania, maneira e vício terrível de tudo julgar? Algumas coisas até fazemos questão de comentar, reparar, a pessoa vive reparando na vida dos outros. Quando não falamos expressamos nos sentimentos; o olhar de condenação, de reparação já diz. Essa pessoa vive de reparar na vida dos outros.
Você pode ter certeza, quem repara na vida dos outros não cuida do seu coração. Quem cuida do seu coração não tem tempo de reparar na vida dos outros, porque tem tanta coisa para cuidar dentro de si que não vai perder tempo julgando ninguém.
Não podemos ser fariseus porque a mentalidade farisaica e hipócrita é esta: ela limpa o copo, tudo está maravilhoso, ela limpa todas as coisas externas, a casa. A aparência está maravilhosa, ela faz tratamento de pele, tudo está limpinho, mas o interior não cuida.
Não estou dizendo que não precisamos cuidar do exterior, muito pelo contrário, temos de cuidar, tomar banho, fazer o melhor por nós, mas o melhor que podemos fazer por nós começa por dentro e não por fora. Não adianta tanta aplicação para cuidar do corpo que vai perecer e não cuidarmos do coração, o deixarmos envaidecer e, assim, ele se flagelar.

Quem cuida do seu coração não tem tempo de reparar na vida dos outros porque tem tanta coisa para cuidar dentro de si

Para não sermos fariseus na vida, é preciso cuidar do interior. Não dá para negar que dentro de nós há muita coisa boa: temos generosidade, bondade e amor, mas não há de negar que acumulamos as sujeiras do mundo. Se acumulamos no corpo, se saímos para andar lá fora, passamos um dia trabalhando, chegando em casa precisamos tomar aquele banho para tirar as impurezas que, durante o dia, absorvemos. Imagina o que não absorvemos dentro do nosso coração, dentro da nossa alma, dentro do nosso ser!?
Por isso, é importante cuidarmos de purificar aqui dentro, porque a aparência ilude e engana, está tudo muito bem e maquiado. Não se deixe levar pelas aparências de redes sociais. Na rede social todo mundo é bonito e maravilhoso, todo mundo só tem coisas boas para contar, todo mundo está naquela maquiagem, está só mostrando coisas lindas e maravilhosas.
Não se deixe enganar nem engane a si próprio. Não é para todo mundo aparecer depressivo, deprimido, para baixo, mas precisamos da humildade de se cuidar a cada dia. Cuidar do interior, da alma, do coração, se aplicar com determinação para a purificação da alma e dos sentidos, para que o exterior corresponda àquilo que está dentro de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/10/2020

Oração Final
Pai Santo, que a nossa oração não seja um rito vazio, mas o sinal de nosso esforço para viver a Justiça e a Fraternidade junto a todos os que Tu puseste próximos a nós na caminhada por esta terra encantada. Queremos seguir a Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o caminho da santidade. Que a nossa existência, isto é, as relações com o próximo, com a natureza e contigo, manifestem cada vez mais a nossa essência, que é sermos morada e fonte do teu Espírito. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/10/2013

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós a coragem e o desprendimento para partilhar com os companheiros esta viagem encantada pelo mundo que, por tua graça inefável, nós fazemos. Mas ensina-nos também, Pai amado, a fazer todo de forma discreta e humilde. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/10/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa oração não seja um rito vazio, fórmulas memorizadas, mas o sinal de nosso esforço para viver a Justiça e a Fraternidade junto com todos os que Tu puseste próximos a nós na caminhada por esta terra encantada. Queremos seguir a Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, não nos deixes satisfeitos com a simples observação e cumprimento da letra da Lei. Inspira-nos e nos dá coragem para seguirmos o Amor – Amor que sempre exige mais, Amor que pede tudo de nós, Amor que foi vivido por Jesus, teu Filho e nosso Irmão – Ele, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/10/2020