Ano A
20 de Março de 2017
Mt 1,16.18-21.24a
Comentário do Evangelho
Era um homem justo
Celebramos, hoje, a festa de São José. O Novo Testamento reserva a ele somente umas poucas linhas. Dele se diz, fundamentalmente, que era um homem justo. Na linguagem bíblica “justo” é aquele que vive em conformidade com a Lei do Senhor. Mateus, sobretudo, esclarece que ele fez “tudo conforme o anjo lhe havia dito” (Mt 1,24; 2,13-14.19-23). O pouco que dele se diz, no entanto, é suficiente para reconhecer a razão de sua eleição de ser o pai do Filho de Deus segundo a carne, a saber, sua fidelidade a Deus, sua docilidade em se deixar conduzir pelo desígnio de Deus. O evangelho escolhido para este dia é a transição entre a infância e a idade adulta de Jesus. É a idade da maturidade da fé, 12 anos, em que Jesus, assim como todos os meninos da sua idade, se tornam “filhos do preceito”. Sua permanência no Templo e o diálogo entre ele e seus pais servem, nesse momento importante de sua vida de fé, para afirmar a que sua vida está referida e quem a move, de fato. A vida de Jesus, desde a sua origem, está enraizada no Pai; toda a sua vida se destina a realizar a vontade de Deus. Se por ora seus pais, segundo a carne, não compreendem, é porque eles têm de percorrer o caminho do seu Filho, para que à luz da ressurreição possam compreender a verdadeira identidade e missão daquele que geraram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
Fonte: Paulinas em 19/03/2014
Vivendo a Palavra
A força interior de José, sua fé sem questionamentos, o silêncio humilde e a proteção eficaz à Sagrada Família fazem dele o Patrono da Igreja e modelo a ser seguido por todos nós, que nos dizemos e desejamos ser os discípulos de Jesus de Nazaré, evangelizadores deste século 21.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
São José deve servir de modelo para todos nós. O Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida, José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus. Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar realizar a vontade de Deus, e não a nossa.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=20
Recadinho
Você tem devoção a S. José? Se tem, em que consiste? - S. José teve uma vida atribulada, mas confiou no Espírito Santo. Como é sua confiança nas luzes do Espírito? - Diante de seus problemas e tribulações, não ficaria mais confiante se refletisse sobre a vida de S. José? - Para ele não foi fácil vencer as tribulações. Mas soube confiar nos planos de Deus. E você, como age diante de suas tribulações? - S. José cuidou do Menino Jesus, de Maria e de tudo o que envolvia aquele lar. Que contribuição você dá para que haja paz e bem e seu lar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 19/03/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Na medida em que avançava no seu ministério, levantavam-se, para Jesus, toda espécie de barreiras. Seus adversários sentiam-se questionados por ele, e não sabiam como enfrentá-lo, na base do diálogo. Os argumentos do Mestre deixavam-nos desarmados. E eles não tinham a quem apelar, mesmo recorrendo à sabedoria que pensavam possuir.
A decisão de matar Jesus visava eliminar o mal pela raiz. Seria uma maneira de fazer calar, para sempre, aquela voz incômoda, banindo-o do meio do povo. Recorrendo à violência, os inimigos de Jesus pensavam resolver um problema com o qual recusavam defrontar-se: é possível Deus fazer-se presente na história humana, na pessoa de um homem?
Apesar de se precaver, o Mestre não se deixou levar pelo medo. Antes, mostrou-se suficientemente corajoso para defrontar-se, cara-a-cara, com quem ameaçava tirar-lhe a vida. O templo de Jerusalém foi o palco do confronto. Aí ele se pôs a pregar, abertamente, sua condição de enviado do Pai, ou seja, sua condição divina. Sua pregação derrubava o orgulho de seus adversários, pois ele é quem tinha o verdadeiro conhecimento do Pai. Enganavam-se seus adversários ao cultuar um Deus diferente daquele anunciado por ele. Por isso, a atitude mais sensata seria a de converter-se ao Deus de Jesus, deixando de lado a violência inútil.
Oração
Espírito de destemor, em meio às contrariedades por causa da fé, faze-me imitar a coragem do Mestre Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 19/03/2012
Meditando o evangelho
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
A perícope evangélica da concepção virginal de Jesus tem sido objeto de controvérsia. As interpretações são desencontradas tanto por desconhecermos elementos fundamentais para compreendê-la, o que não acontecia com as comunidades primitivas, quanto por projetarmos nossos preconceitos sobre o texto bíblico.
O Evangelho detém-se na soleira do mistério insondável de Deus, numa atitude de respeito e reverência, sem se importar com especulações de caráter anatômico ou fisiológico. Só lhe interessam os elementos teológico-espirituais deste dado da fé da Igreja.
Jesus não entra na História como resultado do esforço humano de construir a própria salvação. Ele tem sua origem em Deus, em quem toda a sua existência está alicerçada.
Sua origem evoca o relato da criação, no Gênesis, onde tudo existe pela vontade soberana de Deus. Jesus, e com ele a salvação da humanidade, é a derradeira obra divina.
Jesus é o dom de Deus a ser acolhido pela humanidade. Torna-se, portanto, inútil qualquer esforço humano de construir a salvação pelas próprias mãos. O ser humano só pode salvar-se por obra de Deus. Qualquer outro caminho estará fadado ao fracasso.
A referência ao Espírito Santo aponta para um tipo de ação inefável e misteriosa de Deus em relação à mãe do Messias. O mesmo Espírito Santo, instrumento da ação divina desde os primórdios da Criação, fez-se também presente quando do nascimento do Messias Jesus. A esta força divina é que se deve sua presença no mundo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-20
Oração Final
Pai Santo, lembramos com carinho de José, a quem entregaste o cuidado de Maria e Jesus. Com ardor desejamos seguir seu modelo ao nos relacionarmos com os companheiros de jornada. Faze-nos humildes, discretos e zelosos como José, nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php
OU
Lc 2, 41-51a
Vivendo a Palavra
Os evangelistas não registram sequer uma palavra de José. Nós, que vivemos no tempo chamado ‘da comunicação’, confundimos, às vezes, boa comunicação com fartura de palavras. São José nos mostra que não é assim: sem nada dizer, lega para nós, a Igreja, seu exemplo de fidelidade no cumprimento da missão.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/03/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O discreto José...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
É admirável em São José, esposo de Maria e Pai adotivo do menino Jesus, á sua discrição. É o homem do silêncio, mesmo em momentos como este, narrado pelo evangelho, onde poderia, quem sabe, usar da sua autoridade de Pai para dar uma "dura" no menino que ficou no templo sem sua prévia autorização. Na maioria dos relatos que o envolvem, e que são bem poucos, menos que Maria, o nosso "Bom José" entra mudo e sai calado. Não é que seja tímido e não queira se expor, é que José, este Santo Homem venerado no mundo inteiro, sabia ocupar o seu lugar na comunidade.
Em nossas comunidades conhecemos pessoas que se identificam muito com José, dão o melhor de si, mas sempre muito discretamente, sem muito alarde cumprem um papel importante na caminhada da igreja, cientes de estarem cumprindo a Vontade de Deus. Um certo dia fui ao velório de um irmão Vicentino e fiquei pasmo em ver a presença de um grande número de assistidos por ele, que sofriam com a sua morte, uma senhora bem pobrezinha disse chorando que "Ele dava-nos muito mais do que uma cesta básica...nos valorizava e nos fazia sentir importantes, pelo jeito com que nos tratava". Pensei comigo mesmo que ele poderia ter sido um coordenador da comunidade mas o meu pároco, muito sabiamente comentou "Ele era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse...". Penso que São José também era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse....
São José é Patrono da nossa Igreja, e se Maria Santíssima é a primeira cristã, José merece o título de primeiro agente de Pastoral, pois sua missão foi servir Maria e a ela se dedicou de tal forma que mudou os planos de sua vida para poder ficar para sempre ao seu lado. Evidentemente ocupou na vida de Jesus o lugar de Pai, ensinando-o a sobreviver transmitindo-lhe seus conhecimentos de artesão e carpinteiro.
Teve uma morte Santa, não se sabe exatamente em que momento, pois quando Jesus iniciou sua vida pública, já era falecido. A morte santa não é pelo simples fato de ter morrido nos braços de Jesus e de Maria, mas por tê-los servido durante a sua vida, sendo um homem justo e reto. Nem Jose e nem Maria nunca quiseram ser na comunidade o centro das atenções, tinham razões de sobra para fazê-lo, mas preferiu o anonimato, seguindo a mesma linha de conduta de João Batista, o Precursor "E preciso que Ele cresça e eu desapareça".
Admirar José e tê-lo com Padroeiro ou o Santo da nossa devoção deve fazer parte da piedade cristã de todos os tempos, entretanto, o bom mesmo é seguir o seu santo exemplo, dar tudo de nós, aos irmãos e irmãs de caminhada, e passar sempre despercebido...
Oh Glorioso São José, Rogai por todos nós! Amém!
2. Jesus aos doze anos no templo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
É difícil falar das coisas de Deus com palavras humanas. Temos, porém, que usar dos recursos de que dispomos e da linguagem com a qual nos entendemos. Na passagem que lemos de São Lucas, o evangelista fala simplesmente de “os pais de Jesus”, e Maria diz ao menino “teu pai e eu”, referindo-se a seu esposo São José. São Mateus dá um grande destaque a São José em seu Evangelho. E ele o merece pela missão que recebeu e pelo modo como a desempenhou. Foi o esposo legítimo de Maria e o pai adotivo do menino Jesus. A imagem de pai que se formou na mente humana de Jesus lhe foi transmitida por São José, o homem justo. O rosto humano do Pai do céu era o de São José.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d2
Oração Final
Pai Santo, que o exemplo de José, zeloso protetor de Maria e Jesus, nos encha de coragem para a missão de cuidar dos irmãos da caminhada – a partir dos mais pobres e dos excluídos pela sociedade – reconhecendo-lhes a dignidade de filhos teus, muito amados. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/03/2012
21 de Março de 2017