sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FAMÍLIA


A FAMÍLIA E OS NOVOS DESAFIOS - “Família, torna-te aquilo que és”

Texto de abertura do V Congresso Estadual da Pastoral Familiar


Prezados delegados (as), convidados (as) das quatro dioceses do Estado do Espírito Santo, que formam o Sub-Regional do Leste II da CNBB.

Ao tempo que os saúdo, afirmo que é motivo de uma enorme felicidade e grande honra, o V Congresso da Pastoral Família da Província Eclesiástica do Espírito Santo, na Diocese de São Mateus – ES. No ano, que a Semana Nacional da família, desenvolve o tema: “A FAMÍLIA, FORMADORA DE VALORES HUMANOS E CRISTÃOS” a Igreja Particular do Espírito Santo realiza seu congresso seu V Congresso refletindo o tema: “A Família e os novos desafios”; uma busca de unidade no pensamento e na ação evangelizadora para tornar a família aquilo que ela é.



Os congressos realizados promovem o intercâmbio entre as quatro dioceses, a comunhão nas iniciativas pastorais e de humanização dos que se colocam a serviço do Mestre Jesus.
A importância desse congresso marcar a direção do caminho que a Igreja quer constituir no cuidado com as famílias. “É tempo de reflexão e de muito trabalho” cita o Documento de Aparecida que nos pede o empenho pastoral para com as famílias.
Lembremo-nos um pouco a despedida do papa João Paulo II e o início do pontificado do papa Bento XVI que está marcando a Igreja pela preocupação com a juventude, que pensa que para aceitar Jesus Cristo é preciso deixar muito. Espero que este congresso descubra como testemunhar a alegria de ser família cristã e de como conquistar a juventude para a realidade familiar e eclesial. “(Ter o) coração aberto de alegria e testemunho de acolhida para todos”.
Concretamente, é importante frisar que as perspectivas e ações imediatas e possíveis que vêm sendo desenvolvidas pela Pastoral Familiar do Brasil são basicamente a estruturação mais consciente e com planejamento; o aumento das equipes e formação; a articulação dentro e fora da Igreja; a formação sistemática, contínua e eventual; estudos, produção e distribuição de subsídios. Enfim, vemos também que é urgente e necessário recuperar o verdadeiro sentido de família, como Deus a pensou (cf. Gn 1,26-27). O homem não tem o direito de reinventar o que Deus criou. Buscar de volta o caminho de Deus. Os pais não devem apenas falar com os filhos, mas fazer com eles um caminho de encontro pessoal e familiar com Jesus Cristo. Como assinala o Documento de Aparecida, isto requer “uma pastoral familiar intensa e vigorosa”, para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados.
Somos conscientes que atualmente a família vive num contexto de profundas mudanças muito rápidas e de alcance global. E um dos fatores determinantes desta acelerada transformação social e cultural é o enorme avanço científico e técnico, que por suas enormes possibilidades de manipulação da vida e das consciências, mediante uma ampla rede de comunicação, e quase sempre amparado pelo governo, torna-se frequentemente a causa do individualismo, do relativismo e da fragmentação da realidade. Mas, concretamente, o Documento de Aparecida refere-se ao ocultamento de Deus.
Na cultura atual, procura-se eliminar toda e qualquer referência ao sagrado ou religioso. Porém, sem Deus a realidade não é completa e necessita de unidade. Isto traz uma percepção fragmentada da realidade e uma visão unilateral sobre ela, que gera assim o que parece ser a crise mais profunda do nosso tempo. Esta é a razão pela qual muitos estudiosos de nossa época sustentam que a realidade traz inseparavelmente uma crise do sentido, diz o Documento de Aparecida. Outro obstáculo a ser superado é o ataque permanente das grandes potências que pressionam ou condicionam pela via econômica os países da América Latina a um não compromisso com a vida humana, desde o momento da concepção até a morte natural. Estas potências têm investido fortemente na legalização do Aborto, no assassinato de crianças com anencefalia, na Eutanásia, na Fertilização in vitro, na esterilização em massa, nas máquinas de camisinhas nas escolas, na manipulação e na seleção de embriões onde para supostamente viver um, deve obrigatoriamente matar muitos, em nome da ciência e da pesquisa, procurando a perfeição genética do ser humano.
Certamente, a família deve ser a grande prioridade pastoral nas dioceses e paróquias! Sem uma família respeitada e estável não pode haver organismo social sádio, equilibrado e sereno. O Documento de Aparecida também nos interpela a ajudar a família por meio de uma “pastoral familiar intensa e vigorosa”. Desta forma, a pastoral familiar poderá contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação. Tudo isso vai depender uma abertura muito grande do coração dos nossos bispos, de nós sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, agentes de pastoral, movimentos, serviços e institutos familiares. Para isso é imprescindível estudar alguns documentos, sem os quais, não creio ser possível a participação da comunidade. Enfim, sem a família não haverá uma verdadeira comunidade eclesial.
O Documento de Aparecida muito sabiamente define a pastoral familiar como sendo “um dos eixos transversais de toda ação evangelizadora da igreja”. Em junho 1990, o Papa João Paulo II, em Roma, disse aos Bispos Brasileiros que “em cada Diocese, vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero, o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo ‘investimento’ altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo apoio a uma Pastoral Familiar efetiva”.
Enfim, hoje a nossa ação evangelizadora exige um profundo ardor missionário para ajudar as famílias a não perderem de vista a sua missão primordial de ser a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade. A família participa decisivamente no desenvolvimento da sociedade. É o lugar privilegiado para forjar no coração do homem os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis. Com este V Congresso da Pastoral Familiar, conclamo a todos para que prossigam no objetivo pastoral de  Evangelizar pela Família e para a Vida, continuando com o empenho sócio-evangelizador pela promoção da vida, do matrimônio e da família, lembrando sempre do importante e insubstituível papel subsidiário da família cidadã para o bem da sociedade.
Pedimos as bênçãos de Deus, proteção de São Mateus, São Pedro, e a proteção de Nossa Senhora da Penha, Nossa Senhora da Saúde e das Vitórias, para cada família e para todas as pessoas, individualmente, dedicam suas vidas em favor da família.

São Mateus 23 de julho de 2010

Padre Fabiano Marchesini 
Assessor Eclesiástico  da
Pastoral Familiar da Diocese de São Mateus






"Família, torna-te aquilo que és!" (Beato João Paulo II)


João Paulo II às Família 

1. A familia está chamada a ser templo, ou seja, casa de oração: uma oração simples, cheia de esforço e de ternura. Uma oração que se faz vida, para que toda a vida se transforme em oração. 

2. Em uma família que reza não faltará nunca a consciência da própria vocação fundamental: a de ser um grande caminho de comunhão. 

3. A família é para os fiéis uma experiência de caminho, uma aventura cheia de surpresas, mas aberta principalmente à grande surpresa de Deus, que vem sempre de modo novo em nossa vida. 

4. O homem é essencialmente um ser social; com maior razão, pode-se dizer que é um ser "familiar". 

5. O futuro depende, em grande parte, da família, "esta porta consigo o futuro da sociedade; seu papel especialíssimo é o de contribuir eficazmente para um futuro de paz". 

6. Que toda família do mundo possa repetir com verdade o que afirma o salmista: "Vede como é doce, como é agradável conviver os irmãos reunidos" (Sl 133, 1). 

7. "O matrimônio e a família cristã edificam a Igreja. Os filhos são fruto precioso do matrimônio." (Familiaris Consortio 14, 16) 

8. A acolhida, o amor, a estima, o serviço múltiplo e unitário -material, afetivo, educativo, espiritual- a cada criança vinda a este mundo, deveria constituir sempre uma nota distintiva e irrenunciável dos cristãos, especialmente das famílias cristãs; assim as crianças, ao mesmo tempo em que crescem "em sabedoria, em estatura e em graça perante Deus e perante os homens", serão uma preciosa ajuda para a edificação da comunidade familiar para a santificação dos pais. (Familiaris Consortio, 1981) 

9. A família é "base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida" 

10. Os pais têm direitos e responsabilidades específicas na educação e na formação de seus filhos nos valores morais, especialmente na difícil idade da adolescência.




O Terço - Mistério Gozosos - Segunda-Feira e Sábado.


Terço do Rosário: Mistérios Gozosos 


Santa Valburga - 25 de Fevereiro


Santa ValburgaSanta Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor. Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.

Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.

Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.

Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.

Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.

Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.

Santa Valburga, rogai por nós!

FONTE DE PESQUISA: Canção Nova

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/02/2012

25 de Fevereiro de 2012 

Lucas 5,27-32

Comentário do Evangelho

Levi "deixou tudo" e seguiu Jesus

Jesus passa, vê Levi e lhe diz: "Segue-me". Ele levanta-se e segue-o. Temos aí um sumário literário através do qual podemos imaginar o encontro de Jesus com Levi, seus diálogos, sua amizade, o convite ao seguimento e a adesão de Levi, acontecido ao longo de horas ou dias. Lucas acentua que Levi "deixou tudo" e seguiu Jesus. Deixar tudo implica não apenas as coisas materiais, posses e riquezas, mas também os esquemas mentais que trazemos conosco através da cultura e da tradição. Estes esquemas mentais que assimilamos contêm o "vírus" da ideologia dominante que favorece os poderosos opressores e exploradores; os discípulos oriundos do judaísmo não deixaram tudo, no que se refere à sua ideologia. É Marcos quem, ao longo de seu evangelho, mais insiste na dificuldade de eles compreenderem a novidade de Jesus. Lucas também destaca que foi "um grande banquete" que Levi preparou. E que também havia "um grande número de publicanos" presente à mesa. Esta grandeza marca a novidade de Jesus acolhida pelos excluídos, porém rejeitada pelos fariseus e os escribas. 



Vivendo a Palavra

Um simples chamado – «Siga-me.» – transforma uma vida. O Evangelho escrito pela Comunidade de Mateus deixa transparecer a profundidade da conversão daquele homem. Como a Mensagem do Cristo encharcou a vida do cobrador de impostos, tão mal visto pelas autoridades religiosas do seu tempo. Uma ocasião bem oportuna para pensarmos na nossa própria conversão...



Reflexão

Nós queremos afastar os pecadores da Igreja e isso é o maior erro que podemos cometer. Jesus acolhia todos os pecadores e pecadoras e comia com eles, sendo que muitas vezes como, por exemplo, no evangelho de hoje, os chamava para ser seus seguidores, e até mesmo apóstolos. A nossa prática, no entanto, está na maioria das vezes fundamentada na discriminação das pessoas por causa de determinados tipos de pecado, e isso faz com que sejamos iguais aos fariseus do tempo de Jesus, que discriminavam os pecadores, os expulsavam do Templo e consideravam impuras todas as pessoas que se relacionavam com eles. Devemos acabar com o farisaísmo que muitas vezes marca a Igreja na discriminação dos pecadores e termos a atitude da acolhida que Jesus tinha.



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. “A alegria de Mateus...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Um cobrador de impostos deveria ser uma pessoa bem triste, de um lado era usado pelo sistema Imperialista, para arrecadar valores mas de outro, eram odiados pela maioria do povo e pela liderança dos Judeus que viam neles pessoas inescrupulosas, exploradoras e que roubavam do povo pobre e dos pequenos lavradores uma vez que, eram eles que faziam suas próprias comissões. Basta aqui lembrar de Zaqueu que após a experiência com Jesus, se mostrou disposto a restituir até quatro vezes mais, tudo o que tinha roubado...

A verdade é que, viver dessa maneira, embora se possa ter fartura de bens materiais, acaba sendo triste porque se tem poucos amigos (os da mesma laia) não se tem auto estima, não se pode contar com uma amizade sincera. Quando Jesus passou por Levi, que era o nome de Mateus, o olhou de um modo especial, não era um olhar de ódio como os demais Judeus, nem um olhar acusador que o maldiz... Mas era um olhar amigo que manifestava um amor e um afeto gratuito e incondicional.

Mateus sentiu isso, viu algo diferente em Jesus, senão não seria louco de o segui-lo, pois poderia cair em uma armadilha. Interessante porque Mateus deixa de lado naquele momento, algo que supostamente lhe dava felicidade, conforto e bem estar material, mas não o fazia feliz enquanto pessoa. Percebeu que aquele homem que o chamava tinha uma proposta inédita, talvez fosse sofrer prejuízos em sua economia, mas havia algo que aquele Homem poderia lhe oferecer, e que o faria realizar-se como pessoa, tendo a partir de então uma nova perspectiva que o dinheiro dos impostos não conseguia lhe dar.

O mesmo se pode dizer hoje do consumismo, que de maneira ilusória pode nos dar tudo, mas não nos pode fazer feliz porque Segurança e Felicidade só encontramos no Senhor.

Está explicado porque Mateus correu preparar um grande banquete para Jesus em sua casa. Ele queria comemorar a Vida nova que recebera de Jesus naquele simples chamado. Mas aí surgiu um problema... Os amigos que convidou para a festa especial eram todos da mesma laia que ele. Possivelmente foi este o primeiro trabalho de evangelização do mais novo discípulo, o evangelho não menciona, mas quem sabe quantos que estavam ali, vendo o entusiasmo de Mateus e a sua alegria incontida, e conhecendo de perto Jesus de Nazaré, que sentou à mesa com eles, comeu, bebeu e se divertiu... Não tiveram suas vidas transformadas...

Se Jesus mantivesse a compostura de um Judeu Fiel, jamais iria chamar Mateus para integrar o grupo dos discípulos, e muito menos iria a casa dele, um ambiente mal freqüentado, por gente impura e por inimigos do seu povo. É isso que os Fariseus e os Escribas não compreendem, pois no modo de pensar deles, Deus só se relaciona e traz a Salvação aos que o obedecem e cumprem a Lei de Moisés. Nem notaram que Deus estava bem ali, ao lado deles, e que a sua Misericórdia e amor pelos pecadores era a maior de todas as novidades que os homens poderiam esperar...

Qual é o Jesus que está em nossas comunidades? O moralista ou Aquele que é todo amor e misericórdia, e que sabe acolher a todos, mesmo os piores pecadores...

2. Levi "deixou tudo" e seguiu Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração


Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.



3. VIM CHAMAR OS PECADORES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A presença do Filho de Deus, na história humana, tinha uma finalidade bem concreta: trazer salvação para toda a humanidade. Fiel à missão recebida do Pai, Jesus foi em busca dos mais necessitados de salvação. Sua presença no meio dos publicanos e pecadores, com os quais comia e bebia, tinha o objetivo, claramente missionário, de sensibilizá-los para a oferta que o Pai lhes fazia.

Os marginalizados mostraram-se mais sensíveis à presença de Jesus, e mais puderam beneficiar-se dela, do que os escribas e fariseus. Fechados em sua própria arrogância, e seguros de terem a salvação garantida, estes últimos censuravam a atitude do Messias Jesus, quando ele se misturava com gente de má-fama, e dava mostras de sentir-se bem no meio deles.

Pensando bem, os que censuravam Jesus, eram os verdadeiros doentes, que careciam de médico. Segregando-se dos pecadores, revelavam uma grave falta de solidariedade e incapacidade de colocar-se do lado daqueles aos quais Deus queria ver salvos. Pensavam que, assim agindo, agradavam a Deus. Na verdade, estavam indo na contramão, pois o desejo divino era ver toda a humanidade reconciliada consigo.

A presença eficaz de Jesus junto aos pecadores deve inspirar os cristãos, uma vez que sua missão é fazer o amor de Deus fermentar este mundo que precisa ser salvo.

Oração

Espírito de solidariedade, quebra as barreiras que me impedem de ir ao encontro de quem mais carece do amor misericordioso do Pai.



Obediência a Deus é caminho de crescimento e liberdade


Postado por: homilia

fevereiro 25th, 2012



“Escute meu filho, minha filha” (Pr 1,8), Jesus está chamando você: “Vem e segue-me”. Obedeça e responda “sim”!
A obediência é, antes de tudo, uma atitude filial. É aquele tipo particular de escuta que só mesmo o filho pode prestar ao pai, porque está iluminado pela certeza de que ele só pode ter coisas boas a dizer e a dar ao filho. Uma escuta baseada na confiança paterna permite ao filho acolher a vontade do pai, certo de que esta será para o bem. Isto é imensamente mais verdadeiro em relação a Deus.
A obediência ao Senhor é caminho de crescimento e liberdade, uma vez que nos permite acolher um projeto diferente da nossa própria vontade.
Ao mesmo tempo, a liberdade é, em si, um caminho de obediência, pois é obedecendo ao plano do Pai que o filho realiza o seu ser livre. Levi, depois de chamado, responde positivamente: “Levi se levantou, deixou tudo e seguiu Jesus. Então, Levi fez para Jesus uma grande festa em sua casa”.
É claro que tal obediência exige reconhecer-se como filho e alegrar-se em sê-lo, posto que somente um filho pode se entregar livremente nas mãos do Pai, exatamente como fez Jesus. Se, durante a Sua Paixão, Jesus se entregou a Judas, aos sumos-sacerdotes, aos Seus flageladores, à multidão hostil e aos que O crucificaram, só o fez porque estava absolutamente certo de que tudo encontrava um significado na fidelidade total ao desígnio de salvação querido pelo Pai, a quem – como nos recorda são Bernardo – “não foi a morte que O agradou, mas sim a vontade d’Aquele que, espontaneamente, morria”.
Em Lucas 5,27-32, Jesus encontrou um cobrador de impostos chamado Levi e o convidou para ser Seu discípulo. Devemos, cada um em particular, entrever-se, pois o Mestre também nos chama.
Assim como Levi segue, imediatamente, Jesus e oferece um banquete a Ele e aos membros da sua classe, façamos nós o mesmo. Veja que Levi, sendo um detestado cobrador de impostos, possuía como únicos amigos outros cobradores de impostos. Nossos amigos são aqueles que conhecemos: pai, mãe, filhos, irmãos e irmãs, tios e tias, colegas, entre tantos. Convidemo-los a participar da mesa com o Mestre. Que eles partilhem de igual modo da nossa conversão.
Como Levi, sejamos obedientes ao Mestre que nos chama para Sua missão. Saibamos que a obediência ao chamado de Jesus é o único caminho de que dispõe a pessoa humana para se realizar plenamente. Quando diz “não” a Deus, a pessoa compromete o projeto divino e diminui a si mesma, destinando-se ao fracasso. Diga “sim” ao projeto do Senhor na sua vida e você e os seus viverão eternamente.
Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante e, 
com todos que 
navegam na internet, 
sigo a sugestão do Peregrino Russo: 

Senta-te em silêncio e na solidão. 
Inclina a cabeça. Fecha os olhos. 
Respira suavemente, e olha 
através da imaginação, 
para dentro do teu coração. 
Repete, respirando: 
"Senhor Jesus Cristo, tem piedade de mim". 

1. Leitura (Verdade) 

- O que a Palavra diz? 

Tomo o texto do dia, na Bíblia, e leio com atenção:
 Lc 5,27-32. 

Jesus chama um cobrador de impostos para segui-lo: Levi. E vai tomar refeição em sua casa. Isto não foi bem visto pelos fariseus que se escandalizavam de Jesus comer com os pecadores. Jesus então, lhe diz que veio para salvar os pecadores. 

2. Meditação (Caminho) 

- O que a Palavra diz para mim? 

Posso me colocar no lugar de Levi e ouvir o convite de Jesus, como também convidá-lo para vir tomar refeição comigo. Posso ainda colocar-me no meio dos fariseus e escribas que ficam observando e julgando as atitudes pensando que sempre são os melhores. 

Posso também colocar-me entre os "doentes" que precisam do "médico", dos pecadores que precisam de conversão. 

3. Oração (Vida) 

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 

Oração da Campanha da Fraternidade 2012 

Senhor Deus de amor, 
Pai de bondade, 
nós vos louvamos e agradecemos 
pelo dom da vida, 
pelo amor com que cuidais de toda a criação. 
Vosso Filho Jesus Cristo, 
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos 
e de todos os sofredores, 
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude. 
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. 
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão 
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, 
e que a saúde se difunda sobre a terra. 
Amém. 

4. Contemplação/ Missão (Vida) 

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? 

Viverei hoje como Levi, aceitando o convite de Jesus e convidando-o a vir à minha casa, ao meu coração. 

Bênção irlandesa 

Que a estrada se abra à sua frente, 
Que o vento sopre levemente às suas costas 
Que o sol brilhe morno e suave em sua face, 
Que a chuva caia de mansinho em 
seus campos... 
E, até que nos 
encontremos de novo, 
Que Deus lhe guarde na 
palma de suas mãos. 

I. Patrícia Silva, fsp 

Oração Final

Pai Santo, faze-me ouvir o chamado feito a Levi. E dá-me força, coragem e perseverança para seguir esse apelo, tornando-me um novo Mateus, seguidor fiel e entusiasmado do Caminho; anunciador alegre da Vida e defensor da Verdade do Cristo Jesus – teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive, na unidade do Espírito Santo.


LITURGIA DIÁRIA - 25/02/2012



Levi deixou tudo, levantou-se, e seguiu a Jesus.

Já no limiar do tempo da quaresma, a liturgia de hoje mostra Isaías, que ontem expunha sua visão renovada sobre o jejum, proclamando a importância do preceito sobre o dia de Sábado, outro pilar que sustentava a fé e a tradição dos filhos de Israel.



Primeira leitura (Isaías 58,9b-14)

Sábado, 25 de Fevereiro de 2012
Sábado depois das Cinzas


Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Assim fala o Senhor, 9bse destruíres teus instrumentos de opressão, e deixares os hábitos autoritários e a linguagem maldosa; 10se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia. 
11O Senhor te conduzirá sempre e saciará tua sede na aridez da vida, e renovará o vigor do teu corpo; serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas que jamais secarão.12Teu povo reconstruirá as ruínas antigas; tu levantarás os fundamentos das gerações passadas: serás chamado reconstrutor de ruínas, restaurador de caminhos, nas terras a povoar.
13Se não puseres o pé fora de casa no sábado, nem tratares de negócios em meu dia santo, se considerares o sábado teu dia favorito, o dia glorioso, consagrado ao Senhor, se o honrares, pondo de lado atividades, negócios e conversações, 14então te deleitarás no Senhor; eu te farei transportar sobre as alturas da terra e desfrutar a herança de Jacó, teu pai. Falou a boca do Senhor. 

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 85)

Sábado, 25 de Fevereiro de 2012 
Sábado depois das Cinzas


— Ensinai-me os vossos caminhos e na vossa verdade andarei.
— Ensinai-me os vossos caminhos e na vossa verdade andarei.

— Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! Protegei-me, que sou vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus, que espera e confia em vós!
— Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo, pois a vós eu elevo a minh’alma.
— Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!


Evangelho (Lucas 5,27-32

)


Sábado, 25 de Fevereiro de 2012
Sábado depois das Cinzas




Jesus vai à festa na casa de Levi 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: “Segue-me”. 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu.
29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?”
31Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Quem é Maria


Como era a família de Maria? 


Como foi sua infância?

 E sua formação? 

Como era seu rosto? 

Sua altura? 

Seu temperamento? 

O que fazia antes da Anunciação? 

O que fez depois?

Os evangelistas não escreveram uma biografia de Maria. Para nós, que gostamos de conhecer detalhes da vida de pessoas importantes, isso é um tanto decepcionante. Não só os evangelhos, mas a Bíblia tem uma finalidade bem precisa: testemunhar a fé de um povo que foi chamado por Deus a uma aliança de amor.

O Novo testamento não é a "História de Maria". Quem está em seu coração é Jesus. São poucas as passagens bíblicas referentes à Maria. Mesmo quando é mencionada, normalmente não é ela o centro do acontecimento descrito.O que a palavra de Deus nos mostra é que Maria Santíssima esteve presente, mesmo de forma discreta, nos momentos centrais da História da Salvação: a encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucificação e o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo.

Encontramos maior número de informações a seu respeito nos evangelhos de Lucas e Mateus, que dedicam mais espaço a infância de Jesus. Além dos dados, na verdade escassos, fornecidos pelos Evangelhos, a tradição cristã extraiu outros dos Evangelhos apócrifos, por exemplo dos referentes à infância de Jesus, como o Proto-evangelho de Tiago, do “Trânsito da Bem-Aventurada Virgem Maria” e do “Apocalipse da Virgem Maria.

O Novo Testamento nos diz que Maria era uma humilde mulher do povo hebreu, era uma pessoa concreta, historicamente verossímil e longe de ser uma invenção fantasiosa. Os dados estritamente biográficos derivados desse texto informam-nos que era uma jovem pertencente à tribo de Judá e a descendência de Davi; nasceu provavelmente em Jerusalém, casou-se com um carpinteiro, José, passando a residir em Nazaré, uma aldeia da Galiléia, da qual saiu para submeter-se ao recenseamento em Belém. Na época de Herodes, deu à luz um filho, Jesus, e foi obrigada a defendê-lo da tirania do rei, primeiro fugindo para o Egito e depois buscando refúgio em Nazaré.

A historicidade de Maria, confirmada por recentes descobertas, faz desta mulher a grande realidade da encarnação de Cristo. O lugar que Maria ocupa na Bíblia é discreto: ela está ali totalmente em função de Cristo e não por si mesma.

A Virgem Maria é um sol que ilumina sem ofuscar; sem fazer milagres na terra, limita-se a ser Mãe. Assim como dá à luz o seu Filho em Belém, no calvário dá à luz espiritualmente a todos nós, que somos irmãos do seu Filho, tornando-se, na figura de João, a Mãe de cada um de nós.



Fonte consultada: Com Maria, a Mãe de Jesus/Murilo S.R. Krieger - São Paulo: Paulinas, 2001


Sábado, dia dedicado a Nossa Senhora



"Que em cada um de vós haja a alma de Maria para
bendizer o Senhor; e em cada um de vós esteja o seu
espírito, para exultar em Deus!"
(Santo Ambrósio)


A Igreja dedica o Sábado a Nossa Senhora porque foi no 1° Sábado Santo que ela viveu sem Jesus, com Jesus morto.
Após o escurecer de Sexta-Feira Santa, quando a enorme pedra fechou a boca da sepultura, Maria passou a ficar sem Jesus, sem o amado Filho. Naquele momento, para ela o tempo parou. Foi o Sábado do grande e doloroso repouso, o Sábado do grande silêncio, o Sábado da grande solidão, da morte e do luto. Foi o único dia de sua preciosa vida, que ela viveu sem ter Jesus vivo. Foi o Sábado da imensa dor de Maria.
Para consolá-la por tamanha dor a Igreja decidiu dedicar-lhe todos os sábados, com a intenção de confortá-la e compensá-la pela morte do amado Filho. Os outros filhos adotivos se apresentam para consolá-la. Portanto, o Sábado é consagrado a Maria para alegrá-la em sua solidão e tristeza. O Sábado mariano é como aurora: ele antecede e anuncia o aparecimento do Domingo, o dia do Sol Divino, Jesus.

Fonte: Pe. Antonio Lorenzatto, Livro da Família 1997.