ANO B
SÃO JOSÉ - ESPOSO DE MARIA E PADROEIRO DA IGREJA
Mt 1,16.18-21.24a
Comentário do Evangelho
Anúncio a José
Enquanto no evangelho de Lucas o anúncio do anjo é feito a Maria, no evangelho de Mateus este anúncio é feito a José. A narrativa de Mateus, com caráter teológico, se fosse interpretada historicamente, levaria à tristeza ao pensar-se nas dúvidas e sofrimentos de José.
José, de estirpe davídica conforme a genealogia, tinha Maria em promessa de casamento. Dela, que está fora da genealogia, nascerá Jesus, virginalmente. José, um justo, representa os judeus sinceros. Maria representa a novidade de Jesus nas comunidades cristãs. Porém, o novo que surge escapa à compreensão de José. Para não denunciá-la, resolve romper o vínculo que os unia. Contudo, iluminado pelo anjo, percebe que se trata de obra de Deus e resolve acolhê-la. A mensagem teológica de Mateus é que os judeus devem aceitar as novas comunidades cristãs, vendo nelas a obra de Deus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
Comentário do Evangelho
A missão de José
Para a nossa breve reflexão vamos tomar o texto de Mateus. O trecho trata da missão de José. A importância do papel de José (vv. 18.19.20.24.25) consiste no fato de que ele tem por tarefa inserir seu filho na linhagem de seus ancestrais, no povo eleito de Deus. José era um homem "justo" (cf. v. 19) - conhecendo por revelação a origem divina do filho (v. 18) - e julga não poder receber na sua casa alguém que o Senhor reservou para si; por isso, procura despedir Maria secretamente (cf. v. 19). Ele é obediente: "Quando acordou, José fez exatamente conforme o anjo do Senhor tinha mandado" (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
Comentário do Evangelho
Era um homem justo
Celebramos, hoje, a festa de São José. O Novo Testamento reserva a ele somente umas poucas linhas. Dele se diz, fundamentalmente, que era um homem justo. Na linguagem bíblica “justo” é aquele que vive em conformidade com a Lei do Senhor. Mateus, sobretudo, esclarece que ele fez “tudo conforme o anjo lhe havia dito” (Mt 1,24; 2,13-14.19-23). O pouco que dele se diz, no entanto, é suficiente para reconhecer a razão de sua eleição de ser o pai do Filho de Deus segundo a carne, a saber, sua fidelidade a Deus, sua docilidade em se deixar conduzir pelo desígnio de Deus. O evangelho escolhido para este dia é a transição entre a infância e a idade adulta de Jesus. É a idade da maturidade da fé, 12 anos, em que Jesus, assim como todos os meninos da sua idade, se tornam “filhos do preceito”. Sua permanência no Templo e o diálogo entre ele e seus pais servem, nesse momento importante de sua vida de fé, para afirmar a que sua vida está referida e quem a move, de fato. A vida de Jesus, desde a sua origem, está enraizada no Pai; toda a sua vida se destina a realizar a vontade de Deus. Se por ora seus pais, segundo a carne, não compreendem, é porque eles têm de percorrer o caminho do seu Filho, para que à luz da ressurreição possam compreender a verdadeira identidade e missão daquele que geraram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
Vivendo a Palavra
O Evangelho não registra palavra alguma de José. Em silêncio ele participou, como mostra o texto de hoje, do grande Mistério da Encarnação do Verbo. Com Maria, José construiu nosso modelo de família – lugar onde acontece a fraternidade e é o berço natural para o nascimento do Cristo que quer morar em nós e entre nós.
Vivendo a Palavra
A força interior de José, sua fé sem questionamentos, o silêncio humilde e a proteção eficaz à Sagrada Família fazem dele o Patrono da Igreja e modelo a ser seguido por todos nós, que nos dizemos e desejamos ser os discípulos evangelizadores deste século 21.
VIVENDO A PALAVRA
A força interior de José, sua fé sem questionamentos, o silêncio humilde e a proteção eficaz à Sagrada Família fazem dele o Patrono da Igreja e modelo a ser seguido por todos nós, que nos dizemos e desejamos ser os discípulos de Jesus de Nazaré, evangelizadores neste século 21.
vIVENDO A PALAVRa
O Evangelho não registra palavra alguma do casto carpinteiro. José participou em silêncio, como mostra o texto de hoje, do grande Mistério da Encarnação do Verbo. Ao lado de Maria e do Divino Menino, José construiu nosso modelo de família – lugar onde a fraternidade acontece e é o berço natural para o crescimento do Cristo, que quer morar nos nossos corações.
Reflexão
São José deve servir de modelo para todos nós. O Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida, José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus. Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar realizar a vontade de Deus, e não a nossa.
Reflexão
Último patriarca a receber comunicações via sonhos e declarado patrono da Igreja universal por Pio IX, São José é pai adotivo e guarda do menino Jesus e colocado como chefe da Família de Nazaré. Ele estabelece a ligação de Jesus à descendência de Davi. Os Evangelhos pouco falam de José. As poucas menções revelam que ele era carpinteiro, descendente da tribo de Davi, homem justo. Foi uma figura silenciosa, mas muito presente na infância e adolescência de Jesus. O episódio do encontro de Jesus no templo é o Evangelho proposto para esta solenidade. O relato mostra José acompanhando sua família até Jerusalém, mas o centro da narrativa é Jesus. Mesmo tendo pais terrenos, Jesus mostra, desde pequeno, sua relação filial com Deus, seu Pai. Interrogado pela mãe, ele responde que deve se preocupar com as coisas do seu Pai. Seguir a vontade de Deus pode significar ir além dos limitados horizontes da família. Jesus volta com sua família e convive com ela até o dia em que assumirá sua missão profética e missionária.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
Último patriarca a receber comunicações via sonhos e declarado patrono da Igreja universal por Pio IX, São José é pai adotivo e guarda do menino Jesus, tendo sido colocado como chefe da Família de Nazaré. Ele estabelece a ligação de Jesus à descendência de Davi. Os evangelhos pouco falam de José. As poucas menções revelam que ele era carpinteiro, descendente da tribo de Davi, homem justo. Foi uma figura silenciosa, mas muito presente na infância e adolescência de Jesus. O episódio do encontro de Jesus no Templo é o evangelho proposto para esta solenidade. O relato mostra José acompanhando sua família até Jerusalém, mas o centro da narrativa é Jesus. Mesmo tendo pais terrenos, Jesus mostra, desde pequeno, sua relação filial com Deus, seu Pai. Interrogado pela mãe, ele responde que deve se preocupar com as coisas do seu Pai. Seguir a vontade de Deus pode significar ir além dos limitados horizontes da família. Jesus volta com sua família e convive com ela até o dia em que assumirá sua missão profética e missionária.
Oração
Ó Jesus adolescente, aos doutores da Lei escutas com atenção e interrogas com inteligência, no Templo de Jerusalém. És aprendiz, mas, acima de tudo, és Mestre, porque falas a respeito das realidades do teu Pai celeste. Dá-nos, Senhor, abertura de coração para acolher e praticar teus ensinamentos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Reflexão
José era um “homem justo”, uma pessoa honrada, temente a Deus. Mesmo não compreendendo a gravidez de Maria, José manteve uma atitude de discrição e respeito. Até que, em sonho, o Senhor lhe desvendou o mistério (cf. Mt 1,20-21). José foi desafiado a percorrer o caminho da fé, pois estava a serviço de uma história que ultrapassava seus projetos pessoais. Estava a serviço da história da salvação. Protegeu Maria e seu filho da cruel perseguição de Herodes. Viveu momentos de aflição quando perdeu de vista o adolescente Jesus, encontrando-o depois no Templo. Numa palavra, José viveu em constante sintonia com Deus, ao lado de Maria, e, com ela, velava atentamente os passos de Jesus, que “crescia e fi cava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2,40).
Oração
Ó Jesus adolescente, aos doutores da Lei escutas com atenção e os interrogas com inteligência, no templo de Jerusalém. És aprendiz, mas, acima de tudo, és Mestre, porque falas a respeito das realidades do Pai celeste. Dá-nos, Senhor, abertura de coração para acolher e praticar teus ensinamentos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Recadinho
Você tem devoção a S. José? Se tem, em que consiste? - S. José teve uma vida atribulada, mas confiou no Espírito Santo. Como é sua confiança nas luzes do Espírito? - Diante de seus problemas e tribulações, não ficaria mais confiante se refletisse sobre a vida de S. José? - Para ele não foi fácil vencer as tribulações. Mas soube confiar nos planos de Deus. E você, como age diante de suas tribulações? - S. José cuidou do Menino Jesus, de Maria e de tudo o que envolvia aquele lar. Que contribuição você dá para que haja paz e bem e seu lar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
Enquanto no Evangelho de Lucas a anunciação da concepção virginal de Jesus é feita a Maria, em Mateus o anúncio dirige-se a José. José é apresentado por uma genealogia elaborada por Mateus, a fim de sugerir a origem davídica de Jesus. Ele pretende, assim, contemplar sua comunidade formada por convertidos oriundos do judaísmo. O texto de Mateus nos apresenta um drama. O sofrimento de José pela constatação da gravidez daquela que lhe estava prometida em casamento e que ele amava. Parece que o anjo tardou em seu anúncio. Só se comunica quando José, no auge de seu sofrimento, resolve despedir Maria. Percebe-se que se trata de um texto teológico de Mateus, despreocupado com as implicações afetivas. O conteúdo é o convite do anjo a José para que assuma a paternidade legal da concepção divina de Maria.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
Meditando o evangelho
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
A perícope evangélica da concepção virginal de Jesus tem sido objeto de controvérsia. As interpretações são desencontradas tanto por desconhecermos elementos fundamentais para compreendê-la, o que não acontecia com as comunidades primitivas, quanto por projetarmos nossos preconceitos sobre o texto bíblico.
O Evangelho detém-se na soleira do mistério insondável de Deus, numa atitude de respeito e reverência, sem se importar com especulações de caráter anatômico ou fisiológico. Só lhe interessam os elementos teológico-espirituais deste dado da fé da Igreja.
Jesus não entra na História como resultado do esforço humano de construir a própria salvação. Ele tem sua origem em Deus, em quem toda a sua existência está alicerçada.
Sua origem evoca o relato da criação, no Gênesis, onde tudo existe pela vontade soberana de Deus. Jesus, e com ele a salvação da humanidade, é a derradeira obra divina.
Jesus é o dom de Deus a ser acolhido pela humanidade. Torna-se, portanto, inútil qualquer esforço humano de construir a salvação pelas próprias mãos. O ser humano só pode salvar-se por obra de Deus. Qualquer outro caminho estará fadado ao fracasso.
A referência ao Espírito Santo aponta para um tipo de ação inefável e misteriosa de Deus em relação à mãe do Messias. O mesmo Espírito Santo, instrumento da ação divina desde os primórdios da Criação, fez-se também presente quando do nascimento do Messias Jesus. A esta força divina é que se deve sua presença no mundo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. São José
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Enquanto no Evangelho de Lucas a anunciação da concepção virginal de Jesus é feita a Maria, em Mateus o anúncio dirige-se a José. José é apresentado por uma genealogia elaborada por Mateus, a fim de sugerir a origem davídica de Jesus. Ele pretende, assim, contemplar sua comunidade formada por convertidos oriundos do judaísmo.
O texto de Mateus nos apresenta um drama. O sofrimento de José pela constatação da gravidez daquela que lhe estava prometida em casamento e que ele amava. Parece que o anjo tardou em seu anúncio. Só se comunica quando José, no auge de seu sofrimento, resolve despedir Maria. Percebe-se que se trata de um texto teológico de Mateus, despreocupado com as implicações afetivas. O conteúdo é o convite do anjo a José para que assuma a paternidade legal da concepção divina de Maria.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado
José era justo, o que significa que ele era um homem de virtudes e de caráter. Esta afirmação de São Mateus em relação a São José equivale ao que hoje dizemos dos candidatos a “santo” na Igreja Católica. São pessoas que praticaram as virtudes de forma heroica. Quais virtudes? As virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, e as virtudes cardiais da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança. Quando vemos tais qualidades numa pessoa, podemos dizer que estamos caminhando com um santo. A encarnação do Filho de Deus no Evangelho de São Mateus é marcada pela presença de São José. Ele é verdadeiramente o pai da Sagrada Família, como é o pai da Santa Igreja. Deus lhe concedeu aparições de um Anjo que o pôs de pé e o orientou nas etapas difíceis da história humana do Menino Jesus. A graça da aparição renova sua força de decisão e o faz ir para a frente, assumindo com coragem a missão que Deus lhe confiou.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Depois de três dias o encontraram no templo, sentado entre os mestres - Mt 1,16.18-21.24a
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus adolescente se comporta naturalmente como um adolescente, embora, na visão do teólogo, ele estivesse ocupado em assuntos de seu Pai do Céu. José e Maria se comportam como pais, preocupados com o filho. Maria fala em nome do casal. O evangelista se refere a José como pai, e de fato era, porque não era só de nome, mesmo sem ter gerado o menino. De Jerusalém foram para Nazaré, e Jesus era obediente a eles. Assim, Jesus de Nazaré, Maria e José viveram como vivemos todos nós. E Jesus era Salvador, tanto no que chamamos de vida oculta quanto na vida pública. Não foram trinta anos perdidos. Emanuel, Deus vivendo conosco a vida humana.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O discreto José...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
É admirável em São José, esposo de Maria e Pai adotivo do menino Jesus, a sua discrição. É o homem do silêncio, mesmo em momentos como este, narrado pelo evangelho, onde poderia, quem sabe, usar da sua autoridade de Pai para dar uma "dura" no menino que ficou no templo sem sua prévia autorização. Na maioria dos relatos que o envolvem, e que são bem poucos, menos que Maria, o nosso "Bom José" entra mudo e sai calado. Não é que seja tímido e não queira se expor, é que José, este Santo Homem venerado no mundo inteiro, sabia ocupar o seu lugar na comunidade. Também é necessário nos lembrar que, diferente de Maria, José não havia sido preservado do pecado, era um homem comum, iguais a todos os outros do seu tempo, entretanto, era diferente de todos em sua vida de Fé.
Em nossas comunidades conhecemos pessoas que se identificam muito com José, dão o melhor de si, mas sempre muito discretamente, sem muito alarde cumprem um papel importante na caminhada da igreja, cientes de estarem cumprindo a Vontade de Deus. Um certo dia fui ao velório de um irmão Vicentino e fiquei pasmo em ver a presença de um grande número de assistidos por ele, que sofriam com a sua morte, uma senhora bem pobrezinha disse chorando que "Ele dava-nos muito mais do que uma cesta básica...nos valorizava e nos fazia sentir importantes, pelo jeito com que nos tratava". Pensei comigo mesmo que ele poderia ter sido um coordenador da comunidade, mas o meu pároco, muito sabiamente comentou "Ele era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse...". Penso que São José também era exatamente aquilo que Deus queria que ele fosse...
São José é Patrono da nossa Igreja, e se Maria Santíssima é a primeira cristã, José merece o título de primeiro agente de Pastoral pois sua missão foi servir Maria e a ela se dedicou de tal forma que mudou os planos de sua vida para poder ficar para sempre ao seu lado. Evidentemente ocupou na vida de Jesus o lugar de Pai, ensinando-o a sobreviver transmitindo-lhe seus conhecimentos de artesão e carpinteiro.
Teve uma morte Santa, não se sabe exatamente em que momento, pois quando Jesus iniciou sua vida pública, já era falecido. A morte santa não é só pelo simples fato de ter morrido nos braços de Jesus e de Maria, mas por tê-los servido durante a sua vida, sendo um homem justo e reto. Nem Jose e nem Maria nunca quiseram ser na comunidade o centro das atenções, tinham razões de sobra para fazê-lo mas preferiram o anonimato, seguindo a mesma linha de conduta de João Batista, o Precursor "E preciso que Ele cresça e eu desapareça".
Admirar José e tê-lo com Padroeiro ou o Santo da nossa devoção, deve fazer parte da piedade cristã de todos os tempos, entretanto, o bom mesmo é seguir o seu santo exemplo, dar tudo de nós, aos irmãos e irmãs de caminhada, e passar sempre desapercebidos....
2. José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado - Mt 1,16.18-21.24a
José era justo, o que significa que ele era um homem de virtudes e de caráter. Esta afirmação de São Mateus em relação a São José equivale ao que hoje dizemos dos candidatos a “santo” na Igreja Católica. São pessoas que praticaram as virtudes de forma heroica. Quais virtudes? As virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, e as virtudes cardiais da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança. Quando vemos tais qualidades numa pessoa, podemos dizer que estamos caminhando com um santo. A encarnação do Filho de Deus no Evangelho de São Mateus é marcada pela presença de São José. Ele é verdadeiramente o pai da Sagrada Família, como é o pai da Santa Igreja. Deus lhe concedeu aparições de um Anjo que o pôs de pé e o orientou nas etapas difíceis da história humana do Menino Jesus. A graça da aparição renova sua força de decisão e o faz ir para a frente, assumindo com coragem a missão que Deus lhe confiou.
HOMILIA
A GRAÇA DE SER PAI DE JESUS Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51
É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a divina providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto se verificou de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se, portanto, toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir a ela, deve a São José uma singular gratidão e reverência.
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança, nele a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a divina condescendência lhes tinha prometido.
E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Por isso não é sem motivo que o Senhor lhe diz: Entra na alegria do teu Senhor. De fato, apesar de ser a alegria da bem-aventurança eterna que entra no coração do homem, o Senhor prefere dizer-lhe: Entra na alegria, para insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o circunda de todos os lados e o absorve e submerge como abismo sem fim.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim! Amen!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
Lembrai-vos de nós, São José!
Postado por: homilia
março 19th, 2013
É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a Divina Providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto se verificou de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor”.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se, portanto, toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir, deve a São José uma singular gratidão e reverência.
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança. Nele, a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a Divina Condescendência lhes tinha prometido. E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Por isso não é sem motivo que o Senhor lhe diz: “Entra na alegria do teu Senhor”. De fato, apesar de ser a alegria da bem-aventurança eterna que entra no coração do homem, o Senhor prefere dizer-lhe: “Entra na alegria”, para insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o circunda de todos os lados e o absorve e submerge como abismo sem fim.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim! Amém.
Padre Bantu Mendonça
Que São José seja o guardião da nossa família!
HOMILIA DIÁRIA
Que São José seja o guardião da nossa família!
São José, cuide da minha casa, cuide da minha família, cuide dos meus, porque o senhor soube cuidar, proteger e amar os Tesouros mais preciosos de Deus. O senhor foi o guardião da Sagrada Família, seja também o guardião da minha família!
”José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mateus 1,20).
A Igreja celebra hoje em todo o mundo o seu patrono: São José, o esposo de Maria, o pai adotivo de Jesus. Ah, São José, como nós temos que aprender com o senhor, homem fiel, justo e temente a Deus! Como a nossa Igreja, como a nossa família, como todos nós precisamos aprender com o senhor, São José! Como nós precisamos que o senhor venha nos ensinar o caminho da fidelidade a Deus, mesmo àquilo que nós não conseguimos compreender. Porque sabemos, São José, que não foi fácil no primeiro momento, até o fim da sua vida, compreender os desígnios de Deus, mas mesmo assim o senhor a Ele foi fiel até a morte.
Celebramos hoje São José, meus queridos irmãos e irmãs, como modelo para toda a Igreja, primeiro porque ele é o guardião da Sagrada Família por ter cuidado dos tesouros mais preciosos de Deus aqui na Terra. O primeiro Tesouro do qual ele cuidou foi Jesus; José não era o pai de Jesus no sentido genético da palavra, porque Jesus havia sido concebido no ventre de Maria por obra do Espírito Santo de Deus (cf. Mt 1,20), no entanto, ele aceitou cuidar deste Menino e dar a vida por Ele, educá-Lo, formá-Lo. José ensinou Jesus a trabalhar, a falar, a andar; tudo aquilo que um pai precisa ser para um filho José o foi para Jesus.
São José também cuidou do outro tesouro precioso do Pai: a Virgem Maria. Aquela que permaneceu pura, intacta, toda de Deus, teve um homem que foi companheiro neste caminho: São José. No primeiro momento, José não compreendeu aquilo que Deus estava fazendo em Maria; que fora separada e chamada para ser toda de Deus, ele não queria atrapalhar aquilo que o Todo-poderoso poderia fazer nela, porque nem ele mesmo entendia. Por isso, de forma silenciosa, justa, sem querer difamá-la ou entregá-la, José se entrega à oração e ali no silêncio da oração o anjo lhe diz: "Não temas, Jose, em receber Maria em sua casa, tudo que nela se realiza é obra do Espírito!" (Mt 1,20). E assim, o pai adotivo de Jesus a recebeu em sua casa.
São José nos ensina hoje que, quem quer receber Jesus, precisa receber também Sua Mãe, esse tesouro precioso do Senhor. José, companheiro; José, amigo; José, homem de Deus!
Queira, hoje, olhar para São José e pedir por todos os homens. Sim, como nós homens precisamos de um modelo de homem que nos ensine a viver a oração e a fidelidade a Deus! São José precisa ensinar aos homens casados a ter paciência, a ter compreensão com suas esposas, com suas mulheres. Cada um precisa olhar para São José e dizer: ”Valei-me, São José! Ensine-me a ser um homem segundo o coração de Deus”.
Toda a família, todos os homens e mulheres devem olhar para este santo e dizer: ”São José, cuide da minha casa, cuide da minha família, cuide dos meus, porque o senhor soube cuidar, proteger e amar os Tesouros mais preciosos de Deus. O senhor foi o guardião da Sagrada Família, seja também o guardião da minha família!”.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
São José intercede por todas as famílias
Precisamos da intercessão poderosa de São José para que as famílias tenham paz, saúde e proteção
“José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mateus 1,20).
Hoje, celebramos São José. Ele é o pai adotivo de Jesus, ele é o esposo da Virgem Maria, é o guardião de toda a Igreja Universal, o protetor de nossas famílias e de nossas casas. Por isso, o nosso coração, hoje, dá uma pausa na vivência quaresmal para celebrarmos, de forma solene, aquele que é o pai adotivo ou patrono de toda a Igreja.
Olhemos para José na perspectiva da salvação, aquele que é um colaborador no plano divino, sendo o responsável por cuidar da vida humana de Jesus, garantir que Ele tenha um pai, que tenha segurança, proteção, amor e ternura paterna. Como é necessária essa presença de José!
Deus é Pai e quis que Seu Filho tivesse um pai também aqui na Terra; e José cumpriu esse papel de forma sublime, ele se desdobrou para ser o pai do Filho de Deus, encarnado e humano no meio de nós.
José cuidou do outro tesouro precioso do coração de Deus, que é a Mãe de Jesus, a bem-aventurada, a sempre Virgem Maria. Ele foi o companheiro dela, foi seu protetor, seu amigo e, acima de tudo, seu irmão na fé. José foi aquele que esteve com Maria para ajudá-la a cuidar de Jesus, a ser a Mãe mais viva e mais presente na vida de Cristo, tendo um companheiro ao seu lado.
José é um homem puro, casto, justo e correto, é modelo de obediência a Deus acima de todas as coisas. A Igreja caminha na obediência a Deus, e tem em São José seu inspirador, seu modelo e patrono.
Olhemos para as famílias! Como precisamos da intercessão poderosa de São José para que as famílias tenham paz, saúde, proteção e, sobretudo, o consolo e a proteção divina!
Quando as coisas não estiverem bem, quando tivermos sinais desesperadores, quando não entendermos o que acontece em nossa vida, temos São José, o justo, aquele que se submete à vontade de Deus.
Homem de plena confiança em Deus, ensine nossos pais, ensine a cada um de nós a colocarmos somente em Deus a nossa confiança.
Valei-nos, São José!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
José, operário do Reino de Deus, rogai por nós!
“José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque Ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mateus 1,20).
Hoje, temos a alegria de celebrar São José, o pai adotivo de Jesus, o esposo da Virgem Maria, o patrono e guardião de toda a Santa Igreja. Modelo de homem, modelo daqueles que são servidores do Evangelho.
Olho para José e vejo o homem justo, temente a Deus e fiel ao Senhor em todas as coisas. José até quando não compreendeu, temeu, obedeceu, baixou a cabeça para procurar compreender o que era de Deus. José, o homem servidor, não colocou seus interesses, sua vontade acima de nada, mas se colocou como servidor de Deus para todas as situações.
José, operário do Reino de Deus, não só o operário trabalhador com as suas mãos humanas, como o bom carpinteiro que era, mas foi o operário fundamental para ser a presença de pai, a presença humana, presença de homem na vida do menino, do adolescente e do jovem Jesus.
José, o companheiro de Maria, o esposo, o amigo, aquele que esteve ao lado para cobrir as fragilidades em uma época e sociedade onde a mulher era um ser muito frágil. Ali estava José, companheiro para todas as horas, mesmo quando não compreendeu o segredo belo e profundo entre Maria e Deus, ele, simplesmente, baixou a cabeça e obedeceu.
Queremos São José em nossas casas, em nossas famílias, na Igreja; queremos José guardião da humanidade e da sociedade
Olhemos para José, o homem temente a Deus, a ele foi confiado os tesouros mais preciosos do Reino dos Céus. A José foi confiada a paternidade de Jesus, o Filho eterno de Deus.
José cuidou, amou, protegeu, ensinou e educou Jesus. A José foi confiado o cuidado de Maria, a Mãe de Jesus, a esposa do Espírito Santo, a serva fiel do Senhor.
Olhemos para José, aquele que se guardou para Deus e guardou tudo o que tinha para o Senhor. Ele não guardou nada para si, não reteve nada para ele, não se deixou levar pelas suas vontades, mas procurou em tudo fazer a vontade do Pai.
Queremos José em nossas casas, em nossas famílias, na igreja; queremos José guardião da humanidade e da sociedade. Queremos José, guardião de nossos lares.
Rezemos: “Dê-nos, Senhor, mais homens como José, servos, obedientes, tementes a Sua Palavra. Coloque, no coração dos homens, o desejo de olharmos para José e sermos fiéis. Bons homens em nossas casas, em nossos lares, em nossas famílias, na sociedade, construtores do Reino dos Céus, bons operários da messe eterna. São José, valei-nos!”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, que entregaste teu Filho Unigênito aos cuidados de José, dá-nos força e coragem para imitar as virtudes que ele viveu: humildade, silêncio, entrega incondicional da vida nas tuas mãos, coragem para vencer preconceitos e dedicação sem medidas à causa do teu Reino de Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Oração Final
Pai Santo, lembramos com carinho de José, a quem entregaste o cuidado de Maria e Jesus. Com ardor desejamos seguir seu modelo ao nos relacionarmos com os companheiros de jornada. Faze-nos humildes, discretos e zelosos como José, nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, lembramos com carinho de José, a quem entregaste o cuidado de Maria e do Menino Jesus. Com ardor desejamos seguir seu modelo ao nos relacionarmos com os companheiros de jornada. Faze-nos humildes, discretos e zelosos como José, nós Te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
oRAÇÃO FINAl
Pai nosso, que és o nosso Deus e Rochedo Salvador! Tu, que entregaste o Filho amado, feito humano no Menino Jesus, aos cuidados de José, dá-nos força e coragem para imitar as virtudes que nosso santo Padroeiro encarnou: humildade, silêncio, entrega incondicional da vida nas tuas Mãos, coragem para superar preconceitos e dedicação sem medidas à causa do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
OU
Jesus adolescente no Templo
Lc 2,41-51a
Vivendo a Palavra
Os evangelistas não registram sequer uma palavra de José. Nós, que vivemos no tempo chamado ‘da comunicação’, confundimos, às vezes, boa comunicação com fartura de palavras. São José nos mostra que não é assim: sem nada dizer, lega para nós, a Igreja, seu exemplo de fidelidade no cumprimento da missão.
Comentário do Evangelho
"Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?”
O relato de Jesus no Templo, aos doze anos, idade em que Jesus assume as obrigações legais tornando-se “filho do preceito”, é a transição dos relatos da infância para o relato do seu batismo e de toda a sua missão. Todo o episódio está centrado na primeira palavra de Jesus que, por sua vez, está voltada para o futuro, e não para a sua infância: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?” (v. 49). Esta palavra confirma a mensagem do anúncio do nascimento de Jesus: “… será chamado Filho de Deus” (1,35), e é prelúdio das revelações do evangelho.
Maria e José não compreenderam o que ele lhes dissera, e sua mãe “guardava todas estas coisas no coração”. Maria, como também José, terá que fazer a mesma peregrinação pela qual se chega à compreensão do mistério da encarnação e do nascimento de Jesus. Será preciso acompanhar o desenvolvimento do filho, passar a vida com ele, sofrer com ele a paixão, experimentar a ruptura da morte, para que no advento da Luz da ressurreição ela possa compreender o mistério daquele que ela gerou.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
Vivendo a Palavra
Os evangelistas não registram sequer uma palavra de José. Nós, que vivemos no tempo chamado ‘da comunicação’, confundimos, às vezes, boa comunicação com fartura de palavras. São José nos mostra que não é assim: sem nada dizer, lega para nós, a Igreja, seu exemplo de fidelidade no cumprimento da missão.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A CORAGEM DO MESSIAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Na medida em que avançava no seu ministério, levantavam-se, para Jesus, toda espécie de barreiras. Seus adversários sentiam-se questionados por ele, e não sabiam como enfrentá-lo, na base do diálogo. Os argumentos do Mestre deixavam-nos desarmados. E eles não tinham a quem apelar, mesmo recorrendo à sabedoria que pensavam possuir.
A decisão de matar Jesus visava eliminar o mal pela raiz. Seria uma maneira de fazer calar, para sempre, aquela voz incômoda, banindo-o do meio do povo. Recorrendo à violência, os inimigos de Jesus pensavam resolver um problema com o qual recusavam defrontar-se: é possível Deus fazer-se presente na história humana, na pessoa de um homem?
Apesar de se precaver, o Mestre não se deixou levar pelo medo. Antes, mostrou-se suficientemente corajoso para defrontar-se, cara-a-cara, com quem ameaçava tirar-lhe a vida. O templo de Jerusalém foi o palco do confronto. Aí ele se pôs a pregar, abertamente, sua condição de enviado do Pai, ou seja, sua condição divina. Sua pregação derrubava o orgulho de seus adversários, pois ele é quem tinha o verdadeiro conhecimento do Pai. Enganavam-se seus adversários ao cultuar um Deus diferente daquele anunciado por ele. Por isso, a atitude mais sensata seria a de converter-se ao Deus de Jesus, deixando de lado a violência inútil.
Oração
Espírito de destemor, em meio às contrariedades por causa da fé, faze-me imitar a coragem do Mestre Jesus.
HOMILIA DIÁRIA
São José, servo bom e fiel
Postado por: homilia
março 19th, 2012
Toda a vida de Jesus foi orientada ao serviço de Deus, desde a Sua mais tenra idade. O Evangelho evidencia este aspecto de Sua identidade quando, ainda adolescente, deu a Seus pais uma resposta enigmática: “Vocês não sabem que eu devo preocupar-me com as coisas do meu Pai?” Logo, Sua atenção estava toda voltada para Deus, ficando, em segundo plano, Sua família humana.
A arrogância não teve lugar no coração de Jesus. Em Nazaré, esteve submisso a seus pais.“E crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e daqueles com quem convivia”. Sua condição de Filho de Deus não O dispensou de fazer a penosa experiência de transformar o cotidiano em fonte de sabedoria, nem de estar continuamente atento para discernir a vontade do Pai nos mínimos fatos, aparentemente, sem importância. Esta foi uma exigência do Mistério da Encarnação. Seria pura incongruência se, tendo assumido nossa condição humana, o Filho de Deus fosse privilegiado por uma condição de vida que O dispensasse da busca cotidiana da vontade divina.
Nesta experiência de crescimento, Jesus contou com a presença solícita de Seus pais. O Evangelho sublinha a atitude de Maria, que “guardava todas estas coisas no coração”.Entretanto, o mesmo pode ser dito de José. Afinal, exigia-se dos três a mesma fidelidade ao desígnio do Pai.
Quando a bondade divina escolhe alguém para uma graça singular, dá-lhe todos os carismas necessários, o que aumenta fortemente a sua beleza espiritual. Foi isso mesmo o que aconteceu com São José, pai de nosso Senhor Jesus Cristo segundo a Lei e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Soberana dos anjos.
O Pai Eterno escolheu-o para ser o sustento e o fiel guardião dos seus principais tesouros, isto é, do seu Filho e da sua esposa; função que ele cumpriu com toda a fidelidade. Por isso, o Senhor lhe disse: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor” (Mt 25,21).
Se você comparar São José a todo o restante da Igreja de Cristo, não verá que ele foi o homem particularmente escolhido, pelo qual Cristo entrou no mundo de uma maneira regular e honrosa? Se toda a Santa Igreja é devedora para com a Virgem Maria – porque foi ela que lhe permitiu receber Cristo – após ela é a São José que devemos um reconhecimento e um respeito sem igual.
Ele é, na verdade, a conclusão do Antigo Testamento. É nele que a dignidade dos patriarcas e dos profetas recebe o fruto prometido. Só ele possuiu na realidade o que a bondade divina lhes havia prometido. Não podemos certamente duvidar: a intimidade e o respeito que Cristo prestava a José ao longo da Sua vida, como um filho para com Seu pai, Ele não o pôde renegar no Céu. Pelo contrário, enriqueceu-o e completou-o. Por isso, o Senhor acrescenta: “Entra na alegria do teu Senhor”.
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer a cada dia, em sabedoria e graça, buscando como Jesus adequar minha vida ao querer do Pai.
Padre Bantu Mendonça
Oração Final
Pai Santo, que o exemplo de José, zeloso protetor de Maria e Jesus, nos encha de coragem para a missão de cuidar dos irmãos da caminhada – a partir dos mais pobres e dos excluídos pela sociedade – reconhecendo-lhes a dignidade de filhos teus, muito amados. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.