quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/01/2020

ANO A


Mc 2,1-12

Comentário do Evangelho

A fé como atitude prática

Com este episódio, tem início a seção denominada de “controvérsias galileanas” (Mc 2,1–3,6). A finalidade dessa seção é apresentar as resistências enfrentadas por Jesus no desempenho de sua missão. A questão da controvérsia é o “perdão dos pecados”, mas no centro do relato está a fé dos quatro homens que carregam e levam o paralítico até Jesus. A fé, aqui, se manifesta como uma atitude prática que fez com que os quatro homens procurassem todos os meios para que o paralítico fosse posto diante do Senhor da vida. A palavra de Jesus fazia sentido à vida de todos e comunicava um sopro de vida. A palavra é dita e toma corpo no perdão e na consequente cura do paralítico, pois para a mentalidade da época a enfermidade estava ligada ao pecado. O que atrai a atenção de Jesus é a fé daqueles quatro homens que carregam o paralítico. Por que não ver nesses quatro personagens anônimos a evocação dos quatro primeiros discípulos chamados por Jesus às margens do mar da Galileia (Mc 1,16-20)? É a fé deles que faz Jesus agir em favor do paralítico. O perdão dos pecados é, outrossim, um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. Jr 31,34).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, cura-me de minhas deficiências espirituais, pela força de tua graça, para que eu possa caminhar sempre no amor.
Fonte: Paulinas em 17/01/2014

Vivendo a Palavra

De um lado, o povo simples que acreditava, até o ponto de vencer obstáculos para colocar o doente diante do Mestre. Do outro, o doutores da Lei, sempre duvidando... A cena continua se repetindo. De que lado nós estamos? Não respondamos só com palavras, mas com a nossa vida fraterna e compassiva.
Fonte: Arquidiocese em Arquidiocese em 17/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

De um lado, o povo simples que acreditava, até ao ponto de vencer obstáculos para colocar o doente diante do Mestre. Do outro, os doutores da Lei, sempre duvidando e questionando… A cena continua se repetindo. De que lado nós estamos? Não respondamos só com palavras, mas com uma vida fraterna e compassiva.

Reflexão

As pessoas do tempo de Jesus têm muita dificuldade para acreditar que ele tenha poder de perdoar pecados. Isso acontece porque perdoar pecados é algo que compete unicamente a Deus, e as pessoas da época de Jesus, principalmente as autoridades religiosas, não o reconheceram como o Filho de Deus. Hoje em dia, porém, vemos acontecer o contrário. Parece que o perdão dos pecados é algo tão comum que a maioria das pessoas não valoriza mais isso como algo excepcional que Deus realiza em nossas vidas, vulgarizando a graça sacramental e não dando o devido valor ao Sacramento da Reconciliação.
Fonte: CNBB em 17/01/2014

Reflexão

Numerosas pessoas se concentram ao redor de Jesus, animadas com sua pregação. Algo inédito se passa: quatro homens carregam um paralítico e, pela cobertura, o colocam diante de Jesus. O gesto deles já é um eloquente pedido de cura. Então, Jesus toma a iniciativa e lhe perdoa os pecados. Ora, perdoar pecados é privilégio exclusivo de Deus. Do ponto de vista dos mestres da Lei, Jesus está blasfemando. A pena para quem blasfemava era o apedrejamento. Mas Jesus tem também o dom de saber o que estão matutando em seu interior. Perdoar pecados é uma realidade invisível, teoricamente mais fácil. Entretanto, para manifestar o poder de “perdoar pecados sobre a terra”, Jesus cura o paralítico. Cura o ser humano na sua totalidade.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, enquanto anunciavas a Palavra, trouxeram-te um paralítico, para que o curasses. Antes lhe perdoaste os pecados, pois Deus te deu poder para efetivar tanto a cura física quanto a espiritual. Liberta-nos, Senhor, de todo pecado e de toda espécie de paralisia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Estou sempre pronto a servir? - Sou generoso? - Consigo vencer as dificuldades com certa facilidade? - Somos solidários, lembrando-nos de quanto os outros se preocupam conosco? - Somos caridosos, dedicados, aos que precisam de ajuda Louvemos ao Senhor!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/01/2014

Meditando o evangelho

O PODER DA FÉ

Os gestos poderosos realizados por Jesus pressupunham a fé por parte de quem era se beneficiava deles. Não eram gestos mágicos, cujos efeitos independiam da liberdade humana. Antes, fluíam de uma relação com Jesus, onde o amor se manifestava em forma de misericórdia.
Jesus defrontou-se com muitas pessoas cujas expressões de fé o sensibilizavam. A fé do homem carente de cura para sua paralisia e de seus ajudantes foi claramente observada por Jesus. Ela não foi expressa com palavras, mas se escondeu atrás da sucessão de gestos que os fizeram chegar até Jesus. A fé os moveu a procurar Jesus como única possibilidade de solução para aquela grave doença. Levou-os a recorrer a um caminho difícil e perigoso para atingir seu objetivo. Deu ao doente uma certeza tal no poder de Jesus, a ponto de não hesitar em cumprir a ordem recebida, levantando-se e indo embora carregando o leito onde jazia. Na raiz do milagre, portanto, estava uma fé entranhada em Jesus.
Muitos, ao contemplarem o milagre, puseram-se a louvar a Deus que ofereceu à humanidade um dom tão excelente. Os milagres, todavia, tinham um objetivo mais radical: levar ao reconhecimento de Jesus como Filho de Deus. Em outras palavras, eles visavam suscitar a fé em Jesus e o seu seguimento.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, suscita no meu coração uma fé profunda em ti que me faça capaz de experimentar a grandeza de tua misericórdia.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOSSOS PARALÍTICOS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Certa ocasião, quando refletíamos esse evangelho em grupo, alguém perguntou se na casa onde Jesus estava pregando, havia elevador ou coisa parecida, se olharmos o relato em si mesmo, vamos acabar fazendo outras perguntas como, “Será que eles não podiam pedir licença para passar no meio das pessoas e entrar na casa?” e mais ainda... Seria normal que as pessoas que estavam aglomeradas á entrada, quando vissem o esforço dos quatro homens, subindo na parede com o paralítico deitado em uma cama, oferecessem ajuda, buscando uma alternativa mais fácil...
O próprio Jesus, não poderia ter dado um jeito de sair para atender o paralítico, sem precisar tanto esforço de subir e ainda ter de abrir um buraco no telhado? Fazer perguntas como essas, é muito importante para a nossa reflexão, pois vamos e convenhamos, o modo que eles encontraram para colocar o paralítico á frente de Jesus, não foi o mais fácil, aliás, correu-se até o risco de um grave acidente.
Hoje em dia a gente sabe que nossos templos existentes, ou os que estão em construção, devem ter em seu projeto, a construção de rampas, para facilitar o acesso de nossos irmãos deficientes. Mas com certeza, não é este o tema do evangelista, ele está querendo dizer alguma coisa as suas comunidades e aos cristãos do nosso tempo.
Dia desses, alguém bastante estressado dizia-me que certas pessoas só atrapalham a vida da comunidade, porque são muito radicais, geniosas, incomodam a rodos, e o tempo todo só arranjam encrencas e mais encrencas, concluindo, dão muito trabalho, são sempre do contra, enfim, chatas e duras de engolir, e que sem elas, a comunidade é uma maravilha, o conselho deveria tomar providência, ou quem sabe, o padre impor a sua autoridade.
Pessoas com essas características não caminham, e ainda dificultam a vida de quem quer caminhar: pronto, já começamos a descobrir os paralíticos e paralíticas de nossas comunidades, irmãos e irmãs que não se emendam de seus defeitos, nunca mudam o seu jeito de ser, não se convertem e precisam portanto, ser acolhidas e carregadas. Há irmãos na comunidade que a gente tem prazer de encontrar, é sempre uma alegria imensa, mas há também esses, que nos perturbam, incomodam, e a gente não fica a vontade, se estão conosco em uma reunião da pastoral ou do movimento, a troca de “farpas” será inevitável...
Há no texto duas coisas que chamam a nossa atenção, primeiro o esforço desse quarteto, subir pela parede, desfazer o telhado e descer a cama com cordas. Jesus elogia-lhes a fé, parece até que fez o milagre como retribuição a tanto esforço. Eles tinham fé em Jesus Cristo, sabiam que se o levassem diante dele, seria curado, mas por outro lado, embora o texto não cite isso, a gente percebe que o amavam muito, tiveram com ele muita paciência, sei lá quantos quilômetros tiveram que andar, carregando aquela cama que deveria ser pesada, e ainda, ao deparar com a multidão aglomerada á frente da casa, poderiam ter desistido, já tinham feito a sua parte. Mas a força do amor e da fé, fez com que não desistissem, e se preciso fosse, seriam capazes de derrubar a casa.
Os quatro são uma referência para as nossas comunidades, onde muitas vezes falta-nos o amor e a fé, para carregar nossos paralíticos e superar os obstáculos, passando por cima dos preconceitos. Nas comunidades há pessoas amorosas, pacienciosas, que aceitam conviver com todos, amando-os como eles são, sem exigências, preconceitos ou radicalismo, mas há também a turma de “nariz empinado”, como aqueles doutores da lei, que não crê em um Deus que é misericórdia, e que perdoa pecados, seguem normas e preceitos, até trabalham na comunidade, mas são extremamente exigentes com os “paralíticos”, acham-se perfeitos e não aceitam a convivência com os imperfeitos.
Jesus elimina o problema pela raiz, “Filho, teus pecados te são perdoados...”, a cura física vem em segundo plano, e se a enfermidade impede que o paralítico se aproxime de Jesus, a comunidade os carrega, possibilitando que ele também faça a experiência do Deus que perdoa, ora, se houver na comunidade intolerância, preconceitos, e ranços ocultos, como é que essas pessoas poderão experimentar o amor, o perdão e a misericórdia? Os intolerantes têm sempre um olhar extremamente crítico e severo, para com os paralíticos, e não aceitam que outras pessoas tenham por eles amor e ternura, manifestada na paciência e tolerância.
Por isso Jesus ordena – levanta-te, toma o teu leito e vai para casa. Deus nunca faz as coisas pela metade, na obra da salvação, Jesus não fez simplesmente uma reforma no ser humano, mas o transforma em uma nova criatura, na graça santificante do Batismo, fazendo com que deixe de se relacionar com Deus na religião normativa, porque crê no Deus que é todo amor e misericórdia, que perdoa pecados e os liberta com a sua santa palavra, em Jesus de Nazaré.

2. Por que pensais essas coisas no vosso coração? - Mc 2,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Benditos os quatro homens cheios de fé que se dispuseram a ajudar o paralítico e o levaram até Jesus. Vendo a fé dos quatro homens, Jesus perdoou os pecados do paralítico. Ilumine o seu dia com essa palavra e procure mais três pessoas que queiram ser parecidas com os quatro homens que ajudaram o paralítico. Formem um pequeno grupo para lerem, meditarem e praticarem juntos o Evangelho. Olhem juntos para Jesus e levem até ele quem está cansado e sobrecarregado com o peso da vida.

Liturgia comentada

Vendo a fé daqueles homens... (Mc 2, 1-12)
Cena bastante incomum. Pouco plausível, creio, para os nossos dias. Mas os Evangelhos a deixaram registrada para nosso espanto. Cercada a casa pela numerosa multidão sedenta de ouvir o Mestre, quatro homens não desistem face ao obstáculo e insistem em levar o amigo paralítico diante dos olhos de Jesus.
As casas pobres da Palestina, região de clima seco, com chuvas raras, podiam ser cobertas de ramos de tamareiras e placas de barro. Só o Evangelho de Lucas fala de telhas (cf. Lc 5, 17ss), pois escrevia para leitores de cultura grega, afeitos a diferentes costumes. Assim decididos, os quatro amigos resolvem abrir um buraco no telhado (certamente alguns pedaços de barro seco terão caído sobre o atônito Mestre!) e baixar a padiola do enfermo no centro da casa.
O paralítico está imóvel, claro. Talvez nem pisque um olho. Até onde o texto deixa perceber, ele não tem fé. Já perdeu a esperança. Mas os quatro amigos têm a fé, do contrário não seriam capazes de um gesto tão impróprio e tão ousado... “Vendo Jesus a fé daqueles homens – narra São Marcos -, diz ao paralítico: ‘Filho, perdoados te são os teus pecados.’”
Enquanto os escribas ali presentes murmuram a respeito da aparente blasfêmia do Rabi, este decide demonstrar que possui o poder que os homens não têm – o de perdoar pecados! E devolve prontamente ao enfermo a mobilidade perdida: “Eu te ordeno: levanta-te, toma tua padiola e vai para tua casa.”
Deixo de lado a questão material do milagre e da cura impossível. O que me chama a atenção é que exista uma “fé vicária”. Uma fé substitutiva. Como o infeliz já perdeu a fé, seus amigos têm a fé por ele. E foi esta fé que moveu Jesus a curar o paralítico.
No mundo dos homens, há paralisias dos músculos, dos nervos, do cérebro. Mas existe também uma paralisia do espírito, quando sequer podemos crer. Entretanto, as mães amorosas continuam a rezar sem descanso pelo filho que perdeu a fé. A esposa fiel persevera em sua intercessão pelo marido descrente. E quando Jesus o percebe, admira-se da “fé amiga” e decide entrar em ação...
Feliz do paralítico que tem quatro amigos!
Orai sem cessar: “Por amor de meus irmãos e meus amigos, pedirei a paz para ti!” (Sl 122 [121], 8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: ND Rainha em 17/01/2014

HOMILIA

JESUS CURA UM PARALÍTICO

Jesus está em casa, e novamente uma multidão lhe cerca. Multidão é o mundo que nos cerca hoje, com suas filosofias. Dentre ela estão aqueles que querem apenas ouvir, outros que querem ouvir para refutar, gente que está ali porque todo mundo também está. Enfim, existem pessoas que buscam Jesus pelos mais variados motivos.
Independente dos motivos, Jesus simplesmente os recebe, com sua simplicidade esmagadora, e apenas fala sobre o Reino de Deus. O que é o Reino de Deus pra Jesus senão o momento onde todos são incluídos, com suas diferenças, em uma só comunidade de aceitação. Jesus fala sempre de um Reino onde não há maior, menor, ou melhor, pois nele somos apenas um.
Naquele momento havia pessoas dos mais diferentes níveis, e que se viam diferentes uns dos outros. Em todo momento Jesus prega sobre um Reino onde todos são incluídos, e isso para pessoas que não se enxergavam como iguais.
Então entra o miserável paralítico. Seus amigos, que pelo simples fato de serem amigos de um doente já mostravam que não se viam melhores ou piores que o pobre paralítico. Apenas o levaram movidos por essa fé. Mas não bastava apenas levar até a casa de Jesus, pois a casa estava cheia e o paralítico não podia entrar, assim como ele não podia ir ao templo, pois naquele “lugar santo” não havia espaço para sua “deficiência pecadora”.
Mas eles foram ousados. Não desistiram, acreditavam que Jesus era diferente, porque a mensagem dele era diferente, e aquele “pobre paralítico” tinha que ouvi-la. – “Então vamos fazer o impossível para que ele possa ouvir, pois esse Jesus é inigualável. A única saída é pelo teto, vamos correr o risco, pois esse Jesus é inigualável”.
Então esses homens passam o paralítico por uma brecha no telhado da casa de Jesus. Essa é a atitude de fé de quem entende que Jesus é único, inigualável e que aquele era um momento único na vida deles, principalmente na vida do paralítico.
Você queria motivo maior do que esse para que Jesus se admirasse da fé deles? A fé que faz com que Jesus se admire não é a fé no milagre da cura, mas a fé no milagre do Reino, a fé no milagre de que, no Reino, eu posso me aproximar com ousadia na presença de Deus sem intermediários. A fé que causa “espanto” em Cristo é a fé daqueles que entendem que a mensagem do Reino é inigualável, e quebra com todas as barreiras que separam. A fé que move a mão de Jesus é a fé de que no Reino todos são realmente próximos uns dos outros.
Por mais que naquele momento eles desejassem ver o amigo deles curado, a fé deles já os havia curado, pois eles entenderam a importância da mensagem do Reino. E então se preocupavam com a saúde, o bem estar de todos. Qual é a tua atitude ante aqueles que estão no pecado? De julgar e condenar? Ou de levar para Jesus afim de que Ele os cure e lhe perdoe os pecados?
A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus. Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que “o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados”. O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?
O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de qualquer coisa, quer ver o ser humano liberto de seus pecados.
Para os que diferenciam entre santos e pecadores, a atitude de Jesus no Evangelho de hoje era uma blasfêmia, já que aquele Jesus era um homem, e como homem não podia perdoar ninguém. – “Deus não pode aceitar esse paralítico de forma tão simples assim, isso é blasfêmia!”, pensavam os raivosos donos do poder religioso. Todavia, na ótica do Jesus e na ótica do reino, nada havia sido tão simples assim, a aceitação de Deus vem da cura do coração, do arrependimento daqueles homens demonstrado pela fé nos princípios do Reino pregado por Jesus. A cura do arrependimento é mais séria e mais difícil que a cura do corpo.
Fazer o paralítico andar foi um sinal não para o paralítico, mas para todos nós que ainda não enxergamos a realidade do Reino. A cura física do paralítico era a representação terrena, carnal, física, daquilo que Deus, através da Sua palavra, haveria de fazer naqueles que com fé, esperança e confiança acreditam no Seu Filho muito amado.
Senhor Jesus, cura-me de minhas deficiências espirituais, pela força de tua graça, para que eu possa caminhar sempre no amor.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

A graça de Deus nos purifica e nos cura

Levemos os paralíticos para que o Senhor toque neles, para que o Senhor os tire da imobilidade em que se encontram!

”Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2, 5).

Uma grande multidão se aglomera em torno de Jesus para ouvir a Palavra de Deus, e, ao mesmo tempo em que esta multidão queria ouvir o Senhor, alguns trouxeram um paralítico carregado por quatro homens, para que ele [paralítico] pudesse chegar até o Senhor. Foi por cima do teto, descoberto por eles, por meio do qual eles o levaram até Jesus.
Queria chamar a sua atenção para algumas coisas. A primeira delas é a paralisia deste homem, não sabemos qual é a origem dela nem o que o deixou paralítico. Mas você sabe que a pessoa paralisada não consegue andar com suas próprias pernas. Diversas causas levam a pessoa a ficar paralisada, mas irei falar da mais profunda delas: a forma como o pecado paralisa a nossa vida, imobiliza os nossos passos, paralisa o nosso coração, a nossa vontade, a nossa disposição de amar, de fazer o bem, de perdoar e de procurar a Deus.
Nós não temos noção de como o pecado é ”nocivo”, do quanto ele realmente nos deixa paralisados. E, às vezes, não temos forças para procurar a Deus, não temos força para chegar até Ele. Quantas pessoas até precisam e querem se aproximar de Deus ou buscar algo para resolver suas vidas, porque estão vivendo uma verdadeira penumbra na fé, na vida espiritual e na vida pessoal. E as outras coisas da própria vida começam a se embaralhar, a se misturar e a ficar confusas quando a paralisia começa tomar conta da vida das pessoas.
Quero chamar a atenção para estes quatro homens que foram ousados e levaram esse paralítico até Jesus. Existem pessoas que servem para levar os outros ao boteco, ao bar, servem para levar para este ou para aquele caminho; mas, hoje, nós precisamos de pessoas que levem os “paralíticos” até Jesus, aqueles que não conseguem andar. O quão importantes são nossas reuniões, nossos círculos bíblicos, terços, o ir ao encontro das pessoas! E aqui não me refiro somente às pessoas que já fazem parte da Igreja ou seguem o Senhor, mas a tantos que estão paralisados no meio de nós e que precisam conhecer o poder de Deus para se levantarem da prostração em que se encontram.
Eu e você precisamos ser esses condutores, primeiro saindo da nossa própria paralisia, pois quem está parado não consegue ir para a frente, e uma vez que nos libertamos, uma vez que a graça de Deus nos purifica e nos perdoa dos nossos pecados, levemos os “paralíticos” para que o Senhor toque neles, para que o Senhor os tire da imobilidade em que se encontram!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/01/2014

Oração Final

Pai Santo, não nos meças pela pequena fé que vivemos, mas pela nossa grande vontade de acreditar. Queremos proclamar a Boa Notícia que nos foi anunciada pelo Cristo Jesus – o teu Reino de Amor está próximo! Ele já está em nós e no nosso meio. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não nos meças pela pequena fé que vivemos, mas pela nossa grande vontade de acreditar. Queremos proclamar a Boa Notícia que nos foi anunciada pelo Cristo Jesus – o teu Reino de Amor está próximo! Ele já está em nós e no nosso meio. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 17/01/2020


Tema do dia

FELIZ O POVO QUE CAMINHA COM O SENHOR, À LUZ DA SUA FACE

O texto de hoje mostra o bom senso do profeta Samuel, que adverte aos filhos de Israel a respeito dos direitos (e possíveis abusos) do rei, que eles tanto desejavam; e também a teimosia desse povo que, mesmo assim, ansiava por alguém que o liderasse na luta contra os inimigos.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

6ª-feira da 1ª Semana Do Tempo Comum
Sto. Antão Ab, memória
Cor: Branco


Primeira Leitura (1Sm 8,4-7.10-22a)
1ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira - 17/01/2020

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 4todos os anciãos de Israel se reuniram, foram procurar Samuel em Ramá, 5e disseram-lhe: “Olha, tu estás velho, e teus filhos não seguem os teus caminhos. Por isso, estabelece sobre nós um rei, para que exerça a justiça entre nós, como se faz em todos os povos”.
6Samuel não gostou, quando lhe disseram: “Dá-nos um rei, para que nos julgue”. E invocou o Senhor. 7O Senhor disse a Samuel: “Atende a tudo o que o povo te diz. Porque não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, para que eu não reine mais sobre eles”.
10Samuel transmitiu todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedira um rei 11e disse: “Estes serão os direitos do rei que reinará sobre vós: Tomará vossos filhos e os encarregará dos seus carros de guerra e dos seus cavalos e os fará correr à frente do seu carro. 12Fará deles chefes de mil, e de cinquenta homens, e os empregará em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas e de seus carros.
13Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. 14Tirará os vossos melhores campos, vinhas e olivais e os dará aos seus funcionários. 15Das vossas colheitas e das vossas vinhas ele cobrará o dízimo, e o destinará aos seus eunucos e aos seus criados. 16Tomará também vossos servos e servas, vossos melhores bois e jumentos, e os fará trabalhar para ele. 17Exigirá o dízimo de vossos rebanhos, e vós sereis seus escravos.
18Naquele dia, clamareis ao Senhor por causa do rei que vós mesmos escolhestes, mas o Senhor não vos ouvirá”. 19Porém, o povo não quis dar ouvidos às razões de Samuel, e disse: “Não importa! Queremos um rei, 20pois queremos ser como todas as outras nações. O nosso rei administrará a justiça, marchará à nossa frente e combaterá por nós em todas as guerras”.
21Samuel ouviu todas as palavras do povo e repetiu-as aos ouvidos do Senhor. 22aMas o Senhor disse-lhe: “Faze-lhes a vontade, e dá-lhes um rei”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 88)
1ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira - 17/01/2020

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

— Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! Exultará de alegria em vosso nome, dia a dia, e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.
— Pois sois vós, ó Senhor Deus, a sua força e sua glória, é por vossa proteção que exaltais nossa cabeça. Do Senhor é o nosso escudo, ele é nossa proteção, ele reina sobre nós, é o Santo de Israel!


Evangelho (Mc 2,1-12)
1ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira - 17/01/2020


Por que pensais essas coisas no vosso coração?

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2Reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra.
3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7“Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”.
8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’?
10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, — disse ele ao paralítico: 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!”
12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois dler a Bíblia



Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.