segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 15/01/2018



LEITURA ORANTE

Mc 2,18-22 - Vinho novo em odres novos!


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto do Evangelho do Dia na Bíblia: Mc 2,18-22
Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas chegaram perto de Jesus e disseram a ele:
- Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam. Por que é que os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Enquanto ele está presente, é claro que não jejuam! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
- Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Por isso, o vinho novo é posto em odres novos.
Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas chegaram perto de Jesus e disseram a ele:
- Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam. Por que é que os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Enquanto ele está presente, é claro que não jejuam! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
- Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados.
Refletindo
O texto diz que Jesus vem trazer clima de festa, de alegria. O jejum que ele pede não é como o fazem os fariseus. Segundo eles, o jejum era praticado por lei ou por devoção, como expressão de luto, arrependimento ou humildade. O jejum que Jesus quer é um coração arrependido, é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados. Estar com Jesus é uma festa! Ao falar de vinho novo em odres novos e remendo novo em roupa velha, Ele quer falar de coerência.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me:
No meu ser cristão prefiro as comodidades ou gosto de servir?
Sou coerente no meu seguimento de Jesus Cristo, aceitando a cruz como parte da missão?
Quais são as minhas cruzes?
Quando me julgam, continuo confiando em Deus?
Acredito que Deus me dá sabedoria para enfrentar os que contradizem minha fé?
Tenho convicções que me ajudam a vencer as dificuldades?
Meditando
Recordo a palavra dos bispos que também falaram de coerência, em Aparecida e lembraram o testemunho dos mártires: "Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: "Onde eu estiver, aí estará também o meu servo" (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga" (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida." (DAp, 140).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda a Igreja
neste Ano Mariano
Rezo com toda a Igreja a
Oração do leigo no Ano Nacional do Laicato
Ó Trindade Santa, /
Amor pleno e eterno, /
que estabelecestes a Igreja como vossa 'imagem terrena':
Nós vos agradecemos /
pelos dons, carismas, / vocações,
ministérios e serviços /
que todos os membros do vosso
povo realizam /
como “Igreja em saída”, /
para o bem comum, /
a missão evangelizadora /
e a transformação social, /
no caminho vosso Reino.
Nós vos louvamos /
pela presença e organização dos
cristãos leigos e leigas no Brasil /
sujeitos eclesiais, testemunhas de fé, /
santidade e ação transformadora.
Nós vos pedimos, que os batizados /
atuem como sal da terra e luz do mundo: /
na família, no trabalho, /
na política, e na economia, /
nas ciências e nas artes, /
na educação, na cultura e nos meios de comunicação; /
na cidade, no campo e em todo o planeta, /
nossa “casa comum”. Nós vos rogamos que todos contribuam /
para que os cristãos leigos e leigas /
compreendam sua vocação e identidade, /
espiritualidade e missão, /
e atuem de forma organizada na Igreja e na sociedade /
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres.
Isto vos suplicamos /
pela intercessão da Sagrada Família,
/ Jesus, Maria e José, /
modelos para todos os cristão /
Amém!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Terei no olhar a certeza de que na coerência ao seguimento de Jesus,
Ele me dará toda luz necessária para testemunhá-lo.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
ir.patricias@gmail.com

Homília Diária - Mãe Maria - 15/01/18 - Dom Walmor Oliveira de Azevedo


Canal do Youtube: Arquidiocese de Belo Horizonte

Publicado em 14 de jan de 2018

Apresentado pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o programa Mãe Maria é um tempo dedicado à reflexão e oração, à luz do Evangelho proposto pela liturgia de cada dia. Inspirada no exemplo de Nossa Senhora, a reflexão ilumina a realidade, o caminhar da Igreja e a vida de cada discípulo missionário de Cristo Jesus.

Categoria - Sem fins lucrativos/ativismo

Licença - Licença padrão do YouTube

Evangelho do Dia - 15/01/2018, com o Padre Rodrigo Vieira.


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 15 de jan de 2018

Evangelho (Mc 2,18-22)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?” 19Jesus respondeu: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar. 21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, Fonte:novo em odres novos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Categoria - Pessoas e blogs
Licença - Licença padrão do YouTube

Homilia Diária.744: Segunda-feira da 2.ª Semana do Tempo Comum (P) - A iniciativa do amor de Deus - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 15 de jan de 2018

Um dos grandes perigos espirituais a que estamos expostos é cair no mesmo erro dos fariseus: achar que são os nossos esforços pessoais, em forma de penitências e jejuns, o que nos tornará limpos aos olhos de Deus e nos fará dignos de “merecer” o seu amor. Na verdade, foi Ele quem deu o primeiro passo e, antes mesmos de existirmos, nos amou com toda gratuidade. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 15 de janeiro, e peçamos à Virgem Maria que nos ensine a corresponder ao amor de seu Filho e a converter a nossa vida cristã, não em simples observância, mas em atos de verdadeira caridade.

Categoria - Educação

Licença - Licença padrão do YouTube

HOMÍLIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) - Marcos 2:18-22 - 15/01/2018


Tenhamos a disposição de renovar o nosso coração

Para acolher a Boa Nova de Jesus, para acolher aquilo que a graça do Espírito nos traz é preciso ter a disposição de renovar o coração

“Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda” (Mateus 2,21)

Toda a questão do Evangelho de hoje é porque os fariseus foram até Jesus perguntar o porquê os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuavam, mas, os seus discípulos não jejuavam. Por uma simples questão, porque muitos fazem só por fazer, muitos jejuam só por jejuar, rezam só por rezar.
Não é uma questão de relativizar, deixar o jejum ou a oração de lado. É preciso fazer o jejum com o espírito de jejum, fazer oração com o espírito de oração. É preciso praticar as coisas de Deus em espírito e verdade.
Não podemos deixar que a nossa religião ou o nosso ser religioso, seja apenas uma prática de rituais. Religião precisa ser espírito e vida, precisamos estar inteiros naquilo que vivemos e fazemos, porque senão, as coisas envelhecem. O “envelhecer” aqui não é de se tornar velho, é perder o sabor, o gosto, o sentido, a luz.
Estamos fazendo por fazer? Não! Estamos fazendo porque isso dá sentido e transforma a nossa vida. Se não renovarmos a nossa disposição, a nossa vontade, o nosso espírito, a nossa mentalidade a cada dia, vamos envelhecendo na fé, vamos perdendo o gosto, o sabor de viver a própria fé.
Não podemos julgar ninguém, mas, estaremos muitas vezes, no “banco de reservas ou na arquibancada” apenas olhando, vivenciando, não participando, porque cansamos, porque estamos paralisados ou porque não tem mais sentido para nós fazermos isso ou aquilo, porque o nosso coração envelheceu e não tornou-se novo.
Quando não temos um coração novo, um espírito renovado, uma disposição nova, uma mentalidade nova, não conseguimos acolher o novo.
Foi isso que aconteceu com os fariseus, com doutores da Lei e muitos da época de Jesus. Eles tinham a disposição, mas a velha disposição. Eles tinham uma vontade, porém, uma vontade velha e paralisada. E quando a Boa Nova chegou, quem estava com o coração velho recebeu a Boa Nova e a estragou. Por isso, Jesus dá o exemplo do vinho novo, porque para vinho novo os odres têm que ser novos, senão aquele odre que está velho estraga o vinho novo.
Para acolher a Boa Nova de Jesus, para acolher aquilo que a graça do Espírito nos traz, é preciso ter a disposição de renovar o coração, a mentalidade, renovar aquilo que somos por dentro para que possamos acolher a novidade de Deus.
Deus não nos renova porque, muitas vezes, não nos deixamos ser renovados, transformados pela graça e pela novidade do Evangelho que faz nova todas as coisas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/01/2018

ANO B


Mc 2,18-22

Comentário do Evangelho

Reinterpretação da prática do jejum

O tema da controvérsia é o jejum. Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando e os discípulos de Jesus, não. No evangelho segundo Marcos, nós não temos nenhuma notícia sobre a prática do jejum dos fariseus e dos discípulos de João. Lucas é quem nos informa que os fariseus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18,12). O livro do Levítico prescreve o jejum para "o dia do perdão" (Lv 16,29-30). É bastante provável que se trate, aqui, de uma prática ascética individual, atestada na Escritura (2Sm 12,21; 1Rs 21,27 etc.), e que se visava estender a todas as pessoas. Seja como for, o nosso texto dá ao jejum um caráter cristológico: é em relação a Cristo, o esposo, que o jejum deve ou não ser praticado. Há, aqui, uma antecipação da paixão e morte de Jesus: "Dias virão em que o noivo lhes será tirado" (v. 20). As duas parábolas (vv. 21.22) de caráter sapiencial apontam para a incompatibilidade entre o novo trazido por Jesus e a rigidez e estreiteza de visão representada, sobretudo, pelos fariseus. O jejum não é abolido, mas reinterpretado, o que implica uma nova prática.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a presença de Jesus na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha alegria consista em construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos ensinou.
Fonte: Paulinas em 21/01/2013

Vivendo a Palavra

Os fariseus e mesmo os discípulos do Batista tinham uma visão distorcida do jejum. Eles pensavam em cumprimento de um item do regulamento, mas, para Jesus, trata-se da luta contra nossas paixões, tendência para o mal. Trata-se do jeito de colocar em ordem os sentimentos e desejos, para servir ao próximo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os discípulos de Jesus devem se tornar homens e mulheres novos para receber o vinho novo de seu ensinamento. Hoje, Marcos se refere ao conceito de jejum. Não uma obrigação, como era a compreensão dos fariseus, mas uma relação diferente e nova do ser humano como senhor de si mesmo, dominador de seu corpo, sua mente, suas vontades e paixões.

Reflexão

Em todas as épocas, as pessoas sempre valorizaram as práticas religiosas, e, entre essas práticas, o jejum. Na época de Jesus, não era diferente. Por isso, os fariseus procuram Jesus e o questionam sobre a prática do jejum por parte dele e dos seus discípulos. Jesus nos mostra que as práticas religiosas só têm sentido enquanto são manifestações do relacionamento que temos com Deus, e que o Novo Testamento apresenta essa grande novidade em relação ao Antigo. Assim, percebemos que Jesus veio nos trazer algo realmente novo, e não apenas colocar rótulos novos nas coisas velhas que já existiam antes da sua vinda ao mundo.
Fonte: CNBB em 21/01/2013

Reflexão

Por que uma pessoa se dispõe a fazer jejum? Qual é o benefício que daí se obtém? Os discípulos do Batista e os discípulos dos fariseus faziam jejum provavelmente para agradar a Deus e assim aumentar os próprios méritos diante dele. Ao responder sobre o questionamento em torno do jejum, Jesus mostra que mais importante do que renunciar a algo material, é estar com ele. Pois ele é o protagonista da história, o noivo da humanidade, a razão da festa. Portanto, é tempo de alegria e de fraternidade. Não é tempo de aborrecimento, de pessimismo. Haverá dias de tristeza, é claro, como os da Paixão. Mas a páscoa devolve a esperança. Jesus é a presença de Deus em nosso meio. É necessário, porém, que haja mudança de mentalidade para aceitar a novidade de Jesus: “vinho novo em vasilhas novas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

ABERTOS PARA O NOVO

Os opositores de Jesus se admiravam pela maneira com instruía seus discípulos. Na visão deles, Jesus lhes permitia ter uma perigosa liberdade diante da tradição. Por exemplo, a prática do jejum, tão valorizada por eles, parecia ter pouca importância para Jesus e seus discípulos. Não era tempo de jejuar!
Jesus responde a seus acusadores sublinhando o aspecto de novidade comportado na sua mensagem. Para acolhê-la, supunha-se abrir mão dos esquemas caducos do passado e se jogar, de corpo e alma, no dinamismo do Reino. A pretensão de agregar velhos esquemas à novidade do Reino podia ser desastrosa. É como se quisesse remendar uma roupa velha com um tecido novo ou colocar vinho novo em recipientes velhos.
A nova mentalidade inaugurada por Jesus exigia do discípulo enraizar sua existência totalmente em Deus e deixá-lo ser o seu senhor. Daqui nascia a liberdade que levava o discípulo a relativizar tudo diante do Reino e a preveni-lo contra a tentação de absolutizar as criaturas, até as ligadas à religião. A liberdade do Reino, em última análise, prevenia contra a idolatria, na qual o absoluto de Deus dá lugar à tirania das criaturas. Os adversários de Jesus davam um valor tão elevado às suas tradições religiosas, a ponto de faltar com a caridade com quem não se submetesse às suas existências. Jesus não se dobra a esta mentalidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, transforma a minha mentalidade para que eu possa acolher a novidade do Reino trazido por ti e vivê-la no meu dia-a-dia.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quando se perde o melhor da Festa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jejum no contexto desse evangelho significa uma interiorização para aquilo que há de vir, significa guardar toda a alegria para exultar-se quando vier Aquele que o nosso coração sonha e alimenta a esperança. Na Bíblia, que conta a experiência de Vida de um Povo com seu Deus, vira e mexe se compara o Reino com um grande banquete. Para o povo simples de Israel, principalmente os mais pobres, que tinham apenas uma refeição principal ao dia, imaginar um banquete já trazia alegria no coração além de água na boca. Banquetear-se é comer "até ficar triste" como diz o povo. Pois o Reino era assim anunciado, muita comida e bebida, carnes gordas e vinhos nobres.
Não podemos interpretar literalmente o texto Bíblico que faz essa comparação, senão vamos pensar que o Deus Cristão é aquele que enche o nosso estômago. Não é isso! Deus manifestado em Jesus é aquele que sacia toda nossa fome, preenche totalmente todo nosso ser fazendo-nos realizar plenamente a ponto de não sentirmos falta de nada nesta vida quando vivemos com ele a comunhão. Não é assim que saímos de um banquete? Barriga cheia... Totalmente satisfeitos… Dizem até que na cultura judaica, o convidado, em um gesto de gratidão e delicadeza deveria, ao final da refeição "arrotar" demonstrando assim a sua plena satisfação...
Pois os discípulos de Jesus já estavam comendo e se arregalando em uma festança danada de boa, com a presença entre eles, do próprio Senhor, o Messias esperado por todos enquanto que os de João e os Fariseus ainda estavam à espera, fazendo jejum à espera do noivo e assim perdendo o melhor da festa… Enquanto estes vinham com o milho, os de Jesus já retornavam com o Fubá...
Por que isso acontecia? Não é porque os discípulos de Jesus eram mais espertos ou mais inteligentes, mas sim porque abriram o coração para acolher com alegria o Mestre Jesus que trazia algo de novo e inédito, que a velha religião não tinha para oferecer. Crer em Jesus de Nazaré e tornar-se discípulo exigia um desprendimento de todo pensamento antigo, da tradição religiosa do passado. E daí, os que se julgavam muito entendidos em religião, os Fariseus, não queriam abrir mão de suas convicções religiosas, era melhor ficar com o legalismo e o religiosamente correto do que correr o risco de perder a salvação.
Hoje o recado é muito válido a todos nós cristãos do segundo, a essência da verdadeira relação com Deus é o amor, a busca da justiça e da igualdade, o respeito e a valorização da vida humana, se não nos abrirmos e nos adequarmos para o método novo de evangelização e de anuncio do Reino na pós-modernidade, ficando fechados em nossas velharias religiosas, com a mente e o coração trancados, para os que pensam diferente de nós, estamos pregando retalho de pano novo em roupa velha, o tecido não irá resistir.
A essência do Cristianismo é sempre a mesma, anunciamos Jesus Cristo, o mesmo de Ontem, de hoje e de sempre, mas precisamos usar os novos métodos nessa missão, senão vamos todos "mofar" em nossas igrejas, pastorais e movimentos, com nossas práticas espirituais que não levam a lugar nenhum repetindo assim o comportamento farisaico...

2. Dias virão em que o noivo lhes será tirado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Dizia Maimônides, o sábio judeu, que “há dias em que todos os filhos de Israel jejuam por causa das desgraças que neles ocorreram, a fim de ‘acordar os corações’, e abrir os caminhos para o retorno ao caminho correto. E isso vai servir como lembrete das nossas más ações e das dos nossos antepassados, que foram semelhantes às nossas ações de hoje, a tal ponto que causaram a eles e a nós as mesmas desgraças. E é por meio da lembrança dessas coisas que voltamos a fazer o bem, como foi dito: ‘e confessou o seu pecado e o pecado de seus pais’”. O jejum tem, pois, o seu valor e pode ser praticado. No entanto, o evangelista São Marcos insiste em mostrar que algo novo está começando com a vinda de Jesus. É preciso entrar nessa novidade de vida com espírito renovado. Não basta um remendo. O jejum não pode ser um remendo novo em pano velho. É preciso que tudo seja novo. Jejuamos quando o noivo nos é tirado. Estar sem Cristo é jejuar, mas o jejum de alimentos ajuda a nossa vontade fraca a reencontrar o caminho que nos aproxima do Senhor.

HOMÍLIA DIÁRIA

A tentação de remendar pano novo em roupa velha

Postado por: homilia
janeiro 21st, 2013

Nesta narrativa de Marcos, o destaque é a questão do jejum, uma das principais observâncias religiosas dos fariseus, que é mencionado seis vezes neste texto. Jesus, com seus discípulos, infringia esta prescrição legal, bem como a observância do sábado, conforme os Evangelhos registram com frequência.
O texto de hoje relata a terceira duma série de controvérsias com vários grupos judaicos, iniciada em Mc 2,1. Talvez, surpreendentemente, a discussão de hoje se deu não somente com os fariseus, mas com os discípulos de João Batista. Marcos fala disso porque os discípulos de João formavam uma comunidade que sobreviveu à morte do Batista, sem dúvida até o segundo século da nossa era (cf. Jo 3,25). O motivo foi porque os discípulos de Jesus não davam grande importância ao jejum – uma prática que, ao lado da oração e da esmola, era muita cara às tradições religiosas dos judeus. Aliás, práticas também que continuavam – e continuam – a ter muito sentido para os cristãos de então, e de hoje, se bem com ênfases e expressões diferentes.
O Sermão da Montanha, no sexto capítulo de Mateus (Mt 6,1-18), nos dá as orientações de Jesus sobre essas práticas, para evitar que caiam no formalismo e no vazio de serem somente práticas externas que não tocam no coração da pessoa humana. Atualmente, na Sexta-feira Santa por exemplo, lotam-se os restaurantes para comer bacalhau caríssimo, uma vez que comer carne vermelha é proibido! E assim, se cumpre a lei “na letra” mas não no espírito.
No trecho de hoje, Jesus não se concentra sobre o jejum como tal, mas sobre o simbolismo de jejuar ou não no contexto das bodas, ou casamento. A imagem do banquete de casamento tinha conotações messiânicas e a referência a Jesus como o noivo tem esse sentido. Com a vinda de Jesus , chegou a hora do casamento, ou seja, de um novo relacionamento entre Deus e as pessoas.
Mas também neste texto, bem no meio das controvérsias, se faz uma alusão clara à Cruz, ao destino de Jesus, pois “vão chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles. Nesse dia, eles vão jejuar”. A fidelidade à vontade do Pai, na pregação da novidade da chegada do Reino de Deus, levará Cristo inevitavelmente à morte, pois o velho sistema politico-religioso é incapaz de adaptar-se à grande novidade da Boa Nova trazida por Jesus.
Por isso, Marcos termina o texto colocando duas frases sobre a relação entre o velho e o novo – o pano remendado e os barris de vinho. A Boa Nova, com as suas consequências sociais e religiosas, é como um pano novo que não pode remendar roupas velhas, e como barril novo que preserva vinho novo. Para acolher Jesus e o seu projeto, é necessário acabar com estruturas arcaicas de dominação e de discriminação. Quem procurar salvaguardar esquemas antiquados e injustos não vai conseguir vivenciar a Boa Nova.
Jesus veio exigir mudança radical, tanto no nível individual como social. Não veio “remendar” mas trazer algo novo – um novo relacionamento entre as pessoas, com Deus, consigo mesmos e com a criação.
A presença de Jesus entre seus discípulos e no mundo é motivo de alegria. É o próprio Deus da vida e do amor presente entre nós, dispensando as práticas cultuais que são feitas em busca de um deus oculto e distante.
Com as sentenças sobre remendo novo em roupa velha e vinho novo em odres velhos fica afirmada a novidade do movimento de Jesus, que se diferencia fundamentalmente da antiga prática religiosa legalista.
O desafio continua hoje : como é tentador “remendar”, ou seja, fazer somente algumas mudanças que não atingem o cerne das estruturas de exploração, nem a sua raiz na nossa própria pecaminosidade. Por isso, a sociedade hegemônica, taxando-se muitas vezes de “cristã”, sempre procura cooptar o Evangelho e a Igreja, para que não tenha que mudar. Quando a cooptação e o suborno sutil não funcionam, parte-se para a perseguição – por isso Marcos desde já aponta para a Cruz.
A sociedade moderna – sobretudo através da mídia – continua essa cooptação, disseminando uma religião “água com açúcar”, de “panos quentes”, dando espaço para movimentos religiosos alienantes, enquanto cala a voz dos profetas, ignorando-os ou até matando-os, como o sangue dos mártires do nosso tempo muito bem testemunha.
O Evangelho de hoje nos desafia para que façamos as mudanças radicais necessárias para acolher a Boa Nova, para sermos contraculturais, com Jesus: “Vinho novo deve ser colocado em odres novos”, que são os nossos corações.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/01/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para enfrentar nossas paixões e oferecer todas as nossas forças interiores para o bem dos companheiros de viagem. Queremos seguir o exemplo do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, liberta-nos da obrigação de cumprir regras por elas mesmas, na busca ansiosa de perfeição, mas que cada preceito cumprido seja um passo percorrido conscientemente no seguimento de Jesus, que é o caminho humilde da santidade. Nós Te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.