domingo, 25 de fevereiro de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

LEITURA ORANTE DO DIA 25/02/2024



LEITURA ORANTE

Mc 9,2-10 - A transfiguração de Jesus


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando, com todos:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Este momento é muito especial no nosso dia.
Fazemos
silêncio no nosso coração e pedimos luz ao Espírito.
Rezamos com o Bem-aventurado Alberione:
Mestre,
Tu que iluminas todo homem
e és a própria verdade:
eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
nem julgar senão conforme os teus julgamentos,
verdade substancial, dada a mim pelo Pai:
“Vive na minha mente, ó Jesus Verdade”.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente a narrativa da Transfiguração em Mc 9,2-10.
Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de deixar. E os três discípulos viram Elias e Moisés conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus:
- Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu, e dela veio uma voz, que disse:
- Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz! Aí os discípulos olharam em volta e viram somente Jesus com eles. Quando estavam descendo do monte, Jesus mandou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse. Eles obedeceram à ordem, mas discutiram entre si sobre o que queria dizer essa ressurreição.
Refletindo
A transfiguração é manifestação da glória da Ressurreição. Observo neste trecho do Evangelho a revelação do Filho nas palavras do Pai: “Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz”. Observo alguns símbolos:
Monte muito alto” – a montanha indica o lugar de encontro com Deus.
Roupa brilhante”, (“luz”) ¬ Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará.
Quanto mais Palavra de Deus tiver em mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida.
Tendas”- lugares de repouso e de oração.
Nuvem e sombra” simbolizam a presença de Deus.
Jesus se revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devo escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.

2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para nós?
Precisamos nos aproximar mais e escutar a Palavra, condição para aprender do Mestre e ser seu/sua discípulo/a.
Atualizando
Os bispos, na Conferência de  Aparecida, disseram:
"Para aprender com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)." (DAp 138)

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Rezamos com toda a Igreja o Salmo 96(97)

Deus é rei, é o Altíssimo, / muito acima do universo.

1 - Deus é rei! Exulte a terra de alegria, / e as ilhas numerosas rejubilem! / Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, / que se apoia na justiça e no direito. – R.
 2 - As montanhas se derretem como cera / ante a face do Senhor de toda a terra; / e assim proclama o céu sua justiça, / todos os povos podem ver a sua glória. – R.
3 - Porque vós sois o Altíssimo, Senhor,  muito acima do universo que criastes, / e de muito superais todos os deuses. – R.

4. Contemplação (Vida)
- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Levamos conosco a luz de Jesus transfigurado.
Quanto mais luz levar em nossos olhos, nossas mãos, nossas palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivemos.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 25 de fevereiro, 2º Domingo da Quaresma


25 de fevereiro, 2º Domingo da Quaresma

- Hoje é dia 25 de fevereiro, 2º Domingo da Quaresma.

Hoje somos convidados a subir o Monte da Transfiguração para “contemplar Jesus por dentro”, para conhecer seu coração, seus desejos mais íntimos, seus dinamismos de vida. Ao mesmo tempo, diante de Jesus transfigurado, temos também a ocasião privilegiada para nos “olhar” por dentro e descobrir nossa verdadeira identidade. Com o desejo de também ser uma pessoa transfigurada começa tua oração.

- Escuta o Evangelho segundo Marcos, capítulo 9, versículos 2 a 10:

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer "ressuscitar dos mortos".

– A raiz da mensagem do evangelho de hoje está em apresentar a Jesus como a presença de Deus entre os homens; por isso é preciso escutá-Lo. Sua humanidade levada à plenitude é Palavra definitiva. Escutar o Filho é transfigurar-se n’Ele e levar uma vida como a sua, ou seja, empapar-nos do “modo” como Ele humanamente viveu e sermos capazes de descobrir a voz de Deus no grito desesperado de cada um dos seres humanos que encontramos em nosso caminhar. Jesus continua se “transfigurando” na montanha interior de cada um. Neste Tabor interior também ouviremos a Voz que confirmará nossa filiação: “este é meu filho amado”, “esta é minha filha amada”.

- “E a você? Quais experiências Deus tem dado a você? Que intimidades tem revelado? O apelo do Pai é que ouçamos a voz de seu filho. Como tem sido a sua escuta de Jesus?

- "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!", diz o Senhor no evangelho. Despojando-nos daquilo que nos desfigura, busquemos o que nos transfigura, o que mais nos humaniza e nos diviniza. É possível que, ao contemplar nosso coração, nos deparemos com muitas surpresas que nem imaginamos. Nos lembra o Pe. Adroaldo Palaoro:

“O cotidiano faz-se rotineiro, convencional é, não raro, carregado de desencanto e isso nos desfigura, desumanizando-nos. A luz da Transfiguração de Jesus nos ativa a coragem a olhar para além da “casca de nossa humanidade”, e deixar emergir nossa originalidade e nobreza que não se deixam revelar diante do espelho, mas só numa experiência da interioridade.”

- Termina sua oração, pedindo ao Senhor que você possa se transfigurar e transfigurar os outros e assim poder contemplar a beleza presente em cada um, sobretudo nos mais pobres. Deixe que luz d’Dele faça transparecer o que é mais nobre e divino em seu coração.

- Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja vosso nome, venha nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim, na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.


Jesus é o meu maior tesouro | Mc 9,2-10 | Padre Adriano Zandoná (25/02/24)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 24 de fev. de 2024

Anúncio do Evangelho (Mc 9,2-10)

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Se Deus é por nós, quem será contra nós | (Rm 8, 31b-34) #1900 - Frei Gilson




Publicado em 25 de fev. de 2024

Graça da iluminação | Mãe Maria (25/02/2024) - Dom Walmor



Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 25 de fev. de 2024

Homilia Diária - 25.02.2024 | "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 25 de fev. de 2024

Marcos 9,2-10

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

A Voz do Pastor, 25/02/2024 com o Cardeal Orani João Tempesta



Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 22 de fev. de 2024

2º Domingo da Quaresma

Evangelho (Mc 9,2-10)

Naquele tempo, 2 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4 Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5 Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6 Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7 Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8 E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9 Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Dominical | A Transfiguração do Senhor e as nossas “transfigurações” (2.º Dom. da Quaresma) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 24 de fev. de 2024

No monte Tabor, ao ver o esplendor da glória de Cristo, São Pedro entusiasmado afirma: “Mestre, é bom ficarmos aqui”. Essa empolgação de Pedro também é vivida por nós a cada momento que temos pequenas consolações e percebemos o quanto Deus nos ama. Nosso Senhor, porém, desce do Tabor para mostrar a Pedro e a todos nós que não basta sabermos que somos amados, mas precisamos amar de volta, transformando em amor os sofrimentos e adversidades desta vida. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este 2º Domingo da Quaresma e entenda o que podemos aprender com a Transfiguração do Senhor.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 9,2-10 - 25/02/2024


Seja fortalecido pela experiência da oração com Deus

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: ‘Mestre, é bom ficarmos aqui’.” (Marcos 9,2-5)



A montanha, no contexto bíblico, sempre vai nos apresentar um lugar da presença de Deus, da manifestação d’Ele que se manifesta nesses altos lugares, lugares teofânicos, epifânicos, ou seja, lugar de encontro com Deus, da proximidade com Ele, lugar da oração, é onde Ele manifesta a Sua presença e apresenta a Sua proposta para a humanidade.
Lembramos Moisés que subia à montanha para estar com Deus, e foi na montanha que Deus lhe deu as tábuas da Lei. É o lugar do pacto e da aliança com Ele, a aliança que Ele firmou com Abraão; e, a partir dele, permaneceu fiel também todo o povo escolhido.
No Evangelho de hoje, Jesus escolhe três dos Seus discípulos: Pedro, Tiago e João para estar com Ele na montanha, onde Jesus manifesta a esses três discípulos uma antecipação da Sua glória.
Estamos caminhando para o calvário e, aqui, Jesus os leva para viver essa antecipação da glória, Jesus se transfigura e revela a sua glória para esses discípulos para que eles não esmorecessem na sua fé quando viessem as provações, para que, quando eles se deparassem com as provações, não esmorecessem na fé.

Quaresma é tempo de viver um tempo profundo de oração, um tempo profundo de encontro com Deus

Isso nos ensina, meus irmãos, que também precisamos sempre ter essa atitude de subir à montanha da oração, fazermos a nossa experiência também de encontro com Deus. Na oração, encontramos com Deus e, na oração, Ele nos revela o Seu filho único — como a Palavra vai dizer: “Da nuvem se ouviu: Este é o meu Filho amado” (cf. Mateus 17,5).
O Pai que nos revela o Filho e nos convida a escutá-Lo. Escutar para quê? Escutar para permanecermos firmes quando vier a provação, quando vier a tentação, quando vierem os dias difíceis, estaremos firmes, porque vamos ter escutado o Filho, vamos ter escutado Jesus.
O discípulo é esse que escuta e acolhe Jesus Cristo; acolhe a Sua vontade e o Seu querer, e, na experiência da montanha, ou seja, na experiência da oração, encontramos Jesus Cristo vivo, ressuscitado, glorioso e triunfante sobre o pecado e a morte. É essa profunda experiência espiritual que os discípulos viveram aqui, descritas nas roupas brancas e brilhantes de Jesus, que eles fizeram e assim puderam permanecer firmes.
Foi uma experiência tão profunda, que Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos construir três tendas, vamos ficar aqui tranquilos” (cf. Mateus 17,4), mas é preciso descer também. Quando descermos à montanha, estaremos fortalecidos pela oração.
Quaresma é tempo de viver um tempo profundo de oração, um tempo profundo de encontro com Deus, um tempo de estarmos na montanha, à parte, juntos com Deus.
Que você possa viver essa experiência nesta Quaresma, a experiência de encontrar com Jesus e ser fortalecido por meio dessa experiência do Cristo ressuscitado.
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 25/02/2024

ANO B


2º DOMINGO DA QUARESMA

Ano B - São Marcos - Cor roxa

“Deus não poupou seu único Filho...”

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024

Tema: “Fraternidade e Amizade Social”.
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs”. Mt 23,8

Mc 9,2-10

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Irmãos e irmãs, neste dia do Senhor e no tempo da Quaresma, a Liturgia transforma este lugar em que estamos no monte Tabor. Com os apóstolos, chegamos até aqui para experimentar a manifestação gloriosa do Senhor. Tendo vencido as tentações, o Senhor, transfigurado revela sua identidade de Filho de Deus. É essa também a nossa identidade concedida pela graça do Batismo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O caminho do cristão nem sempre é fácil de ser trilhado. Em diversos momentos, precisamos confiar plenamente na promessa do Senhor de que o sofrimento tem significado, pois ele nos conduz à cruz. O sofrimento pode se tornar ressurreição quando escutamos atentamente a palavra do Filho Amado de Deus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Assim como Jesus chamou seus discípulos para o monte Tabor, para ali ser transfigurado, hoje Ele nos chama para fazermos a mesma experiência. Este lugar sagrado em que nos reunimos, torna-se, para nós, um espaço da manifestação da glória do Senhor, da qual participamos sacramentalmente pelo Batismo, sinal antecipado de nossa Páscoa.
Fonte: Arquidiocese SP - Folheto Povo de Deus em 28/02/2021

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Acolhemos com alegria a revelação que o Pai nos faz de sermos, em Jesus, seus filhos amados. Conscientes desta dignidade, somos encorajados a permanecer firmes em seu caminho, obedientes ao mandamento de escutar atentos sua Palavra. É preciso perceber que se Deus é por nós, ninguém será contra nós. Por isso, queremos nesta celebração, aprender a escutar o que o Filho amado do Pai tem a nos dizer. Participamos do mistério de sua morte e ressurreição, recebemos seu corpo glorioso e somos motivados a transfigurar com Ele nossa realidade ainda tão desfigurada.
Fonte: NPD Brasil em 28/02/2021

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Acolhemos com alegria a revelação que o Pai nos faz de sermos, em Jesus, seus filhos amados. Conscientes desta dignidade, somos encorajados a permanecer firmes em seu caminho, obedientes ao mandamento de escutar atentos sua Palavra. Participando do mistério de sua morte e ressurreição, recebemos seu corpo glorioso e somos motivados a transfigurar com Ele nossa realidade ainda tão desfigurada.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Assim como Jesus chamou seus discípulos para o monte Tabor, para ali ser transfigurado, hoje Ele nos chama para fazermos a mesma experiência. Este lugar sagrado em que nos reunimos, torna-se, para nós, um espaço da manifestação da glória do Senhor, da qual participamos sacramentalmente pelo Batismo, sinal antecipado de nossa Páscoa.
Fonte: Arquidiocese SP - Folheto Povo de Deus em 25/02/2018

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A transfiguração de Jesus é o prenúncio da nossa transfiguração. Imitemos a Cristo, que se afasta do “triunfalismo” e assume o caminho da Cruz como método de vida e paradigma de salvação. Assim seremos uma Igreja servidora e em constante saída.
Fonte: NPD Brasil em 25/02/2018

JEJUM, ESMOLA E ORAÇÃO

O Sentido do tempo litúrgico da Quaresma está concentrado na penitência como mortificação pessoal e alimento da vida espiritual em três dimensões: o jejum, a oração e a esmola. Essas três dimensões estão inseparavelmente ligadas entre si, pois o jejum é a atitude de abstenção de alimentos para a descoberta do alimento espiritual da Palavra de Deus e do Pão da Vida, o que só é possível se estiver vinculado a oração, pela qual a pessoa se doa aos excluídos, manifestando seu espírito caridoso, despreendido e generoso. (O caminho pascal da quaresma, p.1 - Paulinas)

JESUS, O FILHO AMADO DE DEUS

Estamos no início da caminhada quaresmal que nos levará à celebração gloriosa da Páscoa do Senhor. A Palavra de Deus ilumina o percurso que estamos fazendo, pois somos chamados à conversão e à reconciliação. Ressoa forte em nossos corações o apelo premente da quaresma: “Convertei-nos e crede no Evangelho”.
Neste segundo domingo da quaresma meditamos o Evangelho da Transfiguração de Jesus. Vemos o Filho amado de Deus, no caminho que leva à cruz, transfigurado, manifestado em plena glória. O evangelista Marcos, ao referir-se às vestes brancas e brilhantes de Jesus aponta para a realidade da sua ressurreição, a glorificação. Ninguém, nem a violência, nem a morte, poderá deter a realização do Reino de Deus, pois Ele vai ressuscitar no terceiro dia.
A presença de Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas, dá testemunho de Jesus como o Messias esperado, aquele que vem para libertar da escravidão, tirar o pecado do mundo, como prometido e prefigurado no Antigo Testamento. E o testemunho é este, Jesus veio para salvar pela entrega total de sua vida. De fato, no texto evangélico, alguns elementos indicam a presença de Deus nos acontecimentos, como a nuvem que cobre com sua sombra, a voz do alto que ressoa, o esplendor radiante, a presença de Moisés e Elias. É o próprio Deus Pai a garantia de que que Jesus é seu Filho amado, ao qual se deve aderir: “Escutai-o”. Sim, Jesus é o Filho de Deus, como já revelado no batismo por João Batista, quando a mesma voz recorda a filiação divina e diz que nele encontra todo o seu agrado, a sua complacência.
E nós, como nos colocamos diante desta realidade da fé, a ressurreição? Na atitude e nas palavras de Pedro nos reconhecemos todos, pois não se pode viver a alegria da ressurreição sem passar pela cruz, a entrega total, a morte que leva à vida, a Páscoa. Para acolhermos e conhecermos plenamente quem é Jesus, e seu Evangelho, precisamos ir com Ele até a Cruz, permanecer fiéis até o fim, perseverar no caminho. Escutar o que Ele diz, praticar sua Palavra, viver seu projeto de salvação, nos salva, nos liberta, leva-nos à ressurreição, à vida plena.
E ainda hoje nos perguntamos, como os discípulos que acompanhavam Jesus, o que significa “ressuscitar dos mortos”. Jesus ressuscitou, não é vã a nossa fé. Ele está sempre conosco, é o Emanuel -Deus Conosco - e nos convida a descer do monte , a vencer o medo e a angústia, a crer e escutar o que o Pai diz, pois são palavras de vida eterna. Jesus é verdadeiramente o Caminho, a Verdade e a Vida.
A transfiguração de Jesus é sinal de nossa vitória sobre o pecado e a morte. A nossa fé nos assegura ser possível transfigurar também a nossa vida, resgatar a plena dignidade humana, a condição de filhos e filhas de Deus. A solidariedade de Jesus, que se fez homem e veio habitar no meio de nós, cumprindo a vontade do Pai, revela seu imenso amor, que nos liberta e salva definitivamente. Queremos seguir seus passos, somos seus discípulos missionários, contribuindo para a criação dos novos céus e da nova terra, a plena ressurreição, a vida plenamente transfigurada, imagem e semelhança de Deus.
Continuemos perseverantes na caminhada quaresmal, proclamando que “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”, como nos recorda a Campanha da Fraternidade. Ele é o Filho amado do Pai, que nos pede fraternidade e diálogo, no compromisso de amor com Deus e os irmãos.
Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ
Bispo Auxiliar de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 28/02/2021

A QUEM DEVEMOS OUVIR?

A segunda semana da Quaresma inicia sempre com o Domingo da Transfiguração de Jesus. Os Evangelhos narram sobre um momento extraordinário na vida de Jesus com seus apóstolos: diante de três deles, a figura do Mestre fica divinamente mudada. É uma cena de “epifania”, mostrando por um momento quem, de fato, é Jesus.
Seu rosto, suas vestes e o ambiente inteiro mostram o esplendor divino, que não aparecia normalmente em sua forma humana de viver. Os três apóstolos ficam fascinados e não querem mais sair daquele ambiente celeste, no qual se faz ouvir a voz de Deus Pai: “este é meu Filho amado. Ouvi- o” (cf Mc 9,2-10). É o testemunho de Deus em favor de Jesus.
Esse momento foi importantíssimo para os apóstolos, pois lhes deu a justa compreensão de quem era Jesus: não era apenas mais um profeta, ou mais um sábio Mestre da Lei de Moisés. Jesus foi apresentado diante dos apóstolos e confirmado por Deus Pai como o “Filho amado”. A mesma voz de Deus recomendou: “escutai-o!” Precisava de mais algum diploma ou carimbo de autenticação!?
Para a Igreja, vale essa mesma recomendação ainda hoje. Vivemos num mundo de “cacofonias” e de confusão de vozes e mensagens. Muitas pessoas já não sabem mais a quem ouvir e seguir. E são facilmente influenciadas por ondas do momento, da publicidade, dos índices de audiência, das pesquisas de opinião... A quem devemos ouvir?
Vale lembrar as palavras de S. Pedro, no final do discurso de Jesus sobre o “pão da vida”: “a quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68). Devemos ter respeito pelas pessoas que pensam diversamente de nós, mas isso não significa que devemos negar as verdades da nossa fé católica e o ensinamento de Jesus. Ele é “a verdade” que nos liberta, mesmo se isso vai no sentido contrário da opinião geral, ou das tendências do momento. O cristão deve orientar-se pelos ensinamentos de Jesus Cristo.
Ontem, foi aberta a celebração do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo, como um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” para toda a nossa Igreja em São Paulo. É um tempo de graça, um esforço comunitário para correspondermos bem à missão que Jesus Cristo confiou à Igreja.
Aquilo que Jesus ordenou aos apóstolos - “vós sereis minhas testemunhas” – é nossa missão hoje, nesta Metrópole. Por isso, nosso sínodo deve colocar-se à escuta da verdade do Evangelho - “escutai-o” - conforme recomendação de Deus Pai. Rezemos ao Espírito Santo pelo bom êxito do sínodo e participemos das suas diversas iniciativas. Deus nos abençoe e conduza pelos seus caminhos!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 25/02/2018

Comentário do Evangelho

Revelação do Deus de amor

O "alto de uma montanha, a sós" é o interior do coração onde se dá a comunicação divina. É aí que Jesus procura entrar e revelar-se, vencendo as barreiras das ideologias tradicionais. E é lentamente que os discípulos vão compreendendo a novidade de Jesus. O simbolismo da sua figura "muito brilhante e tão branca" indica a condição divina presente em Jesus, não percebida aos olhos vulgares.
"Filho de Deus" era o título usado pelos poderosos, reis e faraós, que legitimavam seu abuso de poder e a opressão sobre o povo em nome de Deus, como seu representante ou seu próprio filho na terra. Nesse sentido foi elaborada a tradição davídica que originou as expectativas messiânicas sob várias formas. Contudo, Jesus, "o meu Filho amado", não tem este caráter messiânico. Ele é a revelação do Deus amor, misericórdia e serviço. É a base do projeto de um mundo novo possível, onde a fraternidade e a partilha sejam os laços fundamentais de relacionamento social. Sem esquecer que a natureza, a montanha, as nuvens, os campos, vales e rios participam harmoniosamente deste projeto. A transfiguração não é uma "ida e volta" à glória futura, mas uma transparência do caráter divino e glorioso de Jesus humano, manso e humilde de coração. A questão é a percepção da realidade atual da humanidade revestida da divindade, mesmo que vulnerável ao sofrimento e à morte. Jesus já é portador da glória do Pai e da vida eterna, e esta glória é comunicada a todos que o seguem.
Na primeira leitura, Abraão, por obediência religiosa, se dispõe a sacrificar seu filho único, Isaac. Abraão é apresentado como modelo da obediência cega à Lei que exprime a vontade da divindade, pelo que é premiado. Esta concepção é prenhe de violência, particularmente quando a premiação é a conquista das cidades daqueles que eram considerados inimigos, passados ao fio da espada, e a supremacia do poder e da riqueza sobre todas as nações da terra. Na segunda leitura, Paulo interpreta a cruz de Jesus sob este modelo de Abraão: Deus entrega seu filho unigênito em sacrifício por nós. Hoje, a teologia interpreta que o dom do Filho de Deus é a encarnação, com a plenitude de amor revelada e comunicada por Jesus no convívio com os discípulos e as multidões.
Jesus, nascido de Maria, humano e divino, é portador da imortalidade e da glória. Somos convidados a ter a experiência, já, da glória de Deus, no amor fraterno. "Nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único" (Jo 1,14b).
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
Fonte: Paulinas em 04/03/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Este é meu Filho Amado


Do deserto da Tentação subimos hoje com Jesus à montanha da Transfiguração. Conosco sobem Pedro, Tiago e João. Estavam eles lá sozinhos quando Jesus mudou de figura, se transfigurou. Sua roupa ficou muito branca e brilhante. Aparecem então Elias e Moisés que passam a conversar com Jesus. Pedro, Tiago e João estão vendo tudo. Sem saber o que dizer, Pedro se propõe a fazer três tendas, uma para Jesus e as outras duas para Elias e Moisés, respectivamente.
De repente, a sombra de uma nuvem os cobre e eles ouvem uma voz: “Este é meu Filho amado. Escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem e eles ficam sozinhos com Jesus. Desceram da montanha e Jesus lhes ordenou que não contassem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos. Eles não entenderam o que significava “ressuscitar dos mortos”. Mais tarde, escrevendo aos romanos, Paulo dirá que Jesus morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós.
Eles não entenderam nem podiam imaginar que a ressurreição aconteceria depois de uma morte dolorosa. Precisavam, pois, ver agora o Cristo transfigurado antes de vê-lo depois crucificado. De fato, diz São Paulo, “Deus não poupou seu próprio Filho e o entregou por nós e, com ele, deu-nos tudo”. Quem será então contra nós, se ele intercede por nós e Deus está a nosso favor? Deus não poupou o próprio Filho, assim como Abraão não poupou Isaac, seu filho único bem-amado.
Deus quis provar Abraão. Chamou-o, mandou que pegasse Isaac, fosse com ele à terra de Moriá e o oferecesse em holocausto. Quando Abraão ia sacrificar Isaac, um anjo o impediu e disse: “Agora, sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu único filho”.
Em lugar de Isaac, Abraão sacrificou um carneiro e, depois, o anjo lhe disse: “Eu te abençoarei e tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do céu. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. As promessas, diz Paulo, foram asseguradas a Abraão e à sua descendência.
Não aos seus muitos descendentes, mas a um só, “a tua descendência”, que é Jesus Cristo. Por este descendente de Abraão, que é Jesus Cristo, todas as nações da terra são abençoadas e todos podem se tornar filhos de Abraão, pela fé em Jesus Cristo. Naquele momento eles não compreenderam.
Mais tarde compreenderão o alcance da Ressurreição do Senhor. E assim caminhamos para a Páscoa, preparando-nos nesta Quaresma para renovar a graça do batismo na Vigília Pascal. Experimentamos com Jesus a fragilidade humana no deserto e vimos a transfiguração do nosso corpo, quando ele mesmo se transfigurou no monte.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, o sofrimento e a morte. Foi assim para Jesus, é assim para os seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

VIVENDO A PALAVRA

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, o sofrimento e a morte. Foi assim para Jesus, deve ser assim para os seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2018

VIVENDO A PALAVRA

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da Glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil e sofrido caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, passa pelo sofrimento e passa pela morte. Foi assim para Jesus, deve ser assim para nós, que queremos ser seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/02/2021

Reflexão

A transfiguração de Jesus é relato presente nos três evangelhos sinóticos. Jesus sobe a montanha junto com três discípulos representativos e se transfigura; sua aparência se transforma e suas vestes ficam brancas. A descrição simboliza a antecipação da glória de Jesus ressuscitado. As personagens, Moisés e Elias, representam a totalidade do Antigo Testamento: Moisés a Lei e Elias os profetas. Pedro, diante de tamanha beleza, se entusiasma e propõe construir tendas e permanecer aí. É a tentação de quem se nega a descer para a planície e deseja fugir dos compromissos e dos problemas cotidianos. A visão não mudou a mentalidade de Pedro, que iguala Jesus, Moisés e Elias, ou seja, mantém o messianismo de Jesus nas categorias do Antigo Testamento. Da nuvem, símbolo da presença divina, sai uma voz, pedindo para que todos escutem o Filho amado. É a Jesus que agora devemos escutar. É ele que nos transforma em novos protagonistas do seu projeto; é ele a nova realidade que revela a presença de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/02/2018

Reflexão

A cena da transfiguração é uma amostra do que será o Cristo glorioso. A nuvem simboliza a presença de Deus, que administra a história da salvação. No Antigo Testamento, duas figuras de destacam: Moisés, o grande líder do povo de Israel e zeloso transmissor da Lei de Deus; Elias, o grande profeta, que interpretava e transmitia ao povo a vontade de Deus. Moisés e Elias conversam com Jesus, não com os discípulos de Jesus. Estes têm a quem ouvir: “Este é meu Filho amado. Ouçam-no”. Doravante, o comunicador autorizado do Pai é seu Filho Jesus. Para o momento, o Mestre e os três apóstolos deverão deixar esse ambiente de glória e retornar à realidade. A glória virá, mas antes eles terão que percorrer o caminho da cruz. Prenúncio de vitória para Jesus e também para os discípulos.
ORAÇÃO
Divino Mestre, Jesus Cristo, dialogando com Moisés, o grande líder do povo de Israel e representante da Lei de Deus, e com Elias, o incomparável profeta da antiga Aliança, nos revelaste estar cumprindo tudo o que foi proclamado e escrito a teu respeito, com o aval do Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 28/02/2021

Reflexão

No meio de intensa atividade junto ao povo sedento de ouvir sua Palavra, Jesus tem um momento de glória. Uma comprovação de que sua missão está correta e de que ele age conforme a vontade do Pai: “Este é o meu Filho amado. Ouçam-no”. É proposital a escolha das três testemunhas: Pedro, Tiago e João. Serão esses que Jesus convidará também por ocasião de sua paixão (cf. Mc 14,33). Nessa ocasião, para não entrarem em pânico, nem desistirem do Mestre, eles se fortalecerão com a lembrança da transfiguração, uma amostra de sua glorificação antecipada. Moisés e Elias, representantes de toda a Antiga Aliança, dialogam com Jesus. Esse fato confirma que Jesus é o centro da história da salvação. Ele vem para cumprir toda a Lei e os Profetas. Doravante, é a ele que a Igreja deverá ouvir.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Ele foi transfigurado diante deles»

Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos a cena «na qual os três apóstolos Pedro, Tiago e João aparecem como extasiados pela beleza do Redentor» (João Paulo II): «ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim» (Mc 9,2-3). Pelo que nós podemos entrelaçar uma mensagem: «o qual destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do evangelho» (2Tm 1,10), assegura São Paulo a seu discípulo Timóteo. É o que contemplamos cheios de assombro, como os três Apóstolos prediletos, neste episódio próprio do segundo domingo de Quaresma: a Transfiguração.
É bom que seja o nosso exercício de quaresma acolher este estalido de sol e de luz no rosto e nos vestidos de Jesus. É um maravilhoso ícone da humanidade redimida, que já não se apresenta na feia imagem do pecado, senão em toda a beleza que a divindade comunica à nossa carne. O bem-estar de Pedro é expressão do que um sente quando se deixa invadir pela graça divina.
O Espírito Santo transfigura também os sentidos dos Apóstolos, e graças a isto podem ver a glória divina do Homem Jesus. Olhos transfigurados para ver o que resplandece mais; ouvidos transfigurados para escutar a voz mais sublime e verdadeira: a do Pai que põem a sua complacência no Filho. Para nós tudo resulta demasiado surpreendente, já que nos encontramos na mediocridade. Só se nos deixamos tocar pelo Senhor, nossos sentidos serão capazes de ver e de escutar o que há de mais belo e gozoso, em Deus, e nos homens divinizados por Aquele que ressuscitou dentre os mortos.
«A espiritualidade cristã —escreveu João Paulo II— tem como característica o dever do discípulo de configurar-se cada vez mais plenamente com o seu Mestre», de tal maneira que —a través de uma assiduidade que poderíamos chamar “amizade”— chegarmos até ao ponto de «respirar seus sentimentos». Ponhamo-nos nas mãos de Santa Maria a meta da nossa verdadeira “trans-figuração” em seu Filho Jesus Cristo.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Naquele milagre, houve também outra lição. Apareceram à conversa com o Senhor, Moisés e Elias, ou seja, a lei e os profetas. As páginas dos dois Testamentos apoiavam-se mutuamente. Como diz São João, a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade através de Jesus Cristo» (S. Leão Magno)

- «Precisamos de nos retirar para um espaço de silêncio - para subir à montanha - para nos reencontrarmos de novo conosco e perceber melhor a voz do Senhor. Mas não podemos ficar parados! O encontro com Deus em oração impulsa-nos a descer de novo da montanha e regressar à planície, onde nos encontramos muitos irmãos e irmãs esmagados pela fadiga, injustiça, pobreza material e espiritual» (Francisco)

- «A partir do dia em que Pedro confessou que Jesus era o Cristo, Filho do Deus vivo, o Mestre começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e lá sofrer, que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia´ (Mt 16, 21). É neste contexto que se situa o episódio misterioso da transfiguração de Jesus, no cimo duma alta montanha, perante três testemunhas por Ele escolhidas: Pedro, Tiago e João. O rosto e as vestes de Jesus tornaram-se fulgurantes de luz, Moisés e Elias aparecem, e falam da sua morte, que ia consumar-se em Jerusalém´ (Lc 9, 31). Uma nuvem envolve-os e uma voz do céu diz: `Este é o meu Filho predileto: escutai-O´ (Lc 9, 35)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 554)

Reflexão

A Transfiguração e o mistério da Cruz

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje consideramos o mistério da Transfiguração em sua direta relação com a Cruz. Na cena aparece Moisés e Elias —a Lei e os Profetas—falando com Jesus e de Jesus. Só Lucas nos conta seu tema de conversação: a Cruz, como o êxodo de Jesus Cristo que devia cumprir-se em Jerusalém.
A Cruz de Jesus é um sair desta vida, um atravessar o "mar Vermelho" da paixão e um chegar à sua glória, na qual, ficam sempre impressos os estigmas. Com isso fica claro que o tema fundamental da Lei e os Profetas é a "esperança de Israel", o êxodo que liberta definitivamente.
—Moisés e Elias se convertem eles mesmos em figuras e testemunhos da paixão. Com ele Transfigurado falam do que disseram na terra, da paixão de Jesus. Mas enquanto falam sobre isso com Ele aparece evidente que esta paixão está impregnada da glória de Deus e que se transforma em luz, liberdade e alegria.

Comentário sobre o Evangelho

A Transfiguração: «Este é o meu Filho amado. Escutai-o!»


Hoje assistimos a um momento solene da vida de Jesus: A Transfiguração. Impressionante! Aí aparecem também Elias e Moisés, os grandes líderes de Israel no Antigo Testamento. É como um resumo da história da salvação. É como estar no céu!
—Mas, de que falam? Exatamente, do sacrifício de Cristo na Cruz. Sabes por quê? Sem sacrifício não há amor, nem felicidade.

Meditando o evangelho

O MESSIAS TRANSFIGURADO

A convivência com Jesus não foi suficiente para levar os discípulos a compreendê-lo em profundidade. Suas palavras, seu modo de se relacionar com as pessoas e seus gestos miraculosos ofereciam pistas para isso. Esta dinâmica de conhecimento, no entanto, aconteceu de forma lenta e penosa.
Nem sempre os discípulos tiveram suficiente agilidade mental para penetrar na identidade de Jesus. Não seria conveniente que o momento da paixão os encontrasse despreparados. Correriam o risco de não compreender o verdadeiro sentido da cruz e morte de Jesus.
A experiência da transfiguração foi uma maneira de queimar etapas e colocar os discípulos, de forma transparente, diante da realidade de Jesus. O rosto radiante e as vestes esplendorosas simbolizavam sua santidade. O diálogo com Moisés e Elias situava-o no âmago das Sagradas Escrituras: a Lei e os Profetas apontavam para ele e tinham nele seu centro. Sumamente importante foram as palavras do Pai. Jesus era seu Filho querido, a quem todos deviam dar a máxima atenção. O Filho falaria em seu nome e comunicaria à humanidade seu desígnio de salvação. Ouvir a Jesus corresponderia a estar em contínua relação com Deus.
Revelava-se, desta forma, a verdadeira dimensão da cruz: um ultraje para Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, revela-me, sempre mais, tua verdade profunda, para que eu possa compreender a grandeza do amor que manifestaste na cruz.
Fonte: Dom Total em 25/02/2018 28/02/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. TRANSFIGURAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A cena da transfiguração contrasta com a perspectiva de sofrimento e morte que aguarda Jesus em Jerusalém, da parte dos chefes religiosos locais.
A narrativa, em estilo apocalíptico, caracterizada por fenômenos espantosos, abalos da natureza, nuvens e voz celestial, que indicam a presença e comunicação de Deus, confirma a filiação divina de Jesus e seu caráter de enviado para anunciar e instruir a todos. Moisés, representante da Lei, e Elias, representante do profetismo, haviam subido à montanha ao encontro de Deus.
Agora, estando Jesus a orar no alto da montanha, Moisés e Elias vêm a ele. O ponto alto é a voz que proclama: "Este é o meu Filho amado. Escutai-o!"
Do ponto de vista de uma interpretação messiânica escatológica, a transfiguração seria o prenúncio da ressurreição, como coroação dos sofrimentos de Jesus em sua Paixão (segunda leitura).
A obediência cega à Lei, que exprime a vontade de Javé, é premiada, conforme o modelo de Abraão. Esta concepção é prenhe de violência, particularmente quando a premiação é a conquista das cidades dos inimigos e a supremacia sobre todas as nações da terra (primeira leitura).
Sob outro ponto de vista, pode-se ver na transfiguração a revelação da condição divina de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, na simplicidade de seu convívio entre nós. Os discípulos devem perceber em Jesus a nova condição humana glorificada pela encarnação do Filho de Deus.
Não se trata de esperar um messias poderoso, mas, sim, de reencontrar a dignidade e a grandeza da condição humana, em tudo que ela tem de justo, bom, verdadeiro e belo. Ao entrarmos em comunhão de amor com Jesus e com o próximo, Deus é glorificado e nos é comunicada sua vida divina e eterna.
Fonte: NPD Brasil em 04/03/2012


(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Do Deserto da Tentação subimos hoje com Jesus à Montanha da Transfiguração. Conosco sobem Pedro, Tiago e João. Estavam eles lá sozinhos quando Jesus mudou de figura, se transfigurou. Sua roupa ficou muito branca e brilhante. Aparecem então Elias e Moisés que conversam com Jesus. Pedro, Tiago e João estão vendo tudo. Sem saber o que dizer, Pedro se propõe a fazer três tendas, uma para Jesus e as outras duas para Elias e Moisés, respectivamente. De repente, a sombra de uma nuvem os cobre e eles ouvem uma voz: “Este é meu Filho amado. Escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem e eles ficam sozinhos com Jesus. Desceram da montanha e Jesus lhes ordenou que não contassem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos. Eles não entenderam o que significava “ressuscitar dos mortos”. Mais tarde, escrevendo aos romanos, Paulo dirá que Jesus morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós. Eles não entenderam nem podiam imaginar que a ressurreição aconteceria depois de uma morte dolorosa. Precisavam, pois, ver agora o Cristo transfigurado antes de vê-lo depois crucificado. De fato, diz São Paulo, “Deus não poupou seu próprio Filho e o entregou por nós e, com ele, deu-nos tudo”. Quem será então contra nós, se ele intercede por nós e Deus está a nosso favor?
Deus não poupou o seu próprio Filho, assim como Abraão não poupou Isaac, seu filho único bem-amado. Deus quis provar Abraão. Chamou-o, mandou que pegasse Isaac, fosse com ele à terra de Moriá e o oferecesse em holocausto. Quando Abraão ia sacrificar Isaac, um anjo o impediu e disse “Agora, sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu único filho”. Em lugar de Isaac, Abraão sacrificou um carneiro e, depois, o anjo lhe disse: “Eu te abençoarei e tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do céu. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. As promessas, diz Paulo, foram asseguradas a Abraão e à sua descendência. Não aos seus muitos descendentes, mas a um só, “a tua descendência”, que é Jesus Cristo. Por este descendente de Abraão que é Jesus Cristo, todas as nações da terra são abençoadas e todos podem se tornar filhos de Abraão, pela fé em Jesus Cristo. Naquele momento eles não compreenderam. Mais tarde compreenderão o alcance da Ressurreição do Senhor. E assim caminhamos para a Páscoa, preparando-nos nesta Quaresma para renovar a graça do batismo na Vigília Pascal. Experimentamos com Jesus a fragilidade humana no deserto e vimos a transfiguração do nosso corpo quando ele mesmo se transfigurou no monte.
Fonte: NPD Brasil em 25/02/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR QUE TRANSFIGURA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tivemos um jovem em nosso grupo, que acabou se tornando médico, recordo-me que após a formatura, a sua turma, vinda de famílias abastadas, como recompensa e merecido descanso, decidiu participar de um cruzeiro internacional, em um navio luxuosíssimo, com hospedagens em hotéis 5 estrelas, mas esse jovem, já formado, retomou contato com a humilde comunidade onde tivera a sua experiência pastoral e ao saber que a mesma fazia atendimento a uma área paupérrima do bairro, se dispôs a conhecer esse trabalho.
Observando uma carência total na área da saúde, ele não teve dúvidas, juntou-se a Pastoral da Saúde e elaborou um cuidadoso plano de ação, e quando seus amigos vieram procurá-lo, para surpresa geral o jovem Doutor abriu mão da fantástica aventura, para dedicar-se nas férias, à comunidade pobre que fazia parte da sua antiga paróquia.
Parece história da “Carochinha”, mas se prestarmos atenção ao nosso redor, vamos encontrar pessoas como esse jovem, que nem sempre saem nos jornais, e que a gente se pergunta, como é que podem existir pessoas assim, que no anonimato abrem mão daquilo que têm, em favor de quem precisa, fazendo um sacrifício, palavra estranha e sem sentido para o homem deste milênio, rodeado de conforto, facilidades, tecnologia, comodidade e bem estar.
Não há nenhuma razão lógica para alguém sacrificar-se assim por um ser humano, aquele jovem poderia primeiro curtir a sua merecida viagem com os amigos e depois, quem sabe, dar um pouco do seu tempo à comunidade pobre, mas aí é que está a diferença, o amor quando é autêntico, nunca se satisfaz em dar apenas um “pouco”.
Entre os jovens ainda é comum a palavra “FICAR”, que significa uma relação sem compromisso, um amorzinho bem vagabundo, desses de quinta categoria, mas quando dois jovens resolvem migrar do simplesmente Eros para o Ágape, daí vamos ter o amor em toda sua beleza e esplendor, amor de primeiríssima qualidade, indestrutível, inseparável, como nos ensina a segunda leitura desse domingo, sempre tolerante, compassivo, disposto a perdoar e a recomeçar, amor que sabe sonhar e construir juntos, na partilha e comunhão de vida, casamento na Igreja supõe tudo isso...
É assim que Deus se revela em Jesus Cristo, é assim que Cristo se revela em quem é capaz (e não precisa ser médico) de renunciar algo valioso, para doar-se aos irmãos, não existe outra forma de amar que não seja o serviço, feito com grande sacrifício, e isso parece algo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado, difícil de ser compreendido pelo coração humano, que hoje é educado para buscar grandezas e ambições, prestígio, fama, sucesso e poder, em um egocentrismo exacerbado.
Como podemos entender o sacrifício de Abraão, que abre mão do Filho da Promessa, tão esperado e sonhado, e que veio em sua velhice, brotado como semente tardia, dom de Deus, da esterilidade de Sara, sua esposa? O Patriarca, ícone das três maiores religiões do planeta, sente em seu coração que o amor á Divindade em quem crê, só se concretiza ofertando algo valiosíssimo, e aqui retomamos o sentido do amor, que não é dar um pouquinho, mas o “tudo”, ou seja, aceitar perder algo, que não se vai mais recuperar...
Na religião da recompensa divina, sempre marcada pela mediocridade, ou nas relações mercantilizadas com as pessoas, se faz na verdade uma barganha, é muito complicado chegarmos a compreensão dessa gratuidade, pois pensamos que somos muito bons e nos doamos até um certo ponto, mas não se pode também exagerar e sair no prejuízo, é esse o grande problema, colocamos sempre um limite no nosso modo de amar, abrimos mão de ganhar alguma coisa, mas ter que perder, aí já é um pouco demais... Amar como Jesus amou, é sempre assumir o risco de uma perda.
Entretanto, quando desenvolvemos em nós essa virtude do evangelho, e aceitamos até perder tudo, estamos nos unindo Aquele que se deu por inteiro, e que para salvar a todos aceitou perder tudo, pois o Cristo na cruz é um homem derrotado e humilhado, diante doa amigos que acreditaram em sua proposta, é alguém que perdeu tudo, prestígio, família, amigos, dignidade, honra, considerado na visão profética um homem maldito diante de Deus, abandonado e esquecido, incompreendido e rejeitado, homem esmagado pelas dores, como nos lembra Hebreus, e se o Pai não o tivesse glorificado quem seria Jesus para o mundo de hoje?
Talvez ninguém, pois enquanto homem aceitou correr esse risco, não sabia bem no que ia dar tudo aquilo, e podia ser que nem a comunidade reconhecesse o seu gesto de amor.
Somos hoje convidados a contemplar exatamente essa glória, pois no Cristo transfigurado, está a humanidade, sonhada, planejada e criada por Deus, está aquele jovem, cuja história contei no início, está cada cristão, que tem essa disposição interior de doar-se por inteiro, e que ninguém tenha medo, Deus nunca exigirá de nós o mesmo sacrifício da cruz, mas que nossas pequenas ações possam pelo menos refletir um pouco, do Amor de Jesus de Nazaré, para isso é necessário buscá-lo e escutá-lo, pois somente ele e mais ninguém, nos ensina com tanta autoridade, como é que se ama de verdade...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Lá, ele foi transfigurado diante deles - Mc 9,2-10
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Entramos no Tempo Quaresmal pelo deserto e é dos Padres do Deserto a história de um monge que foi à cela de Arsênio, um santo homem muito idoso. Antes de entrar, olhou para dentro da gruta e viu Arsênio revestido de fogo. Assim parecia. Ele estava iluminado. Percebendo alguém à porta, Arsênio perguntou: “Você viu alguma coisa?”. E o outro monge, respeitosamente: “Não senhor, não vi nada”. Os homens e as mulheres de Deus são discretos em relação à sua vida de união interior. Buscam a unificação, como sempre buscaram os santos do povo de Israel.
Meditaram um dia na Carta aos Filipenses que “Jesus Cristo transfigurará nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso”. E, enquanto esperam que isto aconteça, vivendo “no meio de uma geração má e perversa, procuram brilhar como astros no mundo, mensageiros da Palavra da vida, tudo fazendo sem murmurações nem reclamações”.
Na história de Arsênio aconteceu o que Paulo escreveu a Timóteo, que Jesus Cristo destruiu a morte e fez “brilhar” a vida e a imortalidade por meio do Evangelho. Que luz é essa que envolvia o monge? É a luz da transfiguração, luz da Trindade porque Deus é Luz.
Quando Moisés desceu da montanha, diz o Êxodo, não sabia que a pele do seu rosto resplandecia porque havia falado com Deus. Os filhos de Israel viam o rosto resplandecente de Moisés, e ele punha um véu sobre a face.
É bom ficar aqui, disse Pedro quando viu Jesus transfigurado na montanha, ladeado por Moisés e Elias. Um pouco antes, Jesus estava desfigurado no monte da Tentação. Agora aparece transfigurado no monte Tabor. Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas, mostram que a Palavra da vida se realiza plenamente em Jesus. Ele é o Evangelho de Deus, a Boa Notícia da Salvação, a alegre esperança dos desesperados.
Podemos considerar a montanha parte do deserto. A tentação aconteceu num monte no deserto da Judeia. No deserto, o homem fragilizado é transfigurado e levado para o alto. Não só o seu coração, mas o ser humano inteiro para o alto. “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.” É puro de coração quem é simples e considera boas todas as pessoas, não lança sobre elas um olhar mau e considera os outros superiores a si mesmo. Estes verão a Deus.
Nós não marcamos nem hora nem lugar para o encontro com Deus. É ele que vem ao nosso encontro, ou melhor, que se manifesta no esplendor da transfiguração, que já nos encontrou. Paulo descreve aos filipenses sua busca de Deus dizendo que não é perfeito e ainda não o alcançou, “mas vou prosseguindo para ver se o alcanço, pois já fui alcançado por Cristo Jesus”.
Fonte: NPD Brasil em 28/02/2021

Homilia

Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

CAMINHO DA CRUZ E DA VITÓRIA

I. INTRODUÇÃO GERAL

No segundo domingo da Quaresma, temos, todos os anos, o episódio da transfiguração. No início da caminhada, é sempre importante olhar para a chegada. Para os que se preparam para o batismo, ou para nós que nos preparamos para renovar os compromissos do nosso batismo a fim de vivê-los melhor, será bom ver o que o episódio nos ensina.
Aos discípulos que mais de perto o acompanham, Jesus quer mostrar que ele é o Messias sofredor, que o caminho da vitória e da glória é a cruz. Isso ele já vinha dizendo e voltará a dizer, mas essa verdade é tão distante da mentalidade geral, que os discípulos nem sequer querem ouvi-la. Hoje também.
A voz do céu lembra os poemas ou cânticos do Servo Sofredor do Segundo Isaías (“o meu amado”) e recomenda aos discípulos: “Ouvi-o, escutai o que ele está dizendo!” Hoje também.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18)

A narrativa do sacrifício de Isaac, na hipótese das fontes do Pentateuco, vem da fonte eloísta. Essa fonte ou tradição relata com frequência alguma tentação ou provação, refletindo o que acontecia no reino do norte, especialmente na época de Elias. A provação de Abraão reflete algumas dessas tentações.
A primeira dessas tentações é o sacrifício de crianças. O rei de Moab, na época, considerada a redação eloísta, sacrificou o próprio filho e sucessor em cima da muralha (2Rs 3,27). Esse costume chegou a entrar em Israel e Judá e é fortemente combatido pelos profetas.
A história pode vir também em reforço à obrigação de resgatar o primogênito. Segundo Ex 34,19-20, todo primogênito pertence a Deus. O dos animais domésticos deve ser sacrificado em honra de Javé, só o da jumenta pode ser resgatado pelo sacrifício de outro animal. O filho primogênito deve obrigatoriamente ser resgatado, como Isaac é substituído pelo carneiro.
Na leitura cristã, Isaac é comparado a Jesus morto-ressuscitado. Como ele subiu a montanha levando a lenha com que seria queimado em holocausto, Jesus subiu ao Calvário levando sua cruz. Como aquele voltou vivo e como esperança de grande descendência, assim Jesus se levanta da morte e torna-se o primeiro de muitos irmãos.

2. II leitura (Rm 8,31b-34)

Os cristãos judeus de Roma foram expulsos da cidade por Cláudio, por causa de agitações sociais provocadas por certo Crestos (Cristo, sem dúvida). Agora Nero permitiu a volta dos judeus e muitos estavam retornando.
Retornavam mais pobres do que tinham partido e também cheios de ardor nacionalista, mais apegados a suas tradições e influenciados pelas ideias de rebelião contra o império, as quais fervilhavam entre os judeus. Os irmãos de fé não judeus ficaram em Roma. Naturalmente ter-se-iam afastado sempre mais do que era simples tradição judaica e poderiam agora estar discriminando os judeus que voltavam.
Diante dessa situação, Paulo escreve a carta aos cristãos romanos, muitos dos quais gentios, para dizer-lhes que judeus e gentios são iguais em tudo e um não tem direito de julgar o outro. São iguais no pecado e na graça. A fé, independentemente da circuncisão ou da Lei, iguala-os. São iguais na morte que veio por Adão e na vida que vem por Cristo. São iguais na nova Lei que é o Espírito e solidários com todo o universo criado.
Paulo encerra essa parte da carta com um hino cujos primeiros versos constituem a 2ª leitura de hoje. Ele havia começado o capítulo 8 dizendo que, para todos os que estão no Cristo Jesus, não existe condenação.
No trecho da carta lido hoje, Paulo dá a razão para tanto: Se Deus é por nós, se entregou seu Filho por todos, judeus e gentios, não vai condenar ninguém. Jesus, que por todos morreu, ressuscitou e intercede por nós, também não o fará.

3. Evangelho (Mc 9,2-10)

Vejamos em que contexto está inserido o episódio da transfiguração. O Evangelho de Marcos consta claramente de três partes: a primeira, na Galileia, com a formação dos discípulos; a segunda, o caminho para Jerusalém; a terceira, em Jerusalém, com o confronto final, quando os inimigos matam Jesus, mas Deus o ressuscita e manda que os discípulos voltem a se encontrar com ele na Galileia.
O episódio da transfiguração está no início da segunda parte, a caminhada para Jerusalém, para a cruz, para a ressurreição.
No trecho (8,27 a 9,37) em que tem início a caminhada para a cruz-ressurreição, Marcos serve-se do paralelismo entre partes que se correspondem em ordem inversa, de modo semelhante a um sanduíche. Aqui “o sanduíche” teria duas fatias de pão (A e A’), duas de queijo (B e B’) duas folhas de alface ou rodelas de tomate (C e C’) e no miolo a carne. O episódio da transfiguração, inserido no centro das duas sequências paralelas ao inverso, é o miolo do “sanduíche”, o que mostra a sua importância.

Podemos ver isso esquematicamente da seguinte forma:
Pão A. Com os discípulos, Jesus pergunta: “Quem sou eu?” (8,27-30)
Queijo B. Anúncio da paixão. Pedro discorda e é chamado de satanás (8,31-33)
Alface C. Com a multidão. “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (8,34-9,1)
Carne D. A transfiguração (9,2-13)
Alface C’. Com a multidão. “Esse demônio, só se vence pela oração (...)” (9,14-29)
Queijo B’. Anúncio da paixão. Não entendem, mas não perguntam (9,30-32)
Pão A’. Com os discípulos, eles perguntam: “Quem é o maior?” (9,33-37)

O contexto mostrou-nos com clareza que o objetivo da transfiguração é levar os discípulos a acreditar no fracasso da cruz como caminho da vitória, da vida, da ressurreição.
O evangelista não pretende falar da dificuldade dos discípulos de então em aceitar a ideia da morte humilhante de Jesus, fala da consequência principal: ser discípulo, em qualquer tempo, é pegar a cruz e seguir o Mestre! No ambiente de quando o evangelho é escrito certamente já surgia o carreirismo e a disputa pelo poder.
O evangelista não tem a intenção de acusar a incompreensão de Pedro e companheiros, quer falar aos dirigentes e fiéis da Igreja de então, quando o evangelho é escrito. Como diz o pessoal da roça, “está batendo na cangalha para o burro entender!” E queira Deus o burro entenda!
Jesus leva Pedro, Tiago e João. Pedro é aquele que, logo depois de professar a fé em Jesus como Messias, não admite que seja um Messias sofredor, humilhado pelos poderosos. Tiago e João (Mc 10,35-38) pedem a Jesus os primeiros lugares para quando ele chegar à sua glória (o poder?) e, assim, provocam discussões pelo poder entre os doze. “Ah! Espelho meu!” diriam os dirigentes da Igreja quando esse evangelho foi escrito...
Os três precisam de uma boa lição, por isso são levados à montanha, sozinhos, à parte. Já tinham visto Jesus ressuscitar a filha de 12 anos do chefe da sinagoga e serão levados também para acompanhar a oração de Jesus no horto das Oliveiras.
A roupa de Jesus toma um branco excepcional. Veste branca tinha o mesmo significado que tem hoje faixa de campeão ou medalha de ouro: era um distintivo dos vitoriosos nas competições esportivas. Apesar do fracasso aparente, Jesus é o vitorioso!
O Primeiro Testamento, aqui representado por Elias e Moisés, fala de um Messias sofredor, especialmente em quatro poemas do livro de Isaías (1o Is 42,1-7; 2o 49,1-7; 3o 50,4-9; 4o 52,13-53,12). Essa é a conversa de Jesus com a Lei e os profetas, o que aos discípulos parece interessar pouco.
A nuvem, a sombra e também o temor lembram a presença de Deus na manifestação do Sinai. Agora devem ouvir a Jesus, a voz da nova aliança. Eles não estavam suportando ouvi-lo anunciar a própria morte. Nem entendem como se possa falar em ressurreição dos mortos.
No primeiro anúncio da paixão (8,31-33), Pedro quer impedir Jesus de tocar no assunto. No terceiro anúncio (10,35-38), Tiago e João o interrompem para discutir a divisão do poder... Ah! O espelho! “Escutai-o! Escutai-o! Escutai-o!”, diz a voz de Deus.
Pedro, dizendo que ali estava bom, propõe fazer uma cabana para cada um, como faziam os participantes da festa das Tendas. Mas fala por falar, sem saber o que diz.
Depois de os discípulos ouvirem a voz de Deus, Jesus se encontra só; sozinho ele resume toda a Escritura. Os discípulos estão com ele, e mesmo assim parece que continua só.
III. DICAS PARA REFLEXÃO

– Jesus sozinho resume toda a Escritura, o Primeiro e o Segundo Testamento. Isso não pode ser afirmação gratuita ou mera teoria. Ele resume todas as esperanças do Primeiro Testamento e antecipa a realização do Novo. Escutai-o! Ele só fala de cruz, o que não é tão fácil de entender e pôr em prática. “Nem que a gente vivesse mais duzentos anos acabaria de entender o significado da morte de Jesus”, ouvi de uma pessoa do povo. É preciso todo dia buscar praticar e entender melhor, sabendo que nunca se vai entender completamente. Só a prática melhora o verdadeiro entendimento.
Com os discípulos que só pensam em poder e cargos cada vez mais importantes, ele está sozinho, continua só. Jesus perguntou: “Quem sou eu?”; enquanto isso, os discípulos estão se perguntando: “Quem de nós é o maior?”. Por isso ele continua sozinho.
Ele se transfigura e conversa com a Lei e os profetas para dar segurança aos discípulos na hora da paixão, mas parece que eles não entenderam que a vitória, a ressurreição, devia passar pela morte. Esse caminho é diferente demais, difícil de achar, incompreensível até. Como é que a vitória poderá ser encontrada no último lugar?
– “Rabi, está bom ficarmos aqui!” Contemplando a vitória, não será preciso procurar o caminho. É preciso que venha a voz de Deus para dizer: “Ele é o servo sofredor, escutai-o!” É preciso escutá-lo todos os dias, a todo o momento, senão a gente perde o caminho.
Fonte: Paulus em 04/03/2012


Espiritualidade Bíblico-Missionária

A Palavra de Deus, o Evangelho, nos conduz para o monte Tabor, onde se dá a revelação de Cristo, como o Senhor da vida, sua ressurreição. Define o caminho que todos os que se propõem no seguimento dele devem passar: o caminho da vida nova, da escuta de Deus: “Este é meu Filho amado, escutai o que Ele diz”. Não é possível seguir a Cristo mais ou menos, ou quando há condições favoráveis. Para segui-lo é preciso a obediência total, autêntica, radical ao projeto do Reino.
Na transfiguração de Jesus aparecem sinais do Antigo Testamento, como Moisés (mediador da Aliança) e Elias (o primeiro dos profetas). Jesus é a realização plena da Aliança divina com a humanidade. Tudo se realiza nele, pois Ele é a plenitude da promessa divina. A voz do Pai que manifesta seu amor a seu Filho: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o”, revela aos discípulos quem é Jesus. Assim não poderá haver mais dúvida alguma de que Cristo é o Messias, o Esperado, e enviado de junto do Pai. Então, os discípulos não precisavam jamais temer ou ficar inseguros, pois agora sabiam plenamente quem era Jesus. Moisés e Elias são testemunhas de Jesus, o Senhor, o Messias, o enviado de junto do Pai.
Tudo no monte Tabor refere-se à luz, pois essa é a veste divina. A própria nuvem que os encobriu também era luminosa, e de dentro dela saiu a voz que manifestou plenamente o amor do Pai para com seu Filho. Luz não é simplesmente luz, mas verdadeira teofania, pois Deus é luz. A voz veio de dentro da nuvem. Isso significa que o Filho é a interioridade do Pai, nasceu de suas entranhas, e se fez um com Ele.
Contemplando a transfiguração de Cristo em todo seu significado, vemos como Deus vai se revelando a nós. Ele coloca diante de nós a verdade do Reino, que é Cristo, e escutar o que Ele diz é buscar a salvação que nos oferece na gratuidade de seu amor. Há, portanto, uma grande catequese para a Comunidade cristã: ela deve se reunir em torno de Cristo, escutá-lo, viver junto dele (como Pedro queria ficar lá no monte). Mas, é preciso “descer”, é preciso chegar às planícies e planaltos da vida. O Cristo deve ser anunciado na realidade do mundo.
Com o Evangelho na mão não se criam “ilhas” no meio de nossa história, mas fazemos da história um oásis de vida e de esperança salvífica. E como a voz do Pai saiu de dentro da nuvem, nossa vocação de cristãos é para anunciar ao mundo, com a vida e com o exemplo, a interioridade de Deus. Quem descobre isso não consegue mais deixar de amá-lo. Que a Quaresma mude nosso coração para uma maior santidade.
Redação “Deus Conosco”

REFLEXÕES DE HOJE

2º DOMINGO DA QUARESMA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/02/2021

HOMILIA DIÁRIA

Jesus Cristo é a plena manifestação da luz de Deus

Postado por: homilia
março 4th, 2012

A “Festa da Transfiguração do Senhor” remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o Papa Calisto III.
Presente Pedro, João e Tiago, Jesus se transfigura diante deles. Seu corpo ficou luminoso e suas vestes resplandecentes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus enviado pelo Pai.
Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. Ele é o “Deus conosco”, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai O ressuscitar e O fizer sentar-se à Sua direita, na Glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica: luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.
Jesus nos revela um Deus que surpreende. Fala da Glória. Todavia, nos mostra que o caminho necessário para ela é o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.
Já o profeta Daniel ficou surpreendido ao ver entrar na Glória e receber realeza divina – com poder eterno – alguém semelhante a qualquer “filho do homem”.
Surpreendidos ficaram também os três apóstolos no Tabor, ao verem Jesus tão divinamente transfigurado, estando precisamente a rezar preocupado, como qualquer homem, com o que ia sofrer em Jerusalém.
Na Liturgia de hoje, o evangelista afirma que Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João a um monte elevado e se transfigurou diante deles, tornando-se resplandecente de tal brancura que “lavadeiro algum da terra poderia branquear as suas vestes assim”. É neste mistério de luz que hoje a Liturgia nos convida a fixar o nosso olhar.
No rosto transfigurado de Jesus brilha um raio da luz divina que Ele conservava no Seu íntimo. Esta mesma luz resplandecerá no rosto de Cristo no dia da Ressurreição. Neste sentido, a Transfiguração manifesta-se como uma antecipação daquilo com que nos revestiremos quando tudo se consumar em todos. Aí sim celebraremos o mistério pascal!
A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. Já no início da criação, o Todo-Poderoso diz: “Faça-se a luz!” (Gn 1,3), e verifica-se a separação entre a luz e as trevas.
Como as outras criaturas, a luz é um sinal que revela algo de Deus. É como o reflexo da Sua glória, que acompanha as Suas manifestações. Quando Deus aparece, “o seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios” (Hab 3,4s.). Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104,2). No Livro da Sabedoria, o simbolismo da luz é utilizado para descrever a própria essência de Deus. A sabedoria, efusão da glória de Deus, é “um reflexo da luz eterna”, superior a todas as luzes criadas (cf. Sb 7,26.29s.).
No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A Sua ressurreição aboliu para sempre o poder das trevas do mal.
Com Cristo ressuscitado a verdade e o amor triunfam sobre a mentira e o pecado. Nele, a luz de Deus já ilumina definitivamente a vida dos homens e o percurso da história. “Eu sou a luz do mundo” – afirma Ele no Evangelho – “Quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Marcos, no Evangelho de hoje, recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, faz uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o Seu projeto de salvação em favor dos homens através do dom da vida.
Para você que muitas vezes está desanimado e assustado, Jesus diz que o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Seguir a Cristo é a garantia da vitória final.
Portanto, nesse 2º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. E este não é senão o caminho da escuta atenta de Deus e dos Seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 04/03/2012

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nos convida para subirmos ao monte com Ele

Jesus nos quer diante da Sua presença divina e transformadora

“Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos há um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.” (Mc 9, 2-10)

Neste segundo domingo da Quaresma contemplando Jesus no Monte Tabor. A passagem da transfiguração tem um valor muito profundo para a nossa vida prática: subir ao “monte” não significa que estamos fugindo da realidade ou do mundo, ao contrário, as realidades visíveis e mundanas que nós vivemos, nós as transformamos e as transfiguramos pelo poder da oração. “Transfiguramos” pela graça de Deus a nossa realidade humana.
Nós somos seres humanos, mas viemos de Deus que é puro Espírito e, quando nos transfiguramos pela via espiritual, podemos ter a certeza de que olhamos e transformamos o mundo que está ao nosso lado.
Podemos dizer que as coisas não mudam, e elas podem até não mudar “lá fora”, porém, quando mudamos o “mundo” dentro de nós, passamos a olhá-lo de uma forma totalmente diferente: um olhar da fé. Transformados e transfigurados, as coisas mudam dentro de nós.
O convite de Jesus a nós, é o mesmo que Ele fez a Pedro, Tiago e a João. Ele quer nos pegar pela mão e nos levar para o monte, e assim, ficarmos diante da presença de Deus, e diante dela, o Senhor, transfigura e transforma os nossos sentidos. Diante da presença do Senhor, nós O enxergamos dentro de nós e O ouvimos falar ao nosso coração. Diante dela proclamamos a glória de d’Ele entre nós e podemos dizer: “Como é bom, Senhor, estar contigo, estar ao Teu lado”.
Por isso, é importante a cada dia da nossa vida, “subirmos ao monte”, ou seja, deixarmos de lado o que fazemos, a rotina da vida e as ações cotidianas, para nos colocarmos na presença do Senhor. Assim, o nosso ser é transformado, os nossos sentidos são iluminados pela graça e pela presença divina. O poder sagrado da oração transforma e muda aquilo que nós não mudamos só com a força humana.
Não podemos abrir mão de estarmos no monte e a sós com Jesus, para que a nossa vida seja, a cada dia, transfigurada pela Sua presença.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

Contemplamos na oração a glória de Deus

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.” (Marcos 9,2)

Que beleza é contemplarmos, hoje, Jesus transfigurado, é contemplarmos a glória do Senhor em meio à Via Crucis da existência humana. É Jesus quem caminha para o Seu destino em Jerusalém, no qual Ele aguarda a rejeição dos homens, no qual Ele aguarda tudo que de mal eles irão fazer. Ele Se antecipa para mostrar aos Seus discípulos e a nós que a palavra final não é da morte, da perseguição  nem da maldade. A palavra final é o triunfo da glória de Deus.
Por isso, os discípulos sobem para ver a Jesus glorioso e transfigurado. Eles contemplam em Jesus transfigurado a glória que espera a cada um de nós. Eles contemplam Jesus, o Messias, o Senhor. Por isso, ao lado d’Ele aparece Elias e Moisés, porque o Senhor é o Senhor de todos os tempos, é o Senhor da glória.
Assim como levou para o alto monte os Seus discípulos Pedro, Tiago e João, Jesus também quer nos conduzir para o alto da montanha, e não caia apenas na visão literal da montanha física, mas é preciso se retirar do que nós temos aqui embaixo, a nossa vida cotidiana.
É importante recolher-se para a oração. Toda oração vivida no recolhimento e na presença de Jesus é uma transfiguração. É na oração que somos transformados, é na oração que os nossos sentidos são purificados, é na oração que contemplamos a glória de Deus, o consolo de Deus, a misericórdia de Deus e a presença amorosa de Deus no meio de nós.
É preciso se voltar para a oração, primeiro a oração da escuta. “Este é meu Filho amado. Escutai o que ele diz”. Oração é sair dos barulhos, sair de tudo que o mundo está soprando em nós, mas é preciso sair dos barulhos que estão também dentro de nós, tanta coisa barulhada dentro de nós, para escutarmos a voz de Deus.
Oração é contemplação. Eles contemplaram Jesus, e com os olhos fechados contemplamos a presença gloriosa de Deus no meio de nós. No silêncio do recolhimento e da escuta, os nossos olhos são purificados para vermos a presença amorosa de Deus no meio de nós.
Por isso, permitamos que, neste domingo da graça, segundo domingo da Quaresma, onde somos conduzidos ao monte da transfiguração, que Deus purifique o nosso sentido e o nosso coração, que Ele nos conduza pela via da oração, para a nossa renovação interior.
Há uma glória que nos espera, contemplamos essa glória todas as vezes em que vencemos os pecados e as tentações pelo poder e pela graça da oração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/02/2021

Oração Final
Pai Santo, que a visão de Jesus transfigurado nos anime e reforce a esperança de vivermos, como Ele, fazendo o Bem a todos e, assim, nos aproximarmos do teu Reino de Amor e do teu Abraço Misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a visão de Jesus transfigurado nos anime e reforce a esperança de vivermos, como Ele, fazendo o Bem a todos e, assim, nos aproximarmos do teu Reino de Amor e do teu Abraço Misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai da Luz, da Paz e do Amor, nós pedimos que a visão do Cristo Jesus transfigurado nos anime e reforce a opção de viver a fraternidade, fazendo o Bem a todos, conscientes de que assim é o Caminho que nos conduz ao Reino de Amor – concretizado no abraço cheio de Misericórdia com que Tu esperas por nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/02/2021

Oração
Ó DEUS, que nos mandastes ouvir o vosso Filho amado, alimentai-nos com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.