terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

São Cirilo e São Metódio - 14 de Fevereiro




Nasceu na Grécia, no ano de 826. Vocacionado em busca da verdade, ele estudou, por amor, filosofia e chegou a lecionar. Um homem dado à comunhão ao ponto de ser embaixador, diplomata junto aos povos árabes. Mas tudo isso que tocava a vida de São Cirilo não preenchia completamente o seu coração, porque ele tinha uma vocação à verdade absoluta e queria se consagrar totalmente a ela, a verdade encarnada, Nosso Senhor Jesus Cristo.
São Cirilo abandonou tudo para viver uma grande aventura santa com seu irmão que já era monge: São Metódio. Juntos, movidos pelo Espírito, foram ao encontro dos povos eslavos, conheceram a cultura e se inculturaram. A língua, os costumes, o amor àquele povo, tudo isso foi fundamental para que São Cirilo, juntamente com seu irmão, para que pudessem apresentar o Evangelho vivo, Jesus Cristo.
Devido inovações inspiradas, eles traduziram as liturgias para a língua dos eslavos. Tiveram de ir muitas vezes para Roma e o Papa, percebendo os frutos daquela evangelização, daquela mudança litúrgica, ele pôde discernir o fruto principal que movia aqueles irmãos missionários era o amor àquele povo eslavo e, acima de tudo, o amor a Deus.
Numa dessas viagens para Roma, São Cirilo tinha um pouco mais de 40 anos e ficou enfermo. O Papa quis ordená-lo Bispo, mas Cirilo faleceu. Mas está na glória intercedendo por nós.
São Cirilo e São Metódio, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2022

o Cirilo

Santo Cirilo
826+868

Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.
Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.
Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.
Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.
Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.
Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.
Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".
Fonte: Paulinas em 2014

São Metódio

Santo Metódio
814-885

Miguel, primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.
Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.
Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa AdrianoII em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.
Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.
Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo. Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.
Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.
Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo. Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento.
Fonte: Paulinas em 2014

São Cirilo e São Metódio

NascimentoNo séc. IX
Local nascimentoGrécia (Tessalônica)
OrdemMonges de Bósforo
Local vidaEm terras eslavas
EspiritualidadeEram eles dois irmãos, de família muito cristã, filhos do empregado do Imperador. Cirilo (antes chamado Constantino foi um importante professor em Constantinopla. O outro, Metódio - o mais novo (827) completou seus estudos em Constantinopla e chegou a ser nomeado governador de uma colônia nas províncias eslavas. No auge se suas carreiras, foram tocados a abraçar a vida religiosa e escolheram o Mosteiro de Bósforo. Como os dois irmãos eram familiarizados com os eslavos foram deslocados para várias missões. A primeira, em 860, na Ucrânia, depois Morávia e pedido de um príncipe eslavo que lutava contra a pressão germânica. São chamados apóstolos dos eslavos, São Cirilo criou um novo alfabeto eslavo e traduziu a Bíblia, a Missa e os rituais. Por essas inovações tiveram que sofrer muito. Cirilo ra acusados de cisma , heresia e teve que vir a Roma com seu irmão, onde o Papa Adriano II os acolheu muito bem, concedendo-lhes que rezassem diante deles em língua eslava. Assim estava aprovada solenemente o métodos desse santo. Cirilo faleceu logo após obter o sacerdócio e, 14 de fevereiro de 869. Chegou a ser preso por dois anos pelos alemães, mas libertado pela intervenção do Papa. Antes de morrer terminou a Bíblia para o eslavo. Foi sepultado a 14 de fevereiro na Igreja de São Clemente, perto do Coliseu. Metódio foi nomeado arcebispo de Panônia, com sede em Sirmio e retornou para o povo eslavo. Lutou com várias dificuldades até a morte, pois voltaram a atacá-lo pelo uso da língua eslava nos ritos religiosos. Por fim usavam o grego, o latim e o eslavo.
Local morteTerras eslavas
Morte14 de fevereiro de 869 - São Cirilo
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoÓ Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cirilo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
DevoçãoÀ fidelidade ao Evangelho
PadroeiroDa Iuguslávia
Outros Santos do diaCirilo e Metódio (apóstolos dos eslavos); Valentim (padroeiro do amor perdido - mártir); Adolfo (conf); cirião, Nostriano, Eleucário (bispo), Vidal, Zeão, Felícula; Basso, Amonio, Antônio, Protólico, Basiano, Agatão, Moisés, Dionísio, Próculo, Filemon (mártires); Antonino e Auxêncio (abades).
Fonte: ASJ em 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/02/2023

ANO A


Mc 8,14-21

Comentário do Evangelho

Os discípulos, desatentos em relação à observação de Jesus

Jesus aproveita o esquecimento e a discussão entre os discípulos para repreendê-los por causa da incredulidade deles, pois não obstante tudo o que têm ouvido e contemplado do que Jesus faz, não são capazes de ir a fundo na mensagem contida no ensinamento de Jesus nem ver no que ele faz – o texto faz referência às duas multiplicações dos pães – “sinais” que remetem ao mistério de Deus que habita a vida de Jesus. O tom do relato é áspero, expressão da indignação de Jesus acerca da atitude dos discípulos. Vê na atitude deles o perigo de serem contaminados pelo apego desordenado às tradições humanas (cf. Mc 7,1-23), à necessidade de ver um sinal do céu (cf. Mc 8,11) e ao poder pelo poder. Daí o alerta quanto ao cuidado em relação ao “fermento dos fariseus e o de Herodes”. Em nosso caso se trata da influência maléfica do ensinamento e da prática dos fariseus e do péssimo exemplo de Herodes, que podiam contaminar a todos. Na tradição rabínica o fermento era, ainda, metáfora do pecado e da corrupção. Em nosso texto, trata-se de não ser seduzido pelo ensinamento e pela atitude representados por esses dois elementos: fariseus e Herodes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Fonte: Paulinas em 18/02/2014

Vivendo a Palavra

Ontem os fariseus pediam um sinal a Jesus. Nesta passagem, os discípulos mostram que mesmo eles ainda não haviam entendido. E nós: será que compreendemos que o cuidado que merece ser tomado é com o Reino do Pai e seu anúncio aos homens? Que tudo o mais virá por acréscimo, como garantiu o Cristo?
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

O que significaria para nós, hoje, esse ‘fermento dos fariseus e de Herodes’? A resposta deve ser procurada no mais profundo dos nossos corações. Quem sabe, não seria a sedução da sociedade consumista, que exige que busquemos mais poder, mais riquezas e vivamos prazeres cada vez mais extravagantes?
Fonte: Arquidiocese BH em 19/02/2019

VIVENDO A PALAVRA

O que significaria para nós, hoje, esse evangélico ‘fermento dos fariseus e de Herodes’? A resposta deve ser procurada no mais profundo dos nossos corações. Quem sabe, não seria a sedução da sociedade consumista, que exige que busquemos mais poder, mais riquezas e vivamos prazeres cada vez mais extravagantes? O texto que ouvimos deve nos fazer meditar profundamente.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2021

Reflexão

Todos nós temos uma hierarquia de valores que servem como critério para a nossa vida e tudo o que temos e fazemos está subordinado a essa hierarquia. A maioria das pessoas orienta a sua vida para a satisfação das suas necessidades primárias e instintivas. Assim, os seus valores principais são a comida, a bebida e o sexo, de modo que essas pessoas, apesar de civilizadas, possuem a mesma hierarquia de valores que os animais: buscam apenas a satisfação dos próprios instintos. Essas pessoas não aceitam a Jesus e criticam a sua doutrina porque a sua dependência aos instintos lhes cega a vista e endurece os seus corações, de modo que não podem compreender a verdadeira hierarquia de valores que Jesus veio trazer para que as pessoas não vivam instintivamente, mas tenham vida em abundância.
Fonte: CNBB em 18/02/2014

Reflexão

Mesmo vendo a generosa partilha de pães e peixes realizada por Jesus, seus discípulos são incapazes de reconhecer a divindade dele. Para “despertá-los” da lerdeza em compreender, Jesus ilustra seu recado com a figura do fermento dos fariseus e de Herodes. O fermento dos fariseus corresponde a suas ideias de um Messias nacionalista e político, dominador dos outros povos; o fermento de Herodes (e dos herodianos) é o poder sem moral, gerador de morte. Os discípulos mantêm-se apegados a essa ideologia (acumular coisas para ter segurança) e têm dificuldades de dar um passo para reconhecer e acolher a novidade de Jesus (partilha e vida abundante para todos). Veem os sinais, mas não enxergam a ação de Deus; ouvem magníficas palavras, mas não se entregam à mensagem libertadora do Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 19/02/2019

Reflexão

Mesmo vendo a generosa partilha de pães e peixes realizada por Jesus, seus discípulos são incapazes de reconhecer a divindade dele. Para “despertá-los” da lerdeza em compreender, Jesus ilustra seu recado com a fi gura do fermento dos fariseus e de Herodes. O fermento dos fariseus corresponde a suas ideias de um Messias nacionalista e político, dominador dos outros povos; o fermento de Herodes (e dos herodianos) é o poder sem moral, gerador de morte. Os discípulos mantêm-se apegados a essa ideologia (acumular coisas para ter segurança) e têm dificuldade de dar um passo para reconhecer e acolher a novidade de Jesus (partilha e vida abundante para todos). Veem os sinais, mas não enxergam a ação de Deus; ouvem magníficas palavras, mas não se entregam à mensagem libertadora do Mestre.
ORAÇÃO
Ó Jesus, pão descido do céu, teus discípulos ainda estão eufóricos com o grande sucesso da partilha dos pães. Mas não vieste para satisfazer gente curiosa, que se contenta com o espetáculo. Vieste para transformar cada pessoa por dentro e criar uma sociedade segundo os planos do Pai. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 16/02/2021

Reflexão

Mesmo vendo a generosa partilha de pães e peixes realizada por Jesus, seus discípulos são incapazes de reconhecer a divindade dele. Para “despertá-los” da lerdeza em compreender, Jesus ilustra seu recado com a figura do fermento dos fariseus e de Herodes. O fermento dos fariseus corresponde a suas ideias de um Messias nacionalista e político, dominador dos outros povos; o fermento de Herodes (e dos herodianos) é o poder sem moral, gerador de morte. Os discípulos mantêm-se apegados a essa ideologia (acumular coisas para ter segurança) e têm dificuldades de dar um passo para reconhecer e acolher a novidade de Jesus (partilha e vida abundante para todos). Veem os sinais, mas não enxergam a ação de Deus; ouvem magníficas palavras, mas não se entregam à mensagem libertadora do Mestre.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Cuidado com o fermento dos fariseus»

Rev. Pe. Juan Carlos CLAVIJO Cifuentes
(Bogotá, Colombia)

Hoje -uma vez mais- vemos a sagacidade do Senhor Jesus. Seu agir é surpreendente, já que se sai do comum da gente, é original. Ele vem de realizar uns milagres e está-se trasladando a outro setor onde a Graça de Deus também deve chegar. Nesse contexto de milagres, ante um novo grupo de pessoas que o espera, é quando lhes adverte: «Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes» (Mc 8,15), pois eles —os fariseus e os de Herodes— não querem que a Graça de Deus seja conhecida, e mais bem eles propagam no mundo o mau fermento, semeando discórdia.
A fé não depende das obras, pois «uma fé que nós mesmos podemos determinar, não é em absoluto uma fé» (Bento XVI). Pelo contrário, são as obras as que dependem da fé. Ter uma autêntica e verdadeira fé implica uma fé ativa e dinâmica; não uma fé condicionada e que só fica-se no externo, nas aparências, na teoria e não na pratica. A nossa deve ser uma fé real. Temos que ver com os olhos de Deus e não com os do homem pecador: «Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender?» (Mc 8,17).
O Reino de Deus se estende no mundo como quando se coloca uma medida de fermento na massa, ela cresce sem que se saiba como. Assim deve ser a autêntica fé, que cresce no amor de Deus. Portanto que nada nem ninguém nos distraiam do verdadeiro encontro com o Senhor e de sua mensagem Salvadora. O Senhor não perde ocasião para ensinar e isso segue fazendo hoje em dia: «Temos que nos liberar da falsa ideia de que a fé já não tem nada que dizer aos Homens de hoje» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Lançai então, de vocês o fermento ruim, velho e azedo, e tornai-os o novo, que é Jesus Cristo. Impregnai-vos do sal de Cristo, para que ninguém se corrompa entre vocês, porque pelo vosso cheiro seréis avaliados» (Santo Inácio de Antioquia)

- «Jesus Cristo, denunciando o “fermento” de Herodes, desmascara uma das facetas da tentação pecaminosa: o aparecimento do realismo. É na hora de tomar decisões que surge a pergunta: o que é que realmente conta na minha vida?» (Bento XVI)

- «Tal como o fermento na massa, a novidade do Reino deve levedar a terra com o Espírito de Cristo. Há-de manifestar-se pela instauração da justiça nas relações pessoais e sociais, económicas e internacionais, sem nunca esquecer que não há nenhuma estrutura justa sem homens que queiram ser justos» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.832)

Recadinho

O pão do dia a dia leva-nos a pensar sempre na Eucaristia? - Jesus fala de fermento. Somos como fermento de bondade no meio do mundo? - Desanimamos facilmente diante das dificuldades ou somos persistentes? - Somos reconhecidos à imensidão da bondade de Deus? - Procuro também ser generoso para com todos como Deus é generoso para comigo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/02/2014

Meditação

Até parece que Jesus estava impaciente com os discípulos que, depois de tanto tempo, ainda não o compreendiam. Eu, você, nossa Comunidade já ouvimos o Evangelho há quanto tempo? E será que já aprendemos todo o seu ensinamento? Será que compreendemos bem o que o Evangelho quer nos ensinar? Certamente não podemos dizer que o temos assimilado, aprendido, como deveria ser. Ainda falta muito para que o nosso modo de ser, pensar e agir seja como Jesus nos tem ensinado.
Oração
Ó Deus, pelos dois irmãos Cirilo e Metódio, levastes a luz do Evangelho aos povos eslavos; dai-nos acolher no coração a vossa Palavra e fazei de nós um povo unido na verdadeira fé e no fiel testemunho do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM A HIPOCRISIA

Jesus procurava precaver seus discípulos contra certas posturas farisaicas, indignas de um discípulo do Reino. Algumas correntes do farisaísmo haviam tomado rumos com os quais Jesus não estava de acordo. Eles eram vítimas do vedetismo, fazendo suas ações para terem o reconhecimento popular. Padeciam também da hipocrisia. Seu exterior não correspondia ao interior. Por isso, eram falsos quando davam demonstração de piedade. Eles tinham um apego exagerado às Escrituras, que eram interpretadas a seu bel prazer, mesmo falseando seu sentido e fazendo interpretações contrárias ao sentido da Lei. Os fariseus nutriam profundo desprezo por quem não era "perfeito" como eles. E acabavam formando um grupo hermético de pretensos puros e santos. Os discípulos de Jesus não estavam imunes de serem contaminados por este mau espírito, o fermento dos fariseus. Era preciso estar atento.
Outra mentalidade contra a qual era preciso cuidar-se foi designada como o fermento de Herodes. Esse rei foi conhecido por sua megalomania, cruel violência, impiedade, tirania e arrogância. Todas estas são atitudes indignas dos discípulos do Reino, embora possam se deixar arrastar por elas.
A conduta do discípulo é permeada pelo fermento de Jesus. É na contemplação do Mestre que os discípulos saberão como ser fiéis à sua fé.

Oração
Senhor Jesus, guarda-me do fermento do mundo que contamina meu coração e me impede de ser fermentado por ti e pelo teu Espírito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/02/2014

Meditando o evangelho

O FERMENTO PERIGOSO

A contaminação dos discípulos através do fermento dos fariseus e de Herodes consistia numa espécie de materialismo que se apossava deles.
Quando os discípulos deixaram tudo para seguir Jesus, optaram por colocar-se nas mãos da Providência. Não lhes tinha sido prometido recompensa de espécie alguma, nem o Mestre lhes havia garantido uma vida cômoda e tranqüila. O discipulado basear-se-ia na total confiança em Deus e na recusa de construir a própria segurança com a posse dos bens materiais. Por conseguinte, a pobreza seria um traço característico do projeto de vida dos discípulos.
O sinal de que algo estranho estava acontecendo com eles ficou patente quando, em plena travessia do lago, deram-se conta de não terem trazido pão suficiente para todos. E começaram a falar sobre isto, lamentando-se e se autocensurando, pois, ao desembarcarem, não teriam chance de comprar pão necessário para alimentar-se.
Jesus os censurou, chamando-lhes a atenção para o tema da solidariedade e da partilha. Assim como multidões foram alimentadas, por causa da solidariedade de alguém que partilhou seus poucos pães e peixes, o mesmo iria acontecer com eles.
O discípulo deve ser o primeiro a acreditar no milagre da partilha. É esta a maneira como o Pai costuma agir em favor deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Fonte: Dom Total em 19/02/2019 e 16/02/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus e seus discípulos voltam para o território dos judeus. Embarcam e atravessam o lago em direção a Betsaida. Havia apenas um pão no barco, porque os discípulos não prestaram atenção e não compraram mais pães. No diálogo com eles, Jesus ressalta duas questões relacionadas ao pão. Lembra as duas multiplicações dos pães. Aqui, parece que foram duas, de fato. Na primeira vez sobraram doze cestos cheios e na segunda, sete. Doze seria um número simbólico para os Doze Apóstolos judeus, e sete, um número para os Sete Diáconos de origem grega. Por que então se preocupar com pão? Aquele único que eles tinham não poderia também ser multiplicado? Questão mais séria é a do fermento dos fariseus e de Herodes. Esse é perigoso porque, ao fermentar a massa, pode contaminá-la. Com isso os discípulos devem preocupar-se. Tal fermentação significa corrupção. Para quem tem fé, o pão de cada dia não faltará. É preciso estar atento aos agentes da corrupção.
Fonte: NPD Brasil em 19/02/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. E o Mestre perdeu as estribeiras...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Embora se trate de uma reflexão pós-pascal das comunidades, o evangelista Marcos é bastante realista e não bota "panos quentes" na reação de Jesus diante da atitude dos seus discípulos, que não compreendiam em profundidade os seus ensinamentos.
Naquele dia, o discípulo encarregado de levar o lanche esqueceu-se do pão, e na barca só havia um único pão. Naquele momento jesus retomou o ensinamento sobre o perigo do farisaísmo e do fermento de Herodes mas os seus discípulos estavam "voando", e a única preocupação naquele momento era com o lanche, e como o Jesus falou em fermento, pensaram que ele estava dando uma "indireta" pelo esquecimento, confundindo alhos com bugalhos".
O que isso quer dizer para nossas comunidades de hoje? Os discípulos só conseguiam enxergar o que estava diante deles e assim, também nós em nossas pastorais e movimentos, na catequese, ministério e na liturgia, corremos o risco de só olharmos aquilo que é aparente esquecendo o sentido daquilo que na ação pastoral é essencial: o amor que se traduz em serviço. Mas o que é pior, a toda hora a comunidade sofre a influência perniciosa do Farisaísmo e do fermento de Herodes, quando o servo se torna senhor, quando o serviço pastoral nos leva ao poder, ao sucesso e a fama.
O pão a que Jesus se refere, e que ele continua a multiplicar hoje é a eucaristia, que só é autêntica quando gera comunhão de vida no serviço prestado aos irmãos. A Eucaristia fortalece e aprimora os nossos carismas para sempre podermos fazer e oferecer o melhor de nós a comunidade, e não a sermos os melhores, os mais importantes, isso é deixar-se contaminar pelo fermento de Herodes, deixando de lado o pão bendito da Vida que Jesus multiplica entre nós.

2. E ainda não entendeis? - Mc 8,14-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os discípulos estavam preocupados porque não tinham levado pão quando embarcaram. Iam ficar sem ter o que comer. Jesus reage diante da preocupação deles. Acabaram de ver duas multiplicações de pães e peixes. Por que se preocupam? Jesus está com eles. A preocupação de Jesus, porém, é outra. Ele está pensando na ação do fermento dos fariseus e de Herodes na massa, que não é de farinha, e sim de pessoas, que se movem e têm objetivos na vida. Quais são os valores propostos por fariseus e herodianos? Não se trata de luta de classes nem de oposição de grupos rivais. Trata-se de avançar para uma prática de justiça maior do que a dos fariseus e a de Herodes. Não é com eles que se deve somar. Se os discípulos não compreenderem o sinal dado na multiplicação dos pães, correm o risco de se deixarem contaminar, influenciados pelas ideias de fariseus e herodianos. A tentação está sempre à porta, e a fraqueza faz parte da condição humana.
Fonte: NPD Brasil em 16/02/2021

HOMILIA

O FERMENTO DOS FARISEUS E O FERMENTO DE HERODES

No Evangelho de hoje dois pontos chamam atenção: a menção de Jesus para que os discípulos tomem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes, e a reação d’Ele ao ver que os discípulos acharam que Jesus estava falando sobre comida.
Primeiro precisamos entender de que fermento Jesus estava falando quando se referiu aos fariseus e a Herodes. Isso fica fácil quando sabemos o que movia Herodes e os fariseus: o poder e a vaidade. E era disso que Jesus estava falando quando pediu que os discípulos tivessem cuidado... Jesus queria que os discípulos não fossem movidos pelo poder e pela vaidade. Mas os discípulos pensaram que Jesus estava falando sobre fermento porque eles tinham apenas um pão no barco onde eles estavam, e por isso Jesus se decepcionou com a lentidão de pensamento dos discípulos.
Por mais que Jesus lhes mostrasse prodígios e milagres, os discípulos não O entendiam porque tinham o seu pensamento obscurecido pelas coisas materiais e porque não O escutavam com o coração. Mesmo depois dos milagres da multiplicação dos pães eles continuavam inseguros quanto á sua sobrevivência. Jesus os advertia sobre “o fermento dos fariseus” ( a falsidade), mas eles não compreendiam do que Jesus estava falando. O homem tem fome de Deus e se confunde pensando que a sua fome é de pão material. Assim somos nós também: “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos, nós não ouvimos”. Temos o coração endurecido, e não enxergamos o poder de Deus para providenciar tudo de que precisamos na nossa vida.
A mensagem de hoje é para que não sejamos como Herodes ou os fariseus, que se orgulhavam do poder e da vaidade. Devemos ser o contrário disso: humildes e servidores, assim como foi Jesus. Os frutos que iremos colher virão bem depois.
Você tem medo de passar necessidades no futuro? – Você acredita na providência de Deus? – Você consegue entender espiritualmente os ensinamentos de Jesus para sua vida?
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/02/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 18/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

O fermento estragado nos torna incrédulos à vontade de Deus

Você sabe que o fermento é o que leveda e dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado.

”Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”’ (Mc 8, 15).

Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra que Deus hoje nos dirige é para tirarmos do nosso coração o fermento da maldade e o da incredulidade, que não nos deixam entender os sinais de Deus, a manifestação amorosa de Deus por nós.
Deixe-me dizer: Jesus já fez tantos sinais para Seus apóstolos. Quantos cegos, mudos, quantos aleijados, doentes e enfermos o Senhor curou. Quantas vezes o Senhor fez milagres, como o de multiplicar os pães, entre outros. Quantas vezes o Senhor manifestou o Seu poder, como na passagem da tempestade e em tantos lugares.
Se olharmos para a minha vida, para a sua vida e para a de cada um de nós, veremos os sinais do amor de Deus por nós. A não ser que nós sejamos incrédulos demais, a não ser que nós sejamos muito mal agradecidos, para não reconhecermos a mão poderosa de Deus em nossa vida.
É verdade que nós não temos bonança toda hora, é verdade que a vida de nenhum de nós é mil maravilhas. E ainda bem que não é assim, porque senão seríamos como crianças mal acostumadas! A pior criança, o pior filho, é aquele que tem tudo; tudo na mão, tudo pronto; ele não tem dificuldade e esforço nenhum na vida. E que mal acostumado vai ser esse filho! E Deus não nos quer filhos mal acostumados.
É impossível, mesmo para aquele mais sofredor, mesmo aquele que já nasceu sofrendo, ele não conseguir ver, quando ele tem os olhos puros, a bondade de Deus e a manifestação de Deus em sua vida.
Mas muitos dos fariseus não conseguiram de forma alguma enxergar a vontade de Deus; por isso Jesus está hoje nos dizendo para termos muito cuidado para não sermos contaminados por esse fermento. Porque você sabe que o fermento é o que leveda a massa, que dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado. Se o fermento que está no meio de nós é um fermento azedo, é o fermento da ingratidão, é o fermento da murmuração contra Deus e contra a Sua Igreja e, assim por diante, deixe-me dizer: nós nos tornaremos cegos e incrédulos às manifestações de Deus em nossa vida.
Que o Senhor, hoje, pela Sua Palavra poderosa, que faz novas todas as coisas, purifique o nosso coração de todo fermento maldito, de todo fermento que entrou em nós e nos deixou pessoas azedas; pessoas que reclamam, murmuram e não sabem reconhecer a manifestação do Senhor no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não nos deixemos levedar pelo fermento da hipocrisia

A hipocrisia é a maior tentação que as pessoas religiosas vivem, porque falam de uma religião para todos, mas vivem de forma diferente

“Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes’”(Marcos 8,15).

Os discípulos tinham esquecido de levar os pães, e estavam cochichando entre eles o que deveriam fazer. E Jesus prestava atenção neles.
Jesus não chama a atenção deles pelo fato de terem esquecido dos pães, porque todo mundo pode esquecer de alguma coisa, isso é normal. Jesus chama a atenção deles para que fiquem atentos e tenham cuidado para não se contaminarem e serem contagiados pelo fermento dos fariseus e pelo de Herodes.

O que é o fermentos dos fariseus e o de Herodes?

O fermento que toma conta de um e do outro é a hipocrisia. Eles vivem uma religião de hipócritas, aparentam serem pessoas religiosas e de muita fé, mas, na verdade, são pessoas que vivem uma fé somente de coisas externas.
Não vivamos uma fé como a deles. Uma fé onde demonstramos empolgação; falamos bem de Jesus e das coisas de Deus; pregamos e queremos converter a todos, mas dentro do nosso interior, não cuidamos das coisas fundamentais da vida.
Não nos deixemos levedar pelo fermento da hipocrisia. Porque ela é a maior tentação que as pessoas religiosas vivem. Porque falam de uma religião para todos, mas vivem de forma diferente. Não nos deixemos levar por essa forma de vida religiosa.
É a religião de ontem, mas a de hoje também. Porque, muitas vezes, vivemos um cristianismo hipócrita, fermentado e fomentado na hipocrisia. Vivemos preocupados com a aparência, com o que os outros acham, vêem e pensam de mim, mas não ficamos preocupados em viver uma religião concisa, coerente, autêntica.
Ainda que sejamos recheados de fraquezas, tomemos consciência delas. Não demonstremos aos outros que somos super-heróis da fé, e sim que temos as nossas fraquezas, mas estamos superando-as e lutando com elas em todos os dias da nossa vida.
Não nos deixemos levar pelo fermento dos fariseus e de Herodes, que viviam uma descrença, uma desconfiança, uma falta de fé em Deus e no que Ele podia fazer. Ficavam preocupados com as coisas meramente humanas. Enquanto que, a religião é uma dependência do sagrado, tem dependência da relação com Deus.
Não tiremos a autoridade de Deus e a transfiramos para nós ou para qualquer pessoa. Só Deus é Deus. É Ele quem deve ser amado, adorado, glorificado, exaltado. É Ele quem deve dirigir os nossos corações.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Espalhemos o fermento da graça entre nós

“Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes” (Marcos 8,15).

A exortação do Mestre Jesus para os Seus discípulos de ontem e para nós, os discípulos de hoje, é para que, de fato, tenhamos atenção com o fermento farisaico e também com o fermento de Herodes, o Tetrarca daquela época.
O fermento é aquilo que leveda, aquilo que contagia a massa, é aquilo que vem para influenciar. É importante prestarmos atenção, porque o fermento dos fariseus é recheado, primeiro, pela hipocrisia; em segundo lugar, pela maldade; e em terceiro pela incredulidade. Então, temos que nos blindar desses elementos para que não eles estejam presentes em nossa vida.
A hipocrisia é uma tentação terrível para os tempos de ontem e para os tempos de hoje também: é aparentar ser o que não somos, brigar por aquilo que, muitas vezes, realizamos de forma errada, ou viver uma coisa na frente e fazer outras coisas por trás. Toda e qualquer hipocrisia deve ser banida da nossa vida pessoal, porque o fermento da hipocrisia facilmente passa, circula, vai adiante de discursos e falas. Usamos as redes sociais para tantos discursos farisaicos, recheados de hipocrisia, e não tomados pela humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É o fermento da graça que devemos espalhar, e não o fermento da hipocrisia e da maldade

O segundo elemento tão importante é a maldade. Sabe aquela maldade que vem na fala, nas intenções? Muitas vezes, as pessoas vêm com segundas intenções para perto de nós, mas nós não podemos agir assim. O Evangelho nos adverte o quanto ter segundas intenções ou ter intenções maldosas no falar, no agir, no comportar-se diante dos outros faz parte também do elemento farisaico.
O terceiro elemento, tão fundamental, é a incredulidade. Ora, Jesus traz toda essa dinâmica dos acontecimentos, justamente porque os discípulos esqueceram-se de levar os pães, estavam inquietos, preocupados; na verdade, esqueceram-se do que Jesus fez. Esqueceram-se de que Jesus cuidou, esqueceram-se da receita de Jesus, que ensinou como multiplicar e dividir o que nós temos, e nós nos esquecemos da graça de Deus que age em nossa vida.
Não é para nos esquecermos da graça, de nossas responsabilidades nem dos nossos compromissos com a vida, mas, ao mesmo tempo, não é para vivermos a ansiedade, as tensões, as preocupações e inquietações que nos tiram do foco da fé e nos levam para o foco do desespero, do medo, da inquietação e da perturbação.
Fé e confiança em Deus, é isso que temos que fomentar e fermentar no coração e na vida das pessoas. Humildade, sobriedade e submissão ao Senhor Nosso Deus. É o fermento da graça que devemos espalhar, e não o fermento da hipocrisia e da maldade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/02/2021

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças. Que vivamos alegres a certeza de que somos amados com extremo carinho por Ti, querido Pai, e anunciemos aos companheiros do caminho a libertação que nos deste pelo Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/02/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, venha a nós a tua Compaixão! Dá-nos a simplicidade das crianças. Que vivamos alegremente a certeza de que somos amados com extremo carinho por Ti, querido Pai, e anunciemos aos companheiros do caminho a libertação a que nos destinaste através do Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2021