terça-feira, 4 de junho de 2024

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 12,1-12 - 03/06/2024


São Carlos Lwanga e a importância de viver a fé com coragem

“Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. Então, o dono mandou o filho mais novo, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. E eles respeitarão o meu filho, aquele que eu o enviar.” (Mc 12,1-12)



Amados irmãos e irmãs, essa parábola do agricultor nos mostra que Deus nos envia o Seu Filho ao mundo para que todos o que n’Ele creem não pereçam, mas tenham a vida eterna. Só que, meu irmão, minha irmã, existe, dentro de nós, uma liberdade em acolher ou rejeitar a salvação.
Essa parábola mostra Deus enviando os profetas; muitos os rejeitaram e os mataram, e Ele resolveu então enviar Seu Filho único, Jesus Cristo, que também teve a mesma sorte dos profetas. Foi perseguido, humilhado e morto numa cruz por causa daquilo que nós escutamos ontem, da dureza do coração, porque Jesus falava a verdade. Hoje, nós estamos comemorando São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires africanos. Quem vive o martírio é quem, de fato, entrega sua vida para Deus.
Meus irmãos, percebe-se a linha que nós temos tratado aqui nesses dias. No dia primeiro, nós falamos da verdade; ontem, foi falado da dureza do coração; e hoje daqueles que rejeitaram a Boa Nova. Nós estamos no meio de corrupções, de corações que não desejam fazer a vontade de Deus. E o Senhor precisa levantar homens que deem testemunho da verdade e que deem a sua vida como o próprio Cristo deu, por amor a Deus, por amor às pessoas.

Ter coragem de entregar a vida por amor

Meus irmãos, minhas irmãs, esses mártires, de quem fazemos memória no dia de hoje, interrogam as nossas convicções pessoais. Interrogam se você, que está vivendo o seu cristianismo no mais ou menos, está vivendo de forma light. Jesus nos fala hoje através desses santos, desses mártires, que a mesma sorte do discípulo é a mesma sorte do Mestre. É dar a vida, é entregar-se, doar-se até o fim. Só uma fé autêntica, meus irmãos, pode abraçar o martírio.
Então, quem não vive a verdade não pode abraçar o martírio; quem vive a dureza do coração não pode abraçar o martírio; apenas quem faz a vontade de Deus. Você tem feito a vontade de Deus? Eu, padre Ricardo, tenho feito a vontade de Deus? Porque é dessa fé, é desse modo convicto que jamais cederá o desejo de renunciar ao Reino de Deus. Foi o que aqueles agricultores fizeram, renunciaram ao Reino de Deus na pessoa do Filho, que aqui é representado por nosso Senhor Jesus Cristo.
Meu irmão, minha irmã, São Carlos Lwanga e seus companheiros sofreram torturas, quase todos eles foram queimados vivos por causa da sua convicção pessoal. Você vai ceder para viver a verdade do Evangelho ou vai continuar preso às convicções que o levam para longe de Deus? Ou nós aceitamos a Boa Nova de Jesus Cristo ou rejeitamos, mas também perderemos aquilo que é o mais precioso, a vida eterna. Que Deus nos livre disso e nos dê a graça de viver o martírio com fé e coragem.
Que Deus te abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Padre Ricardo Rodolfo
Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/sao-carlos-lwanga-e-a-importancia-de-viver-a-fe-com-coragem/?sDia=3&sMes=06&sAno=2024

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 2,23-3,6 - 02/06/2024


Jesus cura a mão seca e revela a dureza dos corações

“Jesus então olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração e disse ao homem da mão seca: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada.” (Mc 2,23-3,6)



Amados irmãos e irmãs, preste atenção naquilo que Jesus disse aos fariseus dentro do contexto onde os discípulos de Jesus arrancaram espigas porque estavam com fome. Os fariseus O criticaram duramente porque os Seus discípulos faziam isso no dia de sábado, pois, para os judeus, é o tempo de descansar e, nesse dia, não se faz nada.
Jesus, porém, olha profundamente para aqueles homens e vê a dureza do coração. E o que a dureza do coração significa diante deste contexto, meu irmão, minha irmã? A dureza do coração nos impede de fazer o bem. Impede-me de fazer a vontade de Deus e, consequentemente, não evitarmos o mal.
Cristo estava diante de um homem que, há muito tempo, tinha uma enfermidade, uma deformação nas suas mãos; e, na dureza do coração daqueles homens, não queriam que Jesus curasse aquela pessoa.
E como isso está infiltrado na sociedade nos dias atuais! Hoje, até mesmo dentro da Igreja, entre os cristãos, existe uma dureza que nem mesmo a graça de Deus consegue tirar se não há a liberdade do homem em deixar Deus realizar a Sua vontade.
Os sinais da dureza de coração

Por isso, muitas vezes, buscamos o que é mal, fazemos aquilo que é mal e deixamos de fazer o bem. Nós cristãos temos que imitar nosso Senhor, que passou por essa terra fazendo o bem. E isso só iremos conseguir se deixarmos a graça de Deus, o amor de Deus, o Espírito Santo amolecer tudo aquilo que está endurecido em nós.
A dureza do coração gera em nós corrupção. A dureza do coração gera em nós hipocrisia. A dureza do coração gera em nós rigorismo. Na dureza do coração falta a caridade e, consequentemente, nos escraviza.
Quem é duro de coração não tem espaço para amar, não tem espaço para perdoar, não tem espaço para olhar as necessidades do próximo, não tem olhar para aquele que está passando por uma situação difícil, por uma situação que até mesmo tem gerado angústia no coração das pessoas, e nós somos indiferentes. O coração duro é indiferente. Coração duro não consegue amar nem perdoar.
Jesus veio justamente para nos libertar de tudo isso. Veio para nos salvar. Veio para nos dar vida nova. O Senhor veio para nos dar vida em plenitude.
Cristo queria alcançar o coração dos fariseus, queria tirar a dureza do coração deles. Ele veio também para salvá-los, mas a dureza do coração cega para ver os projetos de Deus, que são melhores que os nossos.
Que o Senhor tire de cada um de nós toda a corrupção, toda a cegueira, todo o rigorismo que nos impede de fazer a vontade de Deus. Jesus foi audacioso, curou aquele homem para dizer: “Nós não estamos escravos de nada nem de ninguém”. Por isso Jesus nos faz livres. “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!”.
Que Jesus possa derramar sobre nós o Seu Espírito para continuarmos como pessoas livres.
Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/jesus-cura-a-mao-seca-e-revela-a-dureza-dos-coracoes/?sDia=2&sMes=06&sAno=2024

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 11,27-33 - 01/06/2024


São Justino e a busca perseverante pela verdade em Cristo

“Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos foram a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade faz estas coisas? Quem te deu autoridade para isso?”.” (Mc 11,27-33)



Amados irmãos e irmãs, neste primeiro dia do mês de junho, nós comemoramos a festa e a memória de São Justino. E ela é pertinente àquilo que o Evangelho nos traz hoje. Os saduceus, os fariseus, os mestres da lei estavam questionando Jesus sobre com qual autoridade Ele realizava os milagres e prodígios. Nós vamos compreender, dentro da vida de São Justino, um homem que buscava e era apaixonado pela Verdade.
Jesus tem autoridade, porque Ele está baseado na verdade do Reino de Deus, do Pai. Por isso, meus irmãos, quem caminha na verdade incomoda muita gente, incomoda aquele que está nas trevas, na escuridão, que não se compromete com ela. Dessa forma, quer ficar justificando e interrogando as pessoas. E Jesus também não escapou desse tipo de pessoas.
Meus irmãos, minhas irmãs, São Justino nos mostra justamente isso. Quem é apaixonado pela verdade e encontra no Cristo a sabedoria vai incomodar as pessoas. Pode ter a certeza de que quem não vive na verdade não vai arrumar problema nenhum. Ninguém vai incomodar, porque já faz parte daquilo que o mundo nos oferece, a mentira.
E São Justino, meus irmãos, fala que só o Cristo é capaz de satisfazer a verdade que nós buscamos. Aqueles homens não estavam buscando a honestidade. Aqueles homens estavam querendo ridicularizar Jesus. Mas Ele, que tem autoridade sobre todas as coisas, consegue fazer também com que eles sejam questionados.

São Justino ensina que ser cristão é viver na Verdade

Diante disso, meu irmão, minha irmã, eu quero falar a você deste santo de hoje. São Justino, apaixonado pela Verdade, compreendeu Cristo como Autor e viveu aquilo que o Evangelho nos fala: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Foi martirizado durante a perseguição do imperador por causa dela.
Percebe, meu irmão, minha irmã, que a ela incomoda aqueles que estão no erro e vão perseguir-nos. Se você se mantiver firme na verdade, Deus não lhe dará garantias neste mundo, mas na vida eterna. Se São Justino foi martirizado porque viveu nela, nós também passaremos por isso. Por essa razão é hora de manter-se firme.
Ele nos ensina a viver com intensidade a fé e o testemunho de Cristo Jesus, a própria Verdade. Se você se mantiver nela, Deus estará contigo. Se você estiver fora dela, não está unido a Cristo, por isso viverá as facilidades do mundo.
Quem quer se comprometer com a verdade precisará passar pelo martírio, precisará ser ridicularizado, questionado, porque a verdade incomoda. E se incomoda, leva-nos para o caminho da vida eterna. Que Deus nos dê essa graça e nos leve a continuar na plena verdade.
Que São Justino rogue por nós e derrame sobre nós a bênção do Deus que é Todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/sao-justino-e-a-busca-perseverante-pela-verdade-em-cristo/?sDia=1&sMes=06&sAno=2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/06/2024

ANO B


Mc 12,13-17

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O que é de César devolvei a César


Sacerdotes, escribas e anciãos se defrontaram com Jesus. Agora são os fariseus e os herodianos que se apresentam. Tentam colocar Jesus em má situação diante dos romanos. Deve-se ou não pagar o imposto ao imperador de Roma? Sem muita interpretação do texto, vemos que Jesus se sai muito bem da cilada que lhe estavam armando. Pegando uma moeda, pergunta de quem é a figura e a inscrição. É do imperador, evidentemente. “Então, deem ao imperador o que é dele, e a Deus o que é de Deus.” Sem resposta, os opositores ficam admirados.
Refletindo sobre o acontecido, podemos dizer que, se a moeda é do imperador, e o imperador e a moeda são de Deus, o imperador está abaixo de Deus e deve prestar contas a Deus do que faz com a moeda do imposto. Dar a Deus o que é de Deus, é dar tudo a ele. O imperador não teria autoridade se não lhe tivesse sido dada por Deus. Ele também pertence a Deus e deve prestar contas do imposto que impõe aos povos dominados. Não “paguem” imposto a César. “Devolvam” o que é dele.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/o-que-e-de-cesar-devolvei-a-cesar/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/o-que-e-de-cesar-devolvei-a-cesar-e-o-que-e-de-deus-a-deus-04062024

Reflexão

Os fariseus eram contra os ocupantes romanos. Os herodianos, ao invés, eram aliados do governo de Roma. Adversários entre eles, ajuntavam-se para atacar uma presa comum, o Mestre Jesus. Queriam que ele se pronunciasse sobre a obrigação de pagar o imposto ao imperador. Prontamente, Jesus põe tudo no devido lugar. Se há imposto estabelecido, é porque os chefes judeus aceitaram o domínio do imperador, estão usando o dinheiro de César. Então “devolvam a César o que é de César”. Só renunciando a esse dinheiro deixarão de reconhecer César como senhor. Entretanto, há uma nação inteira que precisa ser respeitada e não pode sofrer e agonizar por causa dos pesados impostos (devolvam a Deus o que é de Deus). O povo é de Deus. Deus é o Senhor absoluto.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/4-terca-feira-8/

Reflexão

«Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus»

Rev. D. Manuel SÁNCHEZ Sánchez
(Sevilla, Espanha)

Hoje, maravilhamo-nos, mais uma vez, com o engenho e sabedoria de Cristo. Ele, com a sua magistral resposta, assinala diretamente a justa autonomia das realidades terrenas: «Devolvei, pois, a César o que é de César» (Mc 12,17).
Mas a Palavra de hoje é algo mais que saber sair de um apuro; é uma questão que tem atualidade em todos os momentos da nossa vida: que estou dando a Deus?; é realmente o mais importante na minha vida? Onde pus o coração? Porque… «onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração» (Lc 13,34).
De fato, segundo São Jerônimo, «tendes que dar forçosamente a César a moeda que tem impressa a sua imagem; mas vós entregai com gosto todo o vosso ser a Deus, porque em nós está impressa a sua imagem e não a de César». Ao longo da sua vida, Jesus Cristo apresenta constantemente a questão da eleição. Somos nós os que estamos chamados a escolher, e as opções são claras: viver partindo dos valores deste mundo, ou viver partindo dos valores do Evangelho.
É sempre tempo de escolha, tempo de conversão, tempo para voltar a “recolocar” a nossa vida na dinâmica de Deus. Será a oração e, especialmente a realizada com a Palavra de Deus, a que nos vai revelando o que Deus quer de nós. O que sabe escolher a Deus, converte-se em morada de Deus, pois «se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e o veremos, e faremos morada nele» (Jo 14,23). É a oração que se converte na autêntica escola onde, como afirma Tertuliano, «Cristo nos vai ensinando qual era o desígnio do Pai que Ele realizava no mundo, e qual a conduta do homem para que seja conforme a esse mesmo desígnio» Saibamos, portanto, escolher o que nos convém!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Que as autoridades exerçam com paz, mansidão e piedade o poder que Deus lhes deu» (S. Clemente de Roma)

- «César não é tudo. Há outra soberania, cuja origem e essência não são deste mundo, mas "do alto": a da Verdade, que tem o direito de ser ouvida em relação ao Estado» (Bento XVI)

- «Desde o princípio da história cristã, a afirmação do senhorio de Jesus sobre o mundo e sobre a história significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter a sua liberdade pessoal, de modo absoluto, a nenhum poder terreno, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é o `Senhor´ (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 450)
Fonte: https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-04

Reflexão

O Estado político: legitimação e limites

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus responde aos fariseus que, se o imperador romano é garante do Direito, então pode exigir obediência. Porém, este âmbito de obediência fica —ao mesmo tempo— reduzido: Está o que é do “césar” e está o que é de Deus. Quando o “césar” se erige em Deus, excede seus limites e, obedecer-lhe equivaleria a renegar de Deus.
Se, se consideram estas correlações, descobrimos uma concepção do Estado muito sóbria: na medida em que garanta a paz e o Direito, ditas correlações correspondem a uma disposição divina (uma sorte de ordenamento criatural). Há de respeitar ao Estado justamente no seu caráter profano; sua necessidade surge a partir da essência do homem como “animal sociale et politicum”. Ao mesmo tempo existe uma delimitação do Estado: Tem seu âmbito, que não pode ultrapassar; deve respeitar o mais alto “Direito de Deus”.
— “Ao Senhor somente adoraras”. A negativa a adorar ao imperador e, em geral, a negativa ao culto do Estado, no fundo, é simplesmente a rejeição ao Estado totalitário.
Fonte: https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-06-04

Comentário sobre o Evangelho

Jesus responde aos fariseus, lembrando a distinção entre o poder terreno e o poder divino


Hoje, por assim dizer, Deus defende o seu território: não nos quer pisar nem aceita que O pisemos. Até onde chega o poder de “César”? A partir de onde começa o poder de Deus? Como somos maus! Até gostaríamos de pôr uma fronteira entre “eu” e “Deus”!: aqui está a minha liberdade e ali está o teu céu... Deus não quer interferir nos nossos assuntos temporais, mas também não aceita que anulemos a sua voz… É verdade, “sou livre”; mas também é verdade que sem Deus “eu não seria livre” (nem sequer “seria”).
- «Só Deus é Deus, e deixemos que Deus seja Deus» (Bento XVI).
Fonte: https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-06-04

Meditação

Nesta passagem do Evangelho, os que não recebiam bem a Jesus, mais uma vez, mostraram a duplicidade de seu coração. Não queriam segui-lo, não aceitavam sua maneira de viver, e para se justificarem, buscavam explicações e pretextos. Bem como pode acontecer conosco! Quando não temos coragem de aceitar as exigências das propostas do Evangelho, inventamos desculpas e alegamos mil razões muito sensatas. Como estamos vivendo nossa fé?
Oração
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos pedimos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F06%2F2024&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 04/06/2024

ANO B


Mc 12,13-17

Comentário do Evangelho

Deus é misericórdia, amor e vida

Por cerca de três anos Jesus exerceu seu ministério na Galileia e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, em Jerusalém dá-se o confronto fatal com o sistema religioso do Templo. O imposto de César era exigido dos judeus, sob o domínio romano. Alguns fariseus e herodianos, procurando provocar em Jesus alguma palavra que o condenasse, perguntam-lhe se deviam ou não pagar este imposto. Se dissesse que não, incorreria na condenação dos romanos. Se dissesse que sim, ficaria desacreditado perante o povo. Diante da moeda cunhada com a cabeça de César, que se intitulava "Filho Augusto e Divino", Jesus devolve a pergunta: "De quem é esta figura e a inscrição?". E, depois da resposta, conclui: "Devolvei a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". César é diferente de Deus. César é a ambição do dinheiro e do poder. Deus é misericórdia, amor e vida. Libertar-se do dinheiro e comprometer-se com Deus, é o projeto de Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.
Fonte: Paulinas em 05/06/2012

Comentário do Evangelho

O ser humano é portador da imagem de Deus e de sua Lei

Os adversários de Jesus sentem-se irritados pela parábola dos vinhateiros homicidas, pois reconhecem nela a sua própria maldade revelada (12,1-12). O desejo dos chefes do povo é prender Jesus (cf. 12,12). Insistentemente procuram armar uma armadilha para terem uma razão para prendê-lo e matá-lo (vv. 13.15; cf. 3,6). O que os fariseus e os herodianos que vão ter com Jesus dizem dele é verdade (vv. 13.14), mas eles não acreditam no que dizem, pois são hipócritas (v. 15), fazem encenação, usam máscaras. À questão posta pela delegação, que tinha cunho político (v. 14), Jesus responde com uma pergunta, esquema próprio dos diálogos didáticos: “De quem é esta figura?” Deus não está em concorrência com as coisas deste mundo: “Devolvei, pois, a César o que é de César...” (v. 17). Nossa perícope fala de imagem e inscrição (v. 16). Para a Bíblia o ser humano é imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27); a inscrição pode se referir à Lei inscrita no coração (Jr 31,33; Pr 7,3). Nesse sentido, o que é de Deus (v. 17) é o ser humano, portador da imagem de Deus e de sua Lei.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.
Fonte: Paulinas em 04/06/2013

Vivendo a Palavra

O que pertence a César e o que pertence a Deus? Aqueles que perguntavam a Jesus sabiam que a Deus pertencem homens e mulheres, criados para viver em plenitude, amando e glorificando ao Criador e só a Ele. O Nazareno usava sua liberdade de Filho para proclamar que não devemos culto a César, mas ao Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2012

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre nos ensina a procurar o discernimento: o que é de Deus e o que é do mundo e de suas autoridades? O que é essencial e o que é acessório em nossa existência? Nosso compromisso é com a vida – a nossa, a dos irmãos e a da natureza. Que saibamos conservá-la, com o espírito alegre e agradecido.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

A tentação que sofremos é misturar o que em nós e na natureza é de César e o que é de Deus. Vivemos no mundo e temos o dever de torná-lo melhor e mais humano, seguindo o mandamento do Amor. Como discípulos missionários de Jesus, vivemos para servir aos irmãos – curar e libertar – e, por tudo, dar graças ao Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2018

VIVENDO A PALAVRA

Uma pergunta oportuna para nós, hoje: o que pertence ao Mundo e o que pertence a Deus? Ao Mundo pertencem os sinais de morte: o ter que empobrece o irmão, o poder que o escraviza e o prazer que nos degrada. A Deus, pertencem os sinais de Vida: os bens, para serem partilhados com o irmão; o poder, para ser exercido a seu serviço e o prazer compartilhado, para a alegria de todos.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/06/2020

Reflexão

Dois pontos nos são sugeridos pelo Evangelho de hoje. O primeiro é: por que nos aproximamos de Jesus? Condenamos as autoridades porque mandaram pessoas até Jesus para o apanharem em alguma palavra, mas muitas vezes nos aproximamos de Jesus para a satisfação de nossos interesses pessoais e não para o encontro pessoal com aquele que é nosso Deus e que nos ama com amor eterno. O segundo é: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o que significa que César deve dar a Deus o que é de Deus, de modo que Jesus nos mostra também as responsabilidades dos dirigentes das nações em relação a Deus e nós devemos cobrar isso deles.
Fonte: CNBB em 05/06/2012 e 04/06/2013

Reflexão

Fariseus eram contra os ocupantes romanos. Herodianos, ao invés, eram aliados do governo de Roma. Adversários entre eles, ajuntavam-se para atacar uma presa comum, o Mestre Jesus. Queriam que ele se pronunciasse sobre a obrigação de pagar o imposto ao imperador. Prontamente, Jesus põe tudo no devido lugar. Se há imposto estabelecido é porque os chefes judeus aceitaram o domínio do imperador, estão usando o dinheiro de César. Então “devolvam a César o que é de César”. Só renunciando a esse dinheiro, deixarão de reconhecer César como senhor. Entretanto, há uma nação inteira que precisa ser respeitada e não pode sofrer e agonizar por causa dos pesados impostos (devolvam a Deus o que é de Deus). O povo é de Deus. Deus é o Senhor absoluto.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/06/2018

Reflexão

Os fariseus eram contra os ocupantes romanos. Os herodianos, ao invés, eram aliados do governo de Roma. Adversários entre eles, ajuntavam-se para atacar uma presa comum, o Mestre Jesus. Queriam que ele se pronunciasse sobre a obrigação de pagar o imposto ao imperador. Prontamente, Jesus põe tudo no devido lugar. Se há imposto estabelecido, é porque os chefes judeus aceitaram o domínio do imperador, estão usando o dinheiro de César. Então “devolvam a César o que é de César”. Só renunciando a esse dinheiro deixarão de reconhecer César como senhor. Entretanto, há uma nação inteira que precisa ser respeitada e não pode sofrer e agonizar por causa dos pesados impostos (devolvam a Deus o que é de Deus). O povo é de Deus. Deus é o Senhor absoluto.
Oração
Ó Jesus Mestre, fariseus e herodianos pretendem confundir-te: estás a favor do imperador ou contra? Sabiamente te pões do lado do povo. César não é senhor absoluto. Senhor absoluto da História é Deus, a quem todos devem servir. Ensina, Senhor, nossos dirigentes a governar com justiça. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 02/06/2020

Meditando o evangelho

OPOSIÇÕES INEXISTENTES

Para confundir Jesus, fariseus e herodianos propuseram-lhe uma pergunta capciosa a respeito da liceidade de pagar o tributo ao imperador romano.
O pano de fundo desta questão era complexo. Sob o aspecto político, tratava-se de saber se Jesus era contra ou a favor da dominação estrangeira. Sob o aspecto religioso, a resposta de Jesus revelaria que imagem ele fazia de Deus, que escolhera Israel para ser o povo de sua predileção, e não se contentava em vê-lo oprimido. Afinal, o Deus de Jesus era um Deus libertador? Sob o aspecto econômico, a questão levava Jesus a posicionar-se diante da penúria do povo, do qual se exigia pagamento de tributo. Sob o aspecto social, Jesus deveria dizer se concordava com a situação de opressão a que estava reduzido o povo de Israel.
A resposta do Mestre, aparentemente evasiva, revela sua visão da história, centrada no Reino de Deus. Não existe contraposição entre César e Deus, uma vez que estão situados em níveis diferentes. O pagamento do tributo ao imperador é irrelevante, quando este não cede à tentação de usurpar o lugar de Deus, tiranizando as pessoas. Deus é o Senhor absoluto da História. E César deve submeter-se a ele. Importa que todos, inclusive o imperador, acolham a vontade divina.
Consequentemente, a resposta de Jesus revela que ele se opunha a todo tipo de opressão e exploração, pois o Pai é um Deus libertador. É preciso ser perspicaz para compreender o sentido da posição de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de sagacidade, dá-me a graça de compreender o sentido oculto das palavras de Jesus, cuja sabedoria se esconde para quem não está sintonizado com ele.
Fonte: Dom Total em 05/06/2018 e 02/06/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Cesar ou Deus? A inteligência na resposta...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem tínhamos acabado de ler esse evangelho, e a minha equipe de debatedores da comunidade já estava debatendo.
___Pagar imposto não têm nada a ver com religião! - exclamou o Miltão, que não gosta de falar em política na igreja. Afonso, uma pessoa nova na comunidade replicou:
___Olha Sêo Milton, tem sim! Um bom cristão cumpre bem os seus deveres de cidadão.
___Em nosso país a Lei tributária é uma roubalheira, por mim não pagaria imposto nenhum.....- comentou Jorge, que é sempre contra qualquer governo.
__Calma meus irmãos... Vamos ver o que há por trás desse texto. --- disse, chamando a atenção do grupo.
___Bom, prá mim está bem claro, esses caras, que eram “Pelêgos” do partido dos Fariseus, e do poderoso Herodes, foram buscar lã e saíram tosquiados. Jesus acabou com eles! - disse Jorge, que via em Jesus um Líder inigualável, que poderia encabeçar uma revolução contra os Romanos e até contra o poder religioso da época.
___Gente, espere um pouco... A pergunta era uma armadilha para tentar pegar Jesus, para qualquer um dos lados que ele pendesse, Cesar ou Deus, seria condenado por seus opositores. --- disse Vera, catequista que chegou atrasada no debate, mas que mandou bem, em sua primeira intervenção.
___Bom, se é assim, uma contenda entre eles e Jesus, o que esse evangelho tem a ver com a nossa realidade? Por que Lucas o escreveu? - indaguei do grupo todo.
___A imagem de Cesar cunhada na moeda, mostrava que o cara era poderoso e todas as pessoas deviam se submeter a ele, parece até que o imperador era um deus, se não me engano. --- comentou Miltão.
Jesus não entra nessa questão, apenas aproveita a imagem da moeda para lembrar que o Reino de Deus supera e de longe, qualquer estrutura política-econômica desse mundo, e que no homem há também uma imagem, não de um imperador que quer ser deus, mas de um Deus que se fez homem. Dar a Deus o que é de Deus, significa ter esse reconhecimento, manifestando gratidão ao Deus da Vida, que nada nos impõe, mas propõe um jeito novo de se viver a Vida, colocando o Reino que Jesus inaugurou, com um valor absoluto, e sabendo que as estruturas imperiais são transitórias e relativas. De fato, podemos perguntar “Onde está o poderoso Cesar e o Império Romano que fazia tremer os povos vizinhos?”.

2. QUE É DE DEUS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.
Oração
Senhor Jesus, que eu não confunda as criaturas com o Criador e só a Deus tribute a honra e o louvor devidos.
Fonte: NPD Brasil em 04/06/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. É permitido ou não pagar imposto a César?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Sacerdotes, escribas e anciãos se defrontaram com Jesus. Agora são os fariseus e os herodianos que se apresentam. Tentam colocar Jesus em má situação diante dos romanos. Deve-se ou não pagar o imposto ao imperador de Roma? Sem muita interpretação do texto, vemos que Jesus se sai muito bem da cilada que lhe estavam armando. Pegando uma moeda, pergunta de quem é a figura e a inscrição. É do imperador, evidentemente. Então, deem ao imperador o que é dele, e a Deus o que é de Deus. Sem resposta, os opositores ficam admirados. Refletindo sobre o acontecido, podemos dizer que, se a moeda é do imperador, e o imperador e a moeda são de Deus, o imperador está abaixo de Deus e deve prestar contas a Deus do que faz com a moeda do imposto. Dar a Deus o que é de Deus, é dar tudo a ele. O imperador não teria autoridade se não lhe tivesse sido dada por Deus. Ele também pertence a Deus e deve prestar contas do imposto que impõe aos povos dominados. Não “paguem” imposto a César. “Devolvam” o que é dele.
Fonte: NPD Brasil em 05/06/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Cristianismo pela metade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há tantas indagações que poderíamos colocar ao lado dessa pergunta capciosa que os Fariseus e Herodianos fizeram a Jesus. Vamos formular algumas delas, para que compreendamos a resposta de Jesus, para os cristãos de hoje.
"Senhor, é certo um cristão participar da política partidária? Deve um Cristão atuar no sindicalismo ou na associação de moradores? Deve um cristão preocupar-se com questões sociais do bairro, da cidade? Deve um cristão ocupar-se com problemas de ordem econômica? Pode um Cristão acompanhar trabalhos da câmara e cobrar os seus representantes n o legislativo? Deve um Cristão ocupar-se de questões referentes a cidadania, ao meio ambiente e ecologia? Deverá um Cristão preocupar-se com questões da Educação e Saúde? Pode em nossas comunidades um Cristão preocupar-se com administração, situação econômica da Paróquia, formas de gestão para melhorar a arrecadação do dízimo? Deve um Cristão preocupar-se com a comunicação, e ocupar espaços na Mídia local ou na grande Mídia, para evangelizar? A lista é muito grande e paramos por aqui.
A verdade é que, muitas vezes preferimos ser Cristãos pela metade, ignorando ou menosprezando as realidades terrenas que nos cercam e que afetam diretamente a nossa vida. Para que ocupar-se com as coisas do mundo, se elas são transitórias, o que importa é preocupar-me com a salvação da minha alma na Vida Eterna... Esse é o pensamento que prevalecia na Igreja antes do Concílio Vaticano II, e infelizmente muitos ainda pensam assim, se recusam a ser fermento na massa, sal e luz do mundo, preferindo a Fé da Magia, que cuida das coisas santas e sagradas, entendendo que tudo mais são coisas profanas. Claro que, por conta desse pensamento, os cristãos "Metadinha" são péssimos administradores, maus pagadores, vivem "apertados", metidos em grandes dívidas e são capazes de pedir a Deus um milagre econômico para suas vidas.
Cristãos Metadinha odeiam ouvir falar em política dentro da Igreja e na relação com os políticos, legisladores e governantes, só querem uma coisa, ter algum ganho ou levar alguma vantagem com eles... Incentivando, até mesmo políticos de dentro da comunidade, a praticarem o chamado clientelismo político, que é uma praga que infesta nossa sociedade.
Nesse sentido, e olhando por esse lado, podemos entender que a resposta de Jesus "Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus", é um convite a coerência, de uma Fé comprometida com a Vida e todas as suas implicações. Claro que a questão da imagem cunhada na moeda serve também como uma exortação para lembrarmos que o Homem é imagem e semelhança de Deus e não imagem, e semelhança das Instituições.
Portanto, sendo imagem e semelhança de Deus, temos que ser coerentes como Jesus de Nazaré, Homem fiel, Judeu e Cidadão, que se inseriu plenamente na sua realidade Nacional e Religiosa, sem nunca fazer da relação com Deus uma forma de alienar-se. E por ser assim, tão comprometido com a transformação das estruturas do seu tempo, foi perseguido e condenado injustamente á morte da cruz, pois se fosse apenas um fanático religioso, um visionário místico, que vivia nas nuvens, certamente não incomodaria a ninguém e morreria velhinho, de cabelos brancos...

2. Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus - Mc 12,13-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Sabemos por experiência que nem todo mundo é sincero e que, às vezes, nós também não o somos. Fazemos elogios para captar a benevolência de quem nos ouve, o que é legítimo, desde que o elogio não seja embalagem de veneno. A língua afiada pode ser instrumento para uma resposta bem dada, sendo a língua para ensinar e não para ferir. Fariseus e herodianos fizeram perguntas a Jesus não para saber nem para aprender. Eram perguntas capciosas, nada sinceras. Sincera, no entanto, foi a resposta que os deixou sem fala: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. A pergunta ocultava uma armadilha. Queriam ver Jesus em “maus lençóis”. Não eram gente boa nem confiável. Não é bom imitá-los. Que Deus nos dê um pouco da sabedoria de Jesus para sabermos nos defender com caridade e elegância! Os impostos devem ser pagos e devem ser bem empregados por quem os administra. Dê o imposto ao governo e os governantes o administrem em favor do povo, sob o olhar de Deus, a quem prestarão contas de seus atos.
Fonte: NPD Brasil em 02/06/2020

HOMILIA DIÁRIA

Subordinemos nossas vontades ao querer de Deus

Postado por: homilia
junho 5th, 2012

Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” (Marcos 12,14)
Ante essa provocação, Jesus simplesmente responde: “Dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César”. Jesus não fala sobre pagar ou não pagar o tributo a César, porque, primeiro, trata-se de um poder humano e depois temporal. Segundo, porque o homem foi criado para as coisas do Alto, que não perecem nem envelhecem. Terceiro, porque se trabalha demais uma armadilha fracassada.
A reposta de Jesus é um convite para que seus interlocutores abandonem seus horizontes limitados a fim de enfrentar o problema decisivo que era o de Deus.
Havendo falhado em denegrir a pessoa e a autoridade de Jesus, os líderes religiosos armaram-Lhe a “cilada perfeita”: a questão do tributo a César. Se Jesus apoiasse o tributo imperial, estaria se expondo ao ódio dos extorquidos judeus; se não o apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo judeu.
Magistralmente, Ele calou os líderes judaicos com as célebres palavras: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Com isto, Jesus estabeleceu a importante questão de que o cristão é cidadão de dois mundos: o terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo celeste com todas as implicações que isso lhe acarreta.
O cristão não pode viver alienado no mundo, pois é sal e luz, vivendo para fazer uma diferença saudável na comunidade; mas sem se esquecer de sua cidadania celestial, atuando como embaixador de Deus, na linguagem de São Paulo, para com os que estão à sua volta, a começar pelo marido, esposa, filhos, parentes e amigos.
Diante dos conflitos e das reivindicações do céu e da Terra, você, meu irmão, deve sentir, dentro de si, as palavras de Jesus em Mateus 6,33: “Buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, saiba que o Reino de Deus e a Sua justiça têm prioridade. Como disse Pedro: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5,29).
Se as reclamações do mundo não se chocarem com os apelos do Reino de Deus, então o cristão deve atender com as palavras de Paulo: “A quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. Não podeis ter dívida de alguém, senão a dívida do amor” (Rom 13,7-8), ou melhor, “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!”. Escolha, pois, Deus e viverás.
Que Deus nos ensine a subordinar todas as nossas vontades ao Seu querer e vontade, tendo-O como medida de tudo quanto existe. Aliás, dirá o salmista: “Tudo é de Deus e nós somos de Deus”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/06/2012

HOMILIA DIÁRIA

Um bom cristão é um bom cidadão

Um bom cristão cumpre suas obrigações, sua missão perante a Lei, perante o Estado, perante a sociedade em que vive. Um bom cristão é um bom cidadão.

“Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mc 12,17)

Hoje, tentaram colocar Jesus em uma situação muito difícil. Os fariseus e os partidários de Herodes tentaram colocá-Lo contra o Estado para que Ele dissesse que não era necessário pagar impostos ou, então, dizendo que a religião iria se submeter a um Estado injusto, como era a dominação que os romanos exerciam sobre o território de Israel.
O Senhor não cedeu a nenhuma das provocações; muito pelo contrário, Ele deu a resposta evangélica para essa situação: primeiro, dar a Deus o que é de Deus – o culto, o louvor, a adoração, a glória. O Altíssimo é o primeiro e nunca a Lei dos homens vai contrariar a Lei do Senhor.
É mais importante obedecer a Deus, em primeiro lugar, pois Ele é o primeiro em nossa vida, Ele é o bem maior, é a graça maior que nós possuímos.
Nós não vamos trocar nada nem obedecer a ninguém, nesse mundo, sem antes obedecer a Deus, aos Seus mandamentos e à Sua verdade. Mas isso não quer dizer que o cristão é rebelde ao Estado, às Leis ou um cristão é um anarquista. Muito pelo contrário, um cristão, a exemplo de Jesus, é aquele que se submete às regras. Claro que, muitas vezes, não vamos concordar com certas obrigações! Um exemplo: nós podemos não concordar com os impostos, podemos achar que estes são muito caros, mas se é preciso pagá-los, nós o faremos.
Penso que os pedágios são muito caros, nas estradas, mesmo com todos os benefícios que possamos ter, mas é preciso pagá-los, pois precisamos, na verdade, cumprir com nossas obrigações civis. Um bom cristão é um bom cidadão.
Um bom cristão cumpre suas obrigações, sua missão perante a Lei, perante o Estado, perante a sociedade em que vive. Não adianta só cumprir as Leis da Igreja, nós precisamos cumprir nossas responsabilidades civis perante a sociedade.
Hoje, é Jesus quem está dando o exemplo e a ordem a nós: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 04/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

A hipocrisia religiosa corresponde ao mal do mundo

O coração de Deus alcança qualquer situação humana, mas a hipocrisia religiosa é um perigo

“Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: ‘Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja’.” (Marcos 12,15)

Hoje, Jesus está entrando nos corações hipócritas. O Evangelho nos mostra Jesus entrando, sobretudo, na hipocrisia religiosa reinante no meio em que Ele vivia. A hipocrisia religiosa faz parte de todas as religiões em todos os tempos e épocas, é aquilo que chamamos de “religião na casca”. A casca parece bonita, divina e maravilhosa, ela é aquilo que todo mundo vê, mas o que está dentro da casca é só Deus que conhece com profundidade. Por causa disso, alguns preferem pintar a casca, deixá-la bonita, querem deixar a face resplandecer bela, mas não cuidam do essencial.
Precisamos vigiar, constantemente, a nossa alma, o nosso coração e as nossas atitudes para que a hipocrisia religiosa não tome conta de nós. Foram os fariseus e os herodianos que se aproximaram de Jesus para pegá-Lo em alguma palavra. Eles não se aproximaram para pegar a Palavra de Jesus nem para abraçar a mensagem d’Ele, mas para O colocar em contradição.
Muitas pessoas dentro da Igreja e dos movimentos religiosos, estão lá só para provocar e questionar. Não quer dizer que questionar seja um problema, mas errado é quem só questiona, mas não se questiona, não se deixa converter e corre um profundo risco de viver a dureza da hipocrisia religiosa.
A coisa mais difícil de se converter é o hipócrita, os outros pecados: quem rouba, quem mata pode se converter de verdade. O coração de Deus alcança qualquer situação humana, mas a hipocrisia religiosa é um perigo, porque a pessoa se sente religiosa, conhecedora de Deus, das coisas d’Ele, sabe tudo d’Ele, ocupa e prega em nome do Senhor, mas Ele não atinge a profundidade coração dela, porque ela escolheu viver na superfície cômoda de não ser atingida, tocada, questionada nem se deixar converter. Preferiu viver na atitude cômoda, “É assim que eu sou. É assim que Deus me quer”, na atitude cômoda de dizer “Eu prego. Conheço Deus há tanto tempo”. Que dureza, pois neste tempo todo não permitiu Deus converter o coração dela.
Precisamos de conversão todos os dias da nossa vida, porque um hipócrita religioso é, na verdade, o mais duro dos corações. A hipocrisia religiosa corresponde ao mal do mundo em que vivemos, é o que chamamos de corrupção religiosa, como opção moral, como opção da fé. Que Deus nos livre dela para que o nosso coração seja verdadeiramente convertido.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/06/2018

HOMILIA DIÁRIA

É preciso dar a Deus o que é d'Ele

“Então Jesus disse: ‘Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus´.” (Marcos 12,17)

As autoridades da religião judaica, sobretudo fariseus e partidários de Herodes, quiseram colocar Jesus numa emboscada, numa situação difícil e complicada, porque, afinal de contas, queriam saber o que Ele pensava: “É lícito pagar impostos a César?”.
Eram impostos injustos, feitos de forma opressiva, mas, ao mesmo tempo, Jesus estava ali para decretar uma rebelião, que ninguém paga impostos, ninguém cumpre as suas obrigações ou as responsabilidades para com o estado, por isso perguntaram a Jesus se era lícito pagar o imposto ou não.
Ele mesmo pegou a moeda e perguntou a eles a quem ela se referia. A moeda era cunhada com a figura de César, o imperador. Ora, nós nos recordamos, tantas vezes, que as cédulas, as moedas de antigamente, geralmente, vinham com a figura de presidentes, pessoas notórias, sobretudo, com o carimbo da casa da moeda, aqueles que emitem o dinheiro ou a importância financeira que usamos. Precisamos dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Compreendendo aquilo que Jesus nos ensina hoje, precisamos colocar cada coisa no seu lugar. A supremacia da religião e da fé em nosso coração não pode nos levar a ignorar outros aspectos e elementos da vida humana.

A primazia da fé em nossa vida é dar a Deus o que é d’Ele

Vivemos, muitas vezes, debates entre a ciência e a fé, a ciência e a religião. A ciência tem seu papel único e fundamental que não se contrapõe jamais à religião. Agora, vamos viver uma religião obscura e de forma errada se absolutizarmos a religião e ignorarmos as ciências e outros aspectos da vida humana. Como também vivemos a nossa vida humana de forma errada, mesquinha e reducionista quando deixamos a fé de lado, quando ignoramos a fé e os elementos que ela traz para a nossa vivência.
Por isso, é importante dar a cada coisa o que elas merecem ou ter cada coisa no seu lugar. A primazia da fé em nossa vida é dar a Deus o que é de Deus. A Deus o nosso primeiro amor, o nosso culto, o nosso louvor e a nossa adoração. E a nenhum outro podemos dar aquilo que é somente dado a Deus.
Não podemos adorar ninguém, não podemos colocar ninguém no lugar de Deus nem colocar ninguém no mesmo patamar d’Ele na nossa vida e no amor do nosso coração.
Uma vez que amamos a Deus sobre todas as coisas, vamos cumprir as nossas obrigações, responsabilidades, e sermos pessoas sensatas e serenas no mundo em que estamos.
Vivemos num estado, num município, que tem suas leis, normas e obrigações, e todas que não se contrapõem à religião precisam ser realmente respeitadas, vividas e obedecidas. Não podemos, em nome da fé, da religião e daquilo que cremos, simplesmente nos tornarmos seres que não cumprem suas obrigações e responsabilidades na sociedade e no mundo em que estamos.
É preciso dar a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/06/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para desafiar os preconceitos da sociedade em que vivemos, proclamando no mundo o teu Amor misericordioso e a Boa Notícia de que o teu Reino já está em nós e entre nós, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2012

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a tentação de inverter prioridades, cuidando das coisas que passam e esquecendo os tesouros que permanecem para a Vida eterna. Dá-nos, Pai amado, coragem para optar radicalmente pelo teu Reino de Amor, proclamado pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito! Ensina-nos a discernir as coisas que são do mundo e as que são do Espírito. Dá-nos força e coragem, Pai amado, par fazermos a opção radical de vida pelo caminho do Amor, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, que nos emprestaste tantos dons, ajuda nossa inteligência para discernir os teus Caminhos; nossa liberdade, para orientar as escolhas que fazemos; e nossa vontade, para fortalecer a opção pela Vida em plenitude que nos foi mostrada por Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/06/2020