segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/12/2019

ANO A


Mt 18,12-14

Comentário do Evangelho

Perdão mútuo

Nosso texto é parte do discurso eclesiológico. Um dos elementos fundamentais deste discurso é o perdão mútuo. A comunidade eclesial deve ser caracterizada pela reconciliação e pela preocupação com o outro. A parábola da ovelha perdida e reencontrada, utilizada em Lucas (Lc 15) para responder às objeções dos escribas e fariseus, é, aqui, usada para promover o interesse em resgatar os que se distanciaram da comunidade, pois “o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos” (v. 14). A vontade de Deus é prioridade na vida dos cristãos: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor!’, entrará no Reino dos céus, mas o que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu te dê a alegria de estar sempre em comunhão contigo, e ir ao encontro de quem se extraviou para reconduzi-lo ao amor.
Fonte: Paulinas em 10/12/2013

Vivendo a Palavra

Nós somos tentados a nos incluir entre as noventa e nove ovelhas. Entretanto, só sentiremos o valor dessa parábola colocando-nos no nosso verdadeiro lugar – somos a ovelha que se perde. Aí nós nos sentiremos amados pelo Pastor e a razão para sua alegria quando voltarmos ao rebanho.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Não poucas vezes nós somos tentados a nos incluir entre as noventa e nove ovelhas abrigadas e tranquilas no aprisco. E até ficamos com uma pontinha de ciúme da ovelhinha tresmalhada que interessa tanto a Jesus… Mas, se nos colocarmos no nosso verdadeiro lugar – nós somos a ovelha que se perde! – então sentiremos o valor da parábola. Aí nós nos sentiremos amados pelo Pastor e seremos a razão da sua alegria quando voltarmos ao rebanho.

Reflexão

Os tempos messiânicos são os tempos de misericórdia de Deus, de restauração da união entre o céu e a terra, tempos em que todos os que não estão participando ativamente do Reino de Deus são convidados a voltar e a viver a vida de amizade e intimidade com Deus. A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do Deus que ama todas as pessoas e vem ao seu encontro. Se a partir do pecado nos afastamos de Deus e do seu amor, a misericórdia de Deus vem ao nosso encontro de modo que, restaurados pela graça, não nos percamos, mas participemos da plenitude da vida divina.
Fonte: CNBB em 10/12/2013

Reflexão

No Antigo Testamento, Deus se manifesta como Aquele que faz história com seu povo: um zeloso amigo e companheiro, presente na vida das pessoas, ansioso pela felicidade de todos. Um Deus que não se conforma em perder nenhum de seus filhos, nem mesmo o menor de todos, que é o mais rebelde, o mais pecador. Jesus confirma esta imagem de Deus, indo pessoalmente ao encontro dos pecadores, tomando refeição com eles, devolvendo-lhes a paz de espírito. E nos revela Deus como Pai amoroso que quer o maior bem para todos. A salvação de cada filho e cada filha é a grande alegria do Pai. É necessário, porém, que cada um de nós se abra ao amor de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Em menor ou maior grau, na verdade, todos nós, em algum momento, somos ovelhas desgarradas, necessitadas de salvação e de abrigo em consequência de nossas faltas. Já ocorreu algo semelhante em sua vida? - Em que sentido Deus é misericordioso para comigo? - Compreendo que, mesmo que eu relaxe um pouco, Deus estará sempre de braços abertos para me acolher? Posso fazer alguma coisa por quem se desgarra do rebanho de Cristo? - Procuro ter sempre em mente que minha primeira tarefa deve ser o testemunho de vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/12/2013

Meditando o evangelho

NINGUÉM DEVE SE PERDER

Jesus tinha consciência de ter sido enviado para todos e não apenas para um grupo de privilegiados. Esta consciência tornava-se ainda mais aguda, quando se tratava dos pecadores e das vítimas da discriminação social e religiosa, a quem destinava uma atenção especial.
Esta visão de Jesus contrastava com a mentalidade discriminatória, tanto dos fariseus e mestres da Lei, quanto de alguns de seus discípulos. Uns e outros não receavam descartar certas pessoas, ou mesmo, não se mostravam dispostos a ir em busca de quem se havia desviado do caminho do Reino.
A parábola da ovelha desgarrada é um alerta contra este comportamento. As pessoas não devem ser consideradas sob o aspecto quantitativo. Neste caso, noventa e nove valem mais que uma. No projeto de Jesus, cada pessoa tem um valor infinito, e não é possível omitir-se diante de sua condição filho desgarrado. Embora fosse necessário deixar as noventa e nove ovelhas sozinhas, era mister ir em busca da que se tinha desgarrado. A motivação oferecida por Jesus é muito simples: é preciso agir assim, porque o Pai não quer a perda de nenhum ser humano. Por conseguinte, a comunidade cristã é chamada a imitar a bondade do Pai no trato com seus filhos, especialmente os mais fracos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu esteja sempre disposto a ir em busca de quem se desviou de ti e do Reino, para reconduzi-lo ao bom caminho.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Valores do Evangelho e a Comunidade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

“Quando se vive autenticamente os valores do evangelho, nossas comunidades são de fato continuadoras da missão de Jesus, bem a seu modo”
Perguntei ao nosso grupo de "Teólogos" da Comunidade, com quem sempre debatemos alguns textos do evangelho, se eles se lembravam da Dona Maria que era da Acolhida, e que de uma hora para outra, simplesmente "tomou Doril", como se diz quando a pessoa some.
___ Dona Maria? Ah... Pelo nome assim é difícil dizer se lembro... ---- disse Julião, zelador da igreja.
___ Como ela era? Lembro-me de uma "magrona" e loira, se for essa, parece que ela mudou de igreja... --- informou a Celeste, ministra da Pastoral dos Enfermos...
___ Será que ela morreu, ou está doente? - tornei a perguntar.
___ Difícil saber, a comunidade aqui é tão grande, a gente não conhece as pessoas direito, a não ser aquelas que atuam nas pastorais e movimentos, e mesmo assim, é difícil da gente lembrar.
Eis o grande problema de nossas comunidades urbanas, principalmente as das grandes metrópoles... Somos uma massa de anônimos, ninguém se conhece, não sabe sequer o nome, onde mora, o que faz, e no caso apresentado, por que se afastou da comunidade e o que é ainda bem pior, as vezes nem se nota que a pessoa sumiu da comunidade.
Na comunidade apresentada nesse evangelho de São Mateus, o Pastor conhecia a todos e todos se conheciam, por isso em uma celebração dominical, alguém deu o alarme: a Dona Chica não veio hoje, daí alguém lembrou que na quarta feira ela também não apareceu na reunião da pastoral, e outra pessoa se lembrou de que no último domingo percebeu que ela estava muito quieta e até parecia triste... A pastoral fez uma reunião de emergência logo após a missa e decidiram ir a procura da Dona Chica, para ver o que estava acontecendo.
O esposo de uma das mulheres, membro da pastoral, fez uma crítica a esposa que logo após o almoço ia sair com as demais, conforme o combinado.
___ Nem no domingo a tarde você tem sossego? Por que essa preocupação com essa mulher, ela não veio porque não quis vir, a comunidade está lá na igreja, quem quiser ir vai e quem não quiser não vai, e está acabado!
___Olha, a Dona Chica não é uma qualquer, ela é nossa irmã que ajudou a fundar a comunidade, nunca perdeu uma reunião das quartas e nem faltou na celebração do domingo, a gente não sossega enquanto não for ver o que está acontecendo....
O grupo encontrou Dona Chica com um dos braços enfaixado, e um inchaço no rosto. O Filho drogado havia sido preso naquela semana, mas antes de ir, deu uma surra na mãe, porque esta se recusara a dar-lhe dinheiro, Dona Chica tinha vergonha de ir na comunidade daquele jeito, pois julgava-se culpada pelo Filho ser quem era…. As mulheres passaram aquela tarde com ela em sua casa modesta e na quarta Feira, alguém do grupo se dispôs a ir buscá-la de carro. Na reunião alguém levou um bolo e refrigerantes para se alegrarem pela volta da Dona Chica.
Na missa do domingo, o Padre, informado sobre o que acontecera, chamou Dona Chica á frente e todos rezaram por ela uma Ave Maria e depois, como ela era Mineira, a coordenadora do grupo cantou aquele refrão “Oh Minas Gerais... Oh Minas Gerais..." e a comunidade em coro cantou junto e no final bateram palmas para acolher a que havia voltado.
Por onde andam nossas "ovelhas desgarradas", alguém aí se lembra delas, sabe o nome, onde moram e por que se foram? Confesso envergonhado que na minha comunidade ninguém se lembra delas...

2. Vai à procura daquela que se perdeu - Mt 18,12-14
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Senhor está vindo cada dia até nós como um Bom Pastor preocupado com suas ovelhas. Ele se preocupa muito com a ovelha que se extravia e deixa tudo até encontrá-la. Ele vai ao encontro da ovelha desgarrada como vem ao nosso encontro hoje. Muitas vezes andamos desgarrados. Talvez hoje eu esteja desgarrado. O Pai não deseja que ninguém se perca. Que bom se Jesus me encontrar! Se ele me encontrar, vai curar minhas feridas e me estreitar em seu regaço. Assim unidos, posso sair com ele à procura de outras tantas ovelhas dispersas pelo mundo afora. Quanta gente boa que não conhece Jesus! Quanta gente ruim por não conhecer Jesus. Disperso e recuperado, não mais desgastado, disponho-me a ir, por Jesus e seu Evangelho, ao encontro de quem precisa das palavras do Mestre, de quem perdeu a alegria e não sabe nada de Jesus. O Evangelho fala de noventa e nove ovelhas que o pastor deixa para ir à procura de uma única que se perdeu. Hoje, temos a sensação de que noventa e nove se perderam e ficamos só com uma. Lembremo-nos de que estamos no Tempo litúrgico do Advento, aguardando a vinda final de Jesus Cristo e preparando-nos para celebrar o Natal. Ele veio realizar a vontade do Pai que não quer que se perca “nenhum desses pequenos”. Pequenos são todos os discípulos de Jesus Cristo, as crianças, os humildes deste mundo. Por nós todos o Menino que nasce vai entregar a sua vida.

Liturgia comentada

Se uma delas se perde... (Mt 18, 12-14)
O pastor tem cem ovelhas. Uma delas se extraviou do rebanho. Segundo informa o exegeta Joachim Jeremias, o dono dessas ovelhas não é muito rico. Entre os beduínos, o tamanho do rebanho oscila entre 20 e 200 cabeças de gado miúdo; com 300 cabeças, já se tem no direito judaico por um rebanho descomunal.
Ora, o pastor da parábola seria o proprietário de um rebanho de porte médio, que cuida pessoalmente de suas ovelhas, pois não teria recursos para pagar a um empregado. Fica realçada sua “relação pessoal” com o rebanho. No verão, certamente passa as noites no campo e dorme no meio de suas ovelhas. Tem o cheiro delas. Uma cena de intimidade.
Eis que uma das ovelhas se desgarra. Perde-se no semi-árido. Dizem os entendidos que a visão da ovelha é muito fraca, e limitado é seu senso de orientação. Trata-se de animal muito dependente. Não admira, pois, que o pastor “abandone” as 99 ovelhas bem comportadas para sair campeando por vales e outeiros, até encontrar a fujona e, cheio de júbilo, regressar ao redil.
Deixando de lado o bucolismo da imagem e o pitoresco da cena, fixemo-nos no essencial: este pastor é figura do próprio Cristo, que deixa o “redil” do céu e desce à terra para “campear” a nós, os pecadores, perdidos e extraviados da casa do Pai. Ele não terá pousada nem descanso enquanto não nos recuperar.
Tal como na parábola da moeda perdida, a reação emocional do dono que recupera o bem perdido parece desproporcional: uma pobre moeda em dez, uma simples ovelha em cem – seria motivo “justo” para tal efusão de alegria? Jesus não nos deixa qualquer dúvida a esse respeito: “Esta é a vontade do Pai que está nos céus, que não se perca nenhum (nem um!) desses pequeninos.”
Nosso mundo está cheio de pequeninos: crianças sem lar, jovens famintos de Deus, populações inteiras à margem da cultura e da fé. A história da Igreja registra uma notável multidão de “pastores” que se dedicaram a recuperar ovelhas tresmalhadas, desde Francisco Xavier e João Bosco, desde Dom Orione a Madre Teresa. Eles já cumpriram sua tarefa.
Aceitaríamos nós a missão de pastorear? Dedicaríamos nossa vida a salvar as ovelhas do Senhor?
Orai sem cessar: “Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21, 17)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santimi@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 10/12/2013

HOMILIA

AS CEM OVELHAS

Esta parábola fala sobre o bom pastor que tendo cem ovelhas descobre que falta uma. É preciso ser mesmo bom para notar que num universo de 100 falte uma. Pois o bom pastor conhece as suas ovelhas. Ele sempre anda no meio das ovelhas e cuida delas. Das grandes e das pequenas. Ele conhece bem cada uma. O mau pastor não se interessa por isso e não sente a falta de uma ovelha perdida. Ele só se interessa por seus negócios. Ele cuida do rebanho, porque quer ganhar um salário, mas não por amor. As ovelhas são objetos, que ele quase não conhece. Ele não se interessa pelas vidas delas. O seu bem estar é mais importante. Por causa disso ele foge quando a sua vida é ameaçada. Ele não pensa em proteger o rebanho. Ele só pensa em salvar a sua vida. Não ama o rebanho.
O bom pastor ama o rebanho e também a ovelha perdida. Ele cuidou dela já desde o inicio. Cuidou dela quando era pequenina. Cuidou dela quando estava doente. Conhece as qualidades dela; conhece também as fraquezas dela. Ela estava fraca e andava sempre atrás na fila. Ela se extraviou e perdeu o contato com o rebanho.
O bom pastor logo reagiu com o coração. Ele amou esta ovelha. As noventa e nove estavam boas, mas esta ovelha sozinha estava em grande perigo! Sozinha, ela seria uma presa fácil para um lobo ou uma águia. Então, ele deixou as noventa e nove e começou a buscar a ovelha perdida. Isso nos mostra o coração do pastor. Não a mente do pastor.
Pois se ele considerasse as ovelhas como coisas, como objetos, que lhe podiam dar lucro. Ele não ia deixar as noventa e nove ovelhas para buscar aquela perdida. Ele faria uma cálculo e diria: não vou deixar as noventa e nove ovelhas para buscar aquelaperdida, que talvez não vá encontrar mais. É melhor perder uma do que perder noventa e nove ovelhas. É uma pena, mas vou deixar. Assim pensa o mercenário, o administrador, que só observa o valor das coisas. Mas o bom pastor não vai calcular. O coração dele domina o seu trabalho. Ele deixa as noventa e nove ovelhas e buscará aquela perdida. E se achá-la, ele terá uma grande alegria.
A alegria do pastor não é somente porque ele encontrou a ovelha extraviada, mas porque ela quer voltar para o rebanho. Ela não é rebelde, mas ela perdeu o caminho. Às vezes isso acontece: um adolescente se desvia do rebanho por que pensa que o capim no mundo é mais verde do que na igreja. Ela se afasta um pouquinho e depois ela se afasta mais, comendo os frutos do mundo. E num certo momento descobre que estes frutos são maus. O que parecia tão bom, era na verdade mal. Ela começa a pensar na sua vida antiga na igreja onde as pessoas a ajudavam; onde se sentia protegida; onde sentia uma paz. Mas ela sente também vergonha; como voltar? Pois nunca mais mostrou interesse para a igreja, sempre ignorava os convites dos irmãos. Como eles vão reagir? O pastor vai dizer o que? Mas o bom pastor não diz nada; se ele acha a ovelha perdida, ele ficará alegre. Pois ele sabe que há uma alegria no céu. Os anjos se alegram e Deus também.
Jesus disse: Assim também, não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca. Esta parte é a conclusão dessa parábola! Não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.
Quem são estes ‘pequeninos’? São aqueles que foram mencionados anteriormente. São as crianças de Deus, são os filhos de Deus; são aqueles que crêem em Jesus Cristo (vs. 6); podem ser crianças, mas podem ser também adultos.
Deus não quer que um dos seus pequeninos se perca. E por causa disso Deus mandou o seu Filho único para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João disse isso em João 3,16. Mas Mateus diz isso também aqui em vs. 11 do nosso texto: “O Filho do Homem veio para salvar o que se havia perdido”. O filho do homem é Jesus Cristo, irmãos. Jesus veio para cumprir a vontade do Pai. Ele não queria que um destes pequeninos se perdesse. Por isso Jesus deu a sua vida na cruz. Assim age o bom pastor. Compare com João 10, 11-15! O bom pastor sacrifica a sua vida para salvar as ovelhas. Ele conhece as ovelhas e tem uma relação com elas. Ele ama as suas ovelhas. O estrangeiro não age assim. Ele cuida do rebanho por causa do dinheiro. As ovelhas são objetos. O bem estar das ovelhas não é importante. O seu bem estar é mais importante.
Por causa disso ele foge quando a sua vida é ameaçada. Ele não pensa em proteger o rebanho. Ele pensa em salvar a sua própria vida. Não ama o rebanho.
Mas Deus não é assim. Ele está buscando os pecadores. Já desde o início (Gênesis 3, 9; 12,1; Óséias 11,1; Mt. 1,21; Mt. 9,13; Mt. 15, 21-28; Mt. 28,19); Jesus veio para salvar o seu povo; ele buscou aqueles que foram expulsos das sinagogas: os publicanos, as prostitutas; ele os chamou para o arrependimento; ele veio para salvar as ovelhas perdidas de Israel; mas no final ele abre o curral e manda os apóstolos para buscar as outras ovelhas. João 10, 16 fala sobre isso. Jesus é o bom pastor. Ele cuida do rebanho de Israel, mas ele sabe que existem outras ovelhas, que não são dessa raça; ele buscará e chamará e elas ouvirão a voz do bom pastor e virão e se unirão com o rebanho de Cristo. É isso o que nós experimentamos hoje.
Nunca poderíamos imaginar que o nosso pecado e a nossa fraqueza nos levam para Deus. Pode até ser incoerente: mas a nossa culpa de certa forma é necessária para que nós possamos usufruir da misericórdia de Deus. “Bendita culpa que me trouxe tão grande Salvador!” O próprio Jesus nos garante que o Pai fica mais feliz ao nos resgatar porque estamos perdidos do que mesmo quando estamos sempre perto Dele. Na verdade, todos nós, em algum momento, somos ovelhas desgarradas, necessitadas de salvação e de abrigo em conseqüência do nosso pecado. Portanto, pode até ser absurdo, mas, devemos nos sentir felizes pelo nosso pecado, pois assim nós temos a oportunidade de que Deus nos manifeste a Sua grande misericórdia. Somos essas ovelhas fugidas querendo voltar e o Senhor está sempre de braços abertos para nos acolher. O Pai não quer que nenhum de nós se perca, portanto, deixemo-nos encontrar pelo Pastor, que é Jesus.
Você se sente como a ovelha fugida? Você quer voltar? – Jesus está esperando você: Experimente fazer a experiência da volta para Deus! Ele ficará feliz!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 10/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Deus cuida das nossas feridas

Deus cuida de nossas feridas e de nossas chagas, mas quer que as ovelhas d’Ele estejam na Sua Casa [Igreja].

“O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos” (Mt 18,14).

Na parábola de hoje, Jesus mostra esse homem que tem cem ovelhas. Uma delas se perde, então ele vai atrás dela e encontra aquela única que estava perdida. Ele deixa as outras noventa e nove ovelhas e vai ao encontro daquela que havia se perdido entre as montanhas.
Meus irmãos, Deus nos diz com isso que somos únicos para Ele. Deus não está tão feliz, conformado, porque as igrejas estão cheias: “Que bom! Que maravilha! Porque muitas ovelhas que estavam longe voltaram”. Mas o Coração de Deus se alegra quando nós mesmos colaboramos com Ele e vamos buscar aquela ovelhinha que está longe, distante, afastada.
E, muitas vezes, essa ovelhinha sou eu, é você, que, pouco a pouco, vamos sendo tomados pelo espírito da frieza, da indiferença ou da decepção. Cuidado! Porque estas três coisas vão, aos poucos, fazendo com que nos percamos pelo caminho:
Frieza: nós encaramos as coisas de Deus como algo qualquer ou as encaramos de qualquer jeito.
A indiferença é ainda pior! “Tanto faz, quanto tanto fez. Não ligo mais!”.
E a frieza e a indiferença, muitas vezes, podem ser fruto da decepção. Nós nos decepcionamos com qualquer coisa. Decepciona-se com o bispo, com o padre, com o Papa. E quanto mais próximos nós somos, tanto mais nos decepcionamos. É decepção com o líder da Igreja… Quantas pessoas dizem: “Ah! Por que eu não vou à igreja? Por causa de fulano e de sicrano… Eu não vou porque a Igreja tem isso e tem aquilo…”
Deixe-me dizer algo a você: infelizmente, parece que, no seu caminho com Deus, você só encontrou pessoas e não encontrou o Deus da sua vida. Porque, quando nós nos encontramos com Deus e Ele se torna o tesouro e a pérola mais preciosa da nossa vida, não tem pessoa, não tem Papa e não tem bispo que tirem esse tesouro da nossa vida!
E quanto mais as pessoas da Igreja são um incômodo para nós, tanto mais questão de estar nela [Igreja] eu faço! Para dizer: eu estou aqui é por causa do Senhor, estou aqui porque pertenço a Ele.
Nós temos que nos esforçar para não sermos causa de mágoa ou de decepção a ninguém no caminho do Senhor. Mas, ao mesmo tempo, nós temos que pedir a Deus a graça da maturidade e de não sermos tão “dodóis” ou frágeis, pois, com qualquer coisa, nos machucamos.
Deus cuida das nossas feridas. Ele cuida das nossas chagas. Mas o Senhor quer que as ovelhas d’Ele estejam na Sua Casa [Igreja].
Que o Bom Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/12/2013

Oração Final
Pai Santo, não permitas que nos nossos momentos de fraqueza nós nos afastemos muito do teu rebanho. Coloca em nossos corações a saudade de tua Casa Paterna e nos dá sabedoria e força para encontrarmos o caminho de volta ao convívio dos irmãos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidicese BH em 10/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não permitas que nos nossos momentos de fraqueza nós nos afastemos muito do teu rebanho. Coloca em nossos corações a saudade da Casa Paterna e nos dá sabedoria e força para encontrar o caminho de volta ao convívio dos irmãos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 10/12/2019


Tema do dia

O PAI, QUE ESTÁ NO CÉU, NÃO QUER QUE NENHUM DESSES PEQUENOS SE PERCA

Durante todos esses dias do Tempo do Advento temos seguido o profeta Isaías. Ele, com imagens ora mais amenas, ora fortes, nos anima para a caminhada rumo ao Reino do Pai – que, hoje sabemos, chegou a nós (ainda que não em sua plenitude) com a Encarnação do Verbo de Deus em Jesus de Nazaré.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

3ª feira da 2ª Semana do Advento
Cor: Roxo


Primeira Leitura (Is 40,1-11)
2ª Semana do Advento - Terça-feira -  10/12/2019

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

1Consolai o meu povo, consolai-o! — diz o vosso Deus. 2Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que sua servidão acabou e a expiação de suas culpas foi cumprida; ela recebeu das mãos do Senhor o dobro por todos os seus pecados. 3Grita uma voz: “preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a estrada do nosso Deus. 4Nivelem-se todos os vales, rebaixem-se todos os montes e colinas; endireite-se o que é torto e alisem-se as asperezas: 5a glória do Senhor então se manifestará, e todos os homens verão juntamente o que a boca do Senhor falou”.
6Dizia uma voz: “Grita!” E respondi: “Que devo gritar?” A criatura humana é feno, toda a sua glória é como flor do campo; 7seca o feno, murcha a flor ao soprar o Senhor sobre eles. Sim, o povo é feno. 8Seca o feno, murcha a flor, mas a palavra de nosso Deus fica para sempre. 9Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa nova a Sião; levanta com força a tua voz, tu, que trazes a boa nova a Jerusalém, ergue a voz, não temas; dize às cidades de Judá: “Eis o vosso Deus, 10eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina: eis, com ele, sua conquista, eis à sua frente a vitória. 11Como um pastor, ele apascenta o rebanho, reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo; ele mesmo tange as ovelhas-mães”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 95)
2ª Semana do Advento - Terça-feira -  10/12/2019

— Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!
— Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.
— Manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” E os povos ele julga com justiça.
— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas.
— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.


Evangelho (Mt 18,12-14)
2ª Semana do Advento - Terça-feira -  10/12/2019


Vai à procura daquela que se perdeu

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?
13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.