domingo, 14 de agosto de 2022

LITURGIA DIÁRIA - 14/08/2022


Tema do Dia

A Paz que o Filho de Deus trouxe à terra não é o comodismo

Então funcionários disseram ao rei: «Mande matar esse homem, pois ele não busca o bem do povo!» O rei Sedecias respondeu: «Ele está nas mãos de vocês». Então eles puseram Jeremias dentro do poço. Ebed-Melec disse ao rei: «Majestade, esses homens agiram mal contra o profeta: ali ele vai morrer de fome». Então o rei ordenou a Ebed-Melec, o etíope: «Tirem o profeta Jeremias do poço, antes que ele morra». (Jr 38,4-6.8-10)
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2016

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, ojustoperseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

20º Domingo do Tempo Comum, Ano C
Cor: Verde


Primeira Leitura (Jr 38,4-6.8-10)
20º Domingo do Tempo Comum - 14/08/2022

Leitura do Livro do Profeta Jeremias:

Naqueles dias, 4disseram os príncipes ao rei: “Pedimos que seja morto este homem; ele anda com habilidade lançando o desânimo entre os combatentes que restaram na cidade e sobre todo o povo, dizendo semelhantes palavras; este homem, portanto, não se propõe o bem-estar do povo, mas sim a desgraça”.
5Disse o rei Sedecias: “Ele está em vossas mãos; o rei nada vos poderá negar”. 6Agarraram então Jeremias e lançaram-no na cisterna de Melquias, filho do rei, que havia no pátio da guarda, fazendo-o descer por meio de cordas. Na cisterna não havia água, somente lama; e assim ia-se Jeremias afundando na lama. 8Ebed-Melec saiu da casa do rei e veio ter com ele, e falou-lhe: 9“Ó rei, meu senhor, muito mal procederam esses homens em tudo o que fizeram contra o profeta Jeremias, lançando-o na cisterna para aí morrer de fome; não há mais pão na cidade”.
10O rei deu, então, esta ordem ao etíope Ebed-Melec: “Leva contigo trinta homens e tira da cisterna o profeta Jeremias, antes que morra”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Sl 39)
20º Domingo do Tempo Comum - 14/08/2022

— Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!
— Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

— Esperando, esperei no Senhor,/ e inclinando-se,/ ouviu meu clamor.
— Retirou-me da cova da morte/ e de um charco de lodo e de lama./ Colocou os meus pés sobre a rocha,/ devolveu a firmeza a meus passos.
— Canto novo ele pôs em meus lábios,/ um poema em louvor ao Senhor./ Muitos vejam, respeitem, adorem/ e esperem em Deus,/ confiantes.
— Eu sou pobre, infeliz, desvalido,/ porém, guarda o Senhor minha vida,/ e por mim se desdobra em carinho./ Vós me sois salvação e auxílio:/ vinde logo, Senhor, não tardeis!

Segunda Leitura (Hb 12,1-4)
20º Domingo do Tempo Comum - 14/08/2022

Leitura da Carta aos Hebreus:

Irmãos: 1Rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus.
3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Anúncio do Evangelho (Lc 12,49-53)
20º Domingo do Tempo Comum - 14/08/2022


Fogo eu vim lançar sobre a terra

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas 53e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração pardepois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 13/08/2022

ANO C


Mt 19,13-15

Comentário do Evangelho

O Reino dos Céus pertence aos que se parecem com as crianças

Associado ao tema da família, anteriormente apresentado, Mateus introduz o tema da criança. Nas crianças encontramos uma das formas de exclusão. Elas integram o universo social dos fracos e excluídos, formado pelos impuros, pecadores, pobres e gentios. Os discípulos repreendem as crianças e aqueles que as levam a Jesus. Da mesma maneira eram repreendidos os dois cegos que clamavam a Jesus, na saída de Jericó (cf. Mt 20,31). O tema da criança também esteve em evidência como contraste às aspirações de poder dos discípulos. Os discípulos, ainda sem perceberem a novidade de Jesus, demonstram uma atitude gregária excludente. Esta atitude definha as pessoas por seu isolamento em relação à vida que germina no mundo em uma imensa diversidade de circunstâncias. A pessoas assim como as crianças é que pertence o Reino dos Céus. A observação de Jesus tem um duplo aspecto, o da inversão da ordem social e o da conversão interior de seus discípulos. A nova ordem social a ser instaurada com o Reino não é a dos adultos conformados ou satisfeitos, empenhados na busca de sucesso, status e riqueza. Na nova ordem estão integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, comunicativas, em busca do novo, de um futuro promissor, de um mundo melhor para todos, sem exclusões.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 18/08/2012

Comentário do Evangelho

Ser criança é viver na dependência de Deus.

Não é a primeira vez que as crianças entram em cena no evangelho segundo Mateus. No discurso sobre a Igreja, uma criança é símbolo do próprio Cristo, Servo dos servos, e, ao mesmo tempo, símbolo dos que se sentem desprezados e tentados a abandonar a fé, e que devem ser objeto do cuidado preferencial dos outros membros da comunidade (18,1-5). Aqui, no trecho de hoje do evangelho, as crianças são símbolo daqueles que vivem a sua existência na dependência a Deus, assim como as crianças dependem de seus pais para o seu crescimento e amadurecimento. O gesto de imposição das mãos pode significar tanto cura como bênção, ou, ainda, as duas coisas. O relato opõe a atitude de Jesus à atitude dos discípulos. A atitude dos discípulos é compreensível se levarmos em conta a mentalidade da época: as crianças não devem importunar os adultos, sobretudo, um Mestre como Jesus. Mas ninguém pode, no dizer de Jesus, estabelecer uma barreira que impeça não importa quem de se aproximar de Jesus. As crianças são membros do povo de Deus (Js 8,35) e como tal devem ser acolhidas. Podemos tirar do episódio uma dupla mensagem: em primeiro lugar, o Reino de Deus se abre para os que se sabem “pequenos”; em segundo lugar, e como consequência do anteriormente dito, a Igreja deve se abrir para acolher indistintamente a todas as pessoas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 16/08/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre aponta para nós o caminho da simplicidade, da pureza das crianças. Esta é a nossa ‘porta estreita’, tão difícil de transpor, porque precisamos ser humildes para aceitar o que é simples. Estimamos teorias complicadas e apelos às ciências para apoiar a nossa fé. Jesus não era assim…
Fonte: Arquidiocese BH em 18/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

As cenas que envolvem Jesus com as crianças são delicadas e de extrema ternura. Conviver com os pequeninos é chegar próximo ao Reino do Pai, pois o Reino pertence às crianças. Adotar a simplicidade de coração pode até parecer fácil, mas, para nós, que vivemos em ambiente consumista, representa a mesma dificuldade que uma plantinha sente para vencer os espinheiros que a sufocam.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2020

Reflexão

Muitas vezes, pelo fato de procurarmos viver de forma coerente os valores do Evangelho e percebermos os erros e os problemas que existem no mundo de hoje por parte de muitas outras pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer Jesus como nós o conhecemos, corremos o risco de fazer exatamente o contrário daquilo que Jesus exige de nós. Pode acontecer que nos coloquemos como intermediários entre Jesus e as pessoas não para aproximá-las dele, como é a sua vontade, mas para impedir que se aproximem dele por não serem dignas, negando a elas a oportunidade da graça da conversão e da vida nova em Cristo.
Fonte: CNBB em 18/08/2012 16/08/2014

Reflexão

“Levaram algumas crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e rezasse”. Bênção e oração. Impor as mãos abençoando é já um grandioso gesto de invocação do poder de Deus. Ao rezar pelos pequenos amigos, Jesus os recomenda ao Pai, como que garantindo para eles um futuro promissor e feliz. Os discípulos é que não percebem a importância desse acontecimento e tentam afastá-las. Estão errados. Porque elas, livres de ambições de poder, são símbolo do pobre e do fraco que se abrem para a justiça do Reino. Nós, cristãos adultos, precisamos reconquistar essa abertura para Deus e seu projeto, e ser agentes das bênçãos divinas. Não precisamos, pois, ficar acanhados quando alguém nos pede a bênção. A bênção é de Deus. Somos apenas instrumentos para que sua bênção envolva o mundo.
Oração
Ó amável Jesus, as crianças se sentem bem ao teu redor, e tu as valorizas e indicas como modelos para todos nós, “porque delas é o Reino dos Céus”. Dá-nos, Senhor, a simplicidade das crianças e corações abertos para acolher a tua mensagem de amor e as exigências do Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 15/08/2020

Reflexão

Dom Helder Câmara certa vez disse: “Gostaria de óculos que nos permitissem ver tudo em volta com os olhos inocentes das criancinhas”. A inocência das crianças é um convite para experimentarmos a vida com mais autenticidade e simplicidade. A atitude dos discípulos de impedir que as crianças se aproximem de Jesus revela que eles ainda não entenderam que o seguimento ao Mestre requer partir sempre do pequeno e evitar toda e qualquer mentalidade de grandeza. O Reino de Deus é de bênçãos. Impor as mãos é gesto da proteção de Deus. E nós somos portadores da bênção. A ninguém devemos negá-la. A comunidade jamais deve ser alfândega que complica ou impede as pessoas do acesso ao sagrado.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Você se considera como uma criança indefesa e carente diante de Deus? - Busca aproximar-se cada vez mais dele? - Sua comunidade valoriza as crianças? - O que de mais importante você acha que a comunidade faz por elas? - A criança se sente tranquila e confiante diante de quem as ama. Você se sente assim diante de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 16/08/2014

Meditando o evangelho

VENHAM A MIM AS CRIANCINHAS

Ao apresentar seus filhos para serem abençoados por Jesus, algumas mães estavam rompendo um sistema de marginalização das crianças. Os discípulos repeliam-nas, de acordo com a mentalidade reinante: as criancinhas eram tidas como seres sem valor algum para ficar importunando o Mestre. Jesus se posicionou contra esta visão distorcida.
O Reino anunciado por ele fundava-se na igualdade das pessoas. Era um Reino de comunhão e fraternidade. Portanto, não podia admitir a exclusão de quem quer que fosse. Às criancinhas, o Mestre disse estar reservado um lugar especial no Reino, pois este pertenceria a quem se parecesse com elas. O modo de ser dos pequeninos devia servir de modelo de comportamento do discípulo do Reino. Se dele as crianças fossem excluídas, o Reino ficaria privado de um referencial muito importante. Não que o ideal do discípulo é ser ingênuo e infantil, como se acredita serem as crianças. E sim, ser capaz de confiar plenamente em Deus, não buscar segurança por si mesmo, não ter o coração corrompido pela maldade.
Ao impor as mãos sobre as criancinhas, Jesus reconhecia sua cidadania, no contexto do Reino. Por conseguinte, nas comunidades cristãs, as crianças teriam sua dignidade respeitada e não seriam inferiorizadas pelos adultos.
Esta foi a vontade de Jesus que, ao implantar o Reino na história humana, recuperou o projeto de Deus para a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: Dom Total em 16/08/2014 e 15/08/2020

Oração
Senhor Jesus, que na comunidade cristã se respeite a todos, a começar pelas criancinhas, que são um sinal de como devem ser os discípulos do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/08/2014

Oração
Senhor Jesus, que na comunidade cristã se respeite a todos, a começar pelas criancinhas, que são um sinal de como devem ser os discípulos do Reino.
Fonte: Dom Total em 15/08/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Comunidade sem crianças é comunidade sem futuro
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Dizia um sacerdote na nossa paróquia, lá nos anos 80 uma frase que nunca esqueci “Comunidade sem crianças é comunidade sem futuro”. Trazendo para a nossa atualidade, a questão das crianças em nossas celebrações é um assunto polêmico. Uns dizem que elas atrapalham porque ficam correndo pelos corredores, brincando e distraindo a atenção da assembleia, o que não deixa de ser uma verdade. Há outras pessoas que fazem dura crítica ao pai ou a coitada da mãe que é maior culpada, porque é folgada e não sabe educar a criança.
Uma saída que as comunidades têm encontrado é retirar as crianças do ambiente celebrativo, levando-as para outra sala onde um jovem ou alguma catequista os distrai com brinquedos e outros passatempos próprios de crianças. Essa prática que vem sendo incentivada por um grande número de comunidades dos grandes centros urbanos, resolve de imediato, mas é muito perigosa, uma vez que a criança nunca irá fazer uma experiência comunitária na assembleia e certamente não se sentirão parte da igreja.
No tempo de Jesus, nessa comunidade do evangelista Mateus, já tinha esse problema, e um dia os pais levaram as criancinhas até perto de onde Jesus estava e pediram que ele impusesse as mãos sobre elas, porém, os coordenadores de liturgia, ministros, que eram os discípulos, não gostaram da ideia e acharam que iria atrapalhar a celebração. Em nossas comunidades muitas vezes os pais ou até catequistas tentam fazer com que as crianças se comportem, dizendo que o “padre” está olhando feio lá de cima do altar, “Olha que o padre vai xingar hem.”. Daí a criança cresce com medo do padre e some da Igreja...
Jesus acolheu as crianças, as abençoou e ainda deu um “sabão” nos discípulos, dizendo que era para deixar as crianças virem até ele, porque o Reino dos Céus era para quem se parecesse com uma daquelas crianças. É preciso dizer que, essa afirmação de Jesus tinha uma razão de ser: naquele tempo as crianças eram insignificantes, nem eram contadas no censo, por isso Jesus as inclui no Reino e diz com isso que elas, e todos os pequenos, marginalizados e desprezados, são os prediletos do Pai.
E assim, o ensinamento torna-se um apelo para que as nossas comunidades cristãs não deixem de acolher com amor as crianças, através de uma catequese que as insira cada vez mais na vida em comunidade.

2. Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração - Mt 19,13-15
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A relação marido e mulher não é completa se não levar em consideração as crianças. Por isso, depois de ter falado do divórcio, São Mateus aproxima as crianças de Jesus para que sejam abençoadas. Criança não é naturalmente fácil e dá trabalho. É ser humano vivo que se move e se mexe. A existência da criança, que precisa de seus pais, pode despertar neles o que lhes resta de boa vontade e espírito de sacrifício para levar avante a vida matrimonial. Se assim não for, o respeito pela criança deve continuar e ela não pode ser partilhada como um objeto somente para o agrado do pai ou da mãe. Dentro da busca cristã do relacionamento fraterno harmonioso, as pessoas problemáticas podem precisar de um tratamento diferenciado e especial. Os afetivamente desequilibrados são doentes e precisam não só de condenação, mas também de verdadeira cura e libertação. Alguém pode não saber se comportar diante de um menor de idade. Esse “alguém” precisa de ajuda tanto quanto a criança. A prudência não pode se ausentar de nossos relacionamentos. Entre nós existe a Pastoral da Criança, grande obra da saudosa doutora Zilda Arns e de quem com ela trabalhou. Um pouco de ciência, um pouco de esforço, um pouco de boa vontade e muito amor tem como resultado vidas que desabrocham. Criança não é problema. Criança é solução. Criança traz alegria e dá trabalho!
Fonte: NPD Brasil em 15/08/2020

HOMILIA DIÁRIA

Todos são iguais e filhos aos olhos de Deus

Postado por: homilia
agosto 18th, 2012

A atitude dos discípulos, que impedem os pequeninos de se aproximarem de Jesus, significa incompreensão do ministério de Cristo.
O relevância das crianças do Evangelho de hoje é diferente do Evangelho da terça-feira passada, que se tratava da conversão. Se tornar “pequeno como uma criança” para aqueles adultos que buscavam o poder e não a dependência de Deus tratava-se de conversão: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior do Reino dos Céus” (cf. Mt 18, 3-4).
Na antiguidade, as crianças não eram consideradas seres significativos na sociedade. Jesus, porém, faz delas as privilegiadas do Reino de Deus. Admite-as de bom grado na vida da comunidade cristã. E, com elas, admite e ama com predileção os marginalizados, os desconhecidos, os desprezados, as viúvas, os leprosos e os excluídos da convivência humana. Pelo que podemos notar, os tempos de hoje não são tão diferentes do tempo de Jesus. “Porque deles é o Reino dos Céus”.
Existem, hoje, códigos de direito e defesa das crianças mas, mesmo assim, elas ainda são “violentadas” de muitas formas pela nossa sociedade, que cada vez mais longe de Cristo se torna pagã e desumana. Além das crianças, deixamos de fora dos direitos do Reino adultos drogados, pobres marginalizados, idosos, que não “produzem” mais e, por isso, são um peso para o mundo comercial e competitivo e “aqueles que não compreendemos porque são assim”. Sem falar na mãe solteira, nas crianças que não tiveram nem o direito de nascer. As crianças estão no centro da família e são um sinal de esperança, de tempos melhores, de um futuro mais justo e humano.
Portanto, toda espécie de “pré”-conceito contra quem quer que seja é contrário ao Reino de Deus ensinado por Jesus. É necessário evangelizar nossa sociedade, mas também nosso interior engessado com uma mentalidade de direitos exclusivos para determinado grupo ou classe social. Onde uns são melhores do que os outros. Todos são filhos e iguais aos olhos de Deus. Vejamos também o modo como nos julgamos e julgamos os outros.
Ide, pois, aprender o que significa: “Eu quero amor e misericórdia mais do que sacrifícios e holocaustos” (cf. Mt 9,13).
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 18/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

É nosso dever cuidar das crianças e rezar por elas

Devemos cuidar de nossas crianças e rezar por elas para que venham a este mundo iluminadas, abençoadas e cuidadas por Deus. E uma vez batizadas, cuidar para que recebam a formação cristã.

Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus” (Mateus 19, 14).

Jesus, hoje, mostra-nos a importância das crianças no Reino dos Céus. O Senhor hoje não faz aquela outra comparação que fez conosco esses dias, nos dizendo que nosso coração precisa ser como o de uma criança para entrarmos no Reino dos Céus. O Senhor hoje exalta, defende, abençoa e cuida de todas as crianças.
Sabem, as culturas antigas, entre elas a cultura hebraica, ou judaica, não davam a devida importância às crianças. Elas não tinham valor, não eram nem consideradas na hora de se contar (censo) e de se ver as coisas. A revolução do Evangelho é justamente para colocar as coisas no seu devido lugar, por isso Jesus, Aquele que reconhece a mulher, o valor que a mulher tem, é o Mestre que hoje reconhece e nos mostra o valor e a importância que possuem as nossas crianças, e como elas devem ser respeitadas, amadas e cuidadas.
Deixe-me dizer: seremos adultos mais sadios, seremos uma sociedade mais sadia, mais íntegra e mais justa quando cuidarmos do ser humano por completo. Cuidar do ser humano por completo significa cuidar das  nossas crianças, dar valor a elas e não desprezá-las.
Não podemos tolerar nem permitir que se pratique qualquer maldade contra as nossas crianças! E mais ainda: devemos, cada vez mais, lutar para que os direitos e o valor delas  sejam reconhecidos. Em nossas casas não podemos permitir que as crianças sejam maltratadas, sejam tratadas de qualquer forma, de qualquer jeito. Devemos, cada vez mais, reconhecer o valor sagrado que as nossas crianças possuem, abraçá-las, amá-las, dar valor e importância a elas e escutá-las. Isso é fundamental para que a nossa sociedade seja cada vez mais justa e correta.
Ao olharmos para o Reino de Deus, vemos que é dever dos pais abençoar as crianças e rezar por elas. Já no ventre da mãe, devemos rezar pelo nossos pequeninos, rezar para que cresçam, para que venham a este mundo iluminados, abençoados e cuidados por Deus. Assim como devemos zelar para que uma criança, uma vez batizada, cresça em um ambiente cristão, receba os valores, a educação e a formação cristã.
É nossa obrigação cuidar de nossas crianças e não impedir que elas tenham acesso ao Reino dos Céus. Deus, hoje, de forma muito particular, deseja abençoar todos os nossos pequenos!
Deus abençoe as nossas crianças!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Os pais são canais de bênçãos para os filhos

“Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração” (Mateus 19,13).

Fico encantado com essa passagem das Sagradas Escrituras, quando os pais estavam levando as crianças para que Jesus pudesse não só colocar as mãos sobre elas, mas orar por elas.
Temos que perdoar a ignorância dos discípulos. Eles repreendiam e afastavam as crianças. Jesus disse: “Deixe vir a mim as criancinhas. O Reino dos Céus é de quem se parece com elas”.
Levemos nossas crianças para Jesus. Primeiro, quem tem que fazer isso são os próprios pais. É na própria casa, na própria igreja doméstica que nossas crianças têm que ser abençoadas, e temos que rezar por elas. Pais, por favor, abençoem seus filhos, coloquem as mãos para orar pelos seus filhos.
As mães que estão grávidas, os pais que estão grávidos, deixem que as crianças cheguem ao colo de Deus, não fiquem só preparando todas aquelas arrumações para a criança que vai chegar com um berço, com as roupinhas, o enxoval do bebê. Isso é ótimo, alegria e expectativa, mas prepare as suas crianças espiritualmente.

Nossos filhos precisam crescer abençoados, e o primeiro canal da bênção e da graça para os filhos são os próprios pais

Que bênção é ter um pai e uma mãe que, todos os dias, colocam a mão – e as duas mãos, porque o homem tem que colocar também e rezar – na barriga! E quando as crianças nascem, não deixem, um dia sequer, de abençoar os seus filhos! E, por favor, não abençoem de qualquer jeito, não façam da bênção um amuleto ou uma coisa qualquer sorrateira.
A bênção é a comunicação da graça, é o que se transmite da autoridade de pai e de mãe que vocês têm para com seus filhos. Eles vão crescendo – e que cresçam abençoados –, vão pedindo e suplicando a bênção. Por favor, deem a bênção a eles!
“Bênção, pai!” “Bênção, mãe!” Essa é a primeira coisa que toda criança deveria aprender a pedir para o seu pai e para a sua mãe. Tenho muito gosto de abençoar as crianças, e você precisa mandar, mesmo que o padre não goste; mande a criança pedir a bênção para o padre, mande a criança buscar a bênção na Igreja.
Nossos filhos precisam crescer abençoados, e o primeiro canal da bênção e da graça para os filhos são os próprios pais. Não deixem a criança ir dormir um dia sequer sem abençoá-la; e depois que crescer, continue abençoando, mesmo que ela não goste de bênção, porque vocês são o canal e a fonte da bênção.
Não sejam como esses discípulos carrancudos e mal-humorados, não afastem as crianças; pelo contrário, aproximem-nas, cada vez mais, do Reino dos Céus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/08/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a ousadia de buscar a simplicidade de pensar, viver, amar e testemunhar a nossa fé entre os companheiros da caminhada. Faze-nos como crianças e mantém-nos fieis ao teu Reinado de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez um de nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, ajuda-nos a vencer a tentação de acrescentar coisas desnecessárias à bagagem que levamos nesta viagem pelas estradas do teu Reino de Amor. Que caminhemos livres, alegres e leves, com a pureza, a simplicidade e a confiança das crianças, como nos ensinou Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2020