domingo, 14 de dezembro de 2014

BOM DIA!!! ÓTIMA SEGUNDA. ABENÇOADA SEMANA. "_FAZEI-ME CONHECER A VOSSA ESTRADA, Ó SENHOR!" SL 24

LITURGIA DOMINICAL - O Domingo – Crianças

Dia 14 – Missa do 3º Domingo do Advento
João Batista aponta o caminho


RECADO DO PAPA FRANCISCO:
“Peçamos ao Espírito Santo a graça de realizarmos as opções concretas na nossa vida de acordo com a lógica de Jesus e do seu evangelho.”

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/12/2014

ANO B


Jo 1,6-8.19-28

Comentário do Evangelho

Nova imagem do Messias.

O texto de Isaías que lemos neste dia reflete o tempo posterior ao exílio na Babilônia. Os que tinham permanecido na terra de Judá não esperavam que os exilados na Babilônia, há anos, voltassem; eles se mesclaram com outros povos, e muitos assumiram as crenças de outros povos. Os que criam no Deus único e verdadeiro já não eram maioria. Desse modo, o desejo dos que voltavam do exílio de reconstruir o Templo encontrou muita resistência e oposição. Imaginavam que teriam boa acolhida, mas isso não aconteceu. Eles também não facilitavam o bom relacionamento com os que permaneceram na terra de Judá. A situação gerou uma profunda desolação e desânimo. O povo experimentou, de uma parte a outra, que o inimigo não era somente externo, mas que as divisões eram internas ao povo de Deus, cuja herança era o dom da vida e da liberdade. Levanta-se a voz inspirada do profeta para anunciar uma nova imagem do Messias. Até então se acreditava que o Messias seria um descendente de Davi, ideia que predomina nos relatos evangélicos, sobretudo, em Lucas. Na época a que o texto nos remete já não há mais monarquia. Para o nosso texto, o “ungido” de Deus é um profeta que interpela o povo a não perder a esperança, pois Deus estava próximo a ele.
João Batista é testemunha da luz. A noção de testemunho é muito cara ao quarto evangelho. É pelo testemunho que a fé em Jesus se expande. Nessa cadeia de testemunhos, um personagem remete ao outro e todos apontam para Jesus. João Batista é parte dessa cadeia e está, no quarto evangelho, na origem da série de testemunhos que conduzem a Jesus. É bastante provável que o nosso evangelho de hoje retenha uma confusão presente no início da era apostólica, posição defendida pelos seguidores do Batista: se João não seria o Messias. A João é dada a palavra para dizer explicitamente que ele não é o Messias. Ele é o precursor, a “voz” a quem é atribuída a profecia de Isaías, remanejada pelo redator do evangelho, e que encontramos também nos evangelhos sinóticos: “uma voz proclama: no deserto, abri um caminho para o Senhor…” (Is 40,3; Jo 1,23). João é submetido a um verdadeiro interrogatório que tem uma dupla função: a) esclarecimento: João não é o Messias; b) informação histórica: o movimento começado por João teria alcançado tal notoriedade a ponto de preocupar as autoridades judaicas.
A missão de João Batista tem sentido enquanto referida ao Cristo, Cordeiro de Deus, presente no meio do seu povo. O seu testemunho consiste, aqui, em dirimir o equívoco supracitado e apontar para o Messias.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, como João Batista, desejo colocar-me totalmente a teu serviço, dando ao mundo o testemunho de tua luz.

Vivendo a Palavra

Também nós somos testemunhas do Cristo: vozes que clamam no deserto do mundo. Os peregrinos que encontramos devem acreditar no Reino de Deus por meio do nosso testemunho. Paramos hoje na nossa caminhada rumo ao Natal para nos inspirarmos na figura de João Batista e nos alegrarmos com ele.

Comentário do Evangelho

TESTEMUNHO DA LUZ

A pessoa e a missão de Jesus é que definiram a identidade de João Batista. Este fora enviado por Deus para ser testemunho da luz. Mediante sua pregação, muitas pessoas teriam a chance de chegar à fé e serem iluminadas pela luz, que é Jesus. A atividade de João preparava a chegada de Jesus, predispondo as pessoas para recebê-lo.
O pressuposto de seu ministério era que a humanidade estava mergulhada nas trevas e, por isso, vagava errante pelo caminho do pecado e da injustiça. Se não lhes fosse oferecida uma luz, não teriam condições de superar esta situação. Entretanto, o Pai decidira resgatar o ser humano para a vida. E o fez, por meio de seu Filho Jesus, cujo ministério consistiria em ser luz para o ser humano, mostrando-lhe o caminho para o Pai.
João Batista compreendeu este projeto de Deus e se colocou a serviço dele. Sua condição de servidor do Messias estava arraigada em sua consciência. Não cedeu à tentação de pensar de si mesmo, além do que correspondia ao plano de Deus. Não lhe cabia nenhuma das identificações do Messias, em voga na teologia popular. Ele não era nem o Messias, nem Elias, nem algum dos profetas. Era, simplesmente, um servo de Deus e do seu Messias. Este título era suficiente para defini-lo. Tudo o mais não passava de especulação.
Oração
Senhor Jesus, como João Batista, desejo colocar-me totalmente a teu serviço, dando ao mundo o testemunho de tua luz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, daí chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 14 DE DEZEMBRO – DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO
14 de dezembro – 3º DOMINGO DO ADVENTO
Por Celso Loraschi

I. Introdução geral

Nas leituras deste domingo, transpira alegre expectativa. O Salvador vem! O testemunho de João Batista não deixa dúvidas de quem é Jesus: a luz verdadeira que vem iluminar todo ser humano. Com a missão de preparar a sua vinda, João Batista nos convoca a “endireitar o caminho do Senhor” (evangelho). Jesus é o Messias, o ungido de Deus, enviado ao mundo “para trazer a boa notícia aos pobres, para curar os corações feridos, para proclamar a liberdade aos oprimidos, para libertar os presos e anunciar o ano da graça do Senhor…” (I leitura). O amor gratuito de Deus manifestado em Jesus Cristo nos enche de alegria e confiança; somos tomados pelo sentimento de gratidão. Em oração e em ação de graças, acolhemos a vontade divina e nos esforçamos para viver na santidade (II leitura). É preciso aguçar os ouvidos e abrir o coração para que a palavra de Deus penetre em cada um de nós a fim de se desdobrar em boas obras. Quando uma pessoa se decide convictamente a viver na luz de Jesus, passa também a iluminar o mundo…

II. Comentário dos textos bíblicos

1. Evangelho (Jo 1,6-8.19-28): O testemunho de João Batista
O prólogo do Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra que existe desde sempre, pois ele é Deus. Por meio dela, tudo foi feito. “Nela estava a vida, e a vida era a luz dos seres humanos. Essa luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram apagá-la… E a Palavra se fez carne e habitou entre nós” (1,4-5.14). Quem poderia acreditar nessas afirmações?
Um homem, enviado por Deus, vem para testemunhar essa verdade. Seu nome é João, que significa “Deus é favorável”. O seu testemunho é verdadeiro, pois não é dado por algum interesse pessoal, mas pelo cumprimento de uma missão divina. Em sua humildade, ele nega ser Elias ou algum dos profetas. No entanto, ele “foi enviado”, assim como os profetas eram enviados por Deus para proclamar a sua vontade ao povo. Alguns deles anunciaram a vinda do Messias. João Batista completa a profecia do Primeiro Testamento, bem próximo à vinda do Messias, preparando-lhe o seu caminho.
O testemunho fala alto. A pregação que sai da boca de quem vive o que fala penetra fundo no coração dos ouvintes. O testemunho de João Batista era tão forte, que muitos achavam que ele fosse a verdadeira luz. Possuía uma autoridade especial, sem a delegação do sistema religioso centrado no templo. Isso provocou ciúme nas autoridades religiosas e também preocupação, por causa do seu poder de atrair multidões. Por isso, os judeus de Jerusalém enviam uma comissão de sacerdotes e levitas para investigar quem é João Batista. Ele esclarece: “Eu não sou o Cristo”. Ao negar também ser Elias ou qualquer outro profeta, está renunciando a entrar na forma institucional para permanecer livre e fiel à missão de precursor do verdadeiro Messias, que vem de forma transgressora e contrária à expectativa oficial.
A postura firme e coerente de João Batista, que culminou com o seu martírio, tornou-se para as primeiras comunidades cristãs um sinal de luz muito forte. Ao redor dele formou-se um movimento de seguidores. Foi necessário dirimir as dúvidas a respeito da sua identidade e missão. João Batista “não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”. Ele não é um obstáculo ou uma sombra, mas reflexo da grande luz. Seu ministério possui imensurável importância: proporcionar a acolhida do dom da fé no Messias verdadeiro.
O evangelho fundamenta a missão de João Batista no texto do Segundo Isaías (40,3): ele é “a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor”. Os que entortaram o caminho do Senhor foram as autoridades judaicas, ali representadas pela delegação de sacerdotes e levitas. Elas vão se opor radicalmente a Jesus, tentando impedi-lo de exercer o seu ministério. É preciso ouvir a voz da profecia que clama no deserto. Pelo deserto, apoiado na certeza da presença de Deus, o povo foi abrindo o caminho para a terra de liberdade e vida. A presença salvadora de Jesus Cristo abre caminho para um novo mundo: depende de nossa acolhida e adesão à sua proposta. A voz da profecia – conforme o testemunho e a pregação de João Batista – incomoda quem não deseja mudanças. É para a nossa conversão e consequente adesão a Jesus como nosso salvador que João Batista foi enviado…

2. I leitura (Is 61,1-2a.10-11): O Espírito Santo nos ungiu
O movimento profético de Isaías Terceiro (Is 56-66) emergiu no período do pós-exílio (ao redor do ano 500 d.C.). A situação do povo é conturbada. Há sérios conflitos entre os que voltaram do exílio e os que permaneceram na terra de Judá. Um pequeno grupo se impõe com o apoio do governo persa, arrogando-se o direito de tomar posse da terra. Uma elite sacerdotal reconstrói o templo e organiza o sistema de pureza. O povo é oprimido e cada vez mais empobrecido sob a obrigatoriedade de pagamento de impostos tanto aos persas como ao templo.
O grupo profético toma posição a favor dos pobres. Sente-se vocacionado por Deus e ungido pelo Espírito Santo para fortalecer o ânimo e a esperança das pessoas vítimas do poder político e religioso. Pelas categorias citadas, descobrimos a condição social dessa gente: são pobres, possuem coração ferido, são pessoas oprimidas e são presas. A elas Deus envia o profeta com a missão específica de anunciar a boa notícia, curar, proclamar a liberdade e libertar. É Deus intervindo na história humana para resgatar a vida onde ela está sendo ameaçada.
A utopia que move esse movimento profético é uma sociedade justa e fraterna, como foi no tempo do tribalismo israelita. É o que se constata pela referência à promulgação do “ano da graça do Senhor”: diz respeito à celebração do ano jubilar, com a tomada de medidas para a repartição da terra às tribos, o perdão de todas as dívidas e a libertação dos escravos, a fim de que não houvesse pessoas excluídas. Essa utopia serviu de matriz inspiradora para a ação do grupo profético do Terceiro Isaías, comprometido com a organização de uma sociedade justa. Sua concepção de Deus contrapõe-se à dos sacerdotes do templo. É outra teologia, que emerge do lugar social das pessoas injustiçadas. Jesus se alimentou dessa teologia comprometida com a vida em abundância para todos. Conforme vai relatar o Evangelho de Lucas (4,18-19), é exatamente esse texto de Isaías (61,1-2a) que Jesus vai assumir como síntese reveladora de sua missão.
A segunda parte dessa I leitura (61,10-11) consiste num hino de louvor e alegria pela certeza do agir libertador de Deus junto a seu povo. Vislumbra-se a realização da utopia de um novo mundo, porque Deus assim o quer. “Eis que vou criar um novo céu e uma nova terra” (Is 65,17). O povo, ungido pelo Espírito de Deus, sente-se renovado: vestido com vestes de salvação, coberto com o manto da justiça, preparado para a celebração de um novo casamento. Deus, sempre fiel à aliança, “faz germinar a justiça e o louvor em todas as nações”. A vinda de Jesus é a realização desse sonho…

3. II leitura (1Ts 5,16-24): Alegrai-vos sempre
Em sua primeira carta aos Tessalonicenses (que também é o primeiro escrito canônico do Segundo Testamento), Paulo demonstra preocupação especial com o comportamento da comunidade cristã, que vive a expectativa da vinda de Cristo. Ele usa a palavra “parúsia” (“vinda”), que, na cultura greco-romana, designa a chegada solene de uma pessoa ilustre. Nesse caso, refere-se à volta triunfal de Jesus.
Paulo exorta os cristãos a viver preparados para a parúsia, que se dará de forma repentina. Em que consiste essa preparação? Pode ser resumida neste apelo: “Vede que ninguém retribua o mal com o mal; procurai sempre o bem uns dos outros e de todos” (5,15). Tendo por fundamento o amor fraterno, a comunidade não precisa temer. Pelo contrário, pode alegrar-se sempre. Na certeza do encontro com o Senhor, deve orar incessantemente, dando graças a Deus.
A alegria do cristão é contínua e funda-se na fé no Senhor Jesus. Ela não depende de circunstâncias externas; mesmo num mundo hostil, permanece viva. A alegria constante está intimamente ligada ao hábito da oração, num espírito de ação de graças a Deus, fonte de todo bem. É de sua vontade que estejamos conscientes disso e levemos uma vida de gratidão. Ele nos dá o Espírito Santo com seus dons; ele suscita profecias, isto é, maneiras diversas de instruir para edificar e para discernir o que é bom. Paulo continua com tom imperativo: “Guardai-vos de toda espécie de mal”.
Percebe-se que o apóstolo oferece suas instruções num tom de seriedade e vigilância. Ele nos exorta a ser íntegros e irrepreensíveis, vivendo conforme a vontade do “Deus da paz”, que nos concede a santidade perfeita e nos sustenta nesta caminhada ao encontro do Senhor que vem. Essa paz divina é muito mais do que a ausência de conflitos, não consiste em mera tranquilidade, mas está ligada à reconciliação definitiva com Deus e com as bênçãos messiânicas.

III. Pistas para reflexão

- Acolher a luz verdadeira. Em preparação ao Natal do Senhor, é importante prestar atenção à voz de João Batista, que anuncia a vinda de Jesus, a luz verdadeira. Como profeta, enviado por Deus, ele nos exorta a “endireitar os caminhos do Senhor”. Com a vinda de Jesus, já não precisamos andar às cegas ou tateando na direção de pequenas luzes que logo se apagam. As trevas foram definitivamente vencidas pelo Messias, a luz do mundo. Como João Batista, podemos transformar nossa vida em reflexo da luz verdadeira. É Jesus que deve brilhar por meio de nosso jeito de ser e agir… Que trevas existem em nós que precisam ser dissipadas?
- Ungidos pelo Espírito Santo. A profecia de Isaías Terceiro revela que o Espírito de Deus está sobre as pessoas marginalizadas pelo sistema de poder. Também João Batista é um profeta marginalizado que prega no deserto. São pessoas pequeninas, reflexos do amor de Deus. São ungidas pelo Espírito Santo… Também Jesus vai nascer à margem da cidade de Belém. Ele é o Filho de Deus. Ungido pelo Espírito Santo, vai assumir a causa da libertação das situações que oprimem o ser humano. Deus age por meio das pessoas humildes e frágeis… O que isso quer dizer para nós hoje?
- Alegria e oração. São Paulo exorta: “Alegrai-vos sempre, orai sem cessar”. A alegria cristã nasce da fé em Jesus. Ela jamais se apaga, não importam as circunstâncias. Está intimamente ligada à oração constante. É pela oração e pelo amor fraterno que permanecemos na paz de Deus e irradiamos a sua luz. As trevas se dissipam, e o Espírito Santo nos ajuda a discernir o que é bom e a viver na santidade… Neste tempo de Advento, é bom nos perguntar: como vai a nossa vida de oração pessoal, familiar e comunitária?

Celso Loraschi

Mestre em Teologia Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc).
14 de dezembro: 3º Domingo do Advento
ALEGRIA!
O terceiro domingo do Advento, conhecido como “domingo da alegria”, convida-nos a nos alegrar no Senhor, cuja vinda se aproxima.
A alegria cristã se fundamenta na certeza de que Jesus é a luz que ilumina os caminhos e as realidades, o Messias e Profeta que batiza no Espírito Santo para recriar a humanidade segundo o projeto de Deus.
João Batista testemunhou, como ninguém, a vinda dessa luz. Sua missão inspira cada cristão a viver como testemunha da luz. Pois é Jesus o início e o fim, é ele o centro, e nossa missão só tem sentido se fundamentada em Jesus e direcionada a ele.
Relacionar-nos com Jesus, pessoal e comunitariamente, leva-nos a reconhecê-lo como aquele que vem da parte de Deus na dignidade de Messias. Encontrar-nos com Jesus, portanto, é fundamental, e esse encontro leva necessariamente ao encontro dos outros, sobretudo dos pequenos, a quem Jesus veio revelar a boa-nova.
O Advento é tempo especial para preparar o caminho do Senhor. Preparamos sua vinda preparando nosso coração, com a conversão da mente, assumindo hoje os mesmos sentimentos de nosso Senhor. Podemos ser então, como João Batista, voz profética que, transformando o coração, transforma as realidades. Pois nosso batismo é no Espírito, que transforma e santifica. E não pode haver maior alegria, para os cristãos, do que encontrar Jesus, encontrando os menores do reino.
O mundo está cansado de palavras e carente de testemunhos. Evangelizar é testemunhar a alegria de seguir a Jesus, é expressar a certeza de que Deus vem caminhar conosco e nos ajuda a espalhar a luz do seu projeto de vida, vencendo as trevas da injustiça e da morte. Não apaguemos, portanto, o Espírito, não desprezemos a profecia e então continuaremos a encontrar o Messias. Enviado para dar a boa-nova aos pequenos, para curar feridas e trazer libertação, ele continua a nos trazer novo tempo, o tempo da graça do Senhor.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Reflexão:
Pistas para a reflexão:

I leitura: A celebração é momento de exultação, pois Deus está em nosso meio.
II leitura: O desejo de Deus é ver-nos felizes. Mas o que significa para nós ser feliz?
Evangelho: A missão de João Batista é apontar a luz para a humanidade.
Homilia do 3º Domingo do Advento (Domingo Gaudete), por Pe. Paulo Ricardo


Neste Domingo da Alegria, a Igreja convoca todos os cristãos a se alegrarem à espera do nascimento de Cristo. Mas, o que é a alegria? O que ela tem a ver com o amor? Como curar um coração triste e abatido pelas contrariedades da vida? Neste Testemunho de Fé, o Padre Paulo Ricardo oferece o ensinamento tradicional da Igreja sobre a alegria e um remédio espiritual para a depressão. Quem encontra a Deus, alegra-se por ter encontrado um grande amor. T
http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/2014/12/homilia-do-3-domingo-do-advento-domingo.html
Liturgia de 14.12.2014 - 3º Domingo do Advento - Ano B
Canal do Youtube
Dermeval Neves

 

A voz do Pastor - 3º Domingo do Advento - Domingo 14/12/2014
Canal do Youtube
arqrio



No meio de vós está aquele que vós não conheceis.

Senhor Jesus,
como João Batista,
desejo colocar-me totalmente a teu serviço,
dando ao mundo o testemunho de tua luz.

REFLEXÃO - Jo 1,6-8.19-28
Alegria por causa de Deus, escondido, mas próximo
Em meio ao estresse de uns e a miséria de outros faz bem ouvir uma mensagem de alegria: “Transbordo de alegria por causa do Senhor… Como a terra produz a vegetação e o jardim faz brotar suas sementes, assim o Senhor fará brotar a justiça e a glória diante de todas as nações”. Este trecho, o “Magnificat do Antigo Testamento”, é a expressão de um povo que acredita na sua renovação, porque Deus está aí (1ª leitura).
Geralmente as pessoas têm medo da presença de Deus (cf. Is 6,5). Foi preciso que Deus se desse a conhecer de maneira diferente para que superássemos esse medo. Mas esse “Deus diferente” estava escondido. Quem nos prepara para a descoberta é João Batista, hoje apresentado na ótica do Evangelho de João. Ele não é a luz, mas vem testemunhar da luz (Jô 1,6-8). Ele não é o Messias, nem o Profeta (novo Moisés), nem Elias (1,21). Ele se identifica com a voz que convida o povo a preparar uma estrada para a chegada do Senhor (1,23, cf. Is 40,3). E anuncia: “No meio de vós está alguém que não conheceis, aquele que vem depois de mim, e do qual não sou digno de desatar a correia da sandália” (1, 26-27). Naquele que o Batista anuncia manifesta-se que Deus está perto de nós, não como realidade assustadora, mas como pessoa humana que nos ama com tanta fidelidade que dá até sua vida por nós. Não é essa uma razão de alegria? Alegria contida, pois sabemos quanto custou a Jesus manifestar a presença de Deus desse jeito…
Por que Deus não veio logo com todo o seu poder? Deus prefere ficar escondido. É discreto. Quer deixar espaço para nós, para construirmos a História que Deus nos confia. Discretamente assim, quer participar ativamente de nossa história, em Jesus, para que aprendamos a fazer a história do jeito dele. E esse jeito se chama shalom: paz e felicidade. Lembrando a vinda de Jesus ao mundo, celebramos a presença discreta de Deus em nossa história. Que significa “alegria” no mundo de hoje? Réveillon num restaurante cinco estrelas? Bem diferente é a imagem que surge da 2ª leitura: “Estai sempre alegres, orai sem cessar, por tudo daí graças. Não apagueis o Espírito….”As primeiras comunidades cristãs viviam na espera da volta gloriosa de Jesus para breve. Eram animadas pelo Espírito de Deus, que os fazia até falar profeticamente. Por isso era preciso “examinar e ficar com o que fosse bom” (5,19), pois havia também “profetas confusos”, como hoje… Mas o importante era que reinasse a alegria por causa da proximidade do Senhor. Deus mesmo quer nos aperfeiçoar e santificar e não desiste: “Quem vos chamou é fiel: ele o fará” (5,24). A alegria é saber-se aceito por Deus, como a amada pelo amado (cf. 1ª leitura).
Talvez esta imagem da alegria não convença todos. É pouco publicitária… Ora, este terceiro domingo do Advento chama-se pela primeira palavra da antiga antífona em latim, “Gaudete”, “Alegrai-vos”. Se não formos capazes de participar dessa alegria, esticando o pescoço no alegre desejo de ver aquele que está discretamente presente no meio de nós, alguma coisa não está certa…
Fonte: Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes


HOMILIA - Jo 1,6-8.19-28
A ALEGRAI-VOS NO SENHOR
João Batista é o profeta do Advento e, à semelhança de Isaías, faz ressoar o anúncio de um tempo decisivo que se aproxima. Sua presença é destacada com características semelhantes ao profeta Elias. Por isso é que foi interrogado se era Elias. Depois de um longo silêncio profético em Israel, desponta o Batista anunciando por primeiro a irrupção do Reino de Deus e preparando uma nova aliança: Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar. Nesta seqüência, João apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. Acreditava-se que o Messias só se manifestaria quando Israel fosse, de fato, a comunidade santa de Deus.
Para tornar-se o povo santo, Israel devia percorrer o caminho da conversão. João faz ecoar o apelo à conversão, à mudança radical de vida, comportamento e mentalidade. Quem se dispunha a acolher o Messias era convidado a iniciar-se na comunidade messiânica, na vida nova própria dos que aguardavam a chegada do Messias.
A pregação de João Batista, como um último apelo de Deus ao seu povo, encontrou ampla adesão: Iam ter com ele toda Judéia, toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. A preparação para a vinda do Messias passa pela mudança radical que se concretiza numa nova atitude de vida e na opção de uma nova escala de valores.
Ele ressalta a força do Messias e define sua missão como batizar no Espírito: Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar. O Messias terá a força de Deus e sua missão será comunicar o Espírito do próprio Deus, que transforma, renova e recria os corações. O batismo com o Espírito (Mc 1,8) revela que o Messias concederá a capacidade de discernimento no que diz respeito às exigências dos caminhos que conduzem a Deus.
Alegremente hoje contemplamos a figura de João Batista. É o domingo da alegria: Alegrai-vos sempre no Senhor. O Senhor está perto! Este homem como dissemos dá o maior testemunho sobre Jesus, diante dos emissários das autoridades judaicas.
Os israelitas viviam dias difíceis sob o jugo dos romanos, explorados pela classe de dirigentes e escravizados pelo sistema religioso, que era ritual e legalista. Para a felicidade dos israelitas e a inquietude das autoridades, do deserto apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João. Na pessoa de João, Deus intervém em favor do povo.
O ambiente messiânico vivido pelo povo inquietava a hierarquia religiosa. Uma comissão de sacerdotes e levitas desloca-se de Jerusalém para investigar a ortodoxia de João Batista. Interrogado, o homem enviado por Deus descarta a hipótese de ser o Messias. Eu não sou o Messias. Também nega ser Elias ou um profeta. O Batista não se deixa seduzir pelas falsas opiniões que circulavam sobre ele e que deixavam preocupadas as autoridades. Na realidade, ele rejeita tudo o que o coloque no centro das atenções. Sua missão é ser testemunha da luz, à qual deviam se voltar os olhares.
Não satisfeitos, diante das negativas de João, os representantes das autoridades religiosas perguntam: Quem você é? Ao que o Precursor responde: Sou uma voz gritando no deserto. Novamente, ele se esquiva de ocupar o centro das atenções. Sou uma voz: uma voz que pede que os ouvintes acolham esta mensagem: Aplainem os caminhos do Senhor.
Desconcertados e inquietos, os membros da comissão tornaram a perguntar: Por que você batiza? João evitou responder à objeção dos enviados dos fariseus. Mais que isso, minimizou seu rito batismal e ressaltou que aquele que estava por vir ele mesmo não se considerava digno de desatar as correias de suas sandálias. Apesar de desconhecido, este será a luz que iluminará e libertará o povo da cegueira, da escravidão, da mentira e instaurará um novo tempo. João tinha consciência de que o batismo com água era apenas sinal de conversão e acolhida diante daquele que já estava no meio do povo. Infelizmente a Boa Nova trazida por Cristo e os novos céus e a nova terra podem passar despercebidos aos olhos dos acomodados e instalados numa vida de privilégios à custa do sofrimento do povo. Mas ontem como hoje a missão de João Batista, é minha e tua. Somos nós que devemos abrir as portas de par em par ao Redentor, Luz das nações e gloria de Israel seu povo para todos possa ver a manifestação da Glória de Deus.
Fonte Padre BANTU SAYLA
http://www.liturgiadapalavra.com/
HOMILIA
João Batista aponta para a luz de Cristo
Precisamos, como São João Batista, denunciar os falsos caminhos  e apontar para a luz de Cristo.
Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio dar testemunho da luz” (João 1,7-8).


Nós, hoje, queremos olhar para a figura e o papel importantíssimo que João Batista assume na história da salvação. João Batista é aquele que vem à frente, como alguém que está segurando a lanterna, o candeeiro, mas, na verdade, ele não é a luz, ele é aquele que abre o caminho para que a luz passe, para que a luz venha. Ele vem para nos mostrar que existem falsos caminhos e que o caminho verdadeiro, a direção verdadeira, está vindo!
São João Batista não para em si mesmo, não quer glórias, não quer confetes, não quer reconhecimento para a si mesmo, porque ele sabe o seu tamanho diante da grandeza d’Aquele que vem depois dele.
Sabem, meus irmãos, nós não podemos deixar as pessoas pararem em nós. Precisamos ser referenciais, mostrar a luz e deixar que a luz de Deus brilhe por intermédio de nós, mas não se trata de ter luz própria, não se trata de nós nos orgulharmos, de nos incharmos de soberba, acharmos que somos talentosos, virtuosos, os mais capazes; quando, na verdade, somos apenas portadores da luz maior, da luz única, que é capaz de iluminar a escuridão do nosso coração, que é Jesus.
A nossa vocação é como a de São João Batista: apontar para o Cristo, mostrar para os homens, para as pessoas que nós não podemos parar em nós nem em ninguém; nós precisamos parar em Jesus! Algumas vezes as pessoas se decepcionam conosco ou se decepcionam com pessoas da Igreja, se decepcionam com os padres e líderes da Igreja.
Ninguém é perfeito, ninguém acerta sempre! Mas isso não justifica que nós nos afastemos dos caminhos do Senhor por causa de decepções com este ou com aquele; porque nós só estamos na casa de Deus por causa d’Ele, por causa da luz que é Jesus. Quando nós paramos em pessoas, mais cedo ou mais tarde, nós somos decepcionados. O único em quem podemos nos ancorar, nos escorar, nos apoiar é em Jesus! Ninguém pode ser mais luz em nossa vida, ninguém pode ser salvação para nós a não ser Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Por isso que João nos diz: “É necessário que ele cresça e eu diminua” (João 3, 30), porque é sobre Ele e n’Ele que está o Espírito, nós só trazemos a água; Jesus é quem nos dá o Espírito, Ele é quem nos enche com Seu Espírito. É por isso que, hoje, como São João, nós apontamos para Jesus! Nenhuma luz, nenhum brilho sobre nós, mas somente sobre Ele!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
http://homilia.cancaonova.com/homilia/joao-batista-aponta-para-a-luz-de-cristo/
LEITURA ORANTE


3º Domingo do Advento

Em união com todos que se encontram neste ambiente virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante do 3º Domingo do Advento, com a
Canção do Advento

Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem Saciar nossa Sede de Paz!
  1.   Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!
2.   Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!
3.   Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!
4.   Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!
5.   Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!
6.   Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor
Melodia neste blog - ao lado.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 1,6-8.19-28.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz.
Os líderes judeus enviaram de Jerusalém alguns sacerdotes e levitas para perguntarem a João quem ele era. João afirmou claramente:
- Eu não sou o Messias.
Eles tornaram a perguntar:
- Então, quem é você? Você é Elias?
- Não, eu não sou! - respondeu João.
- Você é o Profeta que estamos esperando?
- Não! - respondeu ele.
Aí eles disseram a João:
- Diga quem é você para podermos levar uma resposta aos que nos enviaram. O que é que você diz a respeito de você mesmo?
João respondeu, citando o profeta Isaías:
- "Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar."
Os que foram enviados eram do grupo dos fariseus; eles perguntaram a João:
- Se você não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta que estamos esperando, por que é que você batiza?
João respondeu:
- Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele.
Isso aconteceu no povoado de Betânia, no lado leste do rio Jordão, onde João estava batizando.
João é o "homem enviado por Deus", o profeta, o mensageiro, o porta-voz de Deus. É aquele que testemunha e anuncia a chegada do Messias. Ele é como uma sentinela que aguarda o sol despontar para gritar que o dia chegou. O interrogatório dos judeus, em Betânia, busca reconhecer a identidade de João que está se tornando bastante popular. A este interrogatório João responde que não é Elias, nem o Messias, nem o Profeta. Diz ser a "voz que clama no deserto". Mas, não deixa de ser um enigma a sua resposta,  porque João fala que depois dele vem alguém de quem ele não é digno de desatar as correias da sandália, ou seja, ele se julga inferior a um servo que era quem desatava as correias das sandálias.Tal é a grandeza daquele que vem.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
O que o texto me diz no momento?
Todos nós podemos ser como João Batista: testemunhas, discípulos e missionários de Jesus Cristo.  Em Aparecida, os Bispos afirmaram: “Se não conhecemos a Deus em Cristo e com Cristo, toda a realidade se torna um enigma indecifrável; não há caminho e, ao não haver caminho, não há vida nem verdade”(DAp 22).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Hoje, acendemos a terceira vela da Coroa do Advento - cor de rosa - e cantamos:
A terceira vela hoje acendemos
E cantamos: "Alegrai-vos no Senhor!"
No deserto, uma voz escutemos:
Praticai a justiça e o amor!
Melodia neste blog, ao lado.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Como João Batista quero ser testemunha daquele de quem “não sou digno de desatar as correias das sandálias”.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=14%2F12%2F2014
Oração Final
Pai Santo, faze-nos alegres anunciadores do teu Reino de Amor. Encharca-nos de sabedoria, força, coragem e perseverança para testemunharmos que o teu Reino está bem próximo – ele está dentro de nós! – e caminharmos seguindo o Cristo Jesus, para o nosso encontro definitivo em tua Casa.