domingo, 6 de agosto de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/08/2023

ANO A


SOLENIDADE DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

Ano A - Branco

Este é o meu Filho amado!”. Mt 17,5

(Semana de oração, reflexão e ação sobre a vocação nos ministérios ordenados: Diáconos, Padres e Bispos)

Mt 17,1-9

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje, a solenidade da Transfiguração do Senhor. A transfiguração é uma meta para aquele que escuta Jesus. Neste Domingo em que se inicia o mês vocacional, intercedamos ao Pai que toda a Igreja viva a experiência vocacional, para testemunhar a luz da glória divina nesse mundo marcado por tantas trevas.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos a esta celebração. Neste domingo, a Igreja celebra a festa da Transfiguração do Senhor. Assim como Moisés subiu ao monte para estar na presença de Deus, Jesus, diante dos discípulos, é transfigurado pelo Pai, sendo envolvido por uma nuvem, sinal da glória da presença de Deus. Olhando para Jesus transfigurado no monte Tabor, ladeado de Moisés e Elias, contemplemos a glória do Pai que se manifesta no seu Filho bem amado e agradeçamos ao Senhor que nos deu a graça de sermos seus filhos adotivos e de experimentarmos da sua glória pelo Santo Batismo. Neste domingo em que também recordamos o ministério ordenado, rezemos pelos nossos bispos, padres e diáconos, para que vivam sua vocação na escuta do Filho amado do Pai.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje, a solenidade da Transfiguração do Senhor. A transfiguração é uma meta para aquele que escuta Jesus. Transfiguração quer dizer, em primeiro lugar, transformação pessoal por meio da conversão, para num segundo momento, caminhar com Cristo até a fascinante aventura da entrega total aos irmãos, especialmente aos mais necessitados, sendo solidários nas alegrias e esperanças, tristezas e angústias de nossos semelhantes. Que eles nos vejam com o bom odor de Cristo, isto é, como homens e mulheres de bem, cheios de bondade, compreensão, justiça, reconciliação, paz, perdão e fraternidade. Neste Domingo em que se inicia o mês vocacional, intercedamos ao Pai que desperte vocações sacerdotais para testemunhar a luz da glória divina nesse mundo marcado por tantas trevas.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos a esta celebração. Neste domingo, a Igreja celebra a festa da Transfiguração do Senhor. Assim como Moisés subiu ao monte para estar na presença de Deus, é Jesus que agora, diante dos discípulos, é transfigurado pelo Pai, sendo envolvido por uma nuvem, sinal da glória da presença de Deus. Olhando para Jesus transfigurado no monte Tabor, ladeado de Moisés e Elias, contemplemos a glória do Pai que se manifesta no seu Filho bem amado e agradeçamos ao Senhor que nos deu a graça de sermos seus filhos adotivos e de experimentarmos da sua glória pelo Santo Batismo. Neste domingo em que também recordamos o ministério sacerdotal, rezemos pelos nossos presbíteros.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Revelar-nos ao outro é um ato de confiança, porque lhe dá poder para intervir sobre nós, e partilhar a mesma vida como acontece na amizade e no matrimonio é deixar que seja envolvida toda nossa existência.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2017

TRANSFIGURADOS: ASSIM SEREMOS NÓS COM JESUS

Neste domingo, a liturgia celebra a festa da Transfiguração do Senhor. A página evangélica de hoje narra que os apóstolos Pedro, Tiago e João foram testemunhas deste acontecimento extraordinário. Jesus levou-os consigo “e conduziu-os em particular a um alto monte” (Mt 17, 1) e, enquanto rezava, o seu rosto mudou de aspeto, brilhando como o sol, e as suas vestes tornaram-se cândidas como a luz. Apareceram então Moisés e Elias, e entraram em diálogo com Ele. A este ponto, Pedro disse a Jesus: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias” (v. 4). Ainda não tinha acabado de falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu.
O evento da Transfiguração do Senhor oferece-nos uma mensagem de esperança — assim seremos nós, com Ele — convida-nos a encontrar Jesus, para estar ao serviço dos irmãos.
A subida dos discípulos ao monte Tabor leva-nos a refletir acerca da importância de nos desapegarmos das coisas mundanas, a fim de fazer um caminho rumo ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de nos pormos à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, procurando momentos de oração que permitem o acolhimento dócil e jubiloso da Palavra de Deus. Nesta ascensão espiritual, neste afastamento das coisas mundanas, somos chamados a redescobrir o silêncio pacificador e regenerante da meditação do Evangelho, da leitura da Bíblia, que leva rumo a uma meta rica de beleza, de esplendor e de alegria. E quando nos pomos assim, com a Bíblia na mão, em silêncio, começamos a sentir esta beleza interior, esta alegria que a palavra de Deus gera em nós. [...].
No final da admirável experiência da Transfiguração, os discípulos desceram do monte (cf. v. 9) com os olhos e o coração transfigurados pelo encontro com o Senhor. É o percurso que podemos realizar também nós. A redescoberta cada vez mais viva de Jesus não constitui um fim em si, mas induz-nos a “descer do monte”, restaurados pela força do Espírito divino, para decidir novos passos de conversão e para testemunhar constantemente a caridade, como lei de vida diária. Transformados pela presença de Cristo e pelo fervor da sua palavra, seremos sinal concreto do amor vivificador de Deus por todos os nossos irmãos, sobretudo por quem sofre, por quantos se encontram na solidão e no abandono, pelos doentes e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência.
Na Transfiguração ouve-se a voz do Pai que diz: “Este é o meu Filho muito amado. Ouvi-o!” (v. 5). Olhemos para Maria, a Virgem da escuta, sempre pronta para acolher e guardar no coração cada palavra do Filho divino (cf. Lc 1, 51). Queira a nossa Mãe e Mãe de Deus ajudar-nos a entrar em sintonia com a Palavra de Deus, de modo que Cristo se torne luz e guia de toda a nossa vida. [...]
Papa Francisco Angelus,
Agosto / 2017

Comentário do Evangelho

Transfiguração de Jesus.

O relato da transfiguração de Jesus é uma prolepse da sua glorificação escatológica. A montanha é o lugar do encontro com Deus, lugar da revelação de Deus (cf. Ex 3,1ss). É na comunhão com Deus que o rosto de Jesus é transfigurado e que o Pai revela o Filho. A nuvem é símbolo da presença de Deus (Ex 16,10; 19,9; 24,15-16; 33,9). Dela sai a voz que interpreta a visão. A voz da transfiguração é idêntica à do Batismo (Mt 3,17); ela evoca tanto o Messias (Sl 2,7) como o servo de Deus (Is 42,1; 44,2). A intervenção de Pedro cai no vazio, pois precipitada. A nuvem luminosa que os envolve é o que os faz entrar na intimidade divina para conhecer o mistério de Jesus a quem eles seguem. Esconderam o rosto e foram tomados de “medo”, pois eles sabiam estar na presença de Deus; sabiam que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Agora, Pedro e os outros dois podem compreender que a verdadeira tenda, isto é, o lugar da habitação de Deus, é Jesus, a quem eles são convidados a escutar, isto é, a aderir incondicionalmente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
Fonte: Paulinas em 06/08/2014

Vivendo a Palavra

Pedro rompe o silêncio imposto por Jesus e, cumprida a exigência da ressurreição, lembra em sua carta a voz que ouviu: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.» Que importância nós temos dado em nossa vida à voz do Pai que nos pede para escutar o Filho Amado?
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Cumprida a exigência da ressurreição, Pedro rompe o silêncio imposto por Jesus e lembra em sua carta a voz que ouviu dentro da nuvem: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.» Pedro deu sua vida pelo Mestre. Que importância nós temos dado em nossa vida à voz do Pai que nos pede para escutar o Filho Amado?
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2017

VIVENDO A PALAVRA

Diante da grandiosa manifestação da divindade de Jesus Cristo, o Filho do Homem antevisto pelo profeta Daniel, parece natural que os Apóstolos quisessem construir tendas e permanecer ali. Mas era preciso descer da montanha para cumprir a missão. Hoje, também nós somos tentados a construir tendas em ‘montes sagrados’, mas o nosso lugar é junto dos irmãos de caminhada pelos campos do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2020

Reflexão

Hoje subimos juntos com Jesus para fazermos a experiência da transfiguração e assim também descermos com Ele para restaurarmos as realidades com as quais somos desafiados a viver os valores do reinado de Deus.
O relato da transfiguração de Jesus é uma apresentação antecipada da realidade gloriosa da ressurreição do Senhor na qual os discípulos são preparados pedagogicamente para enfrentarem o drama da paixão sem, entretanto correrem o risco de esmorecerem pelo caminho, mas terem presente em seus corações este momento de revelação gloriosa de Cristo!
A narrativa da transfiguração acontece no “sétimo dia”, portanto, seis dias depois (v.1) do primeiro anúncio da paixão. Num lugar retirado, numa alta montanha – representação da experiência de maior intimidade, de maior sintonia com Deus por meio da elevação; tomando consigo três de seus discípulos (e não diante de todos os que o seguiam) a figura de Jesus mudou: rosto brilhante como o Sol e vestes brancas como a luz. Além disso, o fato contou com a presença de Moisés e Elias, personagens emblemáticos do contexto bíblico representando todo o ensinamento da Lei e toda a força da profecia.
Outros elementos também aparecem: Pedro, que chama Jesus de “Senhor” (Identificação do Ressuscitado) em nome dos discípulos sugere a construção de tendas para permanecer nesta experiência prazerosa e agradável. Contudo, a manifestação da presença divina aqui representada pela voz saída da nuvem que a todos cobriu confere uma tarefa importante para as testemunhas desse fato: o reconhecimento de quem é Jesus (“Este é o meu filho amado, nele está o meu agrado” – Identidade) e a nossa responsabilidade diante d’Ele: “…escutai–o! – Missão”.
O medo que se apoderou de todos – os discípulos com o rosto em terra e assustados (v. 6) é anulado por meio das atitudes de Jesus que aproxima-se, toca e lhes fala: “Levantai-vos, não tenham medo” (v.7). O Senhor também lhes recomenda reservar o conteúdo dessa experiência apenas no momento oportuno, enquanto descem do monte.
Reunidos como família de Deus somos convidados a sair das nossas comodidades e numa atitude de peregrinos, romeiros, povo itinerante nos colocarmos a caminho confiantes em Deus e tomando posse de sua promessa, assim como fez Abraão (Gn 12,1-4). Conscientes desta presença divina nós suplicamos essa graça sobre nós (Sl 32/33) a fim de correspondermos dignamente a nossa vocação à santidade por meio de sua eterna bondade (2Tm1,8-10).
Neste tempo quaresmal o Senhor nos convoca a romper com todas as estruturas que desfiguram o seu rosto por meio da opressão dos pequenos e da constante destruição da natureza e que portanto impedem a manifestação gloriosa do filho do Homem. Somos convidados a subir com o Senhor e, uma vez transfigurados pela sua presença redentora, vencermos os nossos medos para então ajudarmos na construção de um mundo melhor.
Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/08/2014

Reflexão

Jesus, junto com Pedro, Tiago e João, sobe a montanha e lá se transfigura (transforma) diante deles. O Mestre aparece na sua glória (seu rosto brilha e suas roupas ficam brancas) e se mostra vitorioso contra as forças do mal. Moisés e Elias simbolizam o Antigo Testamento: a lei e os profetas. Os discípulos caem na tentação de permanecer nessa realidade fascinante, mas precisam voltar à missão, que se realiza na planície. Da nuvem sai a confirmação de que Jesus é o Filho amado de Deus. É necessário ouvi-lo, pois ele revela o projeto de seu Pai. O desejo de Pedro é a grande tentação de todos os tempos: buscar na religião conforto e segurança. Eles precisam levantar-se e abandonar o medo para enfrentar a realidade da missão, nem sempre fácil. O medo é grande obstáculo que paralisa a Igreja e a impede de assumir sua missão profética, acomodando-a a uma vida tranquila e desobrigando-a de se preocupar com a realidade do povo.
Oração
Ó Jesus, Filho do Homem, pela transfiguração, revelaste aos apóstolos que a tua vida não caminha para o fracasso, mas para a glória eterna. Revelaste também que és o Filho amado do Pai, a quem devemos sempre escutar. Concede-nos coração receptivo e ouvidos atentos aos teus ensinamentos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 06/08/2020

Reflexão

Jesus, junto com Pedro, Tiago e João, sobe a montanha e lá se transfigura (transforma) diante deles. O Mestre aparece na sua glória (seu rosto brilha e suas roupas ficam brancas) e se mostra vitorioso contra as forças do mal. Moisés e Elias simbolizam o Antigo Testamento: a Lei e os Profetas. Os discípulos caem na tentação de permanecer nessa realidade fascinante, mas precisam voltar à missão, que se realiza na planície. Da nuvem sai a confirmação de que Jesus é o Filho amado de Deus. É necessário ouvi-lo, pois ele revela o projeto de seu Pai. O desejo de Pedro é a grande tentação de todos os tempos: buscar na religião conforto e segurança. Eles precisam levantar-se e abandonar o medo para enfrentar a realidade da missão, nem sempre fácil. O medo é grande obstáculo que paralisa a Igreja e a impede de assumir sua missão profética, acomodando-a a uma vida tranquila e desobrigando-a de se preocupar com a realidade do povo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Este é o meu Filho amado»

Rev. D. Joan SERRA i Fontanet
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho fala-nos da Transfiguração de Jesus Cristo no monte Tabor. Jesus, depois da confissão de Pedro, começou a mostrar a necessidade de o Filho do homem ser condenado à morte e anunciou também a sua ressurreição ao terceiro dia. É neste contexto que devemos situar o episódio da Transfiguração de Jesus. Santo Anastácio Sinaíta escreve que «Ele tinha-se revestido com nossa miserável túnica de pele, hoje colocou a veste divina, e a luz envolveu-o como um manto». A mensagem que Jesus transfigurado nos traz são as palavras do Pai: «Este é o meu Filho amado. (...) Escutai-o!». (Mt 17,5). Escutar significa fazer a sua vontade, contemplar a sua pessoa, imitá-lo, pôr em prática os seus conselhos, tomar a nossa cruz e segui-lo.
Com o propósito de evitar equívocos e más interpretações, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos (cf. Mt 17,9). Os três apóstolos contemplam Jesus transfigurado, sinal da sua divindade, mas o Salvador não quer que se divulgue até depois da sua Ressurreição, quando então se poderá compreender a dimensão deste episódio. Cristo fala-nos no Evangelho e na nossa oração; então podemos repetir as palavras de Pedro: «Rabi, que bem estamos aqui» (Mt 17,4), sobretudo depois de ir comungar.
O prefácio da Missa de hoje oferece-nos um belo resumo da Transfiguração de Jesus. Diz assim: «Porque Cristo, Senhor, tendo anunciado sua morte aos discípulos, revelou a sua glória na montanha sagrada e, tendo também a Lei e os profetas como testemunhas, fê-los compreender que a paixão é necessária para chegar à gloria da ressurreição». Lição que os cristãos nunca devem esquecer.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Para penetrarmos na intimidade destes inefáveis e sagrados mistérios juntamente com os eleitos, entre os discípulos inspirados por Deus, ouçamos a voz divina e sagrada que, lá do alto, do cimo do monte, instantemente nos chama» (Anastácio Sinaíta)

- «Esse corpo que se transfigura diante dos olhos atônitos dos Apóstolos é o corpo de nosso irmão Cristo, mas é também nosso corpo destinado à glória; a luz que o inunda é e será também nossa parte da herança e esplendor» (São Paulo VI)

- «Para o cristão, crer em Deus é crer inseparavelmente em Aquele que Deus enviou, “no seu Filho muito amado” em quem Ele pôs todas as suas complacências (Mc 1,11). Deus mandou-nos que O escutássemos (...) (Mc9,7)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 151)

Reflexão

No "monte” da Transfiguração

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje vemos o Senhor tomando consigo os três prediletos e, levá-los a um monte alto. Voltaremos a encontrá-los juntos em outro monte —no das Oliveiras— na angustia extrema do Senhor, como imagem que contrasta com a transfiguração, ainda que ambas estejam inseparavelmente relacionadas entre si: A divindade de Jesus vai unida à cruz, somente nessa inter-relação reconhecemos Jesus Cristo corretamente.
A cena, além dos diversos “montes” da vida de Cristo (Calvário, Ascensão...) nos lembra os montes da revelação do Antigo Testamento (Sinaí, Horeb, Moria): São ao mesmo tempo montes de “paixão” e de “revelação”. Moisés e Elias receberam no monte a revelação de Deus: Agora estão em colóquio com Aquele que é a Revelação (e a Lei) em pessoa. Ambos foram, com seus sofrimentos, figuras da paixão: Agora falam da iminente Paixão do Transfigurado.
Jesus, enquanto descemos do monte, nos falas de tua “ressurreição dentre os mortos”: Nossa esperança passará pelo monte Calvário.

Recadinho

Você se apresenta diante dos irmãos como um transfigurado pela graça de Deus? - Sua presença é alegria? - Seus olhos espelham o brilho de Deus que habita em seu coração? - Cite uma tarefa que sua comunidade faz para ajudar a transfigurar o mundo. - Em seus sofrimentos e lutas do dia a dia Deus está sempre presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/08/2014

Comentário sobre o Evangelho

Transfiguração do Senhor


Hoje, ao contemplar a beleza divina de Jesus, Simão Pedro manifesta espontaneamente a sua felicidade: «Que bom é estar aqui!». Sem dúvida, com Jesus Cristo sempre se está bem: não há maior fonte de paz e felicidade. Mas…, escutemos o que o Pai do Céu disse aos apóstolos presentes: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O»!
- Hoje e todos os dias podemos escutar Jesus. Vai até ao sacrário, faz silêncio, ajoelha-te e vais ouvi-Lo.

Meditando o evangelho

O DESTINO DO MESSIAS

Pedro, Tiago e João, os mais destacados do grupo dos discípulos, tiveram o privilégio de “ver” a glória do Messias, antecipada na cena da transfiguração. Este estava destinado a ser glorificado por Deus, e revestido de imortalidade divina.
O episódio evangélico está todo envolvido pela presença divina. O monte, para o qual Jesus e seus discípulos se dirigiram, simboliza o lugar da presença e da comunicação divinas. Dirigiram-se para o alto monte, porque o ser humano deve elevar-se para poder contemplar a manifestação da glória divina.
O rosto de Jesus, “brilhante como o sol”, apontava para a glória dos justos no reino do Pai. Igualmente, o esplendor luminoso de suas vestes.
A presença de Moisés e Elias indicava que as Escrituras – Palavra de Deus – estão todas centradas na pessoa de Jesus. Tudo quanto Deus havia falado a seu povo eleito tinha sido em função do seu Filho amado. Moisés e Elias evocavam o monte Sinai, lugar da manifestação de Deus, onde ambos estiveram.
O auge da presença divina revela-se quando uma nuvem luminosa envolveu Jesus, e a voz celeste se fez ouvir: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz!”.
Assim, os discípulos estavam em condições de compreender a verdadeira identidade de Jesus, na sua condição humana e divina. Este seria um dado importante para quem haveria de ver o Mestre tornar-se vítima da incompreensão das lideranças religiosas do povo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
Fonte: Dom Total em 06/08/2014, 06/08/2017 e 06/08/2020

Oração
Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do nosso filho amado e compartilhar da sua herança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/08/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR - A CERTEZA DA VITÓRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem tudo o que reluz é ouro – Lembro-me bem deste provérbio que finalizava uma história no meu livro do antigo primário, ensinando-nos que nesta vida confundimos muita coisa com ouro valioso, mas que no fundo não passam de simples bijuteria.
Há pessoas que passam esta vida correndo atrás de quinquilharias, sem nunca descobrir o tesouro que Deus quer nos dar.
Os apóstolos pensavam que o Reino que Jesus havia implantado, era igual aos reinos deste mundo, e que ele seria um Rei muito rico e poderoso que iria dominar a todas as nações fazendo de Israel a mais importante de todas as nações da terra. Eles tinham muitos planos em seus corações e mentes, por causa de serem seguidores de Jesus, que naquele momento estava desacreditado, mas que em um futuro bem perto iria manifestar toda a sua força e poder. Muitas vezes como os apóstolos, buscamos um Jesus que atenda as nossas necessidades e realize os nossos sonhos neste mundo, essa fé tão distorcida nos impede de conhecer realmente quem é Jesus e para onde a sua graça nos leva.
Podemos afirmar que esta narrativa da transfiguração do Senhor está no coração do evangelho de Marcos porque se trata de um momento de profunda comunhão dos discípulos com Jesus, que ao transfigurar-se diante deles os introduz no mistério de Deus, que por sua vez revela quem é Jesus: O filho amado do Pai!
Ele não é simplesmente um profeta poderoso na linha de Elias, que foi arrebatado ao céu, nem um Líder como Moisés, principal protagonista da libertação do Povo da escravidão do Egito, esses dois personagens que aparecem ao lado de Jesus naquele momento representam todo o antigo testamento que preparou o coração dos homens para o tempo da plenitude inaugurado por Jesus.
Quando a voz se fez ouvir do meio da nuvem que os envolveu, os discípulos olharam e só viram a Jesus, que estava sozinho. As escrituras antigas apontam para Jesus, pois nele Deus irá falar diretamente aos homens, sem intermediários.
Pedro queria construir três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias, que estavam ali no monte Tabor onde poderia ser instalado o QG do grupo, de onde partiriam as ordens dadas por eles. Fazer tendas significa acomodar-se e interromper a caminhada porque já se alcançou o objetivo. Na verdade o apóstolo não sabia bem o que estava falando pois o Reino de Deus, requer planejamento e não se pode queimar etapas. Jesus transfigurado, tendo Moisés e Elias ao seu lado, era tudo o que Pedro queria, não precisaria enfrentar as cruzes do caminho, nem tribulações ou desencantos, sofrimentos e tribulações, o Reino já chegara e era uma realidade bem ali diante dele.
A humanidade toda iria se render à força do Reino de Cristo! Mas o brilho que seus olhos iriam contemplar no alto do monte, não seria do ouro e nem da prata com que talvez sonhasse mas à luz de Deus presente em Jesus, algo nunca visto, suas vestes ficaram brancas , de uma brancura jamais vista.
No Cristo transfigurado e proclamado solenemente Filho amado do Pai, descobrimos o nosso destino, Deus nos quer transfigurados, com vestes brancas resplandecentes, envolvidos pela sua Santidade que em Jesus eles nos dá.
Somos uma multidão de filhas e filhos amados do Pai que já participamos da vida de Deus ainda neste mundo, que um dia chegará para nós em plenitude. Jesus antecipou a glória que o envolveria na ressurreição, porém, nunca escondeu o que viria antes: a cruz da rejeição, o sofrimento e a paixão no calvário, e a morte na cruz. É disso que Pedro quer fugir ao construir as três tendas, é isso que às vezes nos causa angústia e medo.
Compreender a cruz e aceitar o calvário de cada dia, percorrer os caminhos desta vida que parecem tortuosos, mas sem tirar o olhar da glória Futura, como o profeta Daniel na primeira leitura dessa liturgia, pois na perspectiva da ressurreição vivemos esta vida em uma Igreja que não se fundamenta em fábulas ou lendas, mas sim no relato do apóstolo Pedro, segunda leitura desse domingo, que foi testemunha ocular do Cristo Transfigurado, que segundo ele, fez clarear o dia e nascer a estrela da manhã em nossos corações antes envolvido pelas trevas do pecado.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Transfiguração do Senhor
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Os evangelistas contam que Jesus se transfigurou no alto de um monte diante de Pedro, Tiago e João. O calendário litúrgico celebra esse acontecimento no dia seis de agosto. Se o dia seis de agosto cair num domingo, os textos da missa não são os do domingo, e sim os da festa da Transfiguração, como neste ano. O Evangelho da Transfiguração é lido também, todos os anos, no segundo domingo da Quaresma. Por que fazemos da Transfiguração uma festa? Porque esse acontecimento da vida de Jesus revela quem ele é, quem somos nós e o que nos espera no dia em que o veremos face a face. Na segunda carta de Pedro temos o relato de uma testemunha ocular que estava no monte e garante não estar transmitindo fábulas. São Paulo, por sua vez, ergue os olhos dos filipenses para o céu, de onde virá o Salvador Jesus Cristo que vai transfigurar o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso. O mesmo Paulo convida os romanos a oferecerem este corpo que vai ser transfigurado como hóstia viva e agradável a Deus, não assimilando a forma do mundo. A forma que almejamos é a do corpo glorioso do Senhor. Paulo usa a raiz verbal “esquema” para propor a forma ou conformidade com o corpo do Senhor, e não conformidade com o mundo. “Não se deixem esquematizar por este mundo.”
No alto do mundo, enquanto rezava, o aspecto do rosto de Jesus se alterou e suas roupas começaram a brilhar. Quando Moisés falava com Deus, os filhos de Israel viam seu rosto resplandecer. A proximidade da luz ilumina mais intensamente, mas também ofusca a vista. Por enquanto somos chamados a brilhar como astros no meio de uma geração corrompida. Um dia, porém, vamos resplandecer transfigurados na luz de Deus. Tudo acontece no alto de um monte porque, num monte, tanto Moisés quanto Elias experimentaram a presença de Deus. Hoje, o Cristo transfigurado assimila e sintetiza a Lei e os Profetas representados por Moisés e Elias. Tudo o que está escrito nas Escrituras se realiza em Jesus Cristo. Começamos a sentir a transformação do nosso corpo miserável que se conforma ao corpo glorioso do Cristo que vem. O profeta Daniel vê alguém com aparência humana que vem entre as nuvens dos céus. Este alguém é “filho de homem”, o que significa que é um ser humano. Ele se aproxima de um Ancião que está sentado num trono e recebe um poder e um reino eternos. É o Messias que vai até Deus e recebe poder, glória e realeza sobre todos os povos.
A liturgia oriental, que celebra com destaque esta festa, canta no Ofício Divino: “Luz imutável da luz do Pai, o Verbo, na tua brilhante luz; nós hoje vimos no Tabor a luz que é o Pai e a luz que é o Espírito, luz que ilumina toda a criatura”. O ambiente da Transfiguração é todo de luz.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR QUE TRANSFIGURA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para quem não conhece o Monte Tabor onde teria ocorrido a transfiguração de Jesus, é uma alta colina localizada no Leste do Vale de Jizreel, 17 km a oeste do Mar da Galiléia e o seu topo está a 575 metros acima do nível do mar. Entretanto, não se pode afirmar com absoluta certeza, que essa referência geográfica no episódio da Transfiguração do Senhor, é verdadeira, principalmente quando se sabe que o evangelista São Mateus escreveu para os Judeus e sempre há em seus relatos, uma forte relação entre Jesus Cristo e Moisés.
De qualquer forma o texto nos revela que os discípulos Pedro, Tiago e João, fizeram essa profunda experiência, onde Jesus lhe revelou a sua Divindade. Não é por acaso que na narrativa de Mateus, aparecem ao lado de Jesus o Libertador Moisés e Elias, uma das maiores referências como profeta do Antigo Testamento, é uma catequese que tem como pano de fundo o Judaísmo, comprovando que Jesus é de fato o Messias, aquele que havia sido prometido na Escritura Antiga, e até prefigurado em alguns personagens da História de Israel. A partir de agora, a humanidade não irá mais precisar da Lei e dos Profetas, Jesus não trouxe uma nova Lei ou Aliança, Ele próprio é a Nova Aliança, aquele que de modo único e excelente nos revela o Pai.
Mas o que esse fato refletido no evangelho pelas comunidades de Mateus, tem a ver com a realidade das nossas comunidades cristãs? Sabemos que Jesus é Nosso Deus e Senhor, mas quais as consequências que esta Fé traz em nossa vida? A cada domingo, Dia do Senhor, Jesus convida todos os cristãos a “subirem a montanha”, isso é, a fazerem essa “ascese” nas nossas celebrações. Embora humana, com uma Liturgia que comporta elementos culturais, cada celebração é envolvida pelo Mistério de Deus, como a nuvem que desceu sobre a montanha.
No ambiente celebrativo de nossas igrejas cristãs, de muitos modos Jesus manifesta a glória da sua Divindade, mas de modo excelente na Eucaristia e na Palavra, onde mediante a Fé, podemos sim contemplar a sua glória, sentir a sua presença a conduzir, animar e alimentar os seus, em comunhão com Ele em torno de uma mesa que é a Mesa da Palavra ou da Eucaristia. Moisés e Elias são uma referência importante para todos nós, não como meros personagens históricos, mas como homens que fizeram a experiência de Deus, enquanto anunciadores de uma Libertação que em Jesus atinge a sua plenitude e transcende o meramente histórico, libertando-nos do mal do pecado. O profetismo de Elias anuncia a Palavra Libertadora, o homem nasceu para ser livre, mas a sua liberdade está em Deus, que não permanece impassível diante do sistema opressor que não considera o dom da Liberdade, por isso, a Palavra libertadora se faz ação em Moisés deus vê, ouve, desce e liberta o seu povo. Jesus eleva essa liberdade á sua plenitude, concretizando as promessas de Deus nesse sentido.
O entusiasmo de pertencer a uma comunidade cristã, o privilégio de poder fazer essa experiência com os irmãos e irmãs nas celebrações dominicais, pode nos levar a cometer o mesmo erro de Pedro: o de querermos permanecer apenas na dimensão celebrativa- contemplativa, acomodar-se na Mística e fazer da experiência com Cristo algo muito particular, é esse o significado de querer fazer tendas, e de fato muitos fazem, isolando-se na comunidade ou no seu grupo ou pastoral, achando que a vivência cristã se resume apenas nessa experiência religiosa.
Quando contemplamos a Divindade de Jesus e ficamos só nisso, sentimos medo, porque é impossível compreender um Deus revestido de glória, encarnado em nossa miséria humana. O Sagrado sempre e Sagrado sempre exerceu essa ambiguidade sobre o homem, o encanta, o atrai e fascina, mas também causa medo, quando se está diante do Mistério. Mas Jesus, que tocou nos discípulos, toca também em cada membro da comunidade: “Levantai-vos, não tenhais medo”. E ao descer da montanha, só veem Jesus caminhando com eles pela encosta da montanha. Eis aqui o grande desafio, vermos Jesus no irmão ou irmã da comunidade, que caminha com a gente, perceber esse Deus extremamente humano, percorrendo nossos mesmos caminhos, sem nunca deixar de ser o “Outro”, o Transcendente.
E assim, pela sua encarnação recebemos a Graça Divina, e podemos nos abrir para que o Espírito Santo nos renove nos transforme e nos transfigure no dinâmico processo da conversão, e diferente dos apóstolos Pedro, Tiago e João, ao término da celebração, quando descemos da “montanha”, somos enviados para proclamar bem alto as maravilhas de Deus, a darmos testemunho do evangelho, mostrando que somente na Ressurreição do Senhor encontramos o sentido para a nossa vida terrena.
Derrubemos, portanto, as tendas do nosso comodismo, de uma Fé desvinculada da Vida, nesse segundo domingo da quaresma, e como o Patriarca Abraão, coloquemo-nos á caminho dessa Terra das Promessas, onde cada homem e cada mulher, vivendo em Deus, atingirá a felicidade em seu sentido mais pleno, irradiando em si, a mesma luz fulgurante do Cristo, Homem Deus e Deus Homem, o novo Moisés que nos conduz com segurança a esta terra, cuja estrada passa exatamente na experiência humana, estrada que nosso Deus feito homem também percorreu, e que nos conduz á glória de uma Vida em comunhão definitiva com Ele, que em Cristo nos aceitou também como “Filhos e Filhas, em quem Ele põe todo o seu agrado”.

2. Senhor, é bom ficarmos aqui! - Mt 17,1-9
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um frade agostiniano morreu. Chegando à porta do céu, viu Santo Agostinho parado diante da porta entreaberta. O frade se assustou quando viu o santo ainda na porta do céu. Ele, tão santo, ainda não tinha entrado depois de tantos anos? O que seria então do pobre frade que não era tão santo? Chegando perto de Santo Agostinho, perguntou-lhe suavemente: “Pai, o senhor ainda não entrou no céu?”. Santo Agostinho movimentou-se, como alguém acordando do sono, e exclamou: “Estava tão bom e tão bonito que me esqueci de entrar”. O frade podia fazer uma tenda para Santo Agostinho, mas os dois decidiram entrar e se abrigar sob a única tenda do amor de Deus misericordioso.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2020

HOMILIA

ESTE É O MEU FILHO AMADO; OUVI-O

Em Mt 17, 1-9, Jesus nos mostra sua Majestade e seus sofrimentos para nos ensinar que não há triunfo se não houver batalha.
Pouco depois de explodir o coração de S. Pedro em cesárea, quando proclamou Jesus Cristo como Filho de Deus, a Transfiguração vem confirmar e vem dar aos três melhores discípulos um antegozo da glória definitiva antes das amarguras passageiras da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Este Mistério é-nos contado por S. Marcos, S. Mateus e S. Lucas. O Divino Salvador, que recapitulava em Si todas as grandezas do povo eleito, conversa com Moiséis e Elias, os dois arautos que tinham parcialmente preferido a Sua Missão. Tem havido santos que numa hora decisiva da existência, ouviram uma voz divina. Assim Paulo então Saulo, perto de Damasco, ou tiveram aparições do céu.
Na Transfiguração temos isso e mais. A cena gloriosa do Tabor destina-se a colocar na sua verdadeira luz a bem-aventurada Paixão do Calvário. E a nossa vida quotidiana pode ser uma térmica de sofrimentos: oferecido a Deus, torna-se já um vestuário de glória.
Com esta visão sobrenatural Jesus dava uma confirmação à confissão de Pedro: Tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo. Aquele instante de glória sobre-humana era o penhor da glória da ressurreição. O Filho do Homem vivia na glória do Seu Pai. O próprio tema do colóquio com Messias.
A Transfiguração que faz parte do mistério da Salvação, é bastante merecedora de uma celebração litúrgica, que a igreja, tanto do Ocidente como do Oriente celebrou de vários modos e em diferentes datas, até o papa Calisto II a estender à igreja universal.
Quando Deus veio à terra, na pessoa de Jesus, adotou uma forma humana. Fisicamente, Jesus se parecia como qualquer outro homem. Ele teve fome, sede, cansaço, etc. Sua divindade foi vista apenas indiretamente, em suas ações e suas palavras. Mas, numa ocasião, a glória divina interior de Jesus resplandeceu e se tornou visível. A história é contada em Mateus 17:1-8:
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
O mandato novo é de obediência ao representante de Deus na terra. Quem me ouve, ouve o Pai. Mais: quem a vós ouve é a mim que ouve(Lc 10, 16). Não somos divinos nem únicos para determinar nossas circunstâncias. Por isso todo aquele que quiser ter uma vida própria e independente não pode ser discípulo de Jesus: a da obediência. A regra da vida plena não é fazer o que convém mas a obediência manifestada nas palavras da nuvem. A vontade divina manifestada na Palavra que desceu do céu, demonstra a vontade divina que é a norma das vidas que dEle depende.
Pai, que a transfiguração me leve a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/08/2014

HOMILIA

Espiritualidade Bíblico-Missionária

Nossa fé está enraizada profundamente na pessoa de Cristo. Nada poderá abalar quem se dispõe a estar com Ele, seguindo-o fielmente. A festa da Transfiguração do Senhor, celebrada desde há muitos séculos no Oriente (desde século V), para nós ocidentais veio bem mais tarde, somente a partir de 1457.
A Transfiguração de Jesus no monte Tabor revela-nos o mistério do Cristo Redentor, Ele que por nós entregou sua própria vida. É o mistério de nossa redenção, e, por isso, essa celebração vem bem situada, quarenta dias antes da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro).
Jesus tomou para perto dele os discípulos Pedro, Tiago e João, e com eles subiu ao monte Tabor. Certamente, Cristo não levou os outros discípulos para não ser incompreendido, pois eles ainda estavam caminhando no processo apostólico. Esses três discípulos fizeram a grande experiência de rezar mais longamente e intimamente junto de Jesus.
Ir à montanha, ao alto do monte, na linguagem bíblica, significa proximidade com Deus, ou a intimidade mais profunda no Senhor. O Evangelho nos deixa claro como Jesus reservava tempo para a oração, sempre em silêncio e em lugares mais distantes dos burburinhos corriqueiros da vida.
No monte Tabor se antecipou a eternidade de Cristo, sua ressurreição. Pedro entusiasmou-se tão plenamente com esse momento, a ponto de dizer: “Vamos construir três tendas...”. Mas Jesus lhe diz que o extraordinário não é o ordinário, que é preciso descer a montanha para anunciar o Evangelho. Nossa tendência humana é querer mesmo permanecer onde se está, se ali nos faz “fugir” de tantas adversidades. Porém, Jesus sabe que sem assumir essas adversidades, confrontando-as com o Evangelho, não será possível falar do Reino. O rosto resplandecente de Cristo naquele dia é a visão beatífica do Servo que, assumindo a condição humana, veio para nos resgatar para a vida.
O Pai ali está e manifesta seu amor para com seu Filho amado: “Este é meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o”. Aqueles discípulos tinham agora a plena certeza de que tudo o que Jesus lhes havia ensinado era conforme a vontade do Pai. E quando viram Jesus em sua plena condição de Servo, jamais se esqueceram da experiência no monte Tabor, onde foi revelada toda a divindade de Cristo. São Paulo completa esse ensinamento, e poderemos compreendê-lo: “Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança” (2Cor 3,18).
A experiência dos discípulos com Jesus no monte Tabor é nossa experiência de cristãos, quando nos aproximamos do Evangelho e da Eucaristia. No altar da vida, Ele se revela a nós, aproxima-se de nós e nos leva a fazer a experiência de transformação com Ele.
Redação “Deus Conosco”

REFLEXÕES DE HOJE

DIA 06 DE AGOSTO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

06 de AGOSTO-DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/08/2017

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nos aponta a luz, a direção e o caminho do céu

A transfiguração de Jesus nos aponta a luz, a direção e o caminho do céu. Permitamos que essa luz do alto resplandeça em nossa vida e nos dê ânimo, fé e coragem!

E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.” (Mateus 17,2)

A Igreja nos dá a graça de celebrarmos hoje a Festa da Transfiguração de Jesus, que, de tão importante por ter um sentido tão profundo para a nossa fé, merece uma celebração à parte na liturgia. Mesmo que nós meditemos este mesmo Evangelho em outros domingos, em outro dia, vale a pena meditar e celebrar o dia em que Jesus, bem antes de Sua morte, subiu à montanha sagrada e diante dos apóstolos Pedro, Tiago e João transfigurou-se, isto é, mudou a figura diante de Seus discípulos, o Seu rosto brilhou como o sol e Suas vestes brancas ficaram como uma luz única.
O que tudo isso tem a nos ensinar? Primeiro que Jesus nos dá a garantia e nos mostra aquilo que seremos, aquilo que a vida eterna vai transformar: o corpo do homem e da mulher será novo e ressuscitado em Cristo Jesus. E que receberemos uma nova veste, uma veste branca, única, transfigurada pelo amor divino. A veste do homem novo e da mulher nova não terá mais a mancha do pecado, do mal e nossa vida brilhará como a luz, como o sol. O brilho do Cristo Ressuscitado há de também resplandecer em nós!
Nós hoje celebramos a festa da luz, da luz que vem do céu, da luz que brota do Cristo vivo e ressuscitado, que ilumina a nossa vida. É importante dizer isso, porque, muitas vezes, no fundo da nossa alma, caminhamos na penumbra, na incerteza, no medo e na insegurança por não sabermos o que será da nossa vida depois. O pânico que a morte causa na vida de muitas pessoas! “O que vai ser de mim? Vou morrer um dia!”.
Ah, quando não nos alimentamos da eternidade, quando não recebemos a Eucaristia, que faz transfigurar e transparecer a vida nova do Cristo em nós, a nossa vida fica muito humana e terrena e perdemos a direção do céu. Ao transfigurar-se diante desses apóstolos Jesus lhes antecipa como será a ressurreição futura.
A transfiguração de Jesus, hoje, é para nos apontar a luz, a direção e o caminho do céu, e para que não percamos essa luz chamada Cristo Jesus. Permitamos que a luz, que vem do alto, resplandeça em nossa vida e nos dê ânimo, fé, coragem e a certeza de que, um dia, também estaremos gloriosos com Ele no céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

O Cristo transfigura nossa vida

Permitamo-nos ser transfigurados pela presença de Jesus no meio de nós

E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.” (Mateus 17,2)

Neste domingo, temos a graça de celebrar a Transfiguração do Senhor. O que é essa festa que nós estamos celebrando, hoje, com tanto amor? É a festa da Ressurreição antecipada, é a manifestação do Ressuscitado em meio ao caminho natural da vida humana, é a semente da ressurreição sendo manifestada a cada um de nós.
Cristo ainda vai passar pela Sua via crucis e pelo Calvário, mas Ele quer nos mostrar que, depois de toda cruz e via-sacra, o que nos espera é a vida nova, transformada e renovada. Do outro lado, a Festa da Transfiguração, onde nós contemplamos o Cristo glorioso e transfigurado na Sua aparência gloriosa acima de Moisés e Elias, n’Ele tudo se resume, completa-se e alcança a plenitude. É para Ele que nós devemos dirigir a nossa vida e o nosso coração.
Caminhando em meio às cruzes da vida, nos sofrimentos, nos desalentos que todos nós enfrentamos no dia a dia, não podemos tirar d’Ele o nosso olhar. Quando nós contemplamos o Cristo, como o Senhor e a razão da nossa vida, Ele mesmo transfigura aquilo que vivemos.
Transfigurar não é viver de aparências, pelo contrário, a transfiguração tira aquilo que é aparente, que nos deixa transfigurados ao mal, ao pecado e nos dá a verdadeira face do homem e da mulher de Deus configurados e semelhantes ao Cristo. Permite-nos, em meio às realidades humanas que nós vivemos e passamos, contemplar a glória que nos espera.
O caminho para sermos transfigurados, a cada dia, é o da contemplação. Contemplar o Cristo nos transfigura e nos transforma; contemplar o Cristo vivo e real no meio de nós transforma os nossos sentidos. Os nossos olhos contemplam a Sua glória, os nossos ouvidos escutam a Sua Palavra, a nossa boca proclama: “Senhor, é bom estarmos aqui, é bom estarmos na Sua presença”. O nosso corpo, o nosso ser, a nossa sensibilidade são transfigurados. Já não somos movidos pelos impulsos da carne, da nossa humanidade que, muitas vezes, nos impulsiona para o mal e para o pecado, mas em nós o desejo divino, o gosto pelo Céu, o gosto pela Palavra de Deus, o gosto pelos sacramentos e pela oração tomam conta de todo o nosso ser.
Permitamo-nos ser transfigurados pela presença de Jesus no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A oração é a antecipação da glória de Deus

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.” (Mateus 17,1-2)

Celebramos, hoje, a Festa da Transfiguração de Jesus. É uma festa porque a Transfiguração é a antecipação da Ressurreição de Jesus, é a possibilidade de contemplarmos o Ressuscitado que depois irá ressuscitar em definitivo, quando passar pela Via Crúcis.
O Mestre Jesus pegou três dos Seus discípulos, amigos mais próximos d’Ele, para revelarem o Seu segredo. Levando Pedro, Tiago e João para um lugar à parte, subindo a montanha sagrada eles puderam contemplar o Cristo glorioso, transfigurado e transformado. Mais do que isso, tudo aquilo que representa a Lei e os profetas. Jesus está à frente de Elias e de Moisés, porque Ele é o Senhor do tempo, porque o tempo n’Ele se consome na eternidade. Jesus, como o Pai mesmo está dizendo, é verdadeiramente o Filho de Deus. Os discípulos puderam, de forma antecipada, contemplar a glória futura.

É necessário buscar o Alto como o lugar da morada de Deus, e isso se faz por meio da oração

Caminhamos em meio a nossa Via Crúcis da vida diária, mas não podemos deixar de contemplar, adorar, glorificar e ter comunhão com a vida eterna. Não podemos deixar de buscar as coisas do Alto. Por isso, Jesus tirou os Seus para um lugar à parte, para conduzi-Los ao Alto.
Não é necessário sempre subir uma montanha ou um lugar mais alto, mas é necessário buscar o Alto como o lugar da morada de Deus, e isso se faz por meio da oração.
A oração é a antecipação da glória, é a nossa comunhão profunda com Deus, é o lugar da transformação e da transfiguração. É na oração que os nossos sentidos são renovados; os nossos sentidos se abrem para a graça de Deus.
Os olhos que tantas vezes só veem tragédias, horrores, medos, pavores precisam ser transfigurados para contemplar a presença de Deus no meio de nós. Os nossos ouvidos que escutam tantas coisas ruins e desastrosas, que entram para nós, nossos ouvidos precisam se abrir para ouvir o Senhor, para deixar Deus falar. A nossa boca que, muitas vezes, diz coisas negativas ou malditas, a nossa boca e a nossa língua precisam ser transfiguradas para contemplar, adorar e dizer: “Senhor, é bom estar na Sua presença!”.
Celebremos a Transfiguração do Senhor sendo convidados também para subirmos à oração, para deixarmos de lado os nossos afazeres, ocupações e preocupações para nos entretermos e entrarmos no coração do Mestre para adorá-Lo, glorificá-Lo e exaltá-Lo para que a Sua glória brilhe sobre nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um coração sensível, capaz de perceber tua presença na obra da Criação, nos irmãos do caminho, nos sinais dos tempos que vivemos. Faze-nos agradecidos por tanto carinho, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano, habitou entre nós e, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração sensível, capaz de perceber tua presença na obra da Criação, nos irmãos do caminho e nos sinais dos tempos que vivemos. Faze-nos agradecidos por tanto carinho, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano, habitou entre nós fazendo o Bem a todos e, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto queremos adorar, também nós nos extasiamos diante do Mistério de Jesus Eucarístico, encantados com sua Glória. Dá-nos a consciência de nossa sublime missão: receber o próprio Corpo de Cristo – fazendo-nos um com Ele, – não para possuí-Lo, mas para leva-Lo aos irmãos, até onde a nossa presença os possa alcançar, com o testemunho de uma existência que exale Amor e compaixão. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2020

Oração
Ó DEUS, que na gloriosa Transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias, e manifestastes de modo admirável a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do vosso Filho amado, e compartilhar da sua herança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.