segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

LEITURA ORANTE DO DIA - 12/02/2017



LEITURA ORANTE

Mt 5,17-19 - Amem-se

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que navegam pela web:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Mt 5,17-19.
- Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não mate. Quem matar será julgado." Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: "Você não vale nada" será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.
- Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.
- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno.
- Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno.
Refletindo
Jesus diz que não veio abolir  a Lei, os mandamentos, mas aperfeiçoá-los. Fala de um novo Reino onde para entrar é preciso que se supere os doutores da Lei, ou seja, é preciso não apenas conhecer a doutrina, os deveres, mas praticá-los, vivê-los.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo a Lei de Deus?
Você se recorda dos 10 Mandamentos?
Vale, neste momento, recordá-los:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade (fidelidade).
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.
Todos estes mandamentos têm sua centralidade no mandamento do amor.
Meditando
Recordamos ainda, os Bispos que, na Conferência de Aparecida, disseram sobre o discípulo: "Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)." (DAp 138)
Como vivo o mandamento do amor?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com todos os cristãos, o Hino do amor
HINO AO AMOR Pe. Zezinho, scj
Se eu desvendasse os mistérios do universo,
mas não tivesse amor;
se o dom das línguas eu tivesse em prosa e verso,
mas não tivesse amor,
seria um sino barulhento e falador!
Se eu conhecesse umas quinhentas profecias,
mas não tivesse amor;
se eu conhecesse todas as teologias,
mas não tivesse amor;
teria tudo, menos Deus a meu favor!
Amor é graça, amor é força amor é luz,
não é vaidoso, não derruba não seduz,
não sente inveja, nem orgulho nem rancor,
sabe perder mas não se sente perdedor.
Amor aplaude mas educa o vencedor
Amor perdoa mas educa o pecador,
não atrapalha não bloqueia: faz andar,
espera e crê, porque o amor sabe esperar.
Vem do passado, mas não é ultrapassado.
Tem seus limites o saber e a religião,
mas o amor aí não acaba nunca não (2x).
Agora vemos por imagens ou sinais,
mas o amor, aí, o amor é muito mais (2x).
mas o amor, ah, o amor é bom demais!
Há mil verdades do outro lado da janela,
mas o amor é a maior de todas elas!...
(CD Canções que a fé escreveu, COMEP)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sou uma pessoa convocada pela Palavra do Evangelho a viver integralmente a Lei que Jesus Cristo resumiu no amor. Assim posso viver o dia de hoje e todos os outros.

Bênção Bíblica
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
6º domingo do tempo comum, 12 de fevereiro de 2017


JUSTIÇA DO REINO

“Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, com certeza não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5,20)

Texto Bíblico: Mateus 5,17-37

1 – O que diz o texto?

No Novo Testamento, a “nova justiça do Reino” refere-se a uma justiça que se exprime na maneira de viver e na forma de proceder com os outros.
É uma justiça que radicaliza a nossa vida de tal modo que nos faz participar já do Reino messiânico.
A nova justiça é, antes de tudo, uma exigência de amor entre as pessoas.
Jesus recupera o sentido e o espírito da Lei e não a interpretação casuística.
A Lei é mediação para expandir-se em direção aos outros e a Deus. Nela mesma, não tem sentido, desumaniza. É legalismo.
Quando a Lei nos abre aos outros ela se revela carregada de humanismo; do contrário, cai-se no farisaísmo.
A preocupação de Jesus não era as minúcias da Lei, mas a prática do amor misericordioso, de modo especial em relação aos pobres e marginalizados. Com relação a isso Jesus foi radical.
Na vivência do amor não podemos descuidar nem da menor lei.
Quando estava em jogo a defesa da vida, Jesus não transigia.
Na relação com os outros somos chamados a ir além da Lei; não se contentar com a prática da lei em si, mas carregá-la de vida. Ela deve ser mediação para amar mais.
A vivência da lei também é processo; sempre podemos ir um pouco mais além dela.
A lei em si estipula um limite: daí o perigo de acomodar-se; a lei do amor, pelo contrário, não tem limites.
Jesus veio para alargar o horizonte do comportamento humano, nos libertar dos perigos do legalismo.
Jesus não fala aqui de controle, nem de medo e punição.
Segundo a mentalidade oriental, olho direito é o olho consciente, é o olho masculino, que domina, avalia e julga que quer vencer, e, às vezes, também matar, é o olhar do avarento que deseja possuir tudo.
O olho esquerdo é o olho inconsciente, o olho feminino, que aceita, admira, que observa e percebe.
A mão direita é a mão do realizador, daquele que se julga capaz de conseguir tudo que deseja; a mão esquerda, por sua vez, é a mão feminina, que recebe que é carinhosa, que toca e cura.
Aquele que vê tudo só com seu olho direito, que se apodera de tudo, alimenta uma divisão interior e acabará criando seu próprio inferno nas profundezas do seu ego; é o inferno de seu caos interior.
Aquele que pensa que pode controlar tudo com sua mão direita, reprime muitos impulsos oblativos e abertos de seu coração, e acabará lançado no fogo de suas regiões reprimidas.
O decisivo é integrar e harmonizar os dinamismos interiores para que o seguimento de Jesus não desemboque numa batalha interior que desgasta e alimenta sentimentos de culpa.
Para os judeus, a justiça não é tanto uma atitude passiva de imparcialidade, mas um empenho apaixonado em favor do direito das pessoas.
Por isso, justiça deve ser interpretada como misericórdia criadora, na linha profética de Israel, na linha messiânica de Jesus, em forma de não violência ativa, a serviço dos últimos da terra.
A justiça entra em cena nas relações entre Deus e seu povo e entre os homens. Ela está presente nos campos jurídico, social, ético e religioso. É um conceito dinâmico, que significa mais agir do que ser. De Deus e dos homens se diz frequentemente que fazem a justiça, praticam a justiça...
A justiça divina é vista como “a mais sublime bondade” ou uma “força que salva”.
A justiça de Deus, portanto, não é poder universal, mas amor aberto e libertador.

2 – O que o texto diz para mim?

A justiça não é uma virtude como as outras. Ela é o horizonte de todas.
Todo valor a supõe; toda a humanidade a requer. É aquela virtude que contém ou supõe todas as outras.
A palavra “justiça” evoca em 1º lugar uma ordem jurídica (“jus”, em latim), ou seja, o respeito à lei.
A noção moral é mais ampla: a justiça dá a cada um o que lhe é devido, ou seja, refere-se a uma igualdade entre as pessoas.
Mas, no sentido bíblico, “ser justo” é “ajustar-se” ao modo de ser e de agir de Deus.
A justiça adquire, então, um sentido muito mais profundo: a integridade do ser humano é o eco e o fruto da justiça soberana de Deus, da maravilhosa delicadeza com que Ele conduz o universo e cumula de dons as suas criaturas.
Esta justiça de Deus coincide com sua misericórdia, sua bondade, sua santidade...
Segundo os livros Sapienciais, a justiça é a sabedoria posta em prática.
É a sabedoria que ensina a temperança, a prudência, a justiça e a coragem...
A justiça divina é vista como “a mais sublime bondade” ou uma “força que salva”.
A justiça de Deus, portanto, não é poder universal, mas amor aberto e libertador.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Quando alguém busca a vontade do Pai com a mesma paixão com que Jesus a buscava, vai sempre mais além daquilo que pedem as leis.
Para caminhar em direção ao mundo mais humano que Deus deseja para todos, o importante não é contar com pessoas observantes de leis, mas com homens e mulheres que se pareçam com Ele, que se "ajustam" ao modo de agir do mesmo Deus; em outras palavras, a prática da justiça que é infinitamente superior à lei.
Aquele que não mata, cumpre a lei, mas se não arranca de seu coração a agressividade para com seu irmão, o desprezo ao outro, os insultos ou as vinganças, não se parece com Deus.
Aquele que não comete adultério, cumpre a lei, mas se deseja egoisticamente a esposa de seu irmão, não se assemelha a Deus.
Nestas pessoas reina a Lei, mas não Deus; são observantes, mas não sabem amar; vivem “corretamente”, mas não construirão um mundo mais humano.
É uma beatitude ter dentro de mim o desejo de um mundo melhor, no qual haja justiça.
Aquele que tem fome e sede de justiça não permanece imóvel, está “em busca”... e a busca da justiça não pode jamais se dar por terminada.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, a radicalidade exigida por Jesus pode, em princípio, assustar às pessoas; mas se trata de uma radicalidade que aponta para o coração.
Jesus aponta diretamente para a necessidade de viver em conexão constante com o que há de melhor em mim mesma, ou seja, ancorar meu modo de viver nas raízes de minha identidade profunda.
Somente a partir desse “eu profundo” é possível perceber que o que brota daí tem a marca do amor.
Esta forma de “ver” e de viver é mais importante que o culto.
Por isso, o texto insiste em priorizar a reconciliação antes de fazer a oferenda no altar.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Primeiro a justiça, depois o culto.
E essa interioridade, por sua vez, se expressa no modo de olhar e de agir.
Arrancar do coração todo olhar possessivo, toda ação egoísta.
O ser humano e o mundo carregam infinitas possibilidades de crescimento.
Há aí uma tarefa sem fim.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas:  Mateus 5,17-37
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho.
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Canção pela vida – Fx: 10 (02:49)
Autor: Zé Vicente
Intérprete: Zé Vicente
CD: Sol e Sonho
Gravadora:  Paulinas Comep

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/02/2017

Ano A


Mt 5,17-37

ou

Mt 20-22.27-28.33-34.37

Comentário do Evangelho

Uma fonte de bênção

Encontramos no texto deste domingo do livro do Eclesiástico (Eclo 15,16-17) ressonâncias de Dt 30,15-20, situado no longo e último discurso de Moisés. Aí achamos as duas vias apresentadas pelo Senhor para a decisão de cada membro do povo de Deus (cf. tb. Eclo 15,16b.17b), e uma forte exortação a guardar os mandamentos do Senhor (Dt 30,16.19b-20). É no cumprimento dos mandamentos da Lei de Deus que está a vida e a felicidade. A influente tradição deuteronomista insiste que o cumprimento irrepreensível da Lei é uma fonte de bênção (cf. Dt 28,1-14); sua rejeição, uma fonte de maldições (Dt 28,15ss).
O evangelho deste domingo, situado no início do longo “sermão da montanha” (5–7), começa por eliminar um equívoco (v. 7a) que, certamente, perdurou por longo período e foi ocasião de disputas não somente entre Jesus e os seus contemporâneos, mas entre judeus e cristãos. O modo como Jesus interpretava e punha em prática a Lei de Moisés desconcertava a tal ponto que fazia com que seus contemporâneos e a geração posterior pensassem que ele desprezava e revogava a Lei de Moisés. As antíteses que se seguem (vv. 21-37) são o exemplo claro de que Jesus ultrapassa a letra da Lei, superando um rigorismo sufocante, considerado um fardo pesado que impedia de entrar na finalidade própria da Lei, dada por Deus ao seu povo para preservar o dom da vida e da liberdade. Parece que é exatamente isso que Jesus quer dizer ao afirmar que, para a comunidade que ele reúne, a justiça, isto é, o modo de proceder em conformidade com a vontade de Deus expressa na Lei, deve superar o rigorismo dos escribas e fariseus (cf. v. 20). É em Jesus que a Lei e os profetas alcançam o seu pleno cumprimento e sentido, pois apontam para ele. A expressão “Lei e os profetas” é um modo bíblico de designar a Escritura na sua totalidade. Esses dois termos estão intrinsecamente relacionados: a Lei é necessária para atestar e confirmar a veracidade da profecia; a profecia é necessária para interpretar e pôr corretamente em prática a Lei. Jesus não revoga a Lei de Moisés, mas, agora, na plenitude dos tempos, ela precisa ser interpretada à luz da revelação de Jesus Cristo (cf. Mt 5,17; 7,12; 22,40). No centro dessa “nova justiça” estão o amor, o perdão e a reconciliação, a misericórdia, a unidade e o acolhimento, que incluem e integram a todos na comunhão com Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, guiado pelos ensinamentos de Jesus, revela-me teu querer divino, livrando-me de dar-me por satisfeito com a observância superficial dos teus mandamentos.
Fonte: Paulinas em 16/02/2014

Vivendo a Palavra

A Lei Nova trazida por Jesus – o Amor – é uma seta que aponta a direção em que devemos caminhar com criatividade e liberdade, até que chegue o nosso dia de receber o abraço definitivo do Senhor. A Lei Antiga, de Moisés, era como uma cerca, prescrições a serem observadas e cumpridas. Seguir o Mestre requer vontade e coragem.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2014

Recadinho

De sua boca saem palavras boas somente? - Você procura praticar a justiça, custe o que custar? - Você vive bem com todos? - Você procura manter a palavra dada? - Dê seu testemunho sobre o Matrimônio cristão.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 16/02/2014

Meditando o evangelho

EU, PORÉM, VOS DIGO ...

O elenco de antíteses, proclamadas por Jesus, tem um caráter polêmico, a começar pela introdução: "Vocês ouviram o que foi dito (por Deus) aos antigos". Ele se referia aos pais do povo hebreu mormente os que haviam recebido a Lei no Sinai e fizeram a primeira tentativa de explicá-la para o povo. Por conseguinte, Jesus não se referia aos rabinos de seu tempo e sim a quem recebera de Deus o encargo de transmitir sua Lei ao povo.
Este era o ensinamento questionado por Jesus. Ensinamento de origem divina, cuja autoridade era inquestionável. A ousadia do Mestre era patente!
A este ensinamento venerável e tradicional, Jesus pretendia contrapor outro mais radical, também em conformidade com o querer divino. E não algo puramente humano, sem transcendência. O ensinamento saído de sua boca, diferentemente daquele dos mestres antigos, estava em perfeita sintonia com Deus.
Jesus não se colocou na contramão do Deus do Antigo Testamento. Tendo-lhe sido dado todo poder, no Céu e na Terra, estava suficientemente autorizado para penetrar no âmago dos mandamentos do Decálogo e extrair um sentido muito mais radical do que até então se lhe atribuía. Seu ensinamento superava a materialidade da letra dos mandamentos, revelando o espírito neles subjacente. Neste nível profundo, Jesus revelava também o verdadeiro projeto de Deus para a humanidade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, guiado pelos ensinamentos de Jesus, revela-me teu querer divino, livrando-me de dar-me por satisfeito com a observância superficial dos teus mandamentos.

REFLEXÕES DE HOJE


12 DE FEVEREIRO-DOMINGO
https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMILIA DIÁRIA

Coloque em prática os mandamentos da Lei de Deus

O mundo em que vivemos precisa conhecer a vontade de Deus, e o modo do mundo conhecer a vontade de Deus ocorre quando, aqueles que conhecem a Deus e são próximos do Senhor, colocam em prática os mandamentos do Senhor.

”Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás” (Eclo 15, 16).

A Palavra de Deus, que meditamos no dia de hoje, nos chama a atenção para observarmos os mandamentos da Lei de Deus, porque só tem vida em Deus aquele que guarda e observa os mandamentos e os preceitos do Senhor. O mundo em que vivemos precisa conhecer a vontade de Deus, e o modo do mundo conhecer a vontade de Deus ocorre quando aqueles que conhecem a Deus e são próximos do Senhor colocam em prática os mandamentos do Senhor.
Por vezes, algumas pessoas têm dificuldade de ver isso e dizem: “Mas eu vou confessar o quê? Eu não tenho pecado! Eu não roubo, eu não mato, eu não cometo adultério”. A nossa noção de observar os mandamentos ou de deixar de observá-los ocorre só quando cometemos coisas grandes demais. E hoje o Evangelho nos chama atenção para isso, que não é bem assim, pois não matamos alguém só quando pegamos em uma arma não! Porque todo aquele que se encoleriza, tem raiva do seu irmão, fica irado contra ele, revoltado, odeia o seu irmão, será réu em juízo. Por isso é necessário não só não matar, mas é necessário ter paciência com o nosso irmão. Todas as vezes em que nós perdemos a paciência uns com os outros a ira toma conta de nós e pecamos contra este mandamento: ”Não matar”.
Dizemos: “Eu nunca cometi adultério!” Ou “Eu não traí a minha esposa” Ou “Eu nunca fiz isso ou aquilo”, mas o Senhor nos diz que todo aquele que olhar para a mulher do próximo com o desejo de possuí-la já cometeu adultério no seu coração [cf. Mt 5, 27-28ss]. Adultério não começa com o ato; o adultério e os pecados da carne começam com os desejos, por isso, não basta não cometer isso ou aquilo, é preciso ter a pureza no coração. O homem não pode olhar para a mulher como um objeto, a desejando, deixando os pensamentos e os devaneios tomar conta da sua mente. Da mesma forma a mulher não pode olhar para outro homem e, simplesmente, desejá-lo, cobiçá-lo e deixar seus pensamentos irem longe.
O mal precisa ser combatido pela raiz, prestemos atenção àquilo que vemos na internet, aos lugares aonde vamos, para que não cresça dentro de nós o desejo e a cobiça. Não, eu não preciso jurar, mas Jesus hoje nos diz: Que o vosso sim, seja ”sim” e o vosso não seja ”não”. Ou seja, não mentir quer dizer ser autêntico, não ter duas palavras, duplicidade naquilo que nós falamos.
Algumas vezes, nos acostumamos com pequenas mentirinhas e achamos que essas pequenas mentirinhas não dizem nada; no entanto, elas vão tirando nossa autenticidade. Nós deixamos de acreditar em pessoas que numa hora dizem uma coisa, noutra hora outra dizem outra coisa. E pior ainda: a pessoa que fala uma coisa para alguém e, para outra, ela diz algo diferente. Ao agirmos assim nós vamos perdendo a nossa autenticidade.
Que Deus, hoje, nos dê a graça de nos revermos por dentro para colocarmos em prática os Seus mandamentos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 16.02.2014



Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a compreender que o caminho da santidade que nos propões não se satisfaz com a obediência a prescrições, mas exige a nossa entrega total aos companheiros de jornada que colocaste ao nosso lado no caminho do teu Reino. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2014

Preces – VI Domingo do Tempo Comum – Ano A


Sacerdote: Irmãos e irmãs, reunidos nesta Celebração Eucarística, fonte e ápice da vida da Igreja, através da qual a graça de Deus se derrama sobre o mundo inteiro, apresentemos as nossas intercessões pela Santa Igreja e por todos os homens e mulheres:

1. “Ensinai-me a viver vossos preceitos” (Sl 118). Vós, que através do Papa, dos Bispos e dos Padres, conduzis e ensinais o vosso povo, sede sempre o refúgio e a fortaleza dos nossos pastores e fazei que os fiéis reconheçam a vossa voz no que eles ensinam. Rezemos ao Senhor.

Todos: Senhor, escutai a nossa oração!

2. “Eu, porém vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo” (Mt 5, 22). Jesus, de coração manso e humilde, tornai o nosso coração semelhante ao vosso e fazei-nos afogar o mal na abundância do bem. Rezemos ao Senhor.

3. “Eu, porém vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 28). Deus, que sois a fonte da pureza, não permitais que sejamos ocasião de queda para ninguém, mas fazei-nos amar a virtude da castidade e vivê-la de acordo com o nosso estado de vida. Rezemos ao Senhor.

4. “Seja o vosso ‘sim’: Sim e o vosso ‘não’: Não. Tudo o que for além disso vem do Maligno” (Mt 5, 37). Fazei-nos humildes e firmes nos vossos preceitos, para que nem a nossa própria fraqueza, nem o desejo de agradar os outros, nos faça renunciar às vossas Palavras de Vida Eterna. Rezemos ao Senhor.

5. “O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram” (1Cor 2, 9). Quando for muito difícil viver vossos preceitos, aumentai em nossos corações a esperança da glória do céu onde esperamos contemplar-vos juntamente com nossos irmãos defuntos que confiamos à vossa misericórdia. Rezemos ao Senhor.

Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que nos mandais amar sem medida, derramai sobre nossos corações a caridade do Espírito Santo, para inflamados por tamanho amor vos amemos acima de tudo e amemos a todos por vossa causa. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém.