sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/02/2015

ANO B


Lc 5,27-32

Comentário do Evangelho

A mesa é símbolo da comunhão

O olhar de Jesus sobre uma pessoa é como o olhar de Deus que vê o coração e perscruta a alma. Assim Jesus vê Levi sentado na coletoria de impostos. O banquete oferecido por Levi em sua casa é festa: por ter encontrado aquele por quem passaria a viver e por começar para ele uma nova etapa da vida, transformada pelo encontro com o Senhor. Os seus amigos estão presentes, um grande número de publicanos, reconhecidos pelos judeus praticantes como impuros, pecadores públicos, pessoas na casa de quem um justo não poderia entrar nem assentar-se à mesa, sob pena de tornar-se impuro. A mesa e a refeição são símbolos de amizade, comunhão, acolhida e antecipação do banquete escatológico. Eis a razão da murmuração dos escribas e fariseus. Mas não há quem Jesus não acolha nem quem não possa acolhê-lo. O amor de Deus, sua misericórdia, tem absoluta precedência em referência a qualquer regra, inclusive em relação às regras de pureza que excluem pessoas da comunhão com Deus, do convívio fraterno. É a presença do Senhor que purifica e santifica a todos, e integra-os na comunhão com Deus. O nosso texto é ocasião para afirmar, com clareza, a missão de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, vivei em mim para que eu viva em vós.

Vivendo a Palavra

LITURGIA DIÁRIA - 21/02/2015


Tema do Dia

«Eu não vim para chamar justos, e sim pecadores...»

A leitura do Terceiro Isaías procura animar os repatriados a Jerusalém de volta da Babilônia para reconstruir não somente as pedras da cidade e do Templo, mas a sociedade, os laços humanos de fraternidade e justiça, conforme os antigos profetas.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consiga a vida eterna. Amém.

Sábado depois das Cinzas Quaresma
Cor: Roxo

Conheça a história de


Primeira Leitura (Is 58,9b-14)
Sábado depois das Cinzas - Sábado 21/02/2015

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Assim fala o Senhor, 9bse destruíres teus instrumentos de opressão, e deixares os hábitos autoritários e a linguagem maldosa; 10se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia.
11O Senhor te conduzirá sempre e saciará tua sede na aridez da vida, e renovará o vigor do teu corpo; serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas que jamais secarão. 12Teu povo reconstruirá as ruínas antigas; tu levantarás os fundamentos das gerações passadas: serás chamado reconstrutor de ruínas, restaurador de caminhos, nas terras a povoar.
13Se não puseres o pé fora de casa no sábado, nem tratares de negócios em meu dia santo, se considerares o sábado teu dia favorito, o dia glorioso, consagrado ao Senhor, se o honrares, pondo de lado atividades, negócios e conversações, 14então te deleitarás no Senhor; eu te farei transportar sobre as alturas da terra e desfrutar a herança de Jacó, teu pai. Falou a boca do Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

BOM FIM DE SEMANA!!! "As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está diante de nós." DEUS TE ABENÇOE.

BOM DIA!!! “Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.” Sl 94

ÓTIMO SÁBADO! “O casal e a família cristã edificam a Igreja. Os filhos são fruto precioso do casal.” São João Paulo II - "Quaresma! Tempo de Jejum, Jesus nos pede: Jejum do poder, do prazer, do ter. Eis o jejum quaresmal." Pe. Mauro Zndoná

LEITURA ORANTE DO DIA 20/02/2015



LEITURA ORANTE

20/02/2015

Mt 9,14-15 - Estar com Jesus é uma festa!



Preparo-me para a Leitura Orante,
em rede com todos os demais que, pela internet rezam,
com a oração de Tagore:
Dia após dia, Senhor de minha vida,
ficarei diante de ti,
face a face!
De mãos juntas, ficarei diante de ti, Senhor,
de todos os mundos,
face a face!

1. Leitura(Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio com calma o Evangelho de hoje, na Bíblia: Mt 9,14-15.
Então os discípulos de João Batista chegaram perto de Jesus e perguntaram:
- Por que é que nós e os fariseus jejuamos muitas vezes, mas os discípulos do Senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
O texto diz que Jesus vem trazer clima de festa, de alegria. O jejum que ele pede não é como o fazem os fariseus. O jejum que ele quer é um coração arrependido, é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados. Estar com Jesus é uma festa!

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Procurarei vivenciar o jejum recomendado por Jesus com atitudes de perdão e de partilha. Como bem disseram os bispos em Aparecida: “ Quando cresce no cristão a consciência de se pertencer a Cristo, em razão da gratuidade e alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. A missão não se limita a um programa ou projeto, mas em compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo (cf. At 1,8).” (DAp 145)

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja a
Oração da Campanha da Fraternidade 2015
Ó Pai, Alegria e esperança de vosso povo,
vós conduzis a Igreja, servidora da vida,
nos caminhos da história.
A exemplo de Jesus Cristo
e ouvindo sua palavra
que chama à conversão,
seja vossa igreja testemunha viva de
fraternidade
e de liberdade, de justiça e de paz.
Enviai o vosso Espírito da verdade
para que a sociedade se abra
à aurora de um mundo justo e solidário,
sinal do Reino que há de vir.
Por Cristo Senhor nosso
Amém!

4. Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Procurarei viver diante de Deus, na alegria de ser seu filho, sua filha.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
A quaresma é um tempo de penitência e de renovação. A liturgia nos convida a deixar tudo o que é velho em nós para abrir-nos à Vida nova que Cristo nos oferece pela sua entrega na Cruz. Como em um grande retiro de 40 dias, vamos nos preparando para a festa da Páscoa. Na caminhada quaresmal que estamos vivendo, Jesus hoje nos fala do jejum que deve ser praticado por ocasião da ausência do "noivo", ou seja, uma referência à sua morte. Peçamos a graça de compreendermos a Palavra que vamos meditar: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites.

1- LEITURA (VERDADE)
O que o texto diz em si?
Leia o texto e procure perceber o contexto do relato evangélico: lugares, pessoas e acontecimentos.
Quais são as palavras ou gestos de Jesus?
Qual é o tema que perpassa a discussão dos personagens?
Quem é questionado sobre a prática do jejum: Jesus ou seus discípulos?
De que jejum trata o texto?
O que significa a ausência do noivo?
É importante recordar que a Aliança que Deus realiza com o povo de Israel é representada pelo matrimônio. Jesus é o esposo messiânico. Assim sendo, enquanto Jesus está presente, os discípulos devem alegrar-se e somente jejuarão quando Jesus for tirado do meio deles. Leia calma e atentamente o texto e procure compreendê-lo.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
No relato bíblico, Jesus não está nem rejeitando e nem aprovando a prática do jejum, mas ele esclarece algo que os discípulos de João não haviam compreendido. O ritualismo no cumprimento do jejum não permitiu perceber o elemento fundamental: Jesus, a salvação, está no meio deles. Jesus é a plenitude da salvação e de todas as práticas de piedade.
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra do texto encontrou profunda sintonia com a minha vida, com as minhas atitudes?
Quais sentimentos o texto provocou em mim?
Procure acolher em poucas palavras o apelo que a Palavra de Deus despertou na sua oração. Permita alguns instantes de silêncio.

3- ORAÇÃO (VIDA)
Ainda em silêncio, faça sua oração. Apresente ao Senhor tudo o que você vivenciou neste momento de oração. Conclua com a Oração da Campanha da Fraternidade 2015: Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, vós conduzis a Igreja, servidora da vida, nos caminhos da história. A exemplo de Jesus Cristo e ouvindo sua palavra que chama à conversão, seja vossa Igreja testemunha viva de fraternidade e de liberdade, de justiça e de paz. Enviai o vosso Espírito da verdade para que a sociedade se abra à aurora de um mundo justo e solidário, sinal do reino que há de vir. Por Cristo Senhor nosso. Amém.

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
A prática do jejum precisa estar em profunda relação com a conversão interior, que nos abre para Deus e para os irmãos.
Qual é a aplicação da Palavra de Deus em minha vida?
O que me proponho a viver?
Como vou atingir este propósito?

BÊNÇÃO
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

- Que volte para nós o seu olhar. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Angela Klidzio, fsp


BOA NOITE!!! NÃO TEMERÁS ESPANTO NOTURNO, NEM SETA QUE VOE DE DIA. SL 91:5

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/02/2015

ANO B


Mt 9,14-15

Comentário do Evangelho

De que jejum se trata?

Jesus, sendo um judeu piedoso, deixaria de lado o jejum prescrito pela lei por ocasião do perdão dos pecados? Certamente não é a esse jejum que o texto faz referência nem pelo qual os discípulos de Jesus são criticados. Os fariseus, nós sabemos por Lucas, jejuavam duas vezes por semana, o que era para eles um ponto de vaidade (cf. Lc 18,12); dos discípulos de João, no entanto, não temos nenhuma notícia. Os fariseus que consideravam a si mesmos justos queriam impor a todo o povo as suas práticas ascéticas. É bastante provável que é disso que se trate. Jesus, antes de iniciar o seu ministério público, jejuou durante quarenta dias (Mt 4,2; Lc 4,2). Há, no Antigo Testamento, passagens em que um jejum puramente exterior, incapaz de transformar a vida da pessoa, é duramente criticado. Isaías e Zacarias, por exemplo, relativizam o jejum em face do amor e da misericórdia, que são exigências primordiais da Lei (Is 58,1-12; Zc 7). Jesus centra a prática do jejum na cristologia, a saber, é em relação à ausência do “noivo”, uma referência à sua morte, que o jejum deve ser praticado.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade.

Vivendo a Palavra

Os discípulos de João ‘faziam jejum’ – isto é, praticavam os atos rituais que a sua religião recomendava. Eles se esqueciam do jejum verdadeiro que o Senhor havia pedido através do Profeta Isaías e que Jesus e seus discípulos viviam em estado permanente: fazer o bem aos irmãos.

Reflexão

As práticas religiosas não podem ser simples ritualismos que cumprimos por costume ou tradição. Os fariseus e os discípulos de João faziam jejum, cumprindo os valores tradicionais da religiosidade de sua época, mas o cumprimento desses valores não lhes foi suficiente para que se tornassem capazes de reconhecer o tempo em que estavam vivendo e por quem foram visitados, de modo que não puderam viver a alegria de quem tem o próprio Deus presente em suas vidas e nem puderam usufruir de forma mais plena essa presença de graça. Somente quem viver uma verdadeira religiosidade que seja capaz de estabelecer um relacionamento profundo e maduro com Deus e perceber os seus apelos nos dos sinais dos tempos pode colher os frutos dessa religiosidade.

Comentário do Evangelho

O ESPOSO ESTÁ PARA PARTIR

Os discípulos de João, atrelados aos dos fariseus, ficavam incomodados com o comportamento dos discípulos de Jesus, no tocante à prática do jejum. Ao supervalorizar este ato de piedade, imaginavam estar dando mostras de santidade e de seriedade de vida. Não acontecendo o mesmo com o grupo de Jesus, concluíam faltar-lhes profundidade. Quiçá os considerassem levianos e desregrados.
Estas considerações não chegaram a influenciar a pedagogia de Jesus, no trato com os discípulos. Servindo-se da metáfora da festa de casamento, estabeleceu uma clara distinção entre o tempo de alegrar-se e o tempo de jejuar. O primeiro corresponderia ao tempo de sua presença, qual um noivo, junto dos que escolhera para estar consigo. Seria o tempo de festejar, comemorar, desfrutar de uma presença tão querida. O segundo diz respeito ao tempo de sua ausência, a ser consumada por meio da morte de cruz. Figurativamente, seria o tempo da ausência do noivo, no qual todos se preparam para sua chegada, e se privam de alimentos, em vista do banquete que será oferecido.
Portanto, os discípulos não jejuavam simplesmente pelo fato de terem ainda Jesus junto de si. O tempo em que o esposo lhes seria tirado estava se aproximando. Aí, sim, o jejum seria uma exigência, em vista de preparar-se para acolher a segunda vinda do Senhor.
Oração
Pai, desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.

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Dias virão em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão.




HOMILIA - Mt 9,14-15
O VERDADEIRO JEJUM
Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar”! Com estas palavras Jesus não aboliu nem o jejum e nem a oração.
Simplesmente Ele quis dizer aos discípulos de João Batista, e todos aqueles que ainda estavam presos ao passado que, jejum é feito em casos específicos, quando queremos servir melhor a Deus, quando estamos passando por tribulações, perseguições, doenças e calamidades, nos arrependimentos de pecados por nós e pelo povo, e conversões em massa.
Alías, Jejum, oração e boas obras são mencionados frequentemente por ambos judeus e cristãos. Oração não fica a frente do jejum, e boas obras, independente deles, mas como algo que os liga de dentro. O mais completo entendimento da oração é particularmente oferecido em conexão com o jejum. Quando nós olhamos o que é dito sobre a oração, e como ela é definida, nós podemos ver que a ênfase é naturalmente mais no estado do coração e alma que no corpo, como possível expressão da oração em geral.
Segundo São João Damasceno: “Oração é a subida da mente e do coração de alguém a Deus ou o pedido das boas coisas de Deus”.
Primariamente, a conversa com Deus como atividade espiritual é enfatizada. Todavia, há também a prática e a experiência de que não apenas pensamentos, conversa e atos espirituais por si só estão inclusos na oração, mas também é o corpo. A oração torna-se mais completa por meio do corpo e do movimento, que acompanha as palavras da oração. O corpo e seu movimento tornam a oração mais completa e expressiva para que ela possa mais facilmente envolver a pessoa inteira.
A unificação do corpo e da alma na oração é particularmente manifestada em jejuar e orar. O jejum físico torna a oração mais completa. Uma pessoa que jejua reza melhor e uma pessoa que reza, jejua mais facilmente. Desta forma, a oração não permanece somente uma expressão ou palavras, mas cobre o ser humano inteiro. O jejum físico é uma admissão para Deus diante dos homens que alguém não pode fazer sozinho e necessita de ajuda. Uma pessoa experimenta sua impotência mais facilmente quando ela jejua, e por isso, por meio do jejum físico, a alma está mais aberta a Deus. Sem jejum, nossas palavras na oração permanecem sem uma fundação verdadeira. No Antigo Testamento, os crentes jejuavam e rezavam individualmente, em grupos e em várias situações da vida. Por causa disso, eles sempre experimentavam a ajuda de Deus. Jesus confere uma força especial ao jejum e a oração, especialmente na batalha contra os espíritos do mal.
O jejum é um tipo de penitência no qual abrimos mão de algo que nos agrada, e oferecemos esse “sacrifício” por alguma boa intenção. E aqui entra um detalhe: só Deus precisa saber desse jejum! Não precisa sair por aí se gabando de jejuar, ou se mostrando abatido por causa do jejum! Pelo contrário, o verdadeiro jejum é feito escondido, para que somente o nosso Deus, que vê o que está escondido, tome conhecimento.
No evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não estavam em jejum porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de festa! E festa não combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de penitência, sigámo-l’O. Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo mão de certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus, a fim de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.
Pai, desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.
Fonte Padre BANTU SAYLA
HOMILIA
O jejum nos ajuda a romper com os vícios
Com a força de Deus, o jejum nos ajuda a romper com a escravidão dos vícios e pecados e a ter disciplina e autocontrole.
“Acaso o jejum que me agrada não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper com todo tipo de escravidão?” (Isaías 58, 6).


No Evangelho de hoje o tema do jejum vem à frente da discussão, porque os discípulos de João perguntam a Jesus por que eles e também os fariseus praticavam o jejum, enquanto os discípulos d’Ele não o praticavam. É como se Jesus lhes dissesse: “não adianta o jejum pelo jejum, é preciso o espírito e a disposição nova para vivê-lo”.
O jejum é a graça de nos desprendermos daquilo que pensamos, fazemos e somos para abraçar o Noivo que chegou. O Noivo é Jesus, Aquele que traz até nós a Sua noiva, que é a Igreja. A Igreja, em Jesus, nos leva ao coração do Pai. Então, com Jesus no meio de nós, nós acolhemos o jejum com alegria e não com espírito de tristeza, que, muitas vezes, essa prática espiritual nos leva a viver.
O jejum é mais do que necessário para moderar nossos impulsos, para termos mais controle sobre nossas ações e para sermos disciplinados. Mas há um tipo de jejum que agrada profundamente o coração de Deus, porque o jejum pelo jejum não nos salva, ele não produz frutos se não ele estiver ligado à libertação do nosso coração. Por isso, quer façamos um jejum mais rigoroso quer o façamos de modo mais simples, essa atitude deve provocar em nós conversão.
O jejum que agrada a Deus é aquele que nos ajuda a quebrar as cadeias injustas e a repararmos as injustiças que cometemos a quem prejudicamos. O jejum deve nos provocar a vontade de desligar as amarras do jugo. Quanto julgamento há entre nós! Muitas vezes, estamos amarrados a pessoas e as pessoas amarradas em nosso coração, porque as julgamos, as rotulamos e as tratamos com indiferença ou com preconceito.
Enfim, o jejum deve fazer romper em nós toda e qualquer escravidão, pois somos escravos dos alimentos e de outros vícios, como a bebida e o cigarro, da sexualidade errada, de comportamentos que não são adequados, da mentira, da fofoca. Enfim, há uma lista enorme de coisas que nos mantêm cativos e escravos, por isso precisamos da força de Deus para romper com o jugo da escravidão, romper com as práticas erradas da nossa vida e permitir que o nosso coração seja livre para amar e para querer bem o nosso próximo.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-jejum-nos-ajuda-a-romper-com-os-vicios/
Oração Final
Pai Santo, inspira-nos a praticar os exercícios quaresmais – jejum, esmola e oração – do jeito vivido por Jesus de Nazaré: vencendo nossos desejos e paixões, deixando o egoísmo pelo desapego e buscando permanecer na tua presença em orações tranquilas de escuta e alento para nossa alma. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.