ANO A
Jo 20,19-23
Comentário
do Evangelho
O
Senhor nos envia, da parte do Pai,o Espírito Santo.

Com a solenidade de
Pentecostes encerra-se o tempo da Páscoa. A promessa da vinda do Espírito Santo
feita por Jesus se realiza. A promessa do Espírito Santo para o testemunho dos
discípulos (At 1,8) se realiza hoje. Elevado à Glória celeste, o Senhor nos enviou
da parte do Pai o Espírito Santo que o conduziu ao longo de toda a sua vida,
para que também sejamos iluminados por ele, que é o dom de Deus oferecido a nós
para o testemunho de Cristo. O dom do Espírito é o dom dos tempos
escatológicos, o dom definitivo de Deus como cumprimento de toda a sua
promessa. Hoje, Deus derramou o seu espírito sobre “toda carne” (cf. Jl 3,1-5).
A humanidade inteira é destinatária desse poder que vem do alto. O Espírito é
dado para fazer compreender e viver a palavra de Jesus Cristo.
A festa cristã de
Pentecostes coincide com a festa judia de Pentecostes (cf. At 1,1). De uma
festa agrícola (Ex 12,15-17; Ex 34,22; Dt 16,10), o pentecostes judeu passou,
no período pós-exílico, a ser a festa comemorativa da renovação da Aliança do
Sinai (Ex 19,1). O adjetivo ordinal “pentecostes” indica o último dia de uma
série de cinquenta dias. Essa coincidência intencional das duas tradições tem
por finalidade fazer compreender que o Espírito Santo é a lei interna da
caridade. Todo o relato dos Atos dos Apóstolos precisa ser bem compreendido
para que o sentido do texto não se desvirtue nem a mensagem do texto seja
prisioneira de certas concepções equivocadas. O relato possui elementos
claríssimos da teofania do Sinai: barulho ensurdecedor, fogo, espanto (cf. Ex
19,16). São elementos que, na cultura bíblica de uma determinada época, indica
a presença do próprio Deus. O barulho enche toda a casa do mesmo modo que o
Espírito Santo enche todos os que nela estão (vv. 2.4). Depois de um elemento
sonoro, tem-se um elemento visual: “como que línguas de fogo” (v. 3). Essas
línguas de fogo simbolizam o poder de Deus que faz falar. O Espírito Santo é o
poder de Deus que faz falar as maravilhas de Deus (v. 11), sobretudo, o que
Deus fez por toda a humanidade por seu Filho Jesus Cristo. Não se trata, aqui,
de glossolalia, mas um modo de afirmar a universalidade da missão da Igreja: o
dom do Espírito impulsiona a Igreja a assumir cada cultura, a língua de cada
povo, para poder fazer chegar a cada pessoa a graça do amor de Deus manifestada
no Senhor Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que o teu Espírito Santo me recrie inteiramente, de modo a banir para longe de
mim todo medo e toda insegurança que me impedem de dar testemunho do teu Reino.
Vivendo
a Palavra
‘Cada um recebe
o dom do Espírito para a utilidade de todos.’ Lembremos que este é o critério
para discernir os dons do Espírito: eles são dados para a utilidade comum,
jamais para deleite pessoal ou uso egoístico. Nossos dons devem ser
reconhecidos com gratidão e desenvolvidos para serem colocados a serviço da
comunidade e do bem de todos.
Recadinho
Você transmite paz? -
Como se pode cumprir esta missão? - É fácil ser mensageiro depaz? - Você busca
o perdão de Deus? - Em que circunstâncias é possível buscar o perdão?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
RECEBEI O ESPÍRITO
SANTO
O dom do Espírito
Santo foi um elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros
cristãos. Com a ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa
descomunal: levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo. A missão exigiria
deles inculturar a mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das
mais variadas culturas. Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades,
perseguições e, até mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas
proviriam dos judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a
intransigência da liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um
rumo considerado inaceitável. Sem dúvida, não faltariam problemas dentro da
própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes
incompatíveis com a opção pelo Reino.
Os discípulos eram
demasiado fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande.
Jesus, porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito
Santo. Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidaram, antes, cumpriram,
com denodo, o ministério da evangelização.
O dom de Pentecostes
renova-se, cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não
permite que os cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado.
Oração
Senhor
Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me
capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que, pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa Igreja inteira,
em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do
Espírito Santo e realizai agora, no coração dos fiéis, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 08 DE JUNHO – DOMINGO
7 - Recebei
o Espírito Santo! - Padre Antonio Queiroz
VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO
Reflexão
Pentecostes
O ESPIRITO SANTO
Com a vinda do
Espírito Santo no dia de Pentecostes, os apóstolos partiram em todas as
direções do mundo para começar a grande obra de evangelização da Igreja. São
Pedro explica que “está acontecendo o que foi anunciado pelo profeta Joel: nos
últimos dias, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda carne, e
vossos filhos e filhas profetizarão…” (At 2,16s). São Paulo, por sua vez, é
preenchido pelo Espírito Santo antes de dedicar-se ao ministério apostólico,
como também santo Estêvão, quando foi escolhido para exercer a diaconia e, mais
tarde, testemunhou o martírio. O mesmo Espírito que inspira são Pedro, são
Paulo e os outros apóstolos desce também “sobre todos os que estavam escutando
a Palavra” (At 10,44).
“Com a ajuda do
Espírito Santo, a Igreja cresce” (At 9,31). O Espírito é a alma da Igreja. É
ele que dá a entender aos fiéis o significado profundo do ensinamento de Jesus
e do seu mistério. É o Espírito que, hoje como no início da Igreja, age em cada
evangelizador que se deixa possuir e conduzir por ele; que a todos sugere as
palavras que por si não saberiam dizer. É também ele que predispõe a alma de
quem o escuta para se abrir ao acolhimento da boa-nova e ao reino anunciado.
A evangelização,
com sua pedagogia e testemunho, deve ser conduzida pela ação do Espírito Santo,
que age no interior do cristão.
Supliquemos todos
os dias:
“Vinde, ESPÍRITO
SANTO, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso
amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra”.
Oremos: Ó Deus, que
iluminais os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei
que, pelo mesmo Espírito, saibamos o que é reto e gozemos sempre de suas
consolações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!”
D. Orani João Tempesta, O.Cist.
Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Reflexão
Pistas para a
reflexão:
- I leitura: A comunidade santificada pelo Espírito fala de modo que todos entendem.
- II leitura: Os dons recebidos do Espírito são para a edificação da comunidade.
- Evangelho: A presença do Espírito, prometido por Jesus, torna a comunidade acolhedora e reconciliadora.
Reflexão
Domingo
de Pentecostes
“ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, TAMBÉM EU VOS ENVIO: RECEBEI O ESPÍRITO SANTO!”
Primeira Leitura: Atos 2,1-11;
Salmo 103(104), 1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R.30);
Primeira Leitura: 1Coríntios 12,3b-7.12-13
Evangelho de João: João 20,19-23.
Situando-nos brevemente
Hoje, celebração de Pentecostes,
recordamos o dia em que a comunidade é revestida pela força do espírito Santo
para ser testemunha do Senhor ressuscitado, que a envia a anunciar o evangelho
a todos os povos, línguas e nações.
Esta festa ativa, em cada um de nós, a
vocação e a capacidade para o encontro, para o amor, para a união, para a
doação, como pede a aclamação ao evangelho: “Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.
No Pentecostes, o mistério pascal é
celebrado como um todo (morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito.)
Neste dia, o mistério pascal atinge sua
plenitude no dom do espírito derramado em nossos corações. Imbuídos deste mesmo
Espírito somos capacitados para o anúncio da Boa Notícia, sem temer
perseguições e morte.
Toda a comunidade é chamada a colaborar
com o Espírito da vida para renovar o mundo.
Recordando a Palavra.
A leitura do
evangelho de João acentua que o Espírito Santo é dom da Páscoa de Jesus. A exaltação
de Cristo, na cruz e na glória, é a fonte do espírito, que jorra do seu lado
aberto, da doação total de sua vida por amor. O Ressuscitado se manifesta na
comunidade reunida, no primeiro dia da semana, para celebrar o memorial de sua
Páscoa.
A sua presença comunica a verdadeira
paz, que o mundo não pode oferecer: “Jesus entrou e pôs-se no meio deles.
Disse: A paz esteja convosco” (20,19). A paz do Ressuscitado liberta do medo e
fortalece a fé dos discípulos, diante das adversidades e perseguições por
causa de sua mensagem.
Jesus, mediante a vida, a morte salvífica
e a ressurreição, revelou a paz como plenitude dos bens salvífico a que
confirma seus seguidores no caminho de fidelidade ao projeto do Pai. A paz é
dádiva da entrega total de Cristo, revelada nos sinais da paixão nas mãos e no
lado. O encontro com o Senhor faz compreender que a força da ressurreição, da
vida nova nasce do amor doado até o extremo da morte na cruz. Os discípulos “
se alegram por verem o Senhor” (20,20), o Ressuscitado, presente na caminhada
de fé, esperança e amor fraterno.
Como o enviado do Pai, Jesus confirma
os discípulos na missão: “Como o pai me enviou, também eu vos envio” (20,21).
Jesus manifesta a força do seu Espírito, que impulsiona os discípulos a abrir
as portas, para anunciar a paz e a alegria de sua ressurreição. O Espírito
Santo, prometido antes da partida (16,7), é sinal que plenifica a Páscoa de
Jesus e faz renascer a nova criação, a vida plena: “Então, soprou sobre eles e
disse: Recebei o Espírito Santo” (20,22). O sopro do Espírito remete a Gn 2,7, quando
deus soprou e fes renascer o ser humano, para receber o sopro da vida, do amor,
da verdade, afim de exercer a missão com eficácia.
Os discípulos, com a força do Espírito
do ressuscitado, são transformados e enviados para construir um mundo novo de
paz e de fraternidade. Eles são iluminados e guiados pelo Espírito, na
compreensão da missão salvadora de Jesus, o “Cordeiro de Deus, aquele que tira
o pecado do mundo” (1,29). O dom do Espírito de Jesus capacita os discípulos a
libertar o mundo das forças opressoras do pecado: “A quem perdoardes os
pecados, serão perdoados” (20,23). Em comunhão com Jesus, os discípulos
tornam-se instrumentos de reconciliação e de paz, portadores de sua
misericórdia, de sua bondade e perdão que renova o mundo.
A primeira leitura
dos Atos dos Apóstolos narra a manifestação do
Espírito Santo na comunidade reunida, para celebrar a festa de Pentecostes.
Essa festa antiga celebrava as primícias das colheitas (Ex 23, 14-16; 34,22).
Mais tarde, foi relacionada ao evento salvífico do êxodo, para celebrar a aliança,
o dom da Lei no Sinai. Juntamente com a Páscoa e as Tendas, Pentecostes
tornou-se uma das três grandes festas de romaria de Jerusalém (Dt 16,1-17). As
imagens do vento e do fogo evocam a revelação de Deus no Sinai, a aliança
firmada em sua palavra (Ex 19,16. 18; Dt 4,36). O vento ao ouvido e o fogo
caracterizam a ação do Espírito de Deus, que conduz os discípulos à escuta
atenta da palavra e ao compromisso missionário.
Os “judeus devotos, de todas as nações
que há debaixo do céu” (2,5), a diversidade de povos reunidos para celebrar a
festa de Pentecostes expressam o sentido universal da mensagem libertadora de
Jesus. A ação do Espírito de Deus realiza o anúncio profético: “Derramarei o
meu Espírito sobre os viventes” (Jl 3,1; cf. At 2,17). Os discípulos,
conduzidos pelo Espírito Santo, proclamam a Boa Nova de Cristo, que reúne os
povos na Lei do amor. Todos ouvem o anúncio das maravilhas da salvação,
manifestadas na vida, morte e ressurreição de Cristo, em sua língua, em sua
cultura. O testemunho do evangelho abre caminhos e congrega os povos na
comunhão fraterna, reconstruindo a unidade perdida desde Babel (cf. Gn 11).
O salmo 103 (104) é um hino de louvor que celebra o Deus Criador, que faz
resplandecer sua glória e sabedoria. O sopro de Deus assegura a existência às
criaturas e renova a face da terra: “Se a respiração lhes tiras, morrem e
voltam ao pó. Mandas teu espírito, são criados, e assim renovas a face da
terra”. O dom do Espírito Santo de Cristo glorificado anima e conduz os
cristãos no caminho da vida nova.
Na segunda leitura da
primeira carta aos Coríntios, o Espírito de Deus proporciona viver
a unidade da fé em Cristo, na diversidade de ministérios a serviços do reino.
Paulo afirma que ninguém é capaz de dizer: “Jesus é o Senhor”, a não ser pelo
Espírito Santo. O mesmo Espírito, que conduz à adesão da fé no Ressuscitado,
une também na diversidade de dons, de ministérios e de atividades. O dom do
espírito se manifesta em cada pessoa “em vista do bem de todos” (12,7), para a
edificação da comunidade. O amor em Cristo impulsiona a trabalhar e, benefícios
de todos, a fim de tornar o mundo melhor e mais humano.
O Espírito Santo guia no caminho de
identificação com Cristo, faz superar as barreiras para formar um só corpo, na
unidade da fé e do amor fraterno: embora sejamos muitos, formamos um só corpo
com Cristo (cf. 12,12). Não importa ser judeu ou grego, escravo ou livre, pois
em Cristo, “fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo” (12,13).
A fonte do mesmo Espírito, manifestada na vida, morte e ressurreição de Cristo,
alimenta o caminho batismal, a vida nova a ser testemunhada no cuidado especial
aos membros mais fragilizados da comunidade (cf. 12,22-23).
Atualizando a Palavra
A alegria da ressurreição se plenifica
com a manifestação do Espírito Santo, que transforma a vida dos seguidores e
seguidoras de Jesus. Fortalecidos pelo Espírito do Ressuscitado, os discípulos
anunciam a Boa-Nova da salvação em todas as línguas e culturas. O Espírito
Santo guia nossa missão, ajudando-nos a permanecer em comunhão com Jesus, como
ramos ligados à videira para produzir bons e abundantes frutos (cf. Jo
15,1-17). Iluminados e conduzidos pelo amor de Jesus ressuscitado, testemunhamos a vida nova no
Espírito.
O encontro com o Ressuscitado liberta
do medo e abre as portas para o anúncio da alegria, da
paz e da reconciliação, que une os povos na fraternidade. O Papa Francisco
afirma que é necessário ser evangelizado cm espírito, isto é, evangelizadores
que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo. No Pentecostes, o Espírito
Santo faz os Apóstolos saírem de si mesmos e os transforma em anunciadores das
maravilhas de Deus, que cada um começa a entender na própria língua. Além
disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do evangelho
com ousadia (parresia), em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo
contra a corrente. Invoquemos o Espírito, hoje, bem apoiados na oração, sem a
qual toda ação corre risco de ficar vã e o anúncio desprovido de alma. Jesus
quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras, mas,
sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus (Evangelii
Gaudium, 259).
O Espírito assegura a unidade da fé, na
diversidade de “dons, ministérios e atividades”, cuja finalidade é a edificação
da comunidade. “O Espírito Santo enriquece toda a Igreja evangelizadora também
com diferentes carismas. São dons para renovar e edificar a Igreja. Não se
trata de um patrimônio fechado, entregue a um grupo para que o guarde; mas são
presentes do espírito integrados no corpo eclesial, atraídos para o centro que
é Cristo, de onde são canalizados em um impulso evangelizador. Um sinal claro
da autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de se
integrar harmoniosamente na vida do povo santo de deus para o bem de todos. Uma
verdadeira novidade suscitada pelo Espírito não precisa fazer sombra sobre
outras espiritualidades e dons para se firmar a si mesma. Quanto mais um
carisma dirigir o seu olhar para o coração do evangelho, tanto mais eclesial
será o seu exercício. É na comunhão, mesmo que seja fadigosa, que um carisma se
revela autêntica e misteriosamente fecunda. Se vive este desafio, a Igreja pode
ser um modelo para a paz no mundo” (Evangelii Gaudium, 130).
O dom do Espírito Santo harmoniza todas
as diversidades, suscitando o amor e a fraternidade entre os povos. Conduzidos
pelo Espírito, formamos um só corpo em Cristo, que se completa com a vida e a
missão de cada membro a serviço do reino de Deus. Renovados pelo Espírito
Santo, como o Pentecostes, possamos falar a linguagem do amor, da justiça e da
paz, que une os povos na fé em Jesus ressuscitado. O Espírito de Deus, que
conduziu a missão Ed Cristo, permanece sempre conosco para guiar nosso caminho
de discípulos missionários.
Ligando a Palavra com a ação
eucarística.
Hoje, para levar à plenitude os
mistérios pascais, o Senhor derrama sobre nós seu Espírito (cf. prefácio).
Já no início, suplicamos que o Senhor:
“santifique a Igreja toda e derrame por toda a extensão do mundo os dons do
Espírito Santo” (oração do dia) e, de fato, o amor de Deus foi derramado em
nossos corações pelo Espírito do Senhor que habita em nós (antífona de
entrada).
O Senhor Ressuscitado se coloca no
nosso meio e sopra sobre nós. Dele recebemos o dom do Espírito Santo. Este
vento forte, fogo abrasador, nos tira da dispersão e nos faz sempre mais um só
corpo em cristo Jesus. Esse mesmo Espírito nos ensina a rezar. Sem Ele, como
diz\ o apóstolo Paulo, nós seríamos incapazes de dizer “Abba Pai”.
Do Espírito recebemos os diversos dons,
embora sejamos muitos membros, formamos um só corpo, pois todos nós bebemos de
um único Espírito.
Renascidos pela água e pelo Espírito,
nos tornamos comunidade de fé, presença e prolongamento do cristo ressuscitado
na realidade bem concreta, sobretudo lá onde se faz mais necessário, pois,
assim como Jesus, o Espírito é derramado sobre nós e nos envia para anunciar a
Boa-Nova aos pobres; para proclamar a liberdade aos cativos e aos cegos e
recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da
graça do Senhor.
Que hoje se cumpra em nós esta palavra
de Escritura e nos faça missionários sem-fronteiras.
Sugestões para a celebração
- Cuidar do espaço para que seja
expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio pascal, a fonte batismal, a
mesa da Palavra e a mesa eucarística. Preparar um candelabro ou um lugar
adequado para colocar as sete velas.
- É bom que façam parte da procissão de
entrada pessoas que exercem ministérios na comunidade.
- Durante o canto da sequência, os
membros da assembleia podem acender suas velas no círio pascal e nas sete
velas, mantendo-as acesas até o final d Evangelho.
- Após a homilia, pode ser feita a bênção
da água, em seguida a renovação das promessas batismais e, por último, a
aspersão.
- Dar destaque ao envio em missão,
utilizando a bênção solene para Pentecostes, conforme o Missal Romano.
- Os cantos sejam preparados com
antecedência, prevendo ensaios. O Hinário Litúrgico da CNBB possui ótimas
sugestões. As melodias estão gravadas no CD Liturgia XVI – Páscoa – Ano A.
Homilia da Solenidade de Pentecostes, por Pe.
Paulo Ricardo
Neste Domingo, a Igreja celebra a
grande Solenidade de Pentecostes. Jesus glorioso envia do Céu o Divino Espírito
Santo, convidando-nos a participar da comunidade de amor que é a Trindade.
É propícia para este dia uma reflexão
sobre o sacramento da Confirmação: primeiro, porque não raro nos falta entender
o que ele realmente significa; segundo, porque a festa de Pentecostes é como
uma memória do dia em que fomos ungidos com o santo Crisma: assim como os
Apóstolos trancafiados no Cenáculo por medo dos judeus foram convertidos pelo
Espírito em pessoas cheias de dons sobrenaturais, assim também nós, quando
recebemos este sacramento, tivemos nossas forças espirituais robustecidas por
ele.
Mas, de que se trata este sacramento?
Por que precisamos de uma “confirmação”? Primeiro, deve-se entender que o Espírito
nos pode ser dado em graus diferentes: no Batismo, nós já O recebemos, mas, na
Confirmação, quando o bispo impõe as mãos sobre o crismando e diz: “Recebe por
este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus”, há um aumento dessa realidade
dentro de nós. Fazendo uma comparação com o nosso desenvolvimento físico, o
Batismo é como o nosso nascimento e a Confirmação, como o nosso crescimento,
que nos impulsiona a chegar um dia “à estatura do Cristo em sua plenitude” [1].
Quando somos crismados, o sacramento
dá-nos duas coisas: a graça e o caráter. Este último é um selo do Espírito: é
recebido ainda que o crismando, infelizmente, esteja em estado de pecado. O
mais importante da Confirmação, no entanto, é a graça que ele nos dá de
testemunhar Jesus. Um cristão maduro, crismado, precisa dar testemunho de sua
fé. Quem ainda não recebeu este sacramento se assemelha aos Apóstolos fechados
no Cenáculo, ignorando o apelo de Cristo de que todos os povos fossem batizados
e ensinados a observar o que Ele os ordenou [2].
Para testemunhar Jesus, no entanto, é
preciso que nos livremos da pusilanimidade, do respeito humano, do desejo de
agradar as pessoas. Manifestar a fé cristã, mormente no mundo pagão de hoje,
significa necessariamente desagradar o juízo dos homens, tornar-se motivo de
zombaria e chacota. Não à toa a palavra “testemunho”, em grego, é μαρτυρία
(martyría). A fibra dos mártires, no entanto, só pode ser alcançada com o
auxílio do Paráclito, que Cristo nos prometeu na Última Ceia [3]. Pela
Confirmação, este Espírito desce sobre nós e “investe-nos” como soldados de
Cristo, a fim de que combatamos o diabo, o mundo e a carne, não mais “como
criancinhas recém-nascidas” [4], mas como cristãos verdadeiramente adultos.
Muitas vezes, porém, os sacramentos que
recebemos estão, por assim dizer, “amarrados” dentro de nós. Para que eles se
manifestem e deem frutos, é preciso que tenhamos atitudes concretas.
Primeiro, devemos obrigar-nos a
adquirir um conhecimento mais profundo sobre a fé cristã. Para testemunhar
Cristo íntegra e fielmente em nossa casa, em nosso emprego, no ambiente
universitário etc., é preciso que estudemos a fé da Igreja, os documentos do
Magistério e os ensinamentos dos santos. Além do mais, não se ama aquilo que
não se conhece. Como incendiar os outros com o amor de Cristo se nós mesmos não
O amarmos?
Segundo: como já dito, é preciso varrer
de nossa vida o respeito humano, que é incompatível com a valentia dos
soldados. Hoje, infelizmente, as pessoas sentem-se acanhadas, porque o mundo
colocou em suas cabeças que a fé é uma realidade privada e que, se a exercermos
em público, estaremos ofendendo os outros. Mas, isso não é verdade. Se o
ateísmo, que também é uma atitude religiosa, é ampla e publicamente vivido
pelos homens, por que não o Cristianismo?
Terceiro, o apostolado é inseparável da
vida cristã. “Caritas Christi urget nos – O amor de Cristo nos
impele” [5]. Se não transmitirmos a doutrina de Cristo aos outros, nós mesmos
terminaremos naufragando na fé.
Quarto, é importante pedir a Deus as
graças atuais para travarmos o bom combate, além de estar atentos às
inspirações de Deus. Para tanto, devemos combater não só o pecado mortal, mas
também os pecados veniais.
Essas orientações são, é claro, para
quem já recebeu a Confirmação. Quem ainda não a recebeu, é chamado a fazê-lo,
para que possa progredir no amor a Deus e pedir com mais fervor sobre si e
sobre as almas a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Referências:
Ef 4, 13.
Cf. Mt 28, 19-20.
Cf. Jo 14, 16.
1 Pd 2, 2.
2 Cor 5, 14.
Pentecostes - Liturgia de 08.06.2014
A voz do Pastor - Pentecostes - Domingo 08/06/2014
Reflexão
Solenidade de Pentecostes
O Evangelho de João nos apresenta
Jesus, na tarde do Domingo de Páscoa, soprando o Espírito sobre seus
discípulos, que estão reunidos no Cenáculo a portas fechadas com medo dos
judeus.
Colocar Jesus agindo na tarde de
Páscoa significa que Ressurreição e Pentecostes estão unidos. O Espírito vem
quando a Comunidade está reunida para celebrar a memória da morte e
ressurreição de Jesus.
O sopro de Jesus, dando o Espírito,
nos recorda o sopro do Pai sobre o homem feito de barro, dando-lhe a vida.
Jesus sopra sobre a Comunidade dando-lhe Vida, criando a Igreja.
Estar com as portas fechadas
significa o bloqueio em que se encontram para testemunhar Jesus Ressuscitado. É
a presença do Espírito que leva à continuidade da missão do Senhor, a instaurar
a vitória da Vida.
Medo é sinal de morte, por isso eles,
sem o Espírito estão amedrontados, ainda dominados pelo poder da morte. O sopro
de Jesus dá a Vida, dá o Espírito Santo que faz nova todas as coisas.
Essa nova Humanidade forjada pela
redenção, pela ressurreição de Jesus, porta o Espírito do Senhor para continuar
sua missão salvífica.
Evidentemente essa missão redentora
terá sua expressão no perdoar e no reter os pecados.
Pecado é ir contra a liberdade e a
vida. Se existe o arrependimento e o propósito de mudança, existe o sinal da
presença do Espírito. Contudo, se existe a perseverança no erro, na opção pela
morte, se torna impossível perdoar – restituir a vida – já que a opção da
própria pessoa foi a morte.
Entendamos, não é a Igreja que não
perdoa, ela não tem essa missão, ao contrário, ela trabalha o arrependimento
favorecendo condições para isso, mas depende da pessoa abrir ou não seu coração
ao Espírito. Será o Espírito, que é o Espírito da Vida, que provocará o
arrependimento, que perdoará.
Peçamos ao Espírito Santo, o Espírito
da Vida, da União, do Amor, que venha sobre nós, sobre as pessoas que amamos,
sobre todos e recrie em nós o Homem segundo o Coração de Jesus, segundo os
desejos de Deus. Assim, a partir de onde vivemos, o mundo será outro, será
verdadeiramente um mundo onde reina a justiça e a paz. Não tenhamos medo de
anunciar a Vida, de irmos contra a cultura de morte que nos é imposta através do
consumismo, da valorização do prestígio, do ter, do levar vantagem e de tantas
propostas que levam o Homem à escravidão e à morte.
Permitamos ao Espírito nos renovar,
destruir em nós aquilo que é caduco, voltado à finitude, nos recriando como
cidadãos livres!
Sejamos irmãos e filhos no Espírito.
Fonte Rádio Vaticana
HOMILIA
Recebei o Espírito
Santo
Hoje, no dia de Pentecostes se
realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia
de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo
20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostes renova e leva à plenitude
esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o
mistério pascal.
O Espírito que Jesus comunica cria no
discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem
lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas
línguas e não podem se entender. Em Pentecostes acontece o contrário: por graça
do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas
procedências e línguas.
O Espírito Santo é o Mestre interior
que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola
na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade
nova.
O primeiro dia de Pentecostes da era
cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em
oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito.
«De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e
encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de
línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).
Todos ficaram cheios do Espírito
Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham
sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a
tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.
O Espírito Santo, Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu
ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar
à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais
consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de
nosso interior de par em par.
Fonte Comentário: Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa.
(Barcelona, Espanha)
HOMILIA
Que o Pentecostes aconteça na Igreja e no mundo inteiro!
Que o Pentecostes aconteça na Igreja, em
nossas casas e no mundo inteiro! E que o fogo do Espírito Santo nos incendeie
para proclamarmos o Reino de Deus!
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em
outras línguas, conforme o Espírito os inspirava.” (Atos dos Apóstolos 2, 4)
Na alegria de celebrarmos o Pentecostes, a festa do nascimento da Igreja, o nosso coração se abre para se encher dessa graça sublime de Deus, que se chama “Espírito Santo”.
Ó dom do alto, dom maravilhoso de Deus, ó Espírito Criador, ó
Espírito santificador, ó Espírito Santo, como nós necessitamos de Ti! Como nós
queremos nos abrir para que Tu repouses sobre nós, para que a Tua graça atue em
nossa vida e faça de nós novas criaturas.
Nós hoje estamos, meus irmãos, como aquela Igreja primitiva:
seguindo Jesus, mas com medo, com receio, com dificuldade, com temores,
incertezas e inseguranças. O que podemos fazer para seguir o Senhor em
meio a tantas fraquezas e dificuldades da nossa parte e da nossa natureza tão
frágil e pecadora? Se olharmos para o horizonte, nossa vontade, muitas vezes, é
de desanimar. Se olharmos uns para os outros, muitas vezes, estamos cansados,
sem alento, por isso muitos desanimam e muitos perdem a esperança, porque
querem apenas soluções humanas para a realidade divina que é a Igreja e que
somos nós.
A verdade é que não podemos negar a nossa humanidade, mas também
é verdade que o Espírito vem em socorro da nossa humanidade, que Deus tem o
remédio, tem a graça e Ele se faz graça no meio de nós na força e no poder do
Seu Espírito.
Como a Igreja precisa todos os dias deste fogo de Pentecostes!
Como a nossa casa, a nossa família e a nossa vida precisam renascer cada dia
neste fogo do Pentecostes. O Espírito Santo de Deus é a água que sacia a nossa
sede e o fogo que queima os nossos pecados, que nos impele a ir adiante, para
anunciar, para proclamar ao mundo a salvação que Jesus nos trouxe. “O que vamos
falar, Senhor, se nem sabemos falar? Como vamos lidar com os homens e com a
realidade do mundo, sendo que, muitas vezes, o mundo parece nos engolir?”
perguntamo-nos. É que não vamos na força dos homens, vamos na força que nós
cremos, na força do Espírito.
O desejo de Deus para cada um de nós é o de que nos tornemos
plenos do Seu Espírito Santo para que sejamos realmente inebriados por essa
graça divina do Seu Espírito.
Hoje, Dia de Pentecostes, que o nosso desejo seja cada vez mais
firme e mais forte de sermos renovados e cheios do Espírito Santo. Que o
Pentecostes aconteça no meu e no seu coração! Que o Pentecostes aconteça na
Igreja, em nossas casas e em nossas famílias e que o fogo do Espírito nos
incendeie para irmos adiante e proclamarmos o Reino de Deus!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LEITURA ORANTE
"Recebam o Espírito Santo"
Solenidade de Pentecostes
Preparo-me para a Leitura Orante,
invocando o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo
20,19-23, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de
Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então
Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres
ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo:
- Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio
vocês.
Depois, soprou sobre eles e disse:
- Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses
pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Jesus atravessa as barreiras internas e externas
das pessoas. Com a vinda do Espírito Santo, o medo é vencido pela paz, a dúvida
e o desânimo com a identificação e o encontro com Jesus Ressuscitado.
2.
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus oferece a paz aos discípulos. E com a paz, oferece-lhes o Espírito Santo.
“Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda
à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos
haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja,
o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando
discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus
devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a
paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos
pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar
a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19)." (DAp 152)
3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com o papa Paulo VI:
Oração ao Espírito Santo
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
Aberto à vossa silenciosa
E forte palavra inspiradora,
Fechado a todas as ambições mesquinhas,
Alheio a qualquer desprezível competição humana
Compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
Desejoso de tornar-se semelhante
Ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte
Para amar todos,
Para servir a todos,
Para sofrer por todos!
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações,
Todo tédio, todo cansaço,
Toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte,
Constante até o sacrifício,
Quando for necessário!
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo
E cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai.
Amém.
4. Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, iluminado pela luz do Espírito Santo,
Leva-me a pensar e desejar com os bispos da América Latina:
“ O Espírito Santo, com o qual o Pai nos presenteia, identifica-nos com
Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos seus
filhos e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos
a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais, e nos identifica com
Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que
outros “tenham vida n’Ele”.” (DAp 137)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Vem, Espírito Santo, enche
os corações dos teus fieis e acende neles o fogo do teu Amor. Envia, Pai Santo,
o teu Espírito e tudo será criado. E assim renovarás a face da terra.