quinta-feira, 5 de julho de 2018

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/07/2018

ANO B


Mt 9,9-13

Comentário do Evangelho

Jesus inaugura um novo mundo

Os grupos típicos marginalizados pelo sistema religioso-político do Templo e das sinagogas eram os publicanos, prostitutas, gentios e doentes, enquadrados como impuros e pecadores, e excluídos pela Lei. O publicano, humilhado por este sistema, agindo como instrumento de coleta de impostos, na realidade era um explorado pelas elites abastadas, que o usavam como instrumento de enriquecimento. Os inúmeros critérios de exclusão servem para afirmar a superioridade e garantir privilégios de um grupo de poder. Jesus vem remover estas barreiras libertando e promovendo estes marginalizados. Os impuros e pecadores, com os quais Jesus comia, eram absolutamente excluídos da mesa dos fariseus e demais chefes religiosos. O "estar à mesa", isto é, a refeição partilhada, é um gesto profundo de comunhão e intimidade entre as pessoas. Com a referência ao profeta Oseias, "misericórdia é que eu quero, e não sacrifícios" (Os 6,6), Jesus vai inaugurando e consolidando sua prática renovadora para um mundo novo onde a fraternidade, o amor e a paz prevaleçam.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 06/07/2012

Comentário do Evangelho

A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.

Ninguém está excluído do seguimento de Jesus Cristo. O seu chamado exigente é para todos. Mateus, que Jesus chama ao seu seguimento, é coletor de impostos, isto é, pecador público (ver: Lc 19,7). O relato de Mateus omite que a refeição tenha sido na casa de Levi, ao contrário de Marcos e Lucas, que o dizem explicitamente (Mc 2,15; Lc 5,29). Em Marcos e Lucas, a refeição oferecida por Levi tem um tom de despedida de sua vida anterior. Aqui em Mateus, a impressão é que Jesus acolhe na sua própria casa os coletores de impostos e pecadores (cf. v. 10). O autor do quarto evangelho fará o Senhor dizer: “Na casa de meu Pai tem muitas moradas” (Jo 14,2). A pergunta dos fariseus é dirigida aos discípulos de Jesus (cf. v. 11), mas é Jesus quem toma a iniciativa de respondê-la (cf. v. 12-13), pois é a ocasião de explicitar sua missão: “De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (v. 13). A citação de Os 6,6 (“é misericórdia que eu quero, e não sacrifício”), e repetida em Mt 12,7, deve funcionar como princípio de ação. A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 05/07/2013

Comentário do Evangelho

Jesus vai onde estão os pecadores para encontrá-los.

“Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores para que se convertam” (Lc 5,32). Ninguém está excluído da salvação, desde que a aceite como dom e livremente. A missão de Jesus é para aqueles que precisam de médico (v. 12; Lc 5,31; Ex 15,26; Jr 8,22). Mateus, chamado por Jesus, é publicano e, como tal, considerado impuro pelo simples fato de sua profissão. O texto da língua original, ao contrário da tradução em vernáculo acima, não deixa claro se a refeição foi na casa de Mateus, ao contrário de Marcos e Lucas, que o dizem explicitamente (Mc 2,15; Lc 5,29). Aqui, no texto de Mateus, tem-se a impressão de que Jesus acolhe na sua própria casa os coletores de impostos e pecadores (v. 10). Talvez seja uma ambiguidade intencional: Jesus vai onde estão os pecadores para encontrá-los (Lc 15) e os pecadores são recebidos no Reino de Deus por Jesus. A citação de Oseias 6,6, ao mesmo tempo que descortina o mal dos que criticam a atitude de Jesus de acolher os pecadores, apresenta a misericórdia como objeto do desígnio de Deus para todo o povo. O sacrifício de nada serve se ele não ajudar a pessoa a ser “misericordiosa como Deus é misericordioso” (Lc 6,36).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 04/07/2014

Vivendo a Palavra

Jesus, o Mestre, chamou Mateus naquele dia e continua chamando – a todos e a cada um de nós! – pelos tempos a fora. É preciso que, conscientes de que o «Siga-me!» de Jesus se dirige pessoalmente a nós, façamos como Mateus e, largando tudo, acompanhemos os passos do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2012

Vivendo a Palavra

O Senhor busca a cada um de nós. Assim aconteceu com Levi. Foi chamado quando exercia seu ofício – tão odiado pelos compatriotas... – de coletor de impostos para os romanos. Tornou-se o grande apóstolo e evangelista Mateus. Estejamos atentos aos sinais dos tempos: neles pode estar contido o chamado de Deus para a nossa missão.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2013

Vivendo a Palavra

A coragem de Jesus de vencer preconceitos: não só chama para o seu grupo um cobrador de impostos, desprezado pelo povo, como vai até a sua casa e partilha a ceia com gente da mesma profissão. Aprendamos a superar nossa ansiedade para discriminar irmãos, apenas por que pensam diferente de nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus, o Mestre, chamou Mateus naquele dia e continua nos chamando pelo nome – a todos e a cada um de nós! – pelos tempos afora. É preciso que, conscientes de que o «Siga-me!» de Jesus se dirige pessoalmente a nós, façamos como Mateus e, largando tudo, acompanhemos os passos do Mestre.

Reflexão

Todos nós vivemos afirmando que Jesus é misericordioso, que veio para trazer a salvação para todas as pessoas e coisas do gênero, mas na hora da convivência com as pessoas, parece que não é bem assim, pois somos proibitivos e sabemos sempre evidenciar os erros e os pecados que são cometidos para provocarmos discórdia, separação e exclusão. É muito comum ouvirmos nas comunidades: "Eu acho que Fulano não pode participar de tal coisa porque ele fez isso e aquilo". Devemos crer que de fato não somos nós quem chamamos para o serviço do Reino, é Jesus quem chama e ele sabe muito melhor que nós quem está chamando e porque ele está chamando. A nós compete criar condições para que todos possam assumir a própria vocação.
Fonte: CNBB em 06/07/2012, 05/07/2013 e 04/07/2014

Recadinho

Quando faço um julgamento sobre alguém é de modo positivo ou negativo? - Considero-me uma pessoa doente ou sadia de coração? - Preciso de médico? De que tipo de médico? - - Por que Jesus estava comendo com cobradores de impostos e pecadores? - Para você, em que consiste seguir a Jesus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/07/2014

Reflexão

Jesus toca num ponto que mexe com a sensibilidade dos fariseus. Eram observantes da Lei divina e ferrenhos críticos em relação aos que a transgrediam. Ora, misturar-se com pecadores correspondia a afastar-se da Antiga Aliança. Muitos judeus religiosos desprezavam os cobradores de impostos e os consideravam pecadores. Jesus chama para segui-lo justamente um desses, Mateus. E mais: para demonstrar sua proximidade com os pecadores, Jesus faz refeição com eles. Foi como cutucar uma colmeia de abelhas. Todas ficam ouriçadas. Com língua afiada, os fariseus criticam a atitude do Mestre. E logo recebem a correção a seus pensamentos mesquinhos e maldosos: “Eu não vim chamar justos, e sim pecadores”. Jesus veio não para condenar, mas para salvar. Pela misericórdia.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

QUERO MISERICÓRDIA!

A censura dos fariseus por Jesus se ter sentado à mesa com os cobradores de impostos e os pecadores serviu de ocasião para explicitar um aspecto fundamental de sua ação missionária: no trato com as pessoas, buscava ser o máximo misericordioso, não se deixando levar por preconceitos, nem se desesperando quanto à possibilidade de conversão de seus interlocutores. Exatamente o contrário da atitude dos fariseus!
Como a missão de Jesus consistia em colocar-se a serviço dos pecadores, nada mais conveniente do que ser misericordioso para com eles. Sendo o Messias, podia dar-se ao luxo de assumir uma postura de juiz e condená-los desapiedadamente. Ou então, mantendo-se à distância, denunciar-lhes o pecado e tentar arrancá-los do mundo pecaminoso em que viviam. A opção de Jesus vai numa outra direção. Coloca-se no meio daqueles aos quais veio anunciar a salvação, exercendo sua missão mediante a partilha de vida. Este é o canal pelo qual o amor de Deus atinge aqueles que o preconceito religioso relegou à condição de malditos e condenados. Jesus salva pela misericórdia!
Sua ação pauta-se por uma lógica irrefutável: coloca-se entre os pecadores, por ter vindo para eles. Assim como os médicos vão em busca de pessoas doentes, Jesus vai ao encalço de quem, de fato, necessita ser salvo. Portanto, longe de estar agindo de maneira censurável, seu gesto é cheio de sentido divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de acolhimento, torna-me sensível e misericordioso, sobretudo, para com aqueles aos quais a salvação deve ser anunciada.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus chama Mateus, um escândalo para os Fariseus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___Olha São Mateus, o Senhor poderia nos falar sobre aquele dia que o Mestre passou na sua banca e o chamou para ser discípulo?
___Bom, foi um dia inesquecível, eu pensei que o Galileu fosse pagar algum imposto, mas de repente vi o seu olhar sobre mim, não era um olhar acusador como o da maioria do povo, mas era um olhar firme, que me deixou encantado, suas palavras apenas expressaram o que os seus olhos já me haviam dito...
___É Verdade que o Farisaísmo entrou em polvorosa?
___Nossa, e como ! Eles consideravam muito o Mestre e tinham grande admiração e respeito por ele, mas certas atitudes os desconcertavam, e esse chamado que ele me fez, ali diante deles, foi realmente muito desconcertante, imagine eu, um Cobrador de impostos, explorador do povo e a serviço do poder romano, ser chamado por Jesus. E o que é pior, ele foi jantar em minha casa naquela noite....Deu o maior "buchicho"
___Pois é, percebe-se no seu relato, eles começaram a "apertar" os discípulos, o por que desse jantar em sua casa...
___Sim, mas não só isso, meus amigos cobradores de impostos também vieram, achei que o Mestre iria nos fazer um discurso moralista, prá gente mudar de vida e ....
___Ué, mas então ele não pregou a palavra, não fez ameaças para vocês se converterem? Pensei que ele tivesse dado uma "dura" no seu grupo de pecadores...
___Pois é, eu também pensei assim, e até achava que aquele jantar seria bem chato, pelo clima que o Mestre iria criar. Mas...me surpreendeu o fato dele ter ficado á vontade em minha casa, sabe, parecia um de nós, comia, bebia, falava, ria de coisas gozadas que a gente falava, e uma hora até ameaçou uma dança, como era nosso costume....Foi uma festa imemorável, descobri que ele nos queria muito bem, apesar de sermos uns "casos perdidos".
___Então não foi o discurso ou ensinamento que te levou a mudar de vida e segui-lo?
___Não, de modo algum! Foi a sua atitude e o modo como se relacionou comigo e com os outros, Jesus é simplesmente encantador, é impossível não segui-lo, quando se experimenta o quanto ele nos ama... daí sim é que vem a conversão...
___Conclusão: daí o Império Romano perdeu um excelente cobrador, e o Mestre ganhou um novo discípulo, e nós enquanto igreja, ganhamos um grande Santo e Apóstolo...

2. UMA REFEIÇÃO SUSPEITA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os adversários de Jesus queriam submetê-lo a seus esquemas preconceituosos. Por isso, eram críticos mordazes de sua ação. Qualquer gesto ou palavra de Jesus era sempre motivo de comentários maledicentes, que deturpavam seu verdadeiro sentido.
A refeição com os cobradores de impostos e pecadores, vindos em grande número à casa de Mateus para almoçarem com Jesus, foi colocada sob suspeita. Os opositores de Jesus não podiam entender como um rabi que se prezava pudesse se misturar com gentalha daquele tipo, povo digno apenas de desprezo. Jesus, segundo eles, estava se rebaixando demais e, com isso, se desprestigiando.
O pensamento de Jesus seguia na direção oposta. O Pai lhe conferiu a missão de levar a salvação até os pecadores. O caminho escolhido por ele foi o da proximidade e da solidariedade. Sua ação era diferente da dos fariseus que tendiam a marginalizar toda sorte de pecadores. Jesus, de forma alguma, tornava-se impuro no contato com os pecadores. Antes, os pecadores eram limpos de seus pecados no contato com Jesus. Ele não pactuava com o modo de vida criticável dos pecadores. Pelo contrário, sua presença revelava a malícia contida no coração dos pecadores e urgia deles a conversão. Portanto, naquela refeição criticada Jesus estava no lugar adequado para cumprir a tarefa recebida do Pai.
Oração
Senhor Jesus, faz-me trilhar o caminho da solidariedade e da proximidade com aqueles a quem a salvação deve ser levada.
Fonte: NPD Brasil em 05/07/2013

HOMILIA

JESUS CHAMA MATEUS

O Evangelho de hoje nos diz que Jesus viu primeiro. Referindo-se a Mateus, é vê-lo na sua situação cotidiana: Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mas o olhar de Jesus é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece em Mateus um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai-Mãe, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.
Os capítulos depois do Sermão da Montanha, ou seja, os capítulos 8 e 9, narram a atividade de Jesus. Diríamos assim que se trata do programa de vida que proclamou no Sermão da Montanha como felicidade e paz para o povo é o que ele realiza com suas atitudes e obras. Dessa maneira, Mateus apresenta a atividade messiânica de Jesus no seio de seu povo. No meio desta atividade está situado o texto que a Igreja nos oferece para refletir neste dia. Cabe-nos perguntar por que o evangelista situa o chamado de Levi neste momento de sua narrativa.
Talvez a resposta esteja no último versículo que hoje lemos: Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos e sim pecadores, ou seja, o evangelista acha necessário esclarecer que o centro da missão do Messias é buscar o que estava perdido, curar os doentes, libertar os cativos, proclamar o ano de graça de misericórdia do Senhor! (Lc 4, 18-19).
Este é o reino que Jesus vem inaugurar e comunicar com sua vida, morte e ressurreição. E para ser partícipes e, mais ainda, colaboradores na expansão deste reino, todos(as), sem exceção, são convidados de uma maneira ternamente pessoal, rompendo qualquer norma ou preconceito que deixe alguém fora do âmbito deste reino.
Se olharmos agora para Levi, cobrador de impostos, é, sem dúvida, uma das pessoas que na época de Jesus sofriam a exclusão. Não eram queridos pelo povo por causa de seu trabalho ganancioso. Eram considerados impuros por parte das autoridades religiosas judaicas, e para o império romano não eram mais que um dos últimos degraus na escada da opressão que exerciam sobre o povo. Por essa razão, é escandaloso para os judeus e também para os discípulos de Jesus, que ele chame Mateus para ser seu seguidor! E, como se isso não bastasse, vai à sua casa e se senta à sua mesa.
Se considerarmos a casa como símbolo da história da pessoa, e partilharmos sua mesa assim como a sua intimidade, podemos entender que o evangelista está mostrando que Jesus, quando chama Mateus, o faz dentro de sua própria história com suas luzes e sombras. A resposta que Jesus dá aos fariseus revela seu conhecimento da vida de Mateus, que o faz “merecedor” de uma atenção privilegiada por parte dele: As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.
Esta maneira de olhar que Jesus tem é, por assim dizê-lo, revolucionária porque está carregada de compaixão e misericórdia. Por isso, não julga nem condena o cobrador de impostos, antes é capaz, sendo conhecedor de sua fraqueza e também de seus erros, de convidá-lo para uma vida diferente que brota da amizade com Ele.
E aqui podemos nos lembrar das palavras do Evangelho de João, quando Jesus fala da amizade: ”eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que o ouvi de meu Pai” (Jo15,15b).
Mas Jesus continua e diz para ele: “Segue-me!”. Abre-se diante de Mateus a possibilidade de um caminho novo, impensável até esse momento. É convidado a deixar de ser uma engrenagem do império opressor, para passar a ser íntimo colaborador na construção de um reino de liberdade, justiça e solidariedade.
Deixemos que Jesus passe e nos olhe no nosso dia-a-dia e, como Mateus, tenhamos a coragem de acolher esse olhar e a proposta que dele brota. Sem dúvida, nossa vida passará a ser diferente e poderemos também ser parte deste círculo aberto, inclusivo e integrador de amigos e amigas de Jesus que continuam lutando pela sua mesma paixão: o ser humano e a casa em que ele habita!
Senhor Jesus, faze-me trilhar o caminho da solidariedade, para que eu me aproxime daqueles aos quais deve ser levada a salvação.
Padre: Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A escola da misericórdia e comunhão

Postado por: homilia
julho 6th, 2012

O Evangelho de hoje tem como contexto as diversas manifestações do poder de Deus em Jesus Cristo. Por isso, ao chamar um publicano, ou seja, alguém considerado pecador público, o Senhor acaba por revelar o tipo de poder que, realmente, Lhe é próprio: o amor misericordioso!
Jesus Cristo, como revelador do Pai das Misericórdias, na unção do Espírito Santo, não somente chamou a Mateus – “Segue-me” (v.9) -, mas aceitou entrar em sua casa e tomar a refeição com ele e muitos outros convidados, que também eram desprezados pelos líderes religiosos do Seu tempo.
Interessante o texto também dizer que, juntamente a Jesus, estavam os Seus discípulos; tanto assim, que foram eles os questionados pelos que se autodenominavam “justos”, “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores” (v.11). Quem respondeu a questão foi o próprio Jesus, não como uma pessoa intrometida num assunto que não lhe diz respeito, mas como a Razão fundamental do ser e do agir do discípulo: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes” (v.12). Desta maneira, o senhor se apresenta como o Médico dos médicos, que veio sarar a todos, inclusive aqueles que O escutam com um coração fechado à revelação plena do Amor que salva, cura e liberta! Quer pior doença?
Jesus Cristo não veio para alguns, mas para todos, uma vez que não existe um ser humano naturalmente são depois que o pecado entrou no mundo. Até a Virgem Maria, criada imaculada, somente o foi por aplicação antecipada dos méritos de Cristo! Um milagre, tendo em vista a Encarnação do Verbo! Deus assim O quis! Também ela teve de passar pela escola da misericórdia e da comunhão. Com certeza, nunca houve melhor aluna tornada mestra!
Por isso, ouvir, hoje e sempre, de Jesus e “aprendei pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’” (v.13), significa que Ele não esteve contra os sacrifícios rituais, tampouco ciente de que esta vida pede sacrifícios habituais. Mas revela-se opositor da prática de qualquer rito ou ato humano vazio do verdadeiro amor. Também quer dizer que a nossa escola de misericórdia e comunhão comum será sempre o ser e agir do próprio Cristo. Ele não somente ensina, mas, pela ação do Espírito Santo, nos capacita à escuta e à prática da Palavra. Quanto à matrícula? Não é necessário a competição ou vigílias para conseguir uma vaga, apenas crer e reconhecer que o próprio Jesus preencheu, com o mistério de sua vida, Paixão, Morte e Ressurreição, o indispensável para sermos admitidos em Sua Igreja, sinal e canal de misericórdia e comunhão.
Sei que não merecemos tanto! Mas Ele nos ama, porque nos ama mereceu tudo isso e muito mais para nós! Basta agora, livremente aceitar-se amado (a) e assinar com uma vida, a qual se deixa melhorar pelo amor de Deus. E mais: será preciso não nos esquecermos de que, infelizmente, ainda somos ou estamos pecadores, porque pecamos. E quando isso acontecer, retomemos o aprendizado, ainda que seja humilhante por parte das nossas fragilidades. Mas não tem por que ficar no pecado nem perder a esperança, pois “De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (v.13).
Numa escola assim, as férias são desnecessárias, pois o ano letivo começa nesta vida e a formatura nos aguarda em Céu Novos e numa Terra Nova! (cf. 1Pd 1,3-5).
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 06/07/2012

HOMILIA DIÁRIA

Não podemos discriminar ninguém

Não podemos discriminar ninguém; ao contrário, precisamos acolher a todos.
“Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’” (Mt 9,12-13).
Hoje, as pessoas estão escandalizadas em volta de Jesus. Primeiro, porque Ele acolheu Mateus – o qual se tornou o evangelista do Evangelho que estamos meditando. No entanto, Mateus era um cobrador de impostos, e você sabe que isto era muito mal visto, porque, na verdade, ele cobrava tributos indevidos do povo, o que fazia com que os cobradores fossem muito mal vistos pela população.
A forma como o cobrador gastava esse dinheiro era vergonhosa. E o povo sofria por causa disso. Mas esse cobrador de impostos, chamado Mateus, conheceu Jesus e Este mudou sua vida. Por isso Jesus diz a ele: ‘Segue-me!’. A partir disso, ele deixou tudo para seguir o Senhor.
Sabe, meu irmão, minha irmã, nós, muitas vezes, queremos condenar a proximidade com que a Igreja e todos nós precisamos ter com os pecadores.
Não podemos discriminar ninguém; ao contrário, precisamos acolher a todos. Mas é claro que não basta só acolher, pois amar é a primeira e a mais importante das decisões que precisamos ter para com todos os filhos de Deus.
Todos aqueles que vivem em pecados grandes dentro de casa – como o pai que não compreende o filho, porque não o aceita como ele é; às vezes, drogados, sujos, com isto ou com aquilo – é para esses que o Senhor veio.
Os que já estão limpos, justificados, já tem Deus. Ele veio para aqueles que ainda não O têm, e nós precisamos levar Deus, saber que Ele, em primeiro lugar, quer estar com esses que ainda não conhecem o Seu amor e a Sua misericórdia.
Deus abençoe você!
Padre Roger AraújoComunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 05/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

A misericórdia de Deus nos salva, nos renova e nos purifica

É na casa do Senhor que se reúnem os pecadores para que ali a misericórdia de Deus os renove, os lave e os purifique!
“A­prendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9, 13).
Nós hoje vemos Jesus convidando Mateus, o cobrador de impostos, que estava na coletoria de impostos quando ouviu a voz do Mestre: “Segue-me!”, e daquela hora em diante levantou-se e tornou-se um discípulo de Jesus.
Jesus, por outro lado, senta-se à mesa na casa de Mateus e, enquanto estavam fazendo a refeição, também vieram muitos cobradores de impostos e pecadores também se estavam à mesa com o Senhor e com Seus discípulos. Aos olhos dos fariseus, aos olhos daqueles que parecem muito puros aquela cena causou estranheza, constrangimento, uma confusão no interior: “O que o Mestre, o que Aquele que se diz Senhor, está fazendo? Ele está sentando à mesa com os pecadores!?”.
Ao ver a forma como eles reagiram, o Senhor responde de forma clara e objetiva: “Não é quem tem saúde que precisa de médico, mas sim quem está doente”! Portanto o Reino de Deus, a presença de Cristo neste mundo é por causa dos doentes, é por causa dos pecadores; são eles que precisam d’Ele, diz Jesus.
Deixe-me dizer uma coisa a você: Jesus veio por causa de nossas doenças e enfermidades, Ele veio por causa de nossos pecados e da nossa miséria humana. Se Ele já libertou a mim e a você, louvado seja Deus por isso! Mas nós precisamos todos os dias ser salvos, libertos e restaurados pela misericórdia de Deus. Precisamos desejar que essa mesma misericórdia atinja o coração daqueles que estão afastados d’Ele. Por isso, a Igreja, a sua paróquia, a comunidade, não é a “assembleia dos justos”, mas sim a casa dos pecadores.
É na casa de Deus que se acolhe quem está com o coração ferido e com o coração machucado, é por isso que não pode haver preconceito e discriminação em nós. Por isso em nosso coração, que é o lugar da morada de Deus, todos devem ser amados e acolhidos.
Nós não podemos transformar a casa do Senhor num lugar só para os que se acham certinhos, puros e renovados. É na casa do Senhor que se reúnem os pecadores para que ali a misericórdia de Deus nos renove, nos lave e nos purifique.
Que o Senhor Jesus, que veio chamar os doentes e os pecadores, acolha as nossas enfermidades e nossas misérias no Seu coração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/07/2014

Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes de que ao seguir Jesus nós assumimos a sua missão: anunciar ao mundo inteiro que o teu Reino de Amor está próximo, já chegou, mas não vem com sinais exteriores, pois ele está dentro de nós. Dá-nos, Pai amado, a alegria de sermos discípulos do mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2012

Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito e nos inunda com tua Palavra Criadora. Cheios de tua Graça, saberemos discernir nos acontecimentos que nos circundam a tua presença amorosa e o teu chamado para seguirmos nesta vida os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2013

Oração Final
Pai Santo, que o nosso coração seja um verdadeiro lar para os irmãos de caminhada: lugar onde se sintam acolhidos e se descubram como filhos teus, muito amados, e irmãos do Cristo, tua Palavra Criadora que se fez humana em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos reconhecer que ao seguir Jesus nós assumimos com Ele a missão: anunciar ao mundo inteiro que o teu Reino de Amor já chegou, mas não veio com sinais exteriores, pois ele está dentro de nós. Dá-nos, Pai querido, a alegria de ser discípulos do mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.