domingo, 14 de fevereiro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/02/2021

ANO B


Mc 8,1-10

Comentário do Evangelho

O banquete do Reino é para todos

Estamos ainda em território pagão (cf. Mc 7,31), pois não há nenhuma indicação do contrário. Trata-se do relato da segunda multiplicação dos pães (cf. Mc 6,30-44). Os elementos presentes na narração apontam para uma dupla perspectiva: o povo que o Cristo reúne é constituído de judeus e pagãos e a admissão dos pagãos à mesa eucarística. A razão pela qual a multidão não tinha o que comer (v. 1) é porque estavam com Jesus há três dias. A situação da multidão causa em Jesus “compaixão” (cf. tb. Mc 6,34). É esse sentimento que leva Jesus a entregar-se por todos, judeus e pagãos. No povo que o Senhor reúne alguns “vêm de longe”, uma forma de indicar os pagãos. O nosso texto tem uma forte conotação eucarística. A indicação de que todos ficaram saciados e a menção da sobra são modos de transmitir não somente a abundância do alimento dado, mas também que o verdadeiro alimento do povo de Deus a caminho ultrapassa os limites da materialidade; trata-se de um alimento espiritual simbolizado no pão e no peixe, dois modos primitivos de referir-se ao Cristo e à Eucaristia.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração sensível às carências do meu próximo, fazendo-me solidário com ele, a ponto de me desapegar do que tenho, para ajudá-lo em suas necessidades.
Fonte: Paulinas em 15/02/2014

Comentário do Evangelho

A compaixão de Jesus pela multidão

Jesus continua em território pagão. Como no primeiro relato da multiplicação dos pães, a compaixão é o sentimento que move o coração de Jesus. Como causa da encarnação e da paixão, morte e ressurreição de Jesus está o amor de Deus pela humanidade; amor que o Senhor viveu e transmitiu até o fim. Mais do que dois “acontecimentos”, trata-se de apresentar a universalidade da salvação: o povo que Jesus Cristo reúne é constituído de judeus e pagãos; os pagãos também são admitidos à mesa da eucaristia. Estando já três dias com Jesus, a comida acabou. Essa notícia é que permite entrar na mensagem que o autor quis transmitir com o seu texto. A compaixão de Jesus pela multidão é a causa de sua entrega em favor de toda a humanidade. A conotação eucarística do texto é evidente. A notícia de que todos ficaram satisfeitos e a menção da sobra são maneiras de dizer da abundância do alimento dado e, além disso, de que esse alimento ultrapassa a materialidade, pois é um alimento espiritual simbolizado no pão e no peixe que, no início do cristianismo, se referiam a Cristo e à eucaristia.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor, eu vos louvo e agradeço pelo grande dom do Evangelho. Que ele seja conhecido, aceito e amado por todos.
Fonte: Paulinas em 14/02/2015

Vivendo a Palavra

Jesus anunciava a chegada do Reino do Pai não para anjos, mas para homens e mulheres que precisavam ser alimentados. Também nós, que somos a sua Igreja, devemos nos lembrar disso: a proclamação da Boa Notícia deve ser feita por testemunhas generosas, compassivas e atentas às carências dos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

A partilha é o caminho para o Reino do Pai. Enquanto o Mestre se compadece e pensa no povo faminto, os discípulos param diante da dificuldade do momento. Faltava-lhes – e às vezes falta também a nós… – confiança no Poder do Amor e generosidade para colocar em comum os poucos pães que possuíam. Faltava-lhes – e às vezes falta também a nós… – a ousadia da fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2019

vIVENDO A PALAVRa

A partilha é o caminho e já a própria chegada ao Reino do Pai. Enquanto o Mestre se compadece e pensa no povo faminto, os discípulos param diante da dificuldade do momento. Faltava-lhes – e não raras vezes falta também para nós… – confiança no Poder do Amor e generosidade para colocar em comum os poucos pães que possuíam. Faltava-lhes – e, repetimos, não raras vezes falta também a nós… – a ousadia da fé.

Reflexão

Jesus age por compaixão em relação aos sofrimentos e dificuldades do povo de sua época. Ele ama com amor eterno e o seu amor se transforma em solidariedade, em gesto concreto. Jesus não para diante das dificuldades que são apresentadas, porque sabe que o amor supera todas as dificuldades. Jesus leva as outras pessoas a sentirem compaixão com ele e assim colaborarem na superação dos problemas. Os discípulos colaboram na medida em que organizam o povo e distribuem os pães. Outros contribuem também doando os sete pães, que poderiam garantir o próprio sustento. Assim, a compaixão cria uma rede de solidariedade que supera a fome no deserto.

Reflexão

Este episódio descreve a partilha do pão para os pagãos; já tinha acontecido antes uma partilha para os judeus (cf. Mc 6,34-46). Mostra que Jesus, o Messias, estende sua obra salvadora não só a Israel, mas também aos demais povos, suprimindo toda discriminação. Da multidão faminta, Jesus sente compaixão, sentimento que logo se traduz em ação. Mas como, em lugar deserto, alimentar tanta gente? Jesus tem a saída para o problema: trata-se de partilhar o que cada um tem. Sete é número simbólico e indica totalidade (sete pães, sete cestos). Portanto, todos partilham tudo. Na nova sociedade inaugurada por Jesus, os dons são abundantes e, se forem repartidos, todos ficam satisfeitos. O gesto de abençoar indica que Deus é o criador de todas as coisas, e por tudo devemos dar graças a Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/02/2019

Reflexão

Este episódio descreve a partilha do pão para os pagãos, e já havia acontecido antes uma partilha para os judeus (cf. Mc 6,34-46). Isso mostra que Jesus, o Messias, estende sua obra salvadora não só a Israel, mas também aos demais povos, suprimindo toda discriminação. Da multidão faminta Jesus sente compaixão, sentimento que logo se traduz em ação. Mas como, em lugar deserto, alimentar tanta gente? Jesus tem a saída para o problema: trata-se de partilhar o que cada um tem. Sete é número simbólico e indica totalidade (sete pães, sete cestos). Portanto, todos partilham tudo. Na nova sociedade inaugurada por Jesus, os dons são abundantes e, se forem repartidos, todos ficam satisfeitos. O gesto de abençoar indica que Deus é o criador de todas as coisas, e por tudo devemos dar graças a Deus.
ORAÇÃO
Ó Jesus, incansável missionário do Reino, diante da multidão faminta, tua compaixão desencadeia uma solução imediata: abençoas e repartes os pães e os peixes que eles têm. E a maravilha acontece: todos ficam saciados e as sobras são recolhidas. Ensina-nos, Senhor, a repartir nossos dons. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Há falta de pão. Mas não há também muito desperdício? - Sabemos poupar, economizar? - Sei multiplicar o pão da bondade e da fraternidade? - Procuro crescer em meu amor à Eucaristia? - Temos consciência de que há muita gente passando fome?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/02/2014

Meditando o Evangelho

A COMPAIXÃO OPERANTE

A contemplação da multidão, há três dias escutando os seus ensinamentos e sendo agraciada com milagres, tocou o coração de Jesus. Aquele povo corria o risco de desfalecer, se voltasse para casa faminto. O que fazer?
A compaixão de Jesus foi operante, ou seja, uma compaixão que não se detém na simples constatação das misérias do povo. Antes, pergunta-se pelo que é possível ser feito para minorar a situação de carência.
A atitude tomada por Jesus tem duas vertentes. Na primeira, ele é quem age e indica as providências a serem tomadas. Na segunda, ele engaja, na sua ação, os discípulos e a multidão. Portanto, uma ação conjunta, que exige a participação de todos.
Tratando-se de providenciar comida, Jesus promoveu uma grande partilha dos parcos recursos disponíveis: sete pães e alguns peixinhos. Ordenou ao povo sentar-se no chão, e começou a distribuir os pães e os peixes aos discípulos, e estes, à multidão. Ele supervisionou tudo, de forma que todos ficaram saciados, chegando até a sobrar sete cestos de pedaços.
A partilha dependeu também dos discípulos e da multidão. Era preciso que compreendessem a lição da partilha, ensinada pelo Mestre, e a pusessem em prática, imediatamente. Sem este engajamento efetivo, o milagre não teria sido realizado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de comiseração, não permitas que eu veja o sofrimento de meus irmãos mais pobres, sem manifestar-lhes, com gestos concretos, minha solidariedade.
Fonte: Dom Total em 14/02/2015

Meditando o evangelho

SOLIDARIEDADE: A ÚNICA SOLUÇÃO

O contexto da multiplicação dos pães é repleto de dificuldades, sem solução aparente. O número de pessoas é imenso: aproximadamente, quatro mil, o lugar em que se encontravam era deserto. Ao longo de três dias, todo aquele povo estivera à escuta do Mestre. Era hora de voltar para casa. Contudo, poderiam desfalecer pelo caminho, pois a fome se abatia sobre todos. Pôr-se a caminho, nestas condições, seria arriscado, pois poderiam morrer, uma vez que tinham vindo de lugares distantes. Que fazer? Seria impossível providenciar comida para tanta gente, num lugar tão ermo.
Então, estavam todos fadados à morte? Não! A solução encontrada por Jesus passava pelo caminho da solidariedade. Naquelas circunstâncias críticas, ainda foi possível achar alguém que trazia consigo sete pães e alguns peixinhos. Confrontado como o número de gente a ser saciada e a grande fome do povo, isto seria o mesmo que nada.
Uma vez que o dono daquela pequena porção de alimento predispôs-se a colocá-la a serviço de todos, Jesus pode realizar o milagre. E o fez, desafiando cada pessoa a solidarizar-se com o seu próximo faminto. Quem recebia um bocado, deveria ter a mesma solidariedade manifestada por quem, no início, oferecera seus sete pães e os peixinhos.
O fato de terem todos comido à saciedade e ainda ter sobrado sete cestos foi uma prova inequívoca de que o ensinamento do Mestre havia lançado raízes no coração daquela gente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me um coração sensível às carências do meu próximo, fazendo-me solidário com ele, a ponto de me desapegar do que tenho, para ajudá-lo em suas necessidades.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O povo está com fome...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O povo de Deus que todos os finais de semana se faz presente em nossas comunidades está com muita fome, pois o mundo só oferece alimentos que são, como se diz por aí, "Para enganar o estômago". As igrejas cristãs têm diante de Deus essa grande responsabilidade de alimentarem esse povo sobre o qual Jesus lança um olhar de compaixão. E aqui convém se fazer uma pergunta provocadora: Será que nossos irmãos e irmãs saem saciados das nossas celebrações? A Palavra de Deus, proclamada pelos nossos leitores e depois pelo celebrante que a reflete, enche os olhos e o coração do povo, ou quando voltam para suas casas já vão "desmaiando" pelo caminho?
Nota-se hoje uma necessidade cada vez mais fremente dos nossos pregadores da Palavra das comunidades, terem um bom preparo espiritual e teológico, não para fazer belos discursos, mas para satisfazer o nosso povo que anda faminto de esperança, paz, justiça e amor de Deus.
Para isso é importante percebermos também que, quando o pouco que temos, no caso 7 pães e alguns peixinhos, são colocados à disposição da comunidade, o milagre acontece. Pão e peixe eram alimentos comuns na vida do povo, Jesus faz um "Banquete" com coisas simples, a Igreja não precisa de Doutores para a pregação, mas de pessoas que, mesmo tendo pouco a dar, sempre dão o melhor de si. Claro que a responsabilidade em alimentar a assembleia não é só daquele que preside, mas de toda a liturgia, leitores, cantores, proclamadores da palavra, instrumentistas, acolhida e etc.
Os indicadores de que o povo de Deus está sendo bem alimentado não está na quantidade, mas na qualidade da vida de Fé, dos irmãos e irmãs da nossa comunidade. Deus quer vida e liberdade para todo o homem e isso é manifestado na Igreja, que está a servido de toda a humanidade.
O povo está com fome, não de liturgias excessivamente pomposas, frases de efeito, êxtases e emoções incontidas, tudo isso serve apenas para "enganar a fome", o povo quer a Palavra de Deus em sua essência, que lhes exorte e toque o coração, que lhes fale de esperança apontando horizontes aos quais o homem só chegará pela graça de Deus… O Povo quer a Palavra que liberta e que leva o homem à sua realização plena como Filho de Deus. O povo está com fome...

2. Compaixão pela multidão faminta
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os evangelistas Marcos e Mateus relatam duas vezes a multiplicação dos pães. Seriam duas multiplicações ou uma só contada duas vezes? Podemos pensar em duas tradições de um único milagre. A primeira tradição vinha das comunidades de origem judaica e a segunda originou-se no meio de comunidades formadas por pagãos convertidos. Jesus sente compaixão da multidão porque alguns vieram de longe. Estes, que vieram de longe, podem ser os pagãos, aos quais Jesus oferece a sua misericórdia. A salvação. Se ela parte de Israel, não se fecha, porém, em Israel. Não se trata apenas de estar no meio dos pagãos, como os judeus da diáspora, mas de impregnar a massa como faz o fermento. Os sinais dados por Jesus em seus milagres revelam que os pagãos também são chamados a participar da herança de Israel.

3. SACIANDO AS MULTIDÕES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

A sensibilidade de Jesus em relação a seus ouvintes e seguidores era notável. Ele estava continuamente preocupado com eles e cuidava para não serem penalizados pelo cansaço ou pela fome. Seu coração de pastor falava mais alto nas situações delicadas. A multiplicação dos pães foi uma clara expressão da misericórdia de Jesus. E exemplo da misericórdia que deve haver no coração de quem se faz seu discípulo.
Jesus podia ter considerado encerrada sua missão ao ter beneficiado as multidões com inúmeros milagres e expressões de bondade. Que cada qual voltasse para sua casa e retomasse suas atividades!
Porém, as circunstâncias não permitiam. Era arriscado muitos morrerem pelas estradas antes de chegarem a seus destinos. O pastor não podia submeter seu rebanho a tal provação. A misericórdia de Jesus exigia dele encontrar uma saída.
A solução consistiu em sugerir um gesto de partilha. Alguém colocou à disposição de todos seus sete pães e alguns peixinhos. Este gesto de desprendimento e espírito comunitário foi o ponto de partida para Jesus poder alimentar a todos, até ficarem saciados.
A misericórdia de Jesus deu frutos imediatos. Assim se explica o despojamento e a solidariedade com que o desconhecido partilhou seus parcos alimentos e levou a multidão a ser salva de morrer pela fome. A superação do egoísmo já foi um verdadeiro milagre.
Oração
Senhor Jesus, cria em mim um espírito de desprendimento de modo a poder refazer o milagre da partilha com os mais necessitados.
Fonte: NPD Brasil em 16/02/2019

HOMILIA

JESUS ALIMENTA OUTRA MULTIDÃO

Temos neste texto do evangelho de Marcos uma segunda narrativa da partilha dos pães. A pratica de Jesus não consiste em gestos espetaculares, mas é uma pratica educativa para a solidariedade e a promoção da vida. Assim, partilhando com a multidão, todos aderiram ao seu gesto, e pela partilha todos foram saciados.
Jesus ainda está em missão na terra de gentios. E uma grande multidão o seguia há três dias, e não tinham nada para comer. Jesus se compadece da multidão, pois estavam no deserto, não tinha como mandá-los embora sem alimentá-los, corriam o risco de desmaiarem no caminho. Muitos acompanhavam para ouvir seus ensinamentos, outros para receberem suas graças, serem curados de suas enfermidades corporais e espirituais. Mal sabiam eles, que estariam prestes a receber um dos maiores, senão o maior ensinamento de Jesus, a partilha. Os discípulos ficam preocupados em como saciar a fome da multidão no deserto, o que fariam? Jesus não fica só na compaixão, Ele age, e em seguida, diz aos seus discípulos o que deve ser feito, envolvendo dessa forma os discípulos em sua ação. Ação essa que também terá a participação da multidão.
Após abençoar sete pães e parti-los, Jesus pede para que a multidão se sente, dá aos discípulos os pães e alguns peixes, para que sejam distribuídos a todos. Saciaram sua fome e ainda sobrou alimento. O milagre da partilha foi possível, porque houve o envolvimento de todos. Foi preciso que todos da multidão e os discípulos compreendessem e entendessem o verdadeiro sentido da partilha e da lição que Jesus estava ensinando naquele momento. Jesus, por amor e misericórdia, partiu o pão, e distribuiu para o povo pobre e sofredor, e para que também chegasse até nós, migalhas do pão.
A partilha que Jesus ensina, deverá ser praticada em nossa vida. Deveríamos partilhar com os mais necessitados. Existem tantos carentes em nossa cidade, no nosso bairro, e ninguém para partir e repartir o pão. Jesus é o nosso exemplo, é a ele que deveremos imitar. Então sejamos misericordiosos e solidários, tenhamos compaixão de quem necessita de nossa ajuda. E sendo seguidores de Cristo, aprendendo a partilhar, é nossa missão também ensinar a partilha para o sustento da vida. "Esta partilha do pão é o grande sinal do amor de Deus, que quer vida para todos."
Pai, dá-me um coração sensível às carências do meu próximo, fazendo-me solidário com ele, a ponto de me desapegar do que tenho, para ajudá-lo em suas necessidades.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 15/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

Eucaristia, alimento da Verdade para nós

Postado por: homilia
fevereiro 11th, 2012

Deus Pai, na Sua infinita bondade, quis nos restituir a humanidade dando-nos o Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, o Pão Vivo descido do Céu, que, a cada Eucaristia, nos alimenta e nos dá novo alento e perdão.
Jesus partiu o pão. “Distribuiu-o e deu-o aos pobres”. Partiu-o por amor.
No “Sacramento do Altar”, o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,27), fazendo-se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste Sacramento, Jesus torna-se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade. Uma vez que só “a Verdade pode nos tornar verdadeiramente livres” (cf. Jo 8,36), Cristo se faz alimento de Verdade para nós.
Com agudo conhecimento da realidade humana, Santo Agostinho pôs em evidência como o homem se move espontaneamente – e não constrangido – quando encontra algo que o atrai e nele suscita desejo. Perguntando-se ele, uma vez, sobre o que poderia em última análise mover o homem no seu íntimo, o santo bispo exclama: “Que pode a alma desejar mais ardentemente do que a Verdade?”
De fato, todo o homem traz dentro de si o desejo insuprimível da Verdade última e definitiva. Por isso, o Senhor Jesus “Caminho, Verdade e Vida” (cf. Jo 14,6), dirige-se ao coração do homem, que se sente peregrino e sedento, ao coração que suspira pela fonte da vida, ao coração mendigo da Verdade.
Com efeito, Jesus Cristo é a Verdade feito pessoa, que atrai a Si o mundo inteiro. Jesus é a “estrela polar” da liberdade humana: esta, sem Ele, perde a sua orientação, porque, sem o conhecimento da Verdade, a liberdade desvirtua-se, isola-se e reduz-se a um estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade volta a encontrar-se a si mesma.
No Sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus. Esta é a verdade evangélica que interessa a todo o homem e ao homem todo. Por isso a Igreja, que encontra na Eucaristia o seu centro vital, esforça-se constantemente por anunciar a todos, em tempo propício e fora dele (cf. II Tm 4,2), que Deus é amor. Exatamente porque Cristo se fez alimento da Verdade para nós, a Igreja dirige-se ao homem convidando-o a acolher livremente o dom de Deus.
Bom Jesus, ainda hoje – se bem que tenhas partido o pão para nós, pobres pedintes – continuamos com fome. Parte, pois, a cada dia esse pão para aqueles que têm fome. É que hoje e todos os dias recolhemos algumas migalhas, e a cada dia precisamos novamente do nosso pão cotidiano. “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Lc 11,3). Se o Senhor não o der a nós, quem o dará? Na nossa privação, na nossa carência, não há ninguém para nos partir o pão, ninguém para nos alimentar, ninguém para nos refazer, ninguém senão o Senhor, nosso Deus. Em todo o consolo que nos manda, recolhemos as migalhas desse pão que parte para nós e saboreamos “como é doce a Sua misericórdia”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 11/02/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Com tantos irmãos passando fome é pecado estragar alimento

Infeliz a pessoa que trata o seu alimento de qualquer jeito, alimento tem de que ser comido para nos saciar, nos alimentar, mas, ao mesmo tempo, para ser repartido.

”Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que o distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo” (Mc 8, 6).

Nós estamos vendo, hoje, uma outra narração da multiplicação dos pães: é uma enorme multidão que já havia três dias acompanhava o Senhor, ouvindo a Sua Palavra, os Seus ensinamentos, os Seus prodígios; e essa multidão sente fome. E Jesus se compadece dela: ”O que vamos fazer para saciar a fome de tanta gente?”, por isso Ele pergunta: ”Quantos pães temos?” Eles responderam: ”Sete”.
O sete é um número simbólico, é o número dos Sacramentos, por meio dos quais a graça de Deus é distribuída pela Igreja. O sete aqui também tem o significado da perfeição, do todo, daquela preocupação que Deus tem de saciar a fome toda e do homem todo. Deus não deseja que nenhum dos Seus filhos passe fome, nem no espírito nem no corpo.
Deus deseja que, primeiro, o pão do céu, que nos alimenta, que nos sacia, o pão que é o próprio Cristo, seja multiplicado e distribuído a todos. O pão da Palavra, que é o próprio Senhor, deve ser abençoado, distribuído, passado e repartido, para que nenhum dos filhos de Deus pereça no espírito por não conhecer a vontade do Senhor.
No entanto, Jesus não deseja que sejamos saciados apenas no espírito, porque não só de pão vive o homem, mas, também não só da Palavra e do alimento espiritual vive o homem. O homem precisa se alimentar e se alimentar bem! Daí a preocupação de Jesus que o pão material seja repartido. Assim como chamamos Deus de “Pai Nosso”, nós também dizemos o “pão nosso”; por isso, o pão, que temos em nossa casa, precisamos repartir para saciar a fome dos outros. Aqui eu chamo à atenção para um pecado vergonhoso: geladeiras, despensas, mesas, onde pão, comida e alimentos se estragam e são jogados fora. No mundo, onde milhões de filhos de Deus passam fome, é pecado estragar alimento!
O pão que temos é sagrado, o alimento que temos na mesa é uma coisa sagrada! Infelizes do pai e da mãe que permitem que o seu filho estrague o alimento, permitem que a criança jogue comida fora. Infeliz a pessoa que trata o seu alimento de qualquer jeito, alimento tem de que ser comido para nos saciar, nos alimentar, mas, ao mesmo tempo, para ser repartido.
Preocupe-se sempre em fazer o que Jesus fez: leve o pão da Palavra àqueles que precisam ouvir a Palavra de Deus. Mas leve também o pão de cada dia, leve o pão que sacia a fome àqueles que não têm o que comer. Assim, seremos a presença de Jesus no mundo em que vivemos!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 15/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

Escutar Deus e romper com o pecado

Rompamos com o pecado para voltarmos a Deus

O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo, porque estava nu; e me escondi” (Gênesis 3,9-10).

Nós estamos acompanhando, na liturgia desses dias, o livro dos Gênesis, cuja primeira leitura está se referindo ou trazendo para nós o início de todas as coisas, desde a criação do mundo. Hoje, nós nos detemos, a partir de ontem inclusive, neste texto que traz para nós o início do mal e do pecado.
Adão e Eva, símbolos dos nossos primeiros pais, início da vida humana, desobedeceram a Deus e caíram no pecado. A primeira coisa que precisa ser dita é justamente isso, não é a desobediência por simplesmente desobedecer, mas é desobedecer por deixar de ouvir.
A palavra “obediência”, em latim significa oboedire (ob “a”; audire “ouvir”), ou seja, a capacidade de ouvir com atenção. Quando um pai fala para uma criança, ela pode até escutar o que ele falou, mas não o ouviu. Ouvir é captar e praticar. Quando você diz: “Meu filho, não faça isso”, ele escutou você falar, mas não ouviu interiormente que não devia fazer isso. Ele faz e você sabe a consequência.
Quando a criança faz algo errado, é igual a Adão! A primeira coisa: medo. Quando fazemos alguma coisa errada, isso gera medo em nós. Então, procuramos fazer o quê? Esconder as coisas erradas que fazemos, colocando-as debaixo do tapete, fingindo que nada aconteceu e assim por diante.
Nosso primeiro erro, no entanto, está justamente em não saber ouvir, não saber escutar aquilo que, de fato, Deus está nos falando. Pecado não é outra coisa senão perder a capacidade de escutar Deus. Por que o mundo peca? Por que as pessoas pecam? Por que nós pecamos? Porque deixamos de ouvir Deus.
Sabemos o que não deve ser feito, mas fazemos, porque perdemos a comunhão, a comunicação com Deus; e o pecado é esse rompimento da nossa comunhão e da nossa comunicação com o Senhor.
As consequências estão aí: afastamo-nos de Deus. Ele não se afasta de nós, assim como não se afastou de Adão; pelo contrário, Ele veio ao encontro de Adão, este que correu, ficou com vergonha, fechou-se no seu medo; mas Deus tomou a iniciativa de nos salvar, de nos resgatar todas as vezes que caímos.
Permita-me dizer uma coisa ao seu coração: não rompa a comunicação com Deus, pois todo pecado é rompimento, todo pecado é barreira, todo pecado é uma comunicação mal feita. Se dentro de nós estávamos vivendo situações pecaminosas, é porque estava faltando a comunhão com Deus naquela situação, e essa comunhão não pode ser rompida.
Quando essa comunhão é rompida por nós, Deus toma a iniciativa de vir atrás de nós, mas corremos, escondemo-nos d’Ele. Precisamos assumir: “Não, eu realmente falhei, eu pequei, eu errei, eu fiz o que não era para fazer, mas eu quero voltar”.
O pecado não atinge Deus, ele atinge cada um de nós, ele nos quebra e quebra a nossa relação, a nossa comunhão com o Senhor. Deus, ao tomar a iniciativa, quer nos levantar, quer nos reerguer, mas é preciso que nós O encaremos do jeito que somos e do jeito que estamos, porque podemos até pensar que enganamos Deus, mas é uma ilusão, pois enganamos a nós mesmos.
Com Deus não podemos disfarçar, Ele nos conhece mais do que nós mesmos nos conhecemos. O que precisamos é nos assumir e pedir: “Senhor, restaura! Senhor, restabelece a comunhão que quebrei por causa do meu pecado, com a minha falha, com aquilo que eu fiz”.
Deus nos quer restaurados, Ele nos quer curados. Deus nos quer em comunhão com Ele.
Que o Senhor abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, livra-nos do apego e do egoísmo. Dá-nos coragem para oferecer à comunidade os bens que nos emprestas para serem partilhados com os companheiros de nossa jornada rumo ao teu Reino de Amor. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, companheiros de caminhada nesta terra sofrem as consequências do egoísmo que a nossa sociedade cultiva como virtude. Poucos acumulam o que falta para muitos. Faze de nós profetas da Justiça e da fraternidade, caminho privilegiado para alcançar a Paz do Reino que prometeste. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2019

oRAÇÃO FINAl
Pai amado, desperta teu Poder e vem nos salvar! Muitos companheiros de caminhada nesta terra sofrem as consequências do egoísmo, que a nossa sociedade cultiva como virtude. Poucos acumulam o que falta para as multidões. Faze de nós profetas da Justiça e da Fraternidade, caminho privilegiado para alcançar a Paz do Reino que prometeste. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 13/02/2021


Tema do dia

A PARTILHA GENEROSA É O CAMINHO PARA O REINO DO PAI

A Escritura reconhece que os inevitáveis sofrimentos humanos – a dor, a fadiga, a solidão, a fome, a sede e até a morte – fazem parte da vida e têm a sua origem na nossa desobediência ao projeto do Criador, na transgressão que fazemos ao Mandamento recebido. Mas o mesmo Deus, que castiga para ensinar, também faz túnicas de pele para proteger os humanos.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Sábado da 5ª Semana Do Tempo Comum
Cor: Verde


Primeira Leitura (Gn 3,9-24)
5ª Semana Comum | Sábado - 13/02/2021

Leitura do Livro do Gênesis.

9O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” 10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.
13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.
16À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos da tua gravidez: entre dores darás à luz os filhos; teus desejos te arrastarão para o teu marido, e ele te dominará”. 17E disse em seguida a Adão: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa! Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias da tua vida. 18Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás as ervas da terra; 19comerás o pão com o suor do teu rosto até voltares à terra de que foste tirado, porque és pó e ao pó hás de voltar”.
20E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes. 21Então o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele e as vestiu. 22Disse, depois, o Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não aconteça, agora, que ele estenda a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre!”
23E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que ele cultivasse a terra donde fora tirado. 24Expulsou o homem, e colocou a oriente do jardim de Éden os querubins, e a espada lampejante de chamas, para guardar o caminho da árvore da vida.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 89)
5ª Semana Comum | Sábado - 13/02/2021

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre e para sempre vós sois Deus.
— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.
— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

Evangelho (Mc 8,1-10)
5ª Semana Comum | Sábado - 13/02/2021


Sinto compaixão desta multidão!

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.
4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.
7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração pardepois dlea Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.