domingo, 13 de setembro de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.


Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMILIA - Perigoso é trilhar os caminhos que Deus não preparou para você - Padre Edison Oliveira (12/09/2020)


Canal do Youtube - Canção Nova Play

Publicado em 12 de set. de 2020

HOMILIA - Que a cruz de Jesus seja motivo de alegria para nós - Padre Vandemir Meister (11/09/2020)


Canal do Youtube - Canção Nova Play

Publicado em 12 de set. de 2020

HOMILIA - Renovados pelo Espírito Santo - Padre Wagner Ferreira (11/09/2020)


Canal do Youtube - Canção Nova Play

Publicado em 12 de set. de 2020

O rancor e a raiva | (Eclo 27,33, 28,9) - Meditação da Palavra de Deus - #150 - Frei Gilson



Publicado em 13 de set. de 2020

Fugi da idolatria | (1Cor 10,14-22) - Meditação da Palavra de Deus - #149 - Frei Gilson



Publicado em 12 de set. de 2020

Mãe Maria | Dom Walmor - 12/09/2020


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 12 de set. de 2020

A Voz do Pastor, 13/09/2020 com o Cardeal Orani João Tempesta


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 11 de set. de 2020

24º Domingo Do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 18,21-35)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.  26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.  31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Palavra da Salvação, 12/09/2020 com o Padre Rodrigo Vieira


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 11 de set. de 2020

Sábado da 23ª Semana Do Tempo Comum

Primeira Leitura (1Cor 10,14-22)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

14Meus caríssimos, fugi da idolatria. 15Eu vos falo como a pessoas esclarecidas. Então, ponderai bem o que eu digo: 16O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? 17Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão. 18Considerai os filhos de Israel: Os que comem as vítimas sacrificais não estão em comunhão com o altar? 19Então, que dizer? Que a carne de um sacrifício idolátrico tem algum valor? Ou que o ídolo vale alguma coisa? 20Nada disso. O que eu digo é que os idólatras oferecem seus sacrifícios aos demônios e não a Deus.
Ora, eu não quero que entreis em comunhão com os demônios. 21Vós não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; vós não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22Ou, quem sabe, queremos excitar o zelo santo do Senhor? Somos porventura mais fortes do que ele?

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

O pecado da dissimulação (Homilia Dominical.522: 24.º Domingo do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 12 de set. de 2020

No Evangelho deste domingo, Jesus nos dá uma lição sobre a misericórdia de Deus: “Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. Advertindo contra a duplicidade, Nosso Senhor mostra que não é possível receber o perdão divino se não estivermos dispostos a perdoar a quem nos tem ofendido. Ouçamos a homilia do Padre Paulo Ricardo e vejamos como esse ensinamento se aplica à nossa confissão.

Santíssimo Nome de Maria - 12 de setembro


Santíssimo Nome de Maria



Comemoração  litúrgica - 12 de setembro.

Também nesta data: São Guido Anderecht,  São Selésio, Santa Vitória Fornari

Uns dias depois do Natal é celebrada a festa do Santíssimo Nome de Jesus. Concordantemente, a Natividade de Nossa Senhora é seguida de um dia em que é glorificado o seu santo Nome. Oito dias depois do Nascimento da Santíssima Virgem, em obediência à praxe dos Judeus, seus santos pais, deram o nome de Maria à sua Filhinha.  A Liturgia estabeleceu a festa do Santíssimo Nome de Maria no decurso da oitava de sua Natividade. A Espanha foi a primeira nação, que,  tendo para isso a aprovação de Roma, em 1513 introduziu a festa, que depois por Inocêncio XI teve sua extensão à toda a IgreJa, em ação de graças pela brilhante vitória por João Sobieski, rei da Polônia< alcançada sobre os turcos, que tinham chegado a assediar Viena, capital da Áustria.

Memória do Santíssimo Nome de Maria (Homilia Diária.1577) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 11 de set. de 2020

A invocação piedosa e constante do santíssimo nome de Maria, cuja memória litúrgica hoje celebramos, está associada a uma série de graças muito preciosas: pelo nome de Maria, os possessos se veem livres do demônio; os que lutam contra a luxúria encontram forças para viver castamente; os que estão desconsolados recobram o ânimo; os que se aproximam da hora derradeira recebem, não sem grande consolo, o dom inestimável da perseverança final. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 12 de setembro, e celebre conosco a memória do santíssimo nome de Maria, segunda Eva, nossa Mãe segundo a graça!

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 18,21-35 – 13/09/2020


Sejamos expressão do perdão de Deus para o próximo

“Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).


Nenhum tema é tão caro ao Evangelho do que o amor e o perdão. Quem ama perdoa, e quem perdoa é porque ama. Por que Deus nos perdoa? Porque Ele nos ama. Por que Deus nos dá o Seu amor? Porque o Seu amor por nós é imenso e Ele nos perdoa, ou seja, Ele cancela a nossa dívida, o nosso erro, os nossos pecados de todo o coração. Ele não leva em conta as nossas faltas.
Se pensarmos com seriedade e serenidade, se Deus levasse em conta as nossas faltas, nenhum de nós nos aproximaríamos d’Ele. Aprendemos muito pouco de Deus porque aprendemos muito pouco a perdoar. Sabemos muito mais da aritmética do mundo e da vida, quando um mais um é dois, mas aprendemos pouco da aritmética divina quando um mais um não são dois, quando um mais um é sempre mais.
Se Deus não leva em conta quantas vezes Ele me perdoa, eu preciso ser sincero… Não sei quantas vezes precisei do perdão de Deus. Não consigo levar em conta nem quantas vezes me confessei, procurei o sacramento da penitência, desde quando fiz minha Primeira Eucaristia quando era criança. Nem você consegue, a não ser que tenha ido somente uma vez, porque aí quem está fazendo conta é você, não Deus.

Busquemos, de todo o coração, purificar-nos de toda raiva e rancor para que o perdão de Deus esteja em nós

Se vivemos com intensidade nossa vida espiritual, procuramos pedir perdão todos os dias; não vamos dormir nenhum dia sem Deus nos perdoar, porque, em nenhum momento, Ele negou o nosso perdão. Mas nós fazemos conta do perdão. Muitas vezes, perdoamos sem perdoar, porque o nosso coração fechado e travado, não banhado da verdadeira misericórdia que vem do coração de Deus, não retribui aquilo que Deus nos dá; somos esse empregado mau do Evangelho, chamado de “empregado perverso”.
O empregado que foi perdoado de toda a dívida para com o patrão não soube perdoar o irmão que tinha uma dívida bem menor. Isso sim é perversidade e maldade!
Se não merecermos o Reino dos Céus, não será por falta da misericórdia nem do perdão de Deus, mas por falta de vergonha na cara da nossa parte, é por nossa perversidade e maldade. Evangelicamente, não há perversidade maior do que aquele que foi perdoado por Deus não ser capaz de perdoar o seu irmão de todo o coração.
Na Primeira Leitura da Liturgia de hoje, a Palavra já nos diz que o rancor e a raiva são coisas detestáveis, até quem é pecador procura dominar o seu rancor e a sua raiva.
Quem não domina rancor, ressentimento, e mais do que dominar, não se purifica deles, de fato, não consegue perdoar o seu irmão. Busquemos, de todo o coração, nos purificar de toda raiva e rancor para que o perdão de Deus esteja em nós e sejamos expressão do perdão d’Ele para o próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/09/2020

ANO A


24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano A - Verde

“Senhor, quantas vezes devo perdoar?” Mt 18,21

Mt 18,21-35

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Deus revelou, ao longo da história da salvação, seu amor gratuito, convidando-nos a repetir tal doação no relacionamento com o próximo. O amor, necessariamente passa pelo perdão. Peçamos, nesta liturgia, a graça de amar sem reservas os irmãos e irmãs que o Senhor nos concedeu!.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos reunimos para celebrar o Dia do Senhor. Foi no primeiro dia da semana que o Senhor apareceu ressuscitado aos seus discípulos e hoje Ele se manifesta a nós e revela seu amor misericordioso. Experimentaremos um forte apelo do Senhor para perdoarmo- nos mutuamente, dando testemunho de que é Ele, em primeiro lugar, que nos perdoa e pede que também assim nós pratiquemos o perdão. Abramos nosso coração a esse convite do Senhor, enquanto colocamos em suas mãos nossos anseios de verdadeira paz.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O judaísmo já conhecia o dever do perdão das ofensas, mas se tratava de uma conquista recente, que só se conseguia impor mediante a lista de tarifas precisas. A mesquinhez humana procura sempre uma medida, uma norma que lhe dá satisfação. Perdoar, sim, mas quantas vezes? Os rabinos, para acentuar a liberalidade de Deus, diziam que ele perdoa três vezes; as escolas rabínicas exigiam que seus discípulos perdoassem certo número de vezes à mulher, aos filhos, aos irmãos, etc., e esta lista variava de escola para escola. Pedro pergunta a Jesus qual a sua taxa. Jesus havia ensinado a amar os próprios inimigos, e orar pelos que nos perseguem a fim de sermos filhos do Pai que está nos céus, que faz surgir o sol para os maus e os bons e faz chover sobre os justos e injustos. No pai-nosso, havia ensinado a pedir: "perdoai nossas dívidas como nós perdoamos nossos devedores". Pedro, que, pelo contato com Jesus, compreendeu que as medidas até agora tidas como válidas, não servem mais, tenta uma resposta: "até sete vezes?". É mais que o dobro de três, e além disso é um número simbólico que significa plenitude. Jesus formula sua resposta retomando o número simbólico, mas multiplicando-o de tal maneira que signifique uma plenitude ilimitada. É preciso perdoar sempre!

QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR?

O trecho evangélico deste domingo (cf. Mt 18, 21-35) oferece-nos um ensinamento sobre o perdão, que não nega a ofensa sofrida mas reconhece que o ser humano, criado à imagem de Deus, é sempre maior que o mal que ele comete. São Pedro pergunta a Jesus: «Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? (v. 21). Para Pedro parece ser já o máximo perdoar sete vezes a uma mesma pessoa; e talvez a nós pareça ser já muito perdoar duas vezes. Mas Jesus responde: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete» (v. 22), isto é, sempre: deves perdoar sempre. E confirma isto narrando a parábola do rei misericordioso e do servo impiedoso, na qual mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar.
O rei da parábola é um homem generoso que, movido pela compaixão, perdoou-lhe uma dívida enorme — “dez mil talentos”: a um servo que o suplica. Mas aquele mesmo servo, ao encontrar logo a seguir outro servo como ele que lhe deve cem denários — ou seja, muito menos —, comporta-se de forma impiedosa, fazendo-o fechar na prisão. A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando recusamos o perdão aos nossos irmãos. Enquanto o rei da parábola é a imagem de Deus que nos ama de um amor tão rico de misericórdia a ponto de nos acolher, amar e perdoar constantemente.
Desde o nosso Batismo Deus nos perdoou, condenando-nos a uma dívida insolúvel: o pecado original. Mas, isto acontece a primeira vez. Depois, com uma misericórdia sem limites, Ele perdoa-nos todas as culpas quando mostramos só um pequeno sinal de arrependimento. Deus é assim: misericordioso.
Quando somos tentados a fechar o nosso coração a quem nos ofendeu e nos pede desculpa, lembremo- nos das palavras do Pai celeste ao servo impiedoso: «Eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?» (vv. 32-33). Qualquer pessoa que tenha experimentado a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado pode abrir-se por sua vez à possibilidade de perdoar.
Na oração do Pai-Nosso, Jesus quis inserir o mesmo ensinamento desta parábola. Pôs em relação direta o perdão que pedimos a Deus com o perdão que devemos conceder aos nossos irmãos: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam» (Mt 6, 12). O perdão de Deus é o sinal do seu amor transbordante para cada um de nós: é o amor que nos deixa livres de nos afastar, como o filho pródigo, mas que espera todos os dias o nosso regresso; é o amor audaz do pastor pela ovelha perdida; é a ternura que acolhe cada pecador que bate à sua porta. O Pai celeste — nosso Pai — está cheio, cheio de amor e quer oferecê- lo a nós, mas não o pode fazer se fecharmos o nosso coração ao amor pelos outros.
A Virgem Maria nos ajude a estar cada vez mais cientes da gratuitidade e da grandiosidade do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai bom, lento para a ira e grande no amor.
Papa Francisco
(Angelus, 17/09/2017)

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: “Perdoai as nossas dívidas, como nós perdoamos aos nossos devedores”. Assim reza o texto latino do Pai nosso, usado antes do Concílio Vaticano II, no Brasil. Neste domingo, compreenderemos o significado deste pedido. Um pedido que obriga o orante a sentir-se devedor do amor e do perdão a Deus e ao próximo, pelas faltas e pecados cometidos contra um ou contra o outro, sempre que estiver em oração. Nesta celebração, seremos convidados a entrar no Mistério da Salvação pela porta do perdão, o expoente maior do amor, tanto do ponto de vista da convivência comunitária como para o equilíbrio e estabilidade pessoal.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos reunimos para celebrar o Dia do Senhor. Foi no primeiro dia da semana que o Senhor apareceu ressuscitado aos seus discípulos e hoje Ele se manifesta a nós e revela seu amor misericordioso. Experimentaremos um forte apelo do Senhor para perdoarmo- nos mutuamente, dando testemunho de que é Ele, em primeiro lugar, que nos perdoa e pede que também assim nós façamos. Abramos nosso coração a essa manifestação do Senhor que vem ao nosso encontro, enquanto colocamos em suas mãos nossos anseios de verdadeira paz.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O judaísmo já conhecia o dever do perdão das ofensas, mas se tratava de uma conquista recente, que só se conseguia impor mediante a lista de tarifas precisas. A mesquinhez humana procura sempre uma medida, uma norma que lhe dá satisfação. Perdoar, sim, mas quantas vezes? Os rabinos, para acentuar a liberalidade de Deus, diziam que ele perdoa três vezes; as escolas rabínicas exigiam que seus discípulos perdoassem certo número de vezes à mulher, aos filhos, aos irmãos, etc., e esta lista variava de escola para escola. Pedro pergunta a Jesus qual a sua taxa. Jesus havia ensinado a amar os próprios inimigos, e orar pelos que nos perseguem a fim de sermos filhos do Pai que está nos céus, que faz surgir o sol para os maus e os bons e faz chover sobre os justos e injustos. No pai-nosso, havia ensinado a pedir: "perdoai nossas dívidas como nós perdoamos nossos devedores". Pedro, que, pelo contato com Jesus, compreendeu que as medidas até agora tidas como válidas, não servem mais, tenta uma resposta: "até sete vezes?". É mais que o dobro de três, e além disso é um número simbólico que significa plenitude. Jesus formula sua resposta retomando o número simbólico, mas multiplicando-o de tal maneira que signifique uma plenitude ilimitada. É preciso perdoar sempre!
Fonte: NPD Brasil em 17/09/2017

Comentário do Evangelho

Perdoar à medida da compaixão de Deus

Como parte do "discurso eclesiológico" (Mt 18), o texto de hoje apresenta o tema dominante de todo o discurso: o perdão. Não se trata de quantificar o perdão, mas de imitar a compaixão de Deus que perdoa toda dívida. A experiência, consciência e reconhecimento de ter sido perdoado por Deus, tem para o membro da comunidade uma implicação prática: perdoar. Nesse sentido os versículos 32b-33 resumem o ensinamento da parábola: ". eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?".
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
Fonte: Paulinas em 05/03/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho ensina a construir uma Igreja que perdoa – até setenta vezes sete, isto é, sem impor limites, sem contabilizar débitos e créditos – que perdoa como desejamos que o Pai Celeste nos perdoe. Igreja que perdoa, porque sabemos que tudo é dom da Graça de Deus, a começar pela Vida e a Fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

Seguindo Jesus de Nazaré, nós ultrapassamos os limites do perdão para mergulhar no terreno da compaixão. Compaixão é isto: nós nos colocarmos no lugar do irmão, sentindo as suas dores, compartilhando seus limites e seus desejos de aperfeiçoamento, tantas vezes frustrados pela iniquidade humana.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2017

VIVENDO A PALAVRA

Seguindo a Jesus de Nazaré, nós ultrapassamos os limites do perdão para mergulhar nas águas profundas da compaixão. Compaixão é isto: nós nos colocarmos no lugar do irmão, sentindo suas dores e alegrias, compartilhando seus limites e seus desejos de aperfeiçoamento, não poucas vezes frustrados pela fraqueza e pela iniquidade humanas.

Reflexão

O Evangelho nos surpreende muitas vezes ao usar determinados termos que, à primeira vista, nos parecem totalmente descabidos em relação a Deus. O texto de hoje nos mostra Deus indignado por causa da falta de perdão. Como pode Deus indignar-se, o Altíssimo ter a sua dignidade ferida? Este texto nos mostra uma realidade muito profunda: se o pecado fere a dignidade humana, a ausência do perdão fere a dignidade divina. Por que? Porque Deus é amor, é misericórdia, e negar o amor e a misericórdia é negar o próprio Deus na sua essência. Negar o perdão é negar que Deus é amor e misericórdia e impedir que ele aja com amor e misericórdia em relação a nós mesmos, e impedir a ação misericordiosa de Deus é causar-lhe indignação.
Fonte: CNBB em 05/03/2013

Reflexão

Outra proposta a ser vivida na comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus é o perdão. Nossa mesquinhez procura estabelecer limites: “Até sete vezes?” Toda vez que rezamos o Pai-nosso, pedimos o perdão a Deus e nos dispomos a perdoar. Se Deus levasse em conta nossa medida de perdão (“como nós perdoamos”), coitados de nós.
Sempre desejamos o perdão divino, mas nem sempre estamos dispostos a estendê-lo aos outros. É o que mostra a parábola do evangelho. Pode-se pensar que aqui se aborda o perdão entre as pessoas da comunidade, nas situações em que o pobre, de tão endividado, necessitava ter sua dívida cancelada. Não se trata dos grandes roubos praticados nos círculos de poder e na esfera pública, os quais lesam o cidadão. O perdão também não significa permitir tudo o que ocorre na sociedade, principalmente os desvios, que prejudicam o investimento no bem comum. O perdão é fundamental para construirmos uma “cultura da paz” e combatermos a “cultura da violência”.
Oração
Ó Jesus, mestre na prática do perdão, corrige nossa intolerância diante da falta alheia, e afasta definitivamente de nós qualquer desejo de vingança. Teu e nosso Pai celeste nos perdoa sempre, de modo generoso, e exige que façamos a mesma coisa com quem nos fendeu. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Meditando o evangelho

PERDÃO ILIMITADO

A capacidade de perdoar, sem limites, deve caracterizar as relações na comunidade cristã. Esta exigência diz respeito, de forma especial, à liderança da comunidade, quando esta deve lidar com aqueles que apenas iniciam sua caminhada de fé. As contínuas recaídas destes iniciantes não podem ser motivo para desespero. Pelo contrário, deve haver sempre a predisposição para o perdão.
Esta predisposição brota sempre no coração de quem experimentou o perdão ilimitado de Deus. Quem é perdoado, ilimitadamente, pelo Pai deve perdoar, ilimitadamente, os irmãos. Seria sinal de mesquinhez agir de maneira diferente. O próprio Deus não suporta esta atitude contraditória. Quem não está sempre disposto a perdoar, ilude-se, ao contar com o perdão divino.
A atitude do servo impiedoso da parábola chama a atenção para o comportamento de certos líderes das comunidades primitivas.
Tendo sido perdoado de uma dívida fabulosa, este servo omitiu-se de perdoar uma dívida ínfima de um companheiro seu. Tamanha crueldade levou o senhor daquele servo a rever o seu perdão e a exigir dele o pagamento de quanto devia, até o último centavo.
Essa parábola foi um alerta para os líderes da comunidade: que não se enganassem quanto ao erro que cometiam, recusando-se a perdoar as fraquezas dos pequeninos!
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Senhor Jesus, que eu me inspire na atitude do Pai, o qual oferece a todos perdão ilimitado.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Paciência não têm limites
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O pronome possessivo “meu irmão”, presente na pergunta que Pedro dirige ao Mestre  explicita que se trata das relações entre os irmãos e irmãs da comunidade. O ensinamento está portanto na vida em comunidade e não fora, a meu ver algo bem mais difícil, pois a pessoa a quem devemos perdoar não é um estranho que nos ofendeu em uma ocasião, e que depois dificilmente iremos nos encontrar com ele. Certa vez um sujeito que eu não conhecia, me derrubou da bicicleta ao empurrar-me quando eu passei pedalando perto dele. Vim embora com os cotovelos ralados e foi fácil perdoá-lo, nunca mais o vi em minha vida.
O perdão a que se refere o evangelho é para aquela pessoa que se vê todo dia e que se convive na comunidade, na pastoral, na catequese, no ministério ou no movimento. E por que é muito mais difícil de perdoá-lo ? Porque cada vez que o vemos ao nosso lado ou á nossa frente, vamos lembrar sua falta pois o nosso subconsciente armazena muito bem os detalhes da ofensa recebida. Por isso, quando dizemos “Nem me lembro mais do mal que ele, ou ela, me fez”, estamos sendo no mínimo hipócritas.
Pedro exagerou ao colocar sete, como a quantia de vezes a ser perdoada, pois, com as pessoas mais próximas do relacionamento, como esposa ou parentes, perdoar três vezes estava de muito bom tamanho para os Judeus. Jesus não se deixa levar por números dessa matemática mesquinha e miserável na relação com os irmãos e irmãs de comunidade, mas procura mostrar, através da parábola, como Deus se relaciona com o Homem nessa questão.
Nas nossas comunidades há muitos relacionamentos que têm como parâmetro essa matemática de Pedro, quantas pessoas que desistem de viver em comunidade, porque chegou no limite da sua capacidade de amar e perdoar, passou de sete vezes e preferiu cair fora porque o padre, o diácono, o ministro ou seja lá quem for, é intragável e insuportável. Essas pessoas migram para outras Paróquias ou até Igrejas, na ilusão de que vão encontrar uma comunidade perfeita, com pessoas angelicais, de relações sempre harmoniosas. Na vida conjugal e familiar, que é também a pequena comunidade, casais de relações sólidas e testemunhos estupendos na vida cristã, de repente se separam, porque um deles passou dos limites, estourando a quota estabelecida, e o outro não aguentou.
O amor de Deus, sua misericórdia e paciência para com todos nós, é eterno, infinito e sem limites. O atestado de que somos todos Filhos e filhas de Deus, não está em algum carisma prodigioso ou em coisas fantásticas que somos capazes de fazer, mas sim em amar sinceramente as pessoas com quem convivemos na Igreja e na Família, aceitando-as do jeito que elas são, com suas fraquezas e defeitos, pois... É exatamente assim que DEUS NOS AMA!

2. ATÉ QUANDO PERDOAR?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Conviver é uma arte. Não basta boa vontade e paciência para que o relacionamento interpessoal seja perfeito. Embora com todas as precauções, é grande a possibilidade de desentendimento entre pessoas amigas, e até mesmo entre cristãos convictos.
Entretanto, a questão não reside na ruptura, e sim, na disposição a refazer os laços de amizade rompidos. Ninguém pode garantir que uma única reconciliação seja suficiente para cimentá-los, para sempre. É possível que outras rupturas aconteçam, pelo mesmo motivo. A tendência humana é impor limites bem definidos a esta situação. "A paciência tem limite" - assim justificamos a ruptura definitiva.
O discípulo de Jesus defronta-se com a lição de perdoar, toda vez que for ofendido. É exortado a fazer frente a uma tendência humana muito forte, a de não perdoar. O motivo apresentado pelo Mestre é inquestionável: é assim que somos perdoados pelo Pai. Quem se julga tão fiel a Deus a ponto de estar seguro de jamais correr o risco de pecar? Só um insensato poderá ter tal pretensão.
Todos somos pecadores e precisamos do perdão de Deus. Da mesma forma, quando alguém precisar do nosso perdão, por respeito a Deus somos obrigados a concedê-lo. Trata-se de dar o que também recebemos.
Oração
Espírito de perdão, liberta-me da tendência a colocar limites ao perdão. Pelo contrário, que eu esteja sempre pronto a perdoar a quem me ofendeu.
Fonte: NPD Brasil em 05/03/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. É preciso perdoar sempre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Aceitar a correção fraterna e promover a ajuda mútua são manifestações do dom da sabedoria. Mais um passo à frente e encontramos o perdão. Somos incapazes de não cometer erros, por isso, é muito bom poder ser perdoado! Pedro acha que é bastante perdoar sete vezes. Jesus pensa que é preciso perdoar mais e diz “setenta vezes sete!”, o que significa “sempre”. É preciso perdoar sempre para poder ser perdoado. Jesus conta a história de um empregado que foi perdoado, e muito, e não soube perdoar um companheiro que lhe devia pouca coisa. Ele foi punido e Jesus conclui que também nós seremos punidos pelo Pai do céu, se não perdoarmos de coração o nosso irmão. Poderíamos desculpar o empregado que não perdoou, dizendo que ele agiu dessa forma para ter com que pagar o seu patrão. “Eu devo e não tenho com que pagar porque quem me deve não me paga.” Na verdade, o empregado já tinha sido perdoado e não havia mais nada a pagar. Pense que Deus é o patrão e você lhe deve muito. Ele perdoa você, que não é capaz de perdoar quem lhe deve pouco! Se a gente quiser acertar e viver em paz, o melhor é perdoar sempre, sem ficar procurando quem tem razão.
Não vivemos nem morremos para nós mesmos, vivemos e morremos para o Senhor. Paulo supõe que tudo o que fazemos, ou pensamos, ou dizemos, fazemos por causa do Senhor. Queremos fazer o que Deus quer, eu e você. Por isso não posso interpretar mal os outros. Devo acreditar que o que o outro faz, ele o faz por causa do Senhor, e não por má vontade. Não pensemos mal dos outros. O outro é tão cristão quanto eu. Não é preciso que todo mundo faça tudo do mesmo jeito. Não é preciso que todos façam do jeito que eu faço. O que é preciso é que todos façam o que Deus quer, cada um do seu jeito.

Veja os ensinamentos claros e diretos do livro do Eclesiástico:
1. Rancor e raiva são coisas tão detestáveis que até o pecador procura dominar. Portanto, nada de rancor e raiva!
2. Deus vai se vingar de quem se vinga dos outros, pedindo contas severas de seus pecados. Portanto, nada de vingança!
3. Perdoe o outro para ser perdoado por Deus. Portanto, perdoe sempre!
4. Não peça a cura de alguma doença com raiva no coração.
5. Não peça o perdão dos pecados sem ter compaixão dos outros.
6. Pense positivo: pense no próprio fim, nos mandamentos, na aliança com Deus, e deixe de lado o ódio, o rancor, a falta alheia.
Deus perdoa, cura, salva, tem carinho e compaixão, não é rancoroso, não vive queixando-se de nós, nos trata bem e não nos pune, apesar de nossas faltas.
Fonte: NPD Brasil em 17/09/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Dois amores em um só...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para muitas pessoas o amor de Deus é algo manifestado em Jesus quando ele realizou a obra da Salvação, parece assim um amor meio platônico, e se formos falar bem a verdade, a gente não sabe definir essa ação amorosa de Deus em nossa vida e as vezes esse amor só se manifesta em momentos de aperto e de sofrimento, parece ser apenas uma força interior que nos consola. Será que um amor assim dá para confiar?
O evangelho desse domingo nos apresenta a questão do perdão, que brota do amor, e como a gente acaba departamentalizando o amor humano e o amor de Deus, assim também fazemos com o ato de perdoar. O amor de Deus por nós está mais perto do que imaginamos, é um amor concreto, do dia a dia, um amor que cuida, um amor que busca, um amor que quer sempre ficar junto, um amor que consola, que nos enche de alegria.
Embora insistamos em separar o amor de Deus do amor do irmão, os dois vem em uma mesma esteira e são inseparáveis. Qual a diferença entre a água da chuva que cai sobre nós, e a água encanada que usamos em nossas casas nos momentos de necessidade? Nenhuma!
Trata-se da mesma água que passa pelo ciclo da vida e que volta em forma de chuva. Assim também, o amor humano é uma forma de encanarmos o amor de Deus, e aí, os seus efeitos dependem do tamanho da torneira de cada um, isso é, do tamanho do coração.
O Amor é um só e tem um nome: Deus, segundo João, Deus é Amor. Assim como a água encanada, a sua abundância depende de uma série de fatores, do tamanho do cano, do reservatório onde é armazenada, da abertura e da pressão do registro. Daí encontramos uma torneira que parece um jato d’água de tanta intensidade, tem torneira que a água já é meio escassa, tem torneira que a água é só um filetinho, outras estão secas e só fazem barulho.
A torneira de Pedro, comparando com o perdão, era bem econômica, sete vezes... e já estava de bom tamanho, mas Jesus escancara a torneira, sete vezes sete, isso é, perdoar sempre. A torneira que o Rei abriu, para perdoar o Servo Devedor, era generosa e jorrava com abundância, perdoou toda a dívida, mas a torneira que ele abriu ao homem que também lhe devia uma pequena quantia, era desse "tamaninho" e nem água saia. Não tinha amor para dar... havia experimentado o Amor no perdão recebido, porém o seu egoísmo o acabou sufocando.
A conclusão do evangelho é muito clara, ninguém pode dar algo que ainda não experimentou e nem recebeu, a nossa experiência de amor com as pessoas, depende da experiência de amor que fizemos com Deus, se ainda não descobrimos o seu amor grandioso manifestado em Jesus, se ainda não nos demos conta de que ele nos ama com um amor sem medidas, gratuito e incondicional, o nosso amor para com as pessoas será sempre assim, uma caricatura do verdadeiro amor, um amorzinho frágil, pequeno, um amor que exclui e que não sabe nunca perdoar.
Quem faz a experiência do amor de Deus, manifestado em Jesus e percebido na relação com as pessoas que nos amam, não tem a tentação de colocar um limite ao amor, como era a intenção de Pedro.
Começando pela comunidade, prestemos atenção no nosso jeito de amar, que deve passar para as pessoas o sentimento de que Deus as ama, antes porém, é necessário se perguntar se já descobrimos esse amor grandioso em nós...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. O senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida - Mt 18,21-35
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Lemos e ouvimos a Palavra de Deus escrita nos Livros Sagrados. Procuramos entender o que está escrito, compreender a mensagem meditando-a com calma e profundamente. Ficamos pensando no que lemos e rezamos, pedindo a Deus que nos dê a graça de não sermos apenas ouvintes da Palavra, mas praticantes. O pensamento e a imaginação, com o coração aberto tocado pelo Espírito, nos levam a sentir a presença de Deus, a perceber todo o amor que ele tem por nós e os caminhos que ele nos indica para podermos vê-lo sempre com mais clareza.
A Palavra meditada e rezada nos leva a querer ver a face do Senhor. Na semana passada o Senhor nos ensinou a importância e a necessidade da correção fraterna. Não podemos ser indiferentes diante do irmão que erra. Temos que fazer tudo para que ele reencontre o bom caminho. Hoje o Senhor nos ensina o perdão. É preciso perdoar sempre, perdoar de coração para podermos alcançar o perdão de Deus nas portas da eternidade. É assim que rezamos: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Que belos ensinamentos práticos encontramos no Livro do Eclesiástico! Ira, furor, rancor, raiva são coisas detestáveis. Controle-se, mostre-se senhor de seus impulsos, não se deixe levar pelos sentimentos do momento, não tome decisões na hora da raiva. Aprenda a “engolir em seco”. Reze dez Ave-Marias e depois fale. Ou, ainda, deixe para o dia seguinte. Se você guarda raiva de alguém, não pode pedir a Deus a cura de suas doenças. “Perdoa a injustiça cometida por teu próximo e não leves em conta a falta alheia.” Estaríamos, assim, dando um prêmio à maldade ou estaríamos coroando a justiça com a misericórdia?
Olhando para o passado, é preciso pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, é preciso evitar que se repita o que fez mal e causou sofrimento. Por outro lado, estejamos atentos em procurar também e sempre a plena recuperação do pecador, o que não acontece somente com a denúncia e a punição.
Nos dias de hoje, com o fácil armazenamento virtual de dados e a difusão de notícias pelos meios televisivos, “a memória digital se expande a cada segundo com consequências sociais nefastas”. Registros do passado podem marginalizar uma vida para sempre.
O centro de nossa vida de ressuscitados é o Senhor. Para ele vivemos, para ele morremos. Não somos nós o centro. O ser humano está no centro do coração de Deus. “Pensa na Aliança do Altíssimo e não leves em conta a falta alheia.”

REFLEXÕES DE HOJE

13 DE SETEMBRO-DOMINGO


HOMILIA DIÁRIA

A maior experiência de amor que podemos fazer é o perdão

Postado por: homilia
março 5th, 2013

O Evangelho de hoje nos fala dos relacionamentos entre Deus e os homens, e dos homens entre si.
Começaremos dizendo que Deus cria o homem por pura benevolência e o faz participar da Sua dignidade. A partir daí, o homem se converte em grande devedor de Deus. Primeiro da vida – como dom gratuito de Deus – e por isso seu promotor e protetor, quer no início quer na fase terminal. Ele foi constituído por Deus como senhor e guarda da natureza: “Crescei-vos, multiplicai-vos, dominai e sujeitai a terra” (Gn 1,28a).
Porque criados à imagem e semelhança de Deus – homem e mulher os criou – Deus estabelece relações entre os homens.
...Como cristãos, embora ainda pequenos, somos convidados, interpelados e impelidos a viver este sonho de Deus em nossa vida. Sonho que se realiza quando amamos, acolhemos e perdoamos os erros e falhas uns dos outros. Portanto, é tempo de viver um constante amar e perdoar sem fim. Aliás, é isso que signIfica as palavras de Jesus ante a pergunta de Pedro: “Quantas vezes deverei perdoar se meu irmão me ofender. Até sete vezes?”
Deus quer nos falar neste dia sobre um assunto tremendamente importante. Eu diria essencial para que os relacionamentos em família possam gozar de inteira comunhão. Refiro-me ao perdão. O perdão é a maior experiência de amor que podemos fazer e não há dia ou tempo marcado para ele. Por desconhecermos as implicações do ato de perdoar e ser perdoado, é que vemos a cada dia lares se desfazendo, filhos abandonando os seus pais, casais se divorciando, irmãos brigando contra irmãos.
Vivemos num mundo, de fato, carente do amor e do perdão. Recordo a você, meu irmão, que a resposta de Senhor: “Não te digo até sete vezes mas até setenta vezes sete”, nos faz mergulhar na imensidade da misericórdia de Deus.
Deus não faz “matemática” para saber até quanto deve perdoar. Veja o que acontece conosco, quando nos ajoelhamos diante d’Ele reconhecendo nossos pecados e pedimos perdão com o propósito de nos corrigirmos, na pessoa do empregado que, de joelhos, diz ao seu patrão: “Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo”. Diante disso, “o patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora”.
Se o simples patrão perdoou a grande dívida, quanto mais Deus que é rico em misericórdia – que perdoa até a milésima geração – não nos perdoará os nossos pecados se a Ele recorrermos, noite e dia, com gemidos inefáveis?
Quem ama não pode olhar “quantas vezes” as pessoas lhe ofenderam, acusaram injustamente, traíram, enganaram e também “quantas vezes” já perdoou aos que lhe fizeram tudo isso. É necessário perdoar sempre.
A falta do perdão entre os homens é tão forte que, a cada segundo que passa, nos deparamos com o que aconteceu na parábola que Jesus contou. Cristãos que pedem que Deus os perdoe, mas eles mesmo não perdoam. Ou, se o fazem, é só da “boca pra fora” e não de coração. Se isso acontece com você, o desfecho será: “Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você”.
Tomemos para nossas vidas a advertência de Jesus: “É assim que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Nada é mais divino do que perdoar

Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração

“Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).

Não há nada mais divino do que o perdão e não há nada mais diabólico do que a falta de perdão. Estamos no meio desse fogo cruzado: o fogo da graça, que faz de nós criaturas novas, e o fogo do inferno, que perde a nossa alma e a nossa vida.
Enquanto o fogo do Espírito, o fogo de Deus, o fogo do Céu aniquila o ressentimento, a mágoa, a falta de misericórdia e perdão, o fogo do inferno faz de nós pessoas vingativas, rancorosas, maldosas e assim por diante. É verdade que nós somos humanos e a nossa humanidade se fere, machuca e reacende. Ou pegamos o fogo da graça para curar nossa humanidade ou deixamos que o fogo do inferno acenda em nós e torne a nossa humanidade pior, estragada e mais enferma do que ela já é. Muitos de nós estão doentes e enfermos no corpo, na alma e no espírito pela falta do perdão.
Cultivamos o ressentimento e a mágoa que só nos enfraquecem, tornam-nos mais doentes e piores para nós e para os outros. Quando não perdoamos, o azedume toma conta de nós, a amargura cresce em nosso coração, a raiva se dilacera em nossos atos, em nossas atitudes e naquilo que fazemos.
Perdoar não significa que somos bonzinhos, que somos anjos. Perdoar significa que estamos permitindo a graça de Deus reinar no nosso coração. Nada é mais divino do que perdoar!
Deus não se faz presente numa pessoa quando ela fala muito d’Ele. Deus se faz presente numa pessoa quando ela tem atitudes divinas, e não há atitude divina mais sublime do que a arte e a graça de perdoar as ofensas, as mágoas e tantas situações vividas. Você pode pensar: “Eu não consigo perdoar o meu irmão, a dor foi grande demais!”. Humanamente, pode ser que não consigamos, mas, com a graça divina, o fogo do Espírito queima aquilo que ficou em nós: o ressentimento, a mágoa. O perdão é vivo, é concreto e real.
Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração. Busquemos o remédio divino da salvação, para que possamos ser canais do perdão e misericórdia de Deus.
O perdão de Deus para nós não tem limites, não cabe dentro dos cálculos humanos, o perdão que Deus quer que exale de nós é o perdão que brota da cruz, do amor, de uma verdadeira experiência com Deus.
Se não conseguimos perdoar, que Deus nos dê a graça e a força necessária para que vivamos o perdão setenta vezes sete, todos os dias e em todos os momentos e situações da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/09/2017

Oração Final
Pai Santo, dá-nos uma alma grande para perdoar sem julgamentos; um coração aberto para acolher todos os companheiros que nos deste para a viagem por este mundo encantado. Assis estaremos seguindo os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos compreender que o perdão e não o julgamento deve ser nossa atitude com relação ao irmão. Ensina-nos, Pai amado, a Compaixão – que é a nossa entrega, libertada de julgamentos, para o consolo dos que sofrem, dos que são perseguidos, dos pobres deste mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2017

oRAÇÃO FINAl
Pai, que és fonte de misericórdia, faze-nos compreender que, mais do que o perdão, a recusa a fazer qualquer julgamento deve ser a nossa atitude com relação ao irmão. Ensina-nos, amado Pai, a Compaixão – que é a nossa entrega, libertada de todos os preconceitos, para consolar aos que sofrem, aos que são perseguidos e aos pobres deste mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.