quarta-feira, 26 de junho de 2024

LITURGIA DIÁRIA - 24/06/2024


Tema do dia

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA: NOSSA ESPERANÇA ESTÁ EM JESUS

Estava no ventre materno, o Senhor me chamou: «É muito pouco você tornar-se o meu servo, só para reerguer as tribos de Jacó, os sobreviventes de Israel. Faço de você luz para as nações, para que minha salvação chegue até os confins da terra». (Is 49,1-6)
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2020

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Todo o acontecimento do nascimento de João Batista está circundado por um jubiloso sentido de admiração, de surpresa e de gratidão. Admiração, surpresa, gratidão. As pessoas são tomadas por um santo temor de Deus «e por toda a região montanhosa da Judeia se comentavam esses fatos» (v. 65). Irmãos e irmãs, o povo fiel intuiu que aconteceu algo grandioso, mesmo se humilde e escondido, e pergunta-se: «O que virá a ser este menino?» (v. 66). O povo fiel de Deus é capaz de viver a fé com alegria, com sentido de admiração, de surpresa e de gratidão. [...] E pensando nisto perguntemo-nos: como é a minha fé? É uma fé jubilosa, ou é uma fé sempre igual, uma fé “tíbia”? Tenho o sentido da admiração, quando vejo as obras do Senhor, quando ouço falar da evangelização ou da vida de um santo, ou quando vejo tantas pessoas boas: sinto a graça, dentro, ou nada se move no meu coração? Sei sentir as consolações do Espírito ou sou fechado? [...] Pensemos nestas palavras, que são estados de ânimo da fé: alegria, sentido de admiração, surpresa e gratidão. (Angelus de 24 de junho de 2024)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Segunda-feira, 12ª Semana do Tempo Comum
Natividade de São João Batista, Solenidade, Ano B
Cor: Branca


Missa da Vigília
Celebra-se esta Missa na tarde do dia anterior, antes ou depois das primeiras Vésperas da solenidade.

Primeira Leitura (Jr 1,4-10)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

Leitura do Livro do Profeta Jeremias

Nos dias de Josias: 4 Foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5 "Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações". 6 Disse eu: "Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo". 7 Disse-me o Senhor: "Não digas que és muito novo; a todos a quem eu te enviar, irás, e tudo que eu te mandar dizer, dirás. 8 Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te", diz o Senhor. 9 O Senhor estendeu a mão, tocou-me a boca e disse-me: "Eis que ponho minhas palavras em tua boca. 10 Eu te constituí hoje sobre povos e reinos com poder para extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15ab e 17 (R. 6b)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

— Desde o seio maternal, sois meu amparo.
— Desde o seio maternal, sois meu amparo.

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.

Segunda Leitura (1Pd 1,8-12)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

Leitura da Primeira Carta de São Pedro

Caríssimos: 8 Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9 pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação. 10 Esta salvação tem sido objeto das investigações e meditações dos profetas. Eles profetizaram a respeito da graça que vos estava destinada. 11 Procuraram saber a que época e a que circunstâncias se referia o Espírito de Cristo, que estava neles, ao anunciar com antecedência os sofrimentos de Cristo e a glória consequente. 12 Foi-Ihes revelado que, não para si mesmos, mas para vós, estavam ministrando estas coisas, que agora são anunciadas a vós por aqueles que vos pregam o evangelho em virtude do Espírito Santo, enviado do céu; revelações essas, que até os anjos desejam contemplar!

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Lc 1,5-17)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024


Anúncio do nascimento de João Batista

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— João veio dar testemunho da Luz; a fim de preparar um povo bem disposto, para a vinda do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor.

5 Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6 Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7 Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada. 8 Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9 Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10 Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido. 11 Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12 Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13 Mas o anjo disse: "Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14 Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15 porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16 Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17 E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Missa do dia

Primeira Leitura (Is 49,1-6)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

Leitura do Livro do Profeta Isaías

1 Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2 fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3 e disse-me: "Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado". 4 E eu disse: "Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa". 5 E agora diz-me o Senhor - ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo - que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6 Disse ele: "Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório  Sl 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!
— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.
— Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!
— Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.

Segunda Leitura (At 13,22-26)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo disse: 22 Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: "Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade". 23 Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24 Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25 Estando para terminar sua missão, João declarou: "Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias". 26 Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Lc 1,57-66.80)
Solenidade Natividade de São João Batista | Segunda-feira - 24/06/2024


mão do Senhor estava com ele

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Serás chamado, ó menino, o profeta do Altíssimo: irás diante do Senhor, preparando-lhe os caminhos.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus
— Glória a vós, Senhor.

57 Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60 A mãe porém disse: "Não! Ele vai chamar-se João". 61 Os outros disseram: "Não existe nenhum parente teu com esse nome!" 62 Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: "João é o seu nome". E todos ficara admirados. 64 No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65 Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66 E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: "O que virá a ser este menino?" De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80 E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até ao dia em que se apresentou publicamente a Israel.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a blia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 23/06/2024

ANO B


12º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

"Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" Mc 4,40

Mc 4,35-41

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Senhor permanece junto aos discípulos ao longo da caminhada: quando as circunstâncias parecem desfavoráveis à missão, é Jesus que torna possível o anúncio e a propagação do Reino. Supliquemos que, frente aos desafios, Ele liberte-nos do medo e nos torne capazes de acolher fielmente sua divina vontade.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/12-domingo-tempo-comum-ano-b-23-06-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste domingo, dia do Senhor, celebramos a vitória de Cristo sobre as tempestades pelas quais atravessa a barca da Igreja e a barca de nossas vidas. O Senhor deu sua vida por nós: vivamos para Ele! Sabemos que Ele está conosco, sobretudo nos tempos mais difíceis e turbulentos; que esta Eucaristia, celebrada com fé, sustente nossa esperança de que o Senhor virá sempre em nosso socorro.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-39-12o-domingo-do-tempo-comum.pdf

“O MEU SOCORRO VEM DO SENHOR, QUE FEZ OS CÉUS E A TERRA”.

Após minha Ordenação Episcopal, iniciei minha missão como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Brasilândia. Minha primeira iniciativa foi visitar cada padre para conhecer de perto suas atividades, desafios e sentimentos, buscando compreender sua realidade. Durante uma dessas visitas, fui profundamente tocado por uma cena: um padre já idoso e fragilizado pela saúde, dedicando-se incansavelmente a uma paróquia na periferia, enfrentando inúmeros obstáculos. Mesmo após mais de uma década nessa árdua jornada, ele mantinha-se firme, como me revelou durante nossa conversa. Sua resiliência diante da adversidade me comoveu profundamente. Ao nos despedirmos, ele apertou minha mão e disse: "Fé e Coragem!" Poucos dias depois, soube de seu falecimento, mas suas palavras ecoaram em minha mente. Descobri durante seu velório que essa era sua saudação habitual, um lema que resumia sua maneira de encarar a vida: fé e coragem.
Ao refletir sobre as leituras do décimo segundo domingo do tempo comum, percebo que essa frase recorrente se revela como uma chave essencial de interpretação: a coragem e a confiança que devemos depositar em Deus, mesmo nos momentos mais sombrios e desafiadores. No Evangelho de Marcos 4,35-41, testemunhamos Jesus acalmando uma tempestade no mar, demonstrando seu domínio sobre as forças da natureza e nos ensinando sobre a importância de uma fé inabalável.
É essencial lembrar que não estamos sozinhos em nossas tribulações. Deus está ao nosso lado, cuidando de nós com o amor de um Pai, guiando-nos rumo à vida e à salvação a cada passo do caminho. Assim como os discípulos, que temeram durante a tempestade, enfrentamos nossas próprias tormentas no dia a dia. Diante dos desafios e dores, é fácil fraquejar na fé e duvidar da presença amorosa de Deus em nossas vidas. Devemos nos lembrar que, é nesses momentos que Jesus nos convida a confiar nele plenamente, acalmando as tempestades interiores e exteriores com seu poderoso comando: "Silêncio! Cala-te!"
Diante das incertezas e tribulações, somos questionados: "Por que tendes tanto medo? Ainda não tendes fé?" Essa interpelação nos lembra de confiar totalmente em Deus, reconhecendo que Ele está no controle de todas as coisas e nunca nos abandona. Devemos aprender a enfrentar nossos medos com fé e coragem, seguindo o exemplo daquele padre citado acima, sabendo que Deus está conosco a cada passo do caminho. Com a força do Espírito Santo, fé e coragem, nosso auxílio, segurança e esperança estão no Senhor Deus, criador do céu e da terra, do mar e de tudo que nele existe (cf. Sl 146,6).
Dom Carlos Silva, OFMCap
Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-39-12o-domingo-do-tempo-comum.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Jesus acalma a tempestade


Deus é o Senhor do mar. Do meio da tempestade, assim se revelou a Jó. Quem é este a quem obedecem até o vento e o mar? A forte ventania sacudia o barco, e Jesus dormia sobre um travesseiro. O barco está afundando, e ele não se importa? “Silêncio, cala-te.” Levanta-se o Senhor e repreende o vento e o mar.
O vento parou e o mar se acalmou. “Vocês são medrosos! Ainda não têm fé?” Jesus está presente. É preciso acreditar que ele é o Senhor do mar. “Ainda não tendes fé?” Se a tivéssemos, poderíamos dizer ao vento e ao mar: “Silêncio, cala-te!”? É Deus quem põe limites às forças da natureza.
Nós, por vezes, perturbamos a ordem do universo. Algumas vezes, usando para o bem a inteligência que Deus nos deu, somos capazes de evitar grandes males ou de corrigi-los depois de acontecidos. Podemos nos tornar novas criaturas com visão nova de tudo o que foi criado. Vivendo para Cristo e vendo com seus olhos pessoas e coisas, tudo pode se tornar novo. O que era antigo passou. Mar agitado pela tempestade. O vento sopra forte, tudo se agita, a frágil embarcação parece soçobrar. É um momento da história da nossa vida, é uma fase da história da Igreja e da humanidade.
Nossos corações desfalecem de pavor. Na aflição, gritamos ao Senhor e a tempestade se converte em bonança. É uma certeza. Já podemos agradecer a Deus por seu amor e pelas maravilhas operadas entre nós. Só não sabemos quando. Quando virá a bonança? Misturada ao som do vento e do mar agitado, ouvia-se a voz amedrontada dos discípulos: “Não te importa que estejamos perecendo?”.
Nós, por vezes, perturbamos a ordem do universo. Algumas vezes, usando para o bem a inteligência que Deus nos deu, somos capazes de evitar grandes males ou de corrigi-los depois de acontecidos. Podemos nos tornar novas criaturas com visão nova de tudo o que foi criado. Vivendo para Cristo e vendo com seus olhos pessoas e coisas, tudo pode se tornar novo. O que era antigo passou. Mar agitado pela tempestade. O vento sopra forte, tudo se agita, a frágil embarcação parece soçobrar. É um momento da história da nossa vida, é uma fase da história da Igreja e da humanidade.
Nossos corações desfalecem de pavor. Na aflição, gritamos ao Senhor e a tempestade se converte em bonança. É uma certeza. Já podemos agradecer a Deus por seu amor e pelas maravilhas operadas entre nós. Só não sabemos quando. Quando virá a bonança? Misturada ao som do vento e do mar agitado, ouvia-se a voz amedrontada dos discípulos: “Não te importa que estejamos perecendo?”.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-acalma-a-tempestade-2/ https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-e-este-que-ate-o-vento-e-o-mar-lhe-obedecem-23062024

Reflexão

Passar para a outra margem supõe confronto com nova realidade. O outro lado é território dos não judeus, e Jesus convida seus discípulos a anunciar também lá a Boa-nova do Reino. Isso pode gerar incertezas e medos, aqui representados pela turbulência da travessia. Em nossas atividades pastorais, estamos sujeitos a oposições, críticas, falta de apoio, por parte da comunidade ou dos dirigentes. Além disso, levamos para a missão nossos limites e nossas crises pessoais. Para não sermos tragados pelas forças contrárias, temos de despertar Jesus, que já está conosco, mas o imaginamos ausente. Precisamos renovar a confiança em sua presença e no poder de sua palavra que acalma o vento e o mar (“Silêncio!”, “Quieto!”) e nos encoraja e questiona (“Por que vocês são medrosos? Ainda não têm fé?”).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/23-domingo-6/

Reflexão

«Mestre, não te importa que estejamos perecendo?»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje ―nestes tempos de «forte ventania»― nos encontramos interpelados pelo Evangelho. A humanidade viveu dramas que, como ondas violentas, irromperam sobre homens e povos inteiros, particularmente durante o século XX e o início do XXI. E, às vezes, sai do fundo da alma perguntar-lhe: «Mestre, não te importa que pereçamos?» (Mc 4,38); se Tu verdadeiramente existes, se Tu és Pai, por que ocorrem estes episódios?
Ante a lembrança dos horrores dos campos de concentração da II Guerra Mundial, o Papa Bento se pergunta: «Onde estava Deus nesses dias? Por que permaneceu calado? Como pôde tolerar este excesso de destruição?». Uma pergunta que Israel, ainda no Antigo Testamento, se fazia: «Por que dormes? (...). Por que escondes teu rosto e esqueces nossa desgraça» (Sal 44,24-25).
Deus não responderá a estas perguntas: podemos pedir tudo a Ele, menos o porquê das coisas; não temos o direito de pedir-Lhe contas. Na realidade, Deus está e está falando; somos-nos quem não estamos [na sua presença] e, portanto, não ouvimos a sua voz. «Nos ―diz Bento XVI― não podemos escrutar o segredo de Deus e da historia. Neste caso, não defenderíamos ao homem, mas contribuiríamos somente à sua destruição».
Efetivamente, o problema não é que Deus não exista ou que não esteja, porém que os homens vivamos como se Deus não existisse. Aqui está a resposta de Deus: «Por que estais com tanto medo? Como não tens fé?» (Mc 4,40). Isso disse Jesus aos Apóstolos, e o mesmo lhe disse a Santa Faustina Kowalska: «Minha filha, não tenhas medo de nada, Eu sempre estou contigo, ainda que te pareça que não esteja»
Não lhe perguntemos, melhor rezemos e respeitemos a sua vontade e..., então haverá menos dramas... E, assombrados, exclamaremos: «Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem» (Mc 4,41). ―Jesus, em vos confio!
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Nos momentos de agitação, não vos deixeis vencer pelas ondas. Porém, se o vento sopra, se as paixões da nossa alma se agitam, não desesperemos: despertemos Cristo, para que possamos navegar com calma e chegar ao porto da pátria» (Santo Agostinho)

- «Quando Jesus entra naquele barco, o clima muda imediatamente: todos se sentem unidos na fé Nele. A fé dá-nos a segurança da presença de Jesus, sempre ao nosso lado, da sua mão que nos agarra para nos afastar dos perigos» (Francisco)

- «(…) ‘assim como foi na pobreza e na perseguição que Cristo realizou a redenção, assim também a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho, para comunicar aos homens os frutos da salvação’ (Concílio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 853)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-23

Reflexão

A Igreja logo foi uma “Igreja perseguida”, inclusive, “por causa da justiça”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje contemplamos o "barco" com os Apóstolos, símbolo da Igreja, movido pelo "mar", símbolo do "mundo". Os Apóstolos não devem temer as ameaças: Cristo —mesmo silencioso— está no barco e, por isso mesmo, nunca se afundou.
A Igreja logo foi uma "Igreja perseguida", inclusive "por causa da justiça": pelos judeus, que a perseguiam por "fidelidade à Lei"; pelo Império, pois considerava aos "cristãos" como seguidores de um criminal; pelos que perseguiram a Deus... Além disso, posto que a aspiração do homem tende sempre a emancipar-se da vontade de Deus, a fé aparecerá como algo que se contrapõe ao "mundo", e por isso haverá persecução por causa da justiça em todos os períodos da história.
—Cristo crucificado é o justo perseguido pelos que falam sobre as profecias do Antigo Testamento. Ele mesmo é a chegada do Reino de Deus: "Bem-aventurados os que padecem persecução por causa da justiça, porque seu é o Reino dos Céus".
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-06-23

Comentário sobre o Evangelho

Jesus acalma a tempestade


Hoje, estamos a navegar com Jesus e os Apóstolos. Há tempestade no mar, ventos fortes, ondas grandes. Jesus dorme; nós assustamo-nos: parece que a barca se pode afundar de um momento para o outro. E então pensamos em despertar o Senhor.
- Por que temos medo, se Jesus está conosco? Jesus dorme, mas Deus – na verdade - nunca dorme: Ele vê tudo sempre; Ele é o nosso Pai que vela pelos seus filhos. É questão de ter fé!
Fonte: https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-06-23

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

Há realidades vitais em nossa existência que até nos parecem intransponíveis. Há limites humanos para tudo, porém, há os que nos parecem mais difíceis, insuportáveis. Aí se pode até pensar que Deus não se compromete com nossa realidade e que estamos à mercê da própria sorte. “Nosso barco” nem sempre está preparado para suportar a “impetuosidade do mar” e os balanços impostos pela vida.
O Evangelho vem deixar claro para nós que não estamos sozinhos, nem perdidos ou abandonados. Mostra-nos que Deus está ao nosso lado. Pode parecer que “está dormindo”, mas, na verdade, está nos testando. Por isso, no Evangelho, Jesus vai censurar os discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
Temos confiança no Senhor! No entanto, o perigo é que essa confiança seja interesseira, baseada numa fé que espera milagres. Fé é confiar plenamente na pessoa de Cristo e tê-lo como centro da vida. É por isso que Jesus chama a atenção dos discípulos, perguntando-lhes se ainda não tinham fé. Não cabe, pois, a fé em Cristo ser interesseira. Por isso, é bom revisar nossa fé.
Desse modo, o Evangelho vai nos ensinando como nos portarmos diante de Cristo e do mundo. É natural que tenhamos “certas tempestades” em nossa vida e devemos saber como nos portarmos diante delas. Primeiro, devemos ter a certeza de que o Senhor caminha conosco e está bem perto de nós. Depois, que Ele tem a força divina capaz de vencer até mesmo as forças da natureza. Por isso, naquela hora, Jesus vai dizer ao mar: “Silêncio! Cala-te!”
Viver uma fé viva e comprometida com a realidade será sempre exigente. O testemunho verdadeiro da fé nos faz olhar para os discípulos que apostam na pessoa de Jesus. Sabem que o Cristo está com eles e não os abandonará. É nesse mesmo sentido que devemos caminhar na realidade de nosso tempo. Viveremos as perspectivas do mundo, buscaremos compreender os fatos e acontecimentos, mas, jamais deixaremos o Cristo abandonado, pois Ele é nossa vida, o centro, o caminho, a segurança.
O Pai, em seu Filho Jesus, jamais estará indiferente à realidade de nossa vida e nossa história. Nossas interpretações é que não correspondem à verdade de Cristo, à maturidade de nossa fé, que deve ser bem do jeito do Evangelho.
Redação “Deus Conosco”

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) CONCEDEI-NOS, SENHOR, a graça de sempre temer e amar vosso santo nome, pois nunca cessais de conduzir os que firmais solidamente no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.