ANO B
Mt 8,28-34
Comentário do Evangelho
Jesus é proclamado vitorioso sobre o mal.
Toda a cena se desenvolve num ambiente de impureza: a região pagã dos gadarenos, os dois homens violentos dominados por espíritos impuros, a menção dos túmulos, mortos e porcos. O mal, ou os muitos males, que, por vezes, habita o ser humano, desfigura-o. Expulsando e dominando os espíritos impuros, Jesus é proclamado vitorioso sobre o mal e todas as suas manifestações. Até mesmo a pagãos a salvação de Jesus é realizada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Comentário do Evangelho
Onde Jesus passa, o mal é destruído
Toda a cena se desenvolve num ambiente de impureza: região pagã, os túmulos, os porcos, o mar. Os dois possessos saem dos túmulos, o que significa que, por esse contato com os mortos, eles se tornam os mais impuros aos olhos da Lei judaica. Os demônios falam pela boca dos possessos. O mal está sempre diante do homem, e cabe a ele consentir ou não com o mal que lhe é oferecido. Mas onde Jesus passa, o mal é destruído. Para um judeu, o porco simboliza a impureza e o paganismo, e, por isso, a manada de porcos só existe em território pagão. Na lógica própria ao símbolo, é normal que os demônios se encontrem nos animais e que eles se precipitem no mar, símbolo da morte e do mal. O pedido para que Jesus deixasse a região significa a rejeição também dos pagãos à sua pessoa e à sua mensagem. A vitória sobre a tempestade havia suscitado a admiração dos homens, mas, aqui, em nosso episódio, o final é um fracasso, pois o combate de convencer os pagãos não foi, ainda, ganho. No entanto, os discípulos testemunharam o poder de Jesus sobre o mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Vivendo a Palavra
Visto por nós, através da lente da Ressurreição, o exorcismo de Jesus parece natural. Entretanto, para o povo da época, tanto poder causava medo e era preferível que o Mestre se afastasse do lugar. Ainda hoje, há quem tema o Senhor e se negue a aceitar sua presença amorosa em nós e no nosso meio.
Vivendo a Palavra
Na meditação do Evangelho, nós, que desejamos ser discípulos de Jesus, não podemos parar no encantamento com as curas surpreendentes que Ele fez, mas devemos nos lembrar que seu comportamento é modelo a ser seguido: libertar os irmãos dos muitos demônios que lhes impedem a Vida sonhada por Deus-Pai.
VIVENDO A PALAVRA
Possuídos por demônios não são apenas aqueles pobres gadarenos. As seduções que nos atormentam hoje são outras, talvez mais atraentes e enganosas, como riquezas, poder e prazeres fáceis. Mas nosso Mestre continua presente e pronto para nos proteger contra elas e nos conduzir pelos caminhos do Reino. Confiemos nele!
vIVENDO A PALAVRa
Na contemplação do Evangelho, nós, que desejamos ser discípulos de Jesus, não podemos nos deter no encantamento com as curas que Ele fez. Devemos nos lembrar de dois pormenores: primeiro, as curas são sinais que apontam para outra coisa, transcendente. Em segundo lugar, que o comportamento de Jesus é modelo a ser seguido. Também nós devemos ser para os irmãos instrumentos de libertação dos muitos demônios que impedem a Vida Plena sonhada por Deus.
Reflexão
Apesar de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e fazem isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como perda de algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os gadarenos, parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo junto, do que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor salvífico de Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material constitui-se em uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria.
Reflexão
Entrar em território pagão é sempre um desafio; não se sabe o que se vai enfrentar. Jesus encontra um mundo dominado por escravidão e violência. A presença de Jesus é séria ameaça contra essa deplorável situação: “Vieste aqui para nos atormentar?”. Entre o mal (demônio) e o bem (Jesus) não pode haver acordo. Ao dizer “se nos expulsas”, os possessos sabem que Jesus tem poder sobre as forças malignas. De fato, Jesus reverte esse quadro, derrotando os poderes do mal que agem no meio dos pagãos. Ao perder seus rebanhos, os gadarenos ficam zangados com Jesus e o afastam como indesejável. É o engano de quem valoriza mais os bens materiais do que a vida humana. Outra aplicação: nosso interior é um espaço ainda desconhecido, povoado de “demônios” que precisam ser expulsos para sermos salvos plenamente.
Oração
Ó Jesus, Filho de Deus, libertas de situação deplorável dois homens com espíritos impuros. E permites que os porcos, possuídos pelos mesmos espíritos impuros, precipitem-se nas águas. Os habitantes do lugar, apegados aos bens materiais, rechaçam a tua presença libertadora, lamentavelmente. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Recadinho
Você se preocupa em primeiro lugar com os bens espirituais? - É possível ficar indiferente à graça de Deus que age em nós? - Você acredita que Deus cura se não dos males físicos, pelo menos dos espirituais? - Você se desespera quando não consegue o milagre que tanto desejava? - Será que o que pede é realmente para seu bem espiritual?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
VENCENDO OS ESPÍRITOS MAUS
A instauração do Reino de Deus, através da pessoa de Jesus, criou rupturas no esquema pecaminosa que se apoderou da história humana. O pecado criou espaço para que os espíritos malignos agissem sobre as pessoas, mantendo-as cativas de sua perversidade. Escravizar-se ao pecado é, em última análise, deixar-se possuir pelos maus espíritos. Jesus, veio, exatamente, para libertar o ser humano desta escravidão.
A ação de Jesus pode ser descrita como uma espécie de confronto com toda sorte de mau espírito. O mau espírito da ganância, da inveja, do egoísmo, da violência e afins vêem-se atormentados com a presença de Jesus. De fato, o Filho do Homem veio para atormentá-los e não pode deixá-los em paz, enquanto não vê o ser humano libertado de sua má influência.
A situação dos dois possessos gadarenos é imagem da gravidade e intensidade da possessão do mau espírito no coração humano. A convivência com eles tornou-se impossível. Sua violência impedia a aproximação de quem quer que fosse. E, quando foram expulsos, apoderou-se de uma vara de porcos, que acabou lançando-se ao mar e afogando-se.
A este estado fica reduzida a pessoa que abre espaço, em seu coração, para qualquer forma de mau espírito. Somente, a presença de Jesus tem o poder de libertá-la.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a repelir toda ação do mau espírito, cuja intenção é manter-me cativo de sua perversidade.
Meditando o evangelho
A VITÓRIA SOBRE O MAL
O incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco.
Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total desumanização.
A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal.
Os habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu território.
Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que liberta do mal, purifica meu coração de tudo quanto me desumaniza e me impede de viver em comunhão com meus semelhantes.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Quem tem medo da Força do Mal?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Parece ser um título muito simples demais para este relato tão complicado e misterioso do evangelho de Mateus, e a minha equipe de "Teólogos Populares" logo de início fez uma observação importante. Os milagres de Jesus, que no meio do seu povo na Judéia, causavam tanta admiração e espanto, fazendo inclusive com que muitos o seguissem, teve aqui o efeito contrário, a população suplicou para que Jesus deixasse aquela região... Por que será?
Sêo Raimundo lembrou-se de que o mar, sobretudo no Novo Testamento, é o lugar das forças do mal, foi no mar que a "porcada" despencou e pereceu. Antes esses espíritos malignos estavam em duas pessoas, nos dois possessos que o evangelho narra em seu início.
Dona Maria, da Pastoral dos Enfermos, também fez uma observação importante, "Ué, parece que o Mal chegou diante de Jesus e já tremeu na base, olha o texto, eles é que começaram a falar com Jesus, não foram os possessos e nem uma outra pessoa..."
Jesus arranca as Forças Malignas das entranhas do homem, e as coloca em seu lugar que é o abismo, o mar, a destruição.
O Mal presente no mundo de hoje, sob muitas formas (o Diabo é Criativo), quando você menos espera, ali está o Tal, louco para nos amordaçar e amarrar, para nos ter ao seu dispor. Ninguém se aproximava dos dois possessos, eles estavam furiosos, hoje a nossa tendência de cristãos fragilizados, é passar longe do mal, e das pessoas por ele dominadas, queremos ao nosso lado um ambiente favorável ao nosso testemunho cristão, queremos que as pessoas reparem o Bem presente em nós, e se encantem com ele, por isso muitos são cristãos igrejeiros, fogem do confronto com o Mal presente na Sociedade e se refugiam na Igreja.
A Força Libertadora do evangelho tem de ser direcionada na raiz do mal, nada mais bonito do que um jovem que conheço, e que nesse sentido é "Fera", não tem medo de ir a Balada onde se diverte de maneira sadia não prejudicando a vida de ninguém, ao contrário, alguns jovens do seu Grupo da Comunidade, vieram da Balada, porque viram na conduta desse Jovem, algo totalmente novo e assim, descobriram Jesus, que não está enclausurado dentro de um grupo, mas que esse jovem leva como sentido maior da sua existência...
"Opa, peraí! Então eu vou deixar a minha Filha, freqüentar esses lugares imundos, contaminados pelo Mal? Mais isso nunca... Tá mais é doido!", comentou Dona Francisca, discordando. Então retomei a palavra e concluiu "Não Dona Francisca, se a Senhora não confia no Poder do Espírito Santo presente na Vida e no coração da sua Filha, é melhor não deixar mesmo, e isso é uma pena, pois garganteamos ter tanta Fé, mas na Hora de "cutucar o Mal com a Vara Curta", corremos de medo...
2. Que queres de nós, Filho de Deus? - Mt 8,28-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Os três primeiros Evangelhos, chamados sinóticos, são parecidos, mas não são iguais. Há diferenças de perspectivas. Marcos e Mateus narram a expulsão do demônio na região pagã de Gerasa. Mateus, que estamos lendo, vê dois possessos e não apenas um. Fiquemos com a ideia de um plural. São dois, representando todas as pessoas em situação de dominação. Eram violentos, assustavam os passantes, mas se amedrontam diante de Jesus, a quem chamam de Filho de Deus. E perguntam: “Que queres de nós? Vieste nos atormentar antes do tempo?”. Quando será o “tempo” em que o império do demônio terminará para sempre? O centro da narrativa é Jesus, com quem os demônios falam e pedem para entrar nos porcos que ali pastavam. Jesus diz apenas uma palavra de consentimento. “Ide!”. “Vão, podem entrar nos porcos”. Inseguros, os demônios querem ficar na região onde estão, e os habitantes do lugar pedem que Jesus vá embora.
HOMILIA
JESUS CURA DOIS HOMENS
Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento. Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.
No Evangelho de Marcos, anterior ao de Mateus, esta narrativa está mais desenvolvida. Aí, o núcleo é o homem que foi libertado do demônio e passou a anunciar os feitos de Jesus. O demônio é associado à Legião, divisão militar romana. Mateus o omite. E nada diz sobre os dois homens que foram libertados. As multidões que acorrem da cidade vêm para ver Jesus e não os homens libertados, como em Marcos. O interesse de Mateus é a manifestação de poder de Jesus, de maneira a fortalecer a confissão de fé messiânica, da tradição do judaísmo. Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios o confessam) que vem com poder para derrotar os demônios. Pois ele sabe tudo sobre a origem, o poder e a ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!
Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos. Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido à expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. É que eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna. E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna em nossas vidas pela Força e o Poder do Filho de Deus gritemos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus que é o projeto de vida eterna.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
Só Jesus pode nos purificar da sujeira deste mundo
Só Jesus pode nos purificar da sujeira deste mundo. O lugar do homem é próximo d’Aquele que o criou para estar sempre livre do poder e da ação do maligno e da sujeira do mundo.
“Jesus disse: ‘Ide’. Os demônios saíram, e foram para os porcos” (Mateus 8, 32).
Quero chamar sua atenção para os três sujeitos do Evangelho de hoje. O primeiro deles: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o enviado do Pai que está no meio de nós, agindo com Sua Palavra salvadora e libertadora para nos livrar da ação do mal e do maligno.
Outros sujeitos do Evangelho de hoje são, justamente, os demônios, porque eles são muitos e agem de diversas formas. Todos eles representam o poder do mal e do maligno. Estes não são mais do que Deus; pelo contrário, são aqueles que se rebelaram contra o Senhor e agem neste mundo para desviar do caminho aqueles que são d’Ele [de Deus].
Do outro lado, vemos também no Evangelho de hoje a figura dos porcos, os quais, na cultura antiga, eram símbolo de sujeira e também da impureza. Demônio e impureza têm tudo a ver, porque Deus é Aquele que é puro, santo e no qual não há a contaminação da sujeira nem do mal. Ao passo que a sujeira é aquilo que, na verdade, tira o brilho original e a pureza de todo ser e de toda criatura.
O Evangelho de hoje é para nós uma parábola: a ligação que Jesus faz entre o poder do mal e os porcos (símbolos desta impureza). Quando Jesus vê esses homens sofrendo por estarem possuídos pelo demônio e o quanto o demônio fazia mal a eles – atormentando-os e os fazendo sofrer, porque estavam com a mente e com o coração totalmente presos ao mal – Ele quer libertá-los. Ao dizer ”Ide” é como se Ele dissesse: “Tira os demônios que estão nestes homens e os manda para os porcos” (cf. Mt 8, 32).
Permita-me dizer uma coisa a você: o lugar do mal e dos demônios é na sujeira. É óbvio que os porcos são animais tão belos da natureza e da criação de Deus e não devem ser mal comparados. Mas, aproveitando o elemento da cultura antiga na qual Jesus vive, é importante lembrarmos que o lugar da sujeira é mesmo no chiqueiro. O lugar dos demônios é no inferno, não na alma, não no coração humano! Não é lugar do coração humano nem o chiqueiro nem o inferno.
O lugar do coração humano é próximo d’Aquele que o criou, para estar sempre livre do poder do mal e da sujeira do mundo, do poder do maligno e da ação que nos contamina neste mundo!
Só Jesus, o Enviado de Deus, é que pode nos lavar e nos purificar do mal que nos suja neste mundo! Só Jesus pode nos limpar da ação do maligno no meio de nós! Que Ele mande para bem longe todos os espíritos malignos e todos os tormentos que vêm ao encontro da nossa alma e do nosso coração para que sejamos livres a fim de servir a Deus com a alma pura, com o coração purificado e livres do poder do mal e da morte!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
Só Jesus nos liberta do poder do mal
Jesus afugenta, manda para longe a força do mal quando ela está agindo em nossa vida
“Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles” (Mateus 8,34).
Pode parecer estranho, mas essa cidade está pedindo para Jesus ir embora. O Senhor está numa região pagã, a região dos gadarenos; quando Ele chega, dois homens possuídos pelo demônio vão ao encontro d’Ele, porque os demônios estão agindo de forma violenta na vida deles.
Esses homens estão sendo agitados por esses espíritos malignos, e os próprios demônios, quando veem Jesus se aproximar deles, tremem, apavoram-se e sabem que Ele tem poder sobre eles. Os demônios querem continuar atormentando a vida daqueles homens, mas Jesus não quer que eles agitem nem a vida deles nem a nossa vida.
Jesus afugenta, manda para longe a força do mal quando ela está agindo em nossa vida. Jesus não nos quer sobre o domínio do mal, Ele não quer que o mal esteja agindo e apoderando-se de nossa vida. O fato é que os demônios, sabendo que o Senhor vai expulsá-los, pedem: “Expulse-nos, por favor, mas nos mande para aquela manada de porcos”.
Os porcos representam a impureza, tudo aquilo que é impuro, tanto que os próprios judeus não comem carne de porco por representar a impureza. Jesus está numa região pagã, e ali a criação de porcos é uma coisa comum. Cristo expulsa os demônios daqueles dois homens e os manda para os porcos. Os porcos saem desesperados, caem na água e se afogam, mas os homens estão livres e todo esse fato cria uma grande admiração.
Os comerciantes, os donos dos porcos, não estão preocupados com os homens que foram libertos; estão preocupados com os porcos que perderam. Veja que visão capitalista, mercantilista, totalmente desfocada, errada, desumana e cruel. O que importa para muitos é o prejuízo material e econômico, e não o ser humano, a pessoa humana. Dois homens foram libertos do poder do mal e para aqueles homens pouco importou expulsar Jesus, porque Ele não trouxe lucro material, mas prejuízo financeiro.
Muitas vezes, deixamo-nos levar por uma visão materialista, capitalista, mercantilista, e o que importa é o que nos dá lucro, o que vai nos dar retorno financeiro. A mentalidade do Reino de Deus não é essa. O que importa é o ser humano livre e liberto do poder do mal.
Não tem preço, não tem dinheiro, não tem manada nem bolsa de valores que seja maior do que sermos libertos do poder do mal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que a expulsão de demônios é tarefa nossa, delegada por Jesus. Mas a casa não deve ficar vazia: que em seu lugar permaneça o Espírito de Amor, para iluminar os caminhos do teu Reino que já se encontram nesta terra abençoada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos Fé e generosidade para nos fazermos solidários na vida dos peregrinos que colocaste perto de nós nesta terra abençoada, anunciando-lhes o teu Amor de Pai que tem coração materno, sempre nos acompanhando, desde agora e para a eternidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a reconhecer as tentações que nos desviam do Caminho, da Verdade e da Vida que nos foram trazidos e propostos por Jesus. Dá-nos o dom do discernimento e a coragem para perseverar em nossa conversão para o teu Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
oRAÇÃO FINAl
Pai, que és Fonte da Vida e da Alegria, dá-nos Fé e generosidade para nos fazermos solidários na vida dos peregrinos que colocaste perto de nós nesta terra abençoada. Queremos anunciar-lhes o teu Amor de Pai que tem coração materno, sempre nos acompanhando carinhosamente, desde o início e para a eternidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.