sexta-feira, 9 de setembro de 2022

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Dia da semana: Sábado - Dedicado a - Nossa Senhora - Imaculado Coração de Maria - CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA - Cenáculo de amor (Walmir Alencar)


CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos, em ato de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo. Sob a proteção do vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém.


Cenáculo de amor
Walmir Alencar

Reunidos aqui, num Cenáculo de amor
Pedimos forças pelas mãos de Maria
Ela conhece bem todos seus queridos filhos
E não deixará faltar para nós seu auxílio

Vinde, Espírito Santo! Vinde por meio da poderosa intercessão
Do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima Esposa
Vinde, Espírito Santo! Vinde por meio da poderosa intercessão
Do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima Esposa (bis)

Vossa amadíssima Esposa!

Bom Final de Semana! "Doce Coração de Jesus, sede o meu amor!" "Doce Coração de Maria, sede a minha salvação!"

UM ÓTIMO FIM DE SEMANA!

A PAZ de JESUS... O AMOR de MARIA... Estejam contigo neste final de semana. ABENÇOADO FIM DE SEMANA!

BOM DIA! Tenham um excelente dia, repleto das bençãos da Virgem Maria!

Bom dia! Sempre que o sol nasce, você tem uma nova oportunidade de ser feliz.

Tenha um dia abençoado! Ditosa Santa Maria, vós que sois a Mãe de Deus e que morais lá no céu, orai por nós a cada dia. Entregue suas dores e alegrias a Maria... Ela as entregará a Jesus! Confia na Mãe querida! Que Nossa Senhora abençoe você e sua família!

Abençoado Sábado! NOSSA SENHORA ESTÁ PASSANDO, ENTRANDO NA SUA CASA, NA SUA VIDA, PARA TE ABENÇOAR!

BUENOS DIAS!!! FELIZ SÁBADO

Sagrada Família, Jesus, Maria e José, nossa família Vossa é! Um ótimo Sábado pra você e toda sua família.

LEITURA ORANTE DO DIA 09/09/2022



LEITURA ORANTE

Lc 6,39-42 – Ver as pessoas com os olhos do Mestre


Saudação
A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 6,39-42, e observamos o
que Jesus Mestre diz sobre o julgamento.
E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
Refletindo
Jesus usa neste texto uma pequena parábola: um cego guiando a outro cego. Os dois cairão no buraco. Diz que nenhum aluno é como seu professor, ou, nenhum discípulo é como seu mestre. Diz que só quando terminar seus estudos, ficará como seu professor ou mestre. Podemos entender que são cegos os que não vêem com os olhos do Mestre: Jesus. O texto também fala do julgamento. A severidade do nosso julgamento para com o próximo – ver o cisco que está no seu olho - mostra que desconhecemos o nosso próprio limite, a nossa fragilidade e a nossa condição de pecadores diante de Deus, a nossa “trave”, bem maior do que o “cisco” do irmão. Isto, nas palavras de Jesus é hipocrisia.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Qual palavra mais nos toca o coração?
Refletimos:
O que o texto nos diz no momento?
Somos alguém que julga, que vê o “cisco” no olho do irmão?
Nossa vida revela contradições?
O  nosso Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Mais uma vez nos falam os bispos que estiveram
reunidos na Conferência de Aparecida:
“Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35). (DAp 138).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezamos com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
nos disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como
o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vamos eliminar do nosso modo de pensar e agir todo julgamento.
Somos uma pessoa cega se não vemos com os olhos do Mestre?
Escolhemos uma frase ou palavra para memorizar.
Vamos repeti-la durante o dia.
Esta Palavra vai fazendo parte da nossa vida, da nossa mente,
como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Palavra se fez carne - 09 de setembro, 6ª feira, 23ª Semana do Tempo Comum


09 de setembro, 6ª feira, 23ª Semana do Tempo Comum


- Hoje é dia 09 de setembro, 6ª feira, 23ª Semana do Tempo Comum.

- No evangelho de hoje encontramos algumas expressões categóricas que nos movem a abandonar o jeito julgador, bastante perigoso e causa de rompimento nas relações. Há um apelo forte que nos convida a fazer em pedaços a cadeira de juiz que todos levamos presa às nossas costas. Há coisas muito mais importantes a fazer do que se dedicar a julgar os outros. Peça ao Senhor que te ajude a ser misericordioso.

- Escute o Evangelho de Lucas, capítulo 6, versículo 39 a 42:

Naquele tempo, Jesus contou uma parábola aos discípulos: "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão".

-“Guia cego” é aquele que, centrado na lei, se situa acima do outro, exigindo dele qualquer tipo de “submissão”. Jesus sempre nos chama à autenticidade. Por isso, Ele está sempre combatendo uma acomodação externa às normas e preceitos. A atitude julgadora petrifica o nosso ser, deixando-nos estagnados: emoção congelada, relações congeladas, imagem de Deus congelada, visões congeladas... A única Lei definitiva é a que está escrita em nosso interior e tem a marca do amor. Peça ao Senhor que ajude a ser misericórdia em ação.

- Você deixa “transparecer” seu coração na vivência cotidiana? Coração oxidado ou ativado pela Misericórdia?

- “Tira primeiro a trave do teu olho”, diz Jesus. O Deus de Jesus não é um juiz com um catálogo de leis que tem necessidade de mandar, controlar, verificar... Basta-lhe a misericórdia, a compaixão... Diz assim Pe. Adroaldo Palaoro:

“Onde não há misericórdia, não há sequer esperança para o ser humano. Enquanto o Reino de Deus estiver no nosso meio, o juiz interior não tem nenhuma chance, estamos sãos e salvos, livres dos seus juízos, de suas expectativas e exigências, de suas acusações e sentenças.”

– Termina tua oração pedindo ao Senhor que te ajude não julgar os outros, a cultivar a mansidão, a aceitar sua própria imperfeição e a dos outros. Implore ao Senhor que te ajude a ser misericordioso, sobretudo consigo mesmo.

– Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

São Paulo ensina os pregadores do mundo atual | (1Cor 9, 16-19.22-27) #871- Meditação da Palavra - Frei Gilson



Mãe Maria | Dom Walmor – 09/09/2022


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 9 de set. de 2022

Homilia Diária - 09.09.2022 | "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?" - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

(Lc 6,39-42)

Naquele tempo, Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?
Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

Palavra da Salvação, 09/09/2022 com o Padre Vitor Hugo


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 8 de set. de 2022

Sexta-feira, 23ª Semana do Tempo Comum, Ano Par (II)
Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho

Evangelho (Lc 6,39-42)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?
42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Como curar a nossa cegueira? (Sexta-feira da 23.ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

A soberba é como um verme que nos rói não só as intenções, mas a própria retina da alma. É por orgulho que nos tornamos míopes para os nossos pecados, mas vemos com lupa os menores defeitos do próximo. Hipócritas! Tiremos primeiro a trave do nosso olho, e só então, com a vista limpa, poderemos julgar sem temeridade o cisco do irmão e ajudá-lo, sem presunção, a se limpar. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 9 de setembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho!

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Lc 6,39-42 - 09/09/2022


Retire primeiro a trave que está no seu olho

“Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Lucas 6,42).



Meus irmãos, Nosso Senhor nos convida, chama-nos a tirar a trave, primeiro, do nosso próprio olho para poder ajudar o outro. E aqui é interessante a comparação que Jesus faz, a discrepância: a trave de um pequeno cisco. Jesus está aqui nos chamando a atenção a nos olhar, a nos rever, a olhar as nossas atitudes, a verificar os nossos erros, para então, depois, poder ajudar o irmão, ajudar o próximo.
Primeiro, tire a trave do próprio olho; para, depois, poder ajudar o outro, ou seja, primeiro, se corrija, depois, você terá propriedade para poder ajudar o outro. Façamos, meus irmãos, uma revisão da nossa vida, olhemos para dentro do nosso coração, quais são as atitudes que nós temos tido que não constroem a vida fraterna? Não constrói a vida do outro, mas, pelo contrário, destrói.
Primeiro, é preciso se examinar, é preciso que nós nos examinemos, é preciso olhar para dentro do nosso coração e buscar a conversão profunda para poder ajudar o outro.

Nosso Senhor nos convida, chama-nos a tirar a trave primeiro do nosso próprio olho para poder ajudar o outro

Quem é formado, quem exerce uma profissão, primeiro, precisou trilhar um caminho, não é!?  Para poder ser um técnico, ser um profissional naquela área, trilhou um caminho, um caminho de aprendizado. No nosso caminho, na nossa escola com Deus — a nossa escola com Jesus —, também precisamos trilhar este caminho: de nos olharmos, de melhorarmos, de sermos pessoas, de fato, boas.
Que nós busquemos, cada vez mais, a conversão, mas arranquemos aquilo que não nos torna gente, não nos torna seres humanos, aquilo que não nos torna filhos de Deus. Vamos retirar a trave que está no nosso olho, para então, poder ajudar o outro.
Infelizmente, somos mestres, doutores, e quem sabe muita gente é pós-graduada em ver os defeitos dos outros. Não devemos acusar os outros sem antes nos olhar. Olhemo-nos e melhoremo-nos para poder ajudar o nosso irmão, para poder ajudar o próximo. Com a vista limpa fica até melhor para ajudar o outro.
Peçamos a graça ao Senhor de que Ele purifique os nossos olhos, o nosso coração e as nossas intenções e, assim, puros e melhorados pelo Senhor, poderemos ajudar o outro com maior propriedade, com certeza!
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 09/09/2022

ANO C


Lc 6,39-42

Comentário do Evangelho

Ver o outro com os olhos de misericórdia de Jesus.

Nós não temos acesso, ou muito dificilmente o temos, do lugar original das parábolas contadas por Jesus. A parábola de nossa perícope de hoje pode se referir às exigências precedentes. Quem é o “guia cego” de que fala a parábola? (v. 39). Parece ser o discípulo que não se submete ao seu Mestre, ou que não vê os outros com os olhos de misericórdia de Jesus; é o que resiste à identificação com o seu Senhor: “... todo discípulo bem formado será como o mestre” (v. 40). A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e misericórdia: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho?’” (v. 42). A trave não permite enxergar bem; ela distorce ou diminui a visão. A trave no olho equivale à cegueira ou estreiteza de visão e impossibilita a não importa quem se arrogar o direito de ser juiz de seu semelhante.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 13/09/2013

Comentário do Evangelho

Autocrítica e misericórdia.

Nós não temos acesso ao contexto histórico original em que Jesus contou cada uma das parábolas. Em nosso caso, é o contexto literário que deve ser levado em consideração. Em razão disso, a parábola que nos é proposta para hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre; por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus. É, ainda, aquele que resiste à identificação com o Senhor (v. 40; Mt 10,24-25). O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, ela distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 12/09/2014

Vivendo a Palavra

Viver o discipulado de Jesus é reconhecer que somos limitados e imperfeitos; é procurar nos conscientizarmos que precisamos combater nossos pecados e nos colocarmos a serviço dos companheiros de caminhada como quem quer aprender e não como quem deseja ensinar. É a sabedoria que buscamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus esclarece e complementa o preceito da correção fraterna: o discípulo deve, antes de tudo, corrigir-se a si mesmo. Limpar os próprios olhos, ser capaz do olhar limpo e puro das crianças para, só então, notar o cisco no olho do irmão e ajudá-lo a livrar-se dele. O melhor – e o único, porque só depende de mim! – caminho para santificar a minha Comunidade é cuidar de me tornar mais santo a cada dia.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2020

Reflexão

A nossa vida espiritual deve ser marcada por um constante aprendizado, de modo que sejamos, ao mesmo tempo, evangelizadores e evangelizados, e o crescimento na fé realize-se principalmente na experiência da vida comunitária, na troca de experiência e na valorização de tudo o que os outros podem nos oferecer, sem ficar vendo apenas as dificuldades, os problemas e os erros das pessoas que estão ao nosso lado. Mas tudo isso deve ser iluminado por uma mística: devemos ser dóceis ao Espírito Santo, nos deixar ser conduzidos por ele, já que não somos os donos da verdade e ele é o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à plena verdade. Somente agindo assim é que não seremos os cegos que guiam outros cegos, mas sim todos guiados pelo próprio Deus.
Fonte: CNBB em 13/09/2013, 12/09/2014 e 09/09/2016

Reflexão

Tendência habitual do ser humano é apontar os defeitos alheios. Os fariseus, algumas vezes, foram chamados de cegos por Jesus. Por se acharem melhores que os outros, pensavam ter as credenciais para criticar o próximo. Muitas vezes censuraram o comportamento de Jesus e de seus discípulos. Jesus quer melhorar na vida comunitária o nível do relacionamento humano. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”. Então, sigamos os conselhos do Mestre: ninguém é tão perfeito que tenha condições de remexer a vida dos outros. Cuidado! A ânsia de corrigir um pequeno defeito do próximo pode significar que temos o mesmo defeito em grau bem maior! Olhemos, portanto, nossos irmãos e irmãs com o olhar puro e misericordioso do Pai celeste.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Reflexão

Falta-nos capacidade para conhecermos o que se passa no íntimo de outra pessoa. Qualquer juízo está sujeito a não corresponder à verdade. Isso, conforme a gravidade, pode configurar-se como calúnia, certamente um dos maiores pecados do ser humano. Em geral somos compassivos e benévolos com nossos próprios erros e “carrascos” em relação aos defeitos dos outros. Jesus nos ensina a considerar primeiro o mal que existe em nós. Então seremos mais compreensivos e mais tolerantes em relação ao próximo. O famoso pensador chinês Confúcio dizia: “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. Quando enxergamos um defeito em nossos semelhantes não será porque ele já existe em nós?
Oração
Divino Mestre, com firmeza nos prevines contra os falsos líderes. Mais que visar o crescimento dos outros, preocupam-se em autopromover-se. Outro perigo é criticar pequenos defeitos alheios, sem antes corrigir os próprios erros. Contigo aprendemos, ó Senhor, que a melhor medida é a misericórdia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Reflexão

Falta-nos capacidade para conhecermos o que se passa no íntimo de outra pessoa. Qualquer juízo está sujeito a não corresponder à verdade. Isso, conforme a gravidade, pode configurar-se como calúnia, certamente um dos maiores pecados do ser humano. Em geral somos compassivos e benévolos com nossos próprios erros e “carrascos” em relação aos defeitos dos outros. Jesus nos ensina a considerar primeiro o mal que existe em nós. Então seremos mais compreensivos e mais tolerantes em relação ao próximo. O famoso pensador chinês Confúcio dizia: “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. Quando enxergamos um defeito em nossos semelhantes, não será porque ele já existe em nós?
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Existe o risco de alguém não saber nada e querer ensinar? - E o que dizer de quem quer se colocar como exemplo? - É fácil reconhecer os próprios erros e defeitos? - Será que estamos dispostos e atentos para aprender? - Você se esforça para conhecer cada vez mais a Palavra de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/09/2013 12/09/2014

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM OS FALSOS LÍDERES

Jesus criticava a postura dos fariseus, mas também se preocupava com a mentalidade corrente entre os seus discípulos. Os fariseus pretendiam ser um exemplo consumado de piedade, só porque davam mostras de ser zelosos no cumprimento da Lei.
Muitos ficavam bem impressionados com o testemunho de fidelidade a Deus, que eles davam. Jesus, porém, não se deixava enganar, pois conhecia a falta de solidez do estilo de vida dos fariseus. Pouca coisa restava além de exibicionismo. Portanto, era loucura deixar-se encantar por um testemunho de vida desse quilate. Seria como se um cego pretendesse ser guiado, com segurança, por outro cego.
Entre os discípulos, difundia-se, também, uma perigosa mentalidade. Havia os que se mostravam severos com o irmão, censurando-lhe as mínimas faltas, sem estarem dispostos a corrigir as próprias faltas pessoais, muito mais graves. Eram hábeis para perceber um cisquinho no olho alheio, mas incapazes de dar-se conta da trave que tinham no próprio olho.
Jesus não podia suportar tal hipocrisia. Para estar em condições de censurar o próximo, era preciso dispor-se a corrigir as próprias faltas. Neste caso, a severidade daria lugar à benevolência, e a impaciência, à compreensão. A atitude de juiz dos pecados alheios seria substituída pela solidariedade com a fraqueza humana.

Oração
Espírito de benevolente compreensão, dá-me um coração que saiba solidarizar-se com as fraquezas do próximo, sem cair na tentação de tornar-me seu juiz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/09/2014

Meditando o evangelho

É FÁCIL PERCEBER O DEFEITO ALHEIO

Havia, em alguns discípulos de Jesus, a tendência a querer arvorar-se em guia dos outros, sem terem condições para isto. Sem se preocupar em corrigir seus próprios defeitos, eles se apresentavam como modelo e com o intuito de serem seguidos pelos demais. Esta pretensão inconseqüente foi denunciada por Jesus. Querer guiar os outros, sem estar apto para isto, é igual a um cego deixar-se guiar por outro cego. Ambos estão fadados a cair no primeiro buraco que encontrarem pela frente.
Outra falha consistia em perceber as limitações e os pecados alheios, por menores que fossem, e, ao mesmo tempo, não se dar conta de estar incorrendo em pecados bem mais graves. A mesma pessoa que vê um cisquinho no olho alheio, não raro nem percebe o pedaço de pau existente em seu próprio olho.
Jesus denuncia tal hipocrisia. Ele aconselha, a quem assim age, a tirar o cisco que tem nos olhos, para poder ver bastante bem o que se passa com os outros.
Evidentemente, quando a pessoa é capaz de perceber seus defeitos pessoais, será cautelosa em censurar o próximo. Os hipócritas não se dão conta da gravidade do que fazem, por isso julgam-se perfeitos e no direito de corrigir os outros. O discípulo de Jesus, ao contrário, é parcimonioso quando se trata de descobrir o pecado alheio. Ele tem consciência de ser objeto da misericórdia divina e, por isso, sabe também ser misericordioso e paciente com os demais.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha suficiente humildade para reconhecer os meus erros e não querer arvorar-me em juiz e guia do meu próximo.
Fonte: Dom Total em 09/09/2016 11/09/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Roto falando do rasgado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há um ditado ou dístico popular que se aplica perfeitamente bem aos ensinamentos desse evangelho “Não apontes os meus erros com o seu dedo sujo”
Não é proibido corrigir alguém que cometeu um erro, ao contrário, a correção fraterna é uma das práticas que Jesus recomenda á comunidade. O problema aqui é outro...
É quando a pessoa se insinua ou se apresenta como modelo e referência na comunidade. Claro que ninguém vai dizer aos outros “Olha, siga o meu exemplo, veja como sou bom...”. Mas é a postura que assumimos diante do outro, que nos coloca em evidência.
Principalmente do outro que errou, pecou, e tem uma conduta moral não muito recomendável. O Guia cego relatado no evangelho, é aquele que olha para essa pessoa de cima para baixo, com ares de superioridade, ás vezes até se passando por conselheiro, mas na verdade está dando uma “raspança” no coitado, querendo urgenciar a sua conversão. É esse o Guia cego que cresce prá cima do outro, colocando em evidência suas “virtudes” diante do erro daquele pecador.
O Evangelho também diz claramente que somente Jesus Cristo é a referência para todos os discípulos, e que nenhum discípulo é superior ao Mestre. Em nossas relações de comunidade, ás vezes até verbalizamos o anúncio de Jesus, quando na verdade estamos anunciando a nós mesmos. Aí é que está o perigo de sermos “Guias Cegos”, com a trave no olho, querendo limpar os olhos do outro.
Quando se fala de Jesus a quem errou, a quem é pecador, basta falar da Misericórdia Divina, do Amor infinito sempre aberto a quem errou, da Paciência e bondade suprema do Pai manifestada em Jesus.
Fala-se tudo isso com palavras doces, com um sorriso acolhedor, dando ao outro a coragem para recomeçar e ânimo para retomar a caminhada. Essa pessoa voltará outras vezes, já com o coração aberto para acolher a Palavra de Deus manifestada em Jesus.
Mas quando falamos de nós mesmos, e de como nos convertemos e nos tornamos um cristão exemplar, estamos incorrendo nesse erro grotesco de sermos cego guiando outro cego, fatalmente os dois cairão no buraco... Em uma cena cômica e trágica ao mesmo tempo.

2. Todo discípulo bem formado será como o mestre - Lc 6,39-42
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No Livro do profeta Daniel está escrito que, quem ensina a muitos o caminho da virtude, brilhará como estrela no céu. Os pais, os avós, os professores, os pregadores são todos mestres porque ensinam. Jesus disse para fazer o que os escribas ensinavam e não o que eles faziam. Isto significa que é possível ensinar com palavras e não dar o exemplo. O ideal será que, aquele que ouve e entende, possa ver e admirar o que está sendo dito. Ouve as palavras e vê a vida de quem ensina. Paulo dizia, e com coragem, às suas comunidades: “Sejam meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Jesus nos recomenda no Evangelho a não ficar reparando na vida alheia, exigindo dos outros o que nós mesmos não fazemos. O melhor será somar o que temos de bom e, ajudando-nos, fazer juntos a caminhada. Este com um olho, aquele com uma perna, bem apoiados um no outro, chegarão à meta almejada. Não é nada interessante ver dois cegos caírem num buraco. Faz parte do dom da ciência enxergar a si mesmo e viver sem ilusões. Numa reflexão poética, Fernando Pessoa escreveu: “Nada sabemos da alma senão da nossa; as dos outros são olhares, são gestos, são palavras, com a suposição de qualquer semelhança no fundo”.
Fonte: NPD Brasil em 11/09/2020

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Olhe primeiro para dentro de você

Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você.

Meus irmãos, às vezes uma cegueira envolve os nossos olhos, e a pior delas é aquela quando não enxergamos a nós mesmos. Nós enxergamos tanta coisa, mas o essencial não; enxergamos os problemas dos outros, os defeitos, as maldades deles, mas não conseguimos ver os nossos defeitos, os nossos limites, nós não conseguimos enxergar aquilo que em nós está errado.
É terrível, porque quando isso acontece, estamos criticando, estamos vendo defeitos, problemas. Reparamos e falamos da vida dos outros.
É como a história da mulher que sabe e fala dos filhos de todo mundo, está vendo a casa de todo mundo cair e não repara que a dela já caiu há muito tempo.
Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você. Não queira corrigir, orientar, direcionar ninguém; quando você não consegue orientar, direcionar nem a sua própria vida. Enxergue-se primeiro!
Peçamos, hoje, ao Senhor que abra os nossos olhos e nos ajude a perceber aquilo que está dentro de nós, que está obscuro. Os nossos defeitos que, muitas vezes, incomoda tantas pessoas; os nossos limites que nós, muitas vezes, não procuramos corrigir; o nosso jeito que desagrada, não une, não faz bem.
Eu quero me enxergar, Senhor, quero me ver; quero olhar para mim e ser conhecido do jeito que sou.
São Luís Grignion de Montfort, com o tratado da verdadeira devoção a Nossa Senhora, diz: “Quando nós conhecermos o fundo sujo e podre que cada um de nós somos, não julgamos mais ninguém. Se nós ainda julgamos, condenamos, é porque ainda não nos conhecemos como deveríamos ser conhecidos”.
Que, hoje, Deus abra os nossos olhos para que enxerguemos do jeito que realmente somos; que Ele abra o nosso interior para que possamos compreender a nossa alma e, assim, sermos lavados pela misericórdia do Senhor e ajudemos os outros a caminhar melhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Aprendamos a reparar em nossa própria vida

Quando nos conhecemos do jeito que somos, não temos tempo nenhum para reparar na vida dos outros

“Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” (Lucas 6,42).

Existe uma prática na vida, que é a mais enganosa de todas: a prática de vivermos reparando na vida dos outros. Reparamos no que o outro fala, no que pensa, sobretudo nos seus defeitos e falhas. Não só reparamos, mas fazemos questão de espalhar e esparramar os fracassos e limites da vida dos outros.
Fazemos isso no “tu a tu”, no “boca a boca”, na conversa, pelo telefone, pelas redes sociais. Estão cheios de boatos por aí sobre a vida das pessoas e assim por diante. Esse é um defeito terrível, um mal, uma maldição que, inclusive, carregamos em nós: o maldito costume de viver reparando na vida dos outros.
Isso se torna um vício que, muitas vezes, é difícil de corrigir. Há pessoas que gastam horas no telefone falando da vida dos outros. O que acontece? Aqueles que reparam no cisco, no problema dos outros, não conseguem reparar na própria vida, porque estão tão cheias de coisas para falar dos outros que, quando é para falar sobre si, não têm condições.
Amados irmãos e irmãs, se quisermos levar uma vida em Deus, justa, honesta e correta, teremos de mudar esse parâmetro de vida, corrigir esse grave defeito de falar mal da vida dos outros. Temos de ter vigilância sobre a nossa boca, porque ela fala daquilo que o coração está cheio, e o coração fica cheio daquilo que a nossa mente guarda e observa.
Precisamos, realmente, ter vigilância sobre aquilo que fazemos com a vida dos outros. Eu digo a você: se nos conhecêssemos de verdade, se nos conhecêssemos como de fato somos, nunca perderíamos tempo reparando na vida dos outros.
Repare na sua própria vida e a corrija, olhe seus próprios costumes, atos, limites e defeitos. Quando nos conhecemos do jeito que somos, não temos tempo nenhum para reparar na vida dos outros. Quando cuidamos de nós, somos melhores para os outros!
O mundo está estragado não só pelas coisas ruins lá de fora, mas também pelo mal que temos dentro de nós. E um dos males mais terríveis é o de reparar na vida dos outros. Nossas igrejas, comunidades e grupos de oração, infelizmente, estão cheios de pessoas assim.
Que Deus tenha misericórdia de nós e corrija nossas atitudes!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Conheçamos a nossa vida em primeiro lugar

“Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?” (Lucas 6,41).

Passamos boa parte da nossa vida cegos e, por isso, Jesus veio ao mundo como luz para tirar das trevas e da escuridão a vida de cada um de nós. Achamos que enxergamos, mas enxergamos muito mal, porque o fazemos sempre de acordo com os nossos interesses, e enxergamos aquilo que queremos.
Enxergamos a vida do outro, os defeitos do outro, os problemas do outro. Temos muitas coisas para falar da vida do outro, mas não enxergamos nós mesmos. Guiamos cegos e queremos ainda guiar, ensinar, orientar, direcionar a vida dos outros quando não conseguimos, muitas vezes, guiar a nossa própria vida.
Não percamos tempo, não percamos a vida na ilusão e na cegueira dos tempos. Vemos o cisco no olho do irmão e transformamos o cisco numa pedra, na maior coisa do mundo, mas não enxergamos a trave, porque a trave cega os olhos. Ou seja, não paramos para enxergar os nossos defeitos, limites, erros e falhas.

Temos muitas coisas para falar da vida dos outros, mas não enxergamos a nós mesmos

Quanta ilusão vivemos nesta vida, porque passamos boa parte sem nos enxergarmos. Somos movidos pelos nossos impulsos emocionais de cada momento. Se alguém nos provoca, somos movidos por aquela ebulição emocional, e vem uma série de coisas para falarmos, dizermos e julgarmos. Olha como fica a nossa cabeça pensando no que responder, dizer e julgar. E quando encontramos alguém para realmente “vomitarmos” o que queremos do outro, sentimo-nos compensados.
Ainda prefiro a tática evangélica de me perguntar a cada dia onde errei, falhei, onde preciso melhorar, como estou me posicionando, onde estou melhorando e onde estou parado. Tenho tanta coisa para ver em mim, para corrigir e controlar em mim, como quero agora controlar a vida de alguém? Julgar alguém se não sei me julgar com meu senso de julgamento? Pobre será de mim!
Convido você a não perder tempo. Gaste tudo o que você tem para não ser hipócrita nesta vida, gaste suas energias, seu tempo, sua disposição, o melhor do seu coração para se olhar no espelho a cada dia – espelho da alma e do coração.
Quem se dedica para se conhecer de verdade não tem tempo para falar, julgar nem condenar ninguém.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/09/2020

Oração Final
Pai Santo, livra-nos da pretensão de saber muitas coisas, de nos tornarmos mestres diante dos irmãos. Faze-nos humildes de coração e abertos para acolher as lições que a Vida nos ensina, capazes de descobrir a tua presença na História através dos sinais dos tempos que vivemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai muito amado, dá-me a consciência de que a melhor contribuição que posso dar à Comunidade é buscar a minha própria conversão. Que eu a assuma – não apenas como um episódio que aconteceu em determinado dia ou momento, mas como processo permanente de vida que me torna testemunha do teu Amor infinito. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2020