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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Santa Anastácia - 25 de dezembro
A vida de santa Anastácia, transmitida de geração a
geração, desde os primórdios do cristianismo, traz os episódios históricos
verídicos mesclados a fatos lendários e às tradições orais. Vejamos como chegou
à cristandade no terceiro milênio.
Natal do Senhor - 25 de Dezembro
Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/12/2013
25 de Dezembro de 2013
ANO A

Lc 2,1-14
Comentário do Evangelho
O anúncio de uma grande alegria
O
texto do evangelho desta noite de Natal se oferece mais à nossa contemplação
que à nossa reflexão, mesmo porque não dispomos de espaço suficiente para
comentar o texto. Somente duas ideias, mais pastorais que exegéticas.
“Não havia lugar para eles na hospedaria” (v. 7).
Depois de longa viagem de Nazaré a Belém, o que mais se poderia desejar seria
um bom lugar para descansar, ainda mais quem está nos dias de dar à luz. Uma
das tantas grutas que abrigava o rebanho dos pastores será o lugar que irá
acolher o Filho de Deus, que se fez carne no seio da Virgem Maria. Este fato,
certamente, prepara o anúncio de “uma grande alegria” aos pastores (cf. v. 10).
Mas a notícia de que não havia lugar para eles na hospedaria deveria despertar,
no leitor ou no ouvinte do evangelho desta noite santa, o desejo de acolhê-lo,
o desejo de que ele tenha abrigo e proteção, o desejo de contemplá-lo e
servi-lo, o empenho de abrir espaço na vida para que ele permaneça conosco, ele
que é o Emanuel.
“Eu vos anuncio uma grande alegria, que será
também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador,
que é o Cristo Senhor” (vv. 10-11). De pecadores e impuros, em razão da própria
profissão, os pastores são os primeiros destinatários da Boa-Nova. O que hoje
acontece mais tarde, Jesus, tendo o poder da palavra, vai esclarecer: “O Filho
do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10). Num período
posterior ao Novo Testamento, os pastores passam a ser símbolos da Igreja
portadora desta grande alegria e enviada a proclamar as maravilhas que Deus fez
por seu povo em Jesus Cristo. “Glória a Deus no mais alto dos céus…” (v. 14).
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em
relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta
gratuita de salvação para toda a humanidade.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=25%2F12%2F2013
Vivendo a Palavra
Como aqueles
pastores, envolvidos nas atividades da vida, ouvimos o anúncio da chegado do
Salvador. Que a nossa reação seja também parecida com a deles: deixemos nossos
interesses menores e nos encaminhemos para o encontro com o Senhor, cantando
sua glória e levando Paz para os irmãos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
25 de dezembro
– NATAL DO SENHOR
MISSA DA NOITE
O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU
GRANDE LUZ
I. INTRODUÇÃO GERAL
As profecias descreveram o Messias prometido com várias linguagens e
títulos. Essa promessa alimentou a fé de Israel durante vários séculos. Hoje,
nessa festa da luz, a esperança que animou o povo da aliança tornou-se
realidade. A luz das nações, o Filho de Deus, manifestou-se na humildade, não
veio como um guerreiro poderoso, mas na fragilidade de um recém-nascido. Hoje a
fé cristã celebra sua primeira vinda enquanto esperamos sua manifestação
gloriosa, quando o dia eterno chegar.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Lc 2,1-14): Um filho
nos foi dado
A promessa feita ao povo de Israel agora se realiza. E é em Belém,
cidade de Davi, que se desencadeia a história da salvação. A imagem do Salvador
deitado numa manjedoura tem um sentido profundamente teológico. Na manjedoura
como na cruz o enfoque é o despojamento de Jesus, o fato de ele estar à mercê
da acolhida ou da rejeição por parte das pessoas.
Outro fato importante é o lugar de seu nascimento. É estranho que não
houvesse lugar para José e Maria (v. 7), já que no Oriente a hospitalidade é
sagrada, principalmente para uma mulher que dava sinais da proximidade do
parto. Por isso, a frase “não havia lugar para eles” deve ter um valor
teológico, a saber, a sombra da cruz se projeta sobre os primeiros dias de sua
vida, também não tinha onde ser sepultado.
Se, por um lado, não tem lugar para nascer, por outro, é acolhido pelos
pastores, acontecimento que é o cume teológico desta seção (v. 11). A promessa
divina tinha sido feita aos pastores como Abraão, Jacó, Moisés, Davi etc. Agora
Deus estava cumprindo sua promessa e, por isso, o anúncio aos pastores tem
caráter de evangelho que quer dizer “boa notícia”.
O sinal (v.12), dado pelos anjos aos destinatários da boa-nova, não é o
fato de o Menino estar envolto em faixas, pois isso acontecia com todo
recém-nascido (cf. Ez 16,4) para que ficasse aquecido e protegido de doenças. O
sinal é que o menino está em uma manjedoura, ou seja, há aqui uma alusão à
Eucaristia (pão do céu). Esse sentido pode ser reforçado pelo nome da cidade,
Belém, em hebraico Baith-lehem, casa do pão.
Dessa forma, o “sinal” não é para que encontrem o Menino, mas uma garantia da
comunicação sobrenatural a respeito dele (cf. Ex 3,12).
A narrativa termina com um hino de glória (v. 14). Esse cântico
significa que o anúncio da boa notícia encontra um eco no céu. A liturgia
celeste se une à comunidade cristã para celebrar esse mistério. A paz, a que se
refere o hino, é uma das expressões mais usadas para se falar da salvação
esperada no tempo do Messias (cf. Is 9,5-6). O cântico manifesta que a
humanidade é amada por Deus e por isso o Salvador nos foi dado, Jesus é o dom
do Pai.
2. I Leitura (Is 9,1-6): Um menino
nos nasceu
Zabulom e Nefitali foram as primeiras cidades do Reino de Israel a ser
atingidas pela invasão do grande império estrangeiro que deportou parte de suas
populações. Por isso, as profecias afirmavam que Deus devolveria a essas cidades
sua antiga glória. As trevas que pairavam sobre aquela região seriam dissipadas
quando um rei futuro introduzisse uma etapa definitiva de justiça e paz.
A esse rei ideal foram atribuídas a sabedoria de Salomão, a honra de
Davi e religiosidade dos patriarcas e de Moisés. Ele seria a condensação das
virtudes de seu povo. Um grande acento foi posto na sua sabedoria, critério
exigido dos governantes de Israel, garantia de bem-estar para a comunidade. As
expectativas messiânicas apontavam para um rei davídico ideal e, por isso, a
igreja primitiva viu no início do ministério de Jesus na Galileia, região onde
ficavam aquelas cidades, a realização das antigas profecias.
3. II Leitura (Tt 2,11-14): A
manifestação do Salvador
Esse texto é o coração da Carta a Tito e corresponde à tática de
fundamentar a práxis cristã nos alicerces sólidos da fé. Em primeiro lugar,
está o amor de Deus que comunicou a graça da salvação para todos os seres
humanos. Em seguida sublinha a esperança da manifestação gloriosa de Cristo. Finalmente,
recorda a redenção dos pecados através da oferta de Cristo. Por todos esses
fatores, estamos capacitados para toda a boa obra que nos configura a Cristo e
nos põe a caminho da vida eterna.
O autor da carta vê a salvação como fruto de uma manifestação da graça
de Deus (v.11). Essa manifestação é a vitória de Cristo, a ressurreição, e nos
ensina a viver de acordo com o dom da vida plena, renunciando a todos os
“valores” da morte.
Ensina também a esperar a manifestação gloriosa do “grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo” (v.13). As expressões “grande Deus” e “nosso Salvador”
eram próprias dos cultos aos deuses e aos imperadores romanos. Aqui elas são
direcionadas a Cristo mostrando a fé da comunidade cristã como contestação ao
império romano.
O v. 14 dá um conteúdo prático, mais que pedagógico, à redenção trazida
por Cristo. Ele se entregou por nós e com isso nos salvou da iniquidade,
purificando para si um povo escolhido e zeloso nas boas obras.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O nascimento de Jesus nos ensina, primeiramente, a grande benevolência
de Deus, que envia seu Filho ao mundo como dom. É importante resgatar esse
aspecto nos tempos atuais, pois as pessoas quase não experimentam mais o valor
da gratuidade. Vive-se numa corrida desenfreada pelo bem-estar pessoal, em que
as relações são baseadas na troca e não na gratuidade da entrega de si.
Outro ensinamento importante que nos trazem as leituras desta liturgia é
o desapego, a renúncia. O nosso Salvador nasceu numa manjedoura e morreu numa
cruz. Isso expressa o modo integral como viveu sua vida. Não procurou honrarias
nem benefícios próprios. Não se apegou à sua condição de Filho de Deus, mas
viveu a total entrega de si, de sua vida, sem esperar das pessoas
reconhecimento algum. Viveu à mercê da acolhida ou da rejeição das pessoas.
Viveu livremente sua entrega de vida, sua doação ao outro.
A encarnação de Jesus Cristo vem nos ensinar que a vida humana é puro
dom de Deus. E como tal, deve ser recebida e vivida como entrega de si. Somente
dessa forma podemos curar o mundo do egoísmo, grande mal que desfigura o ser
humano.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com
LEITURA ORANTE
O anúncio de uma grande alegria
O
texto do evangelho desta noite de Natal se oferece mais à nossa contemplação
que à nossa reflexão, mesmo porque não dispomos de espaço suficiente para
comentar o texto. Somente duas ideias, mais pastorais que exegéticas.
“Não havia lugar para eles na hospedaria” (v. 7).
Depois de longa viagem de Nazaré a Belém, o que mais se poderia desejar seria
um bom lugar para descansar, ainda mais quem está nos dias de dar à luz. Uma
das tantas grutas que abrigava o rebanho dos pastores será o lugar que irá
acolher o Filho de Deus, que se fez carne no seio da Virgem Maria. Este fato,
certamente, prepara o anúncio de “uma grande alegria” aos pastores (cf. v. 10).
Mas a notícia de que não havia lugar para eles na hospedaria deveria despertar,
no leitor ou no ouvinte do evangelho desta noite santa, o desejo de acolhê-lo,
o desejo de que ele tenha abrigo e proteção, o desejo de contemplá-lo e
servi-lo, o empenho de abrir espaço na vida para que ele permaneça conosco, ele
que é o Emanuel.
“Eu vos anuncio uma grande alegria, que será
também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador,
que é o Cristo Senhor” (vv. 10-11). De pecadores e impuros, em razão da própria
profissão, os pastores são os primeiros destinatários da Boa-Nova. O que hoje
acontece mais tarde, Jesus, tendo o poder da palavra, vai esclarecer: “O Filho
do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10). Num período
posterior ao Novo Testamento, os pastores passam a ser símbolos da Igreja
portadora desta grande alegria e enviada a proclamar as maravilhas que Deus fez
por seu povo em Jesus Cristo. “Glória a Deus no mais alto dos céus…” (v. 14).
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em
relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta
gratuita de salvação para toda a humanidade.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=25%2F12%2F2013
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=25%2F12%2F2013
Vivendo a Palavra
Como aqueles
pastores, envolvidos nas atividades da vida, ouvimos o anúncio da chegado do
Salvador. Que a nossa reação seja também parecida com a deles: deixemos nossos
interesses menores e nos encaminhemos para o encontro com o Senhor, cantando
sua glória e levando Paz para os irmãos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
25 de dezembro – NATAL DO SENHOR
MISSA DA NOITE
O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU GRANDE LUZ
I. INTRODUÇÃO GERAL
25 de dezembro – NATAL DO SENHOR
MISSA DA NOITE
O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU GRANDE LUZ
I. INTRODUÇÃO GERAL
As profecias descreveram o Messias prometido com várias linguagens e
títulos. Essa promessa alimentou a fé de Israel durante vários séculos. Hoje,
nessa festa da luz, a esperança que animou o povo da aliança tornou-se
realidade. A luz das nações, o Filho de Deus, manifestou-se na humildade, não
veio como um guerreiro poderoso, mas na fragilidade de um recém-nascido. Hoje a
fé cristã celebra sua primeira vinda enquanto esperamos sua manifestação
gloriosa, quando o dia eterno chegar.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Lc 2,1-14): Um filho
nos foi dado
A promessa feita ao povo de Israel agora se realiza. E é em Belém,
cidade de Davi, que se desencadeia a história da salvação. A imagem do Salvador
deitado numa manjedoura tem um sentido profundamente teológico. Na manjedoura
como na cruz o enfoque é o despojamento de Jesus, o fato de ele estar à mercê
da acolhida ou da rejeição por parte das pessoas.
Outro fato importante é o lugar de seu nascimento. É estranho que não
houvesse lugar para José e Maria (v. 7), já que no Oriente a hospitalidade é
sagrada, principalmente para uma mulher que dava sinais da proximidade do
parto. Por isso, a frase “não havia lugar para eles” deve ter um valor
teológico, a saber, a sombra da cruz se projeta sobre os primeiros dias de sua
vida, também não tinha onde ser sepultado.
Se, por um lado, não tem lugar para nascer, por outro, é acolhido pelos
pastores, acontecimento que é o cume teológico desta seção (v. 11). A promessa
divina tinha sido feita aos pastores como Abraão, Jacó, Moisés, Davi etc. Agora
Deus estava cumprindo sua promessa e, por isso, o anúncio aos pastores tem
caráter de evangelho que quer dizer “boa notícia”.
O sinal (v.12), dado pelos anjos aos destinatários da boa-nova, não é o
fato de o Menino estar envolto em faixas, pois isso acontecia com todo
recém-nascido (cf. Ez 16,4) para que ficasse aquecido e protegido de doenças. O
sinal é que o menino está em uma manjedoura, ou seja, há aqui uma alusão à
Eucaristia (pão do céu). Esse sentido pode ser reforçado pelo nome da cidade,
Belém, em hebraico Baith-lehem, casa do pão.
Dessa forma, o “sinal” não é para que encontrem o Menino, mas uma garantia da
comunicação sobrenatural a respeito dele (cf. Ex 3,12).
A narrativa termina com um hino de glória (v. 14). Esse cântico
significa que o anúncio da boa notícia encontra um eco no céu. A liturgia
celeste se une à comunidade cristã para celebrar esse mistério. A paz, a que se
refere o hino, é uma das expressões mais usadas para se falar da salvação
esperada no tempo do Messias (cf. Is 9,5-6). O cântico manifesta que a
humanidade é amada por Deus e por isso o Salvador nos foi dado, Jesus é o dom
do Pai.
2. I Leitura (Is 9,1-6): Um menino
nos nasceu
Zabulom e Nefitali foram as primeiras cidades do Reino de Israel a ser
atingidas pela invasão do grande império estrangeiro que deportou parte de suas
populações. Por isso, as profecias afirmavam que Deus devolveria a essas cidades
sua antiga glória. As trevas que pairavam sobre aquela região seriam dissipadas
quando um rei futuro introduzisse uma etapa definitiva de justiça e paz.
A esse rei ideal foram atribuídas a sabedoria de Salomão, a honra de
Davi e religiosidade dos patriarcas e de Moisés. Ele seria a condensação das
virtudes de seu povo. Um grande acento foi posto na sua sabedoria, critério
exigido dos governantes de Israel, garantia de bem-estar para a comunidade. As
expectativas messiânicas apontavam para um rei davídico ideal e, por isso, a
igreja primitiva viu no início do ministério de Jesus na Galileia, região onde
ficavam aquelas cidades, a realização das antigas profecias.
3. II Leitura (Tt 2,11-14): A
manifestação do Salvador
Esse texto é o coração da Carta a Tito e corresponde à tática de
fundamentar a práxis cristã nos alicerces sólidos da fé. Em primeiro lugar,
está o amor de Deus que comunicou a graça da salvação para todos os seres
humanos. Em seguida sublinha a esperança da manifestação gloriosa de Cristo. Finalmente,
recorda a redenção dos pecados através da oferta de Cristo. Por todos esses
fatores, estamos capacitados para toda a boa obra que nos configura a Cristo e
nos põe a caminho da vida eterna.
O autor da carta vê a salvação como fruto de uma manifestação da graça
de Deus (v.11). Essa manifestação é a vitória de Cristo, a ressurreição, e nos
ensina a viver de acordo com o dom da vida plena, renunciando a todos os
“valores” da morte.
Ensina também a esperar a manifestação gloriosa do “grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo” (v.13). As expressões “grande Deus” e “nosso Salvador”
eram próprias dos cultos aos deuses e aos imperadores romanos. Aqui elas são
direcionadas a Cristo mostrando a fé da comunidade cristã como contestação ao
império romano.
O v. 14 dá um conteúdo prático, mais que pedagógico, à redenção trazida
por Cristo. Ele se entregou por nós e com isso nos salvou da iniquidade,
purificando para si um povo escolhido e zeloso nas boas obras.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O nascimento de Jesus nos ensina, primeiramente, a grande benevolência
de Deus, que envia seu Filho ao mundo como dom. É importante resgatar esse
aspecto nos tempos atuais, pois as pessoas quase não experimentam mais o valor
da gratuidade. Vive-se numa corrida desenfreada pelo bem-estar pessoal, em que
as relações são baseadas na troca e não na gratuidade da entrega de si.
Outro ensinamento importante que nos trazem as leituras desta liturgia é
o desapego, a renúncia. O nosso Salvador nasceu numa manjedoura e morreu numa
cruz. Isso expressa o modo integral como viveu sua vida. Não procurou honrarias
nem benefícios próprios. Não se apegou à sua condição de Filho de Deus, mas
viveu a total entrega de si, de sua vida, sem esperar das pessoas
reconhecimento algum. Viveu à mercê da acolhida ou da rejeição das pessoas.
Viveu livremente sua entrega de vida, sua doação ao outro.
A encarnação de Jesus Cristo vem nos ensinar que a vida humana é puro
dom de Deus. E como tal, deve ser recebida e vivida como entrega de si. Somente
dessa forma podemos curar o mundo do egoísmo, grande mal que desfigura o ser
humano.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com
LEITURA ORANTE
Lc 2,1-14 - Nasceu o Salvador!
Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito
Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 2, 1-14.
Naquele tempo o
imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as
pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população.
Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria.
Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi
de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém,
onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente
de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava
grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a
criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em
panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
Naquela região
havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos
rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do
Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo
disse:
- Não tenham medo!
Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de
grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o
Salvador de vocês - o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão
uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.
No mesmo instante
apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um
exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
- Glória a Deus nas
maiores alturas do céu!
E paz na
terra para as pessoas a quem ele quer bem!
Lucas narra o nascimento de Jesus
e focaliza a pobreza que envolve o acontecimento. O evangelista prioriza os
pobres quando narra a visita dos pastores que passavam a noite no campo,
tomando conta das ovelhas. Estes recebem a boa notícia, constatam o fato, e se
tornam comunicadores do grande evento.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e
atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Sou capaz de receber a boa notícia e
reconhecer Jesus nos pobres, nos mais excluídos ou “descartados” como disseram
os bispos na Conferência de Aparecida?
Sou capaz de dividir o que tenho com os
pobres?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha
oração pessoal e depois, rezo:
Senhor, outro Natal é possível
Onde o
Menino Jesus não fique envergonhado,
Ao ser
escanteado e substituído pelo Papai Noel,
Verdadeiro
mascote de vendas e lucros.
Onde as
crianças, além de brinquedos,
Ganhem
oportunidades de saúde, escola e lazer,
E possam
exibir o sorriso largo e o olhar luminoso.
Onde os
pais de crianças pobres não sejam inferiorizados
Diante dos
apelos do marketing e da propaganda,
Com a
tirania da última novidade em brinquedos;
Onde, além
da mesa e da ceia natalina,
Estejam
recheados o coração e o espírito,
Dos que
buscam a justiça, o direito e a paz.
Onde as
luzes e cores, presentes e enfeites,
Não formem
um verniz de falsidade e ilusão,
Mas
expressem um clima de alegria fraterna.
Onde o
presépio relembre a cada pessoa e família,
O valor
dos laços primários, sólidos, duradouros,
Alicerce
de um edifício social sadio e saudável.
Onde o
planeta Terra, casa de Deus e casa de todos,
Seja livre
da devastação, corrupção e poluição,
Sonho
eterno do bem viver e da terra sem males!
Onde os
olhos brilhem e os corpos dancem,
Embriagados
não pelo prazer e as drogas do egoísmo,
Mas pelas
mãos e braços abertos à solidariedade.
Onde o
Deus do caminho prevaleça sobre o Deus do templo,
Verbo que
se faz carne e arma sua tenda entre nós.
Vem,
Senhor Jesus, fica e caminha conosco!
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus
que se faz um de nós.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se
compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê
a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Obrigado, Pai Amado, pelo Dom
Inefável – o teu Filho Unigênito. Lembrando a sua encarnação em Jesus de
Nazaré, Mistério que a nossa inteligência não consegue compreender, mas nosso
coração sente e acolhe com profunda gratidão, nós queremos ser sinais e
construtores da tua Paz no Mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão,
na unidade do Espírito Santo.
Mt 1, 1-25
Recadinho
Apesar de
às vezes a vida ser tão difícil, encontro muitos motivos para dar glória a
Deus?
Que
primeira razão me vem em mente? - Olhando para o que acontece em nossa volta, é
possível viver em paz? - Posso fazer alguma coisa em favor da paz?
Tenho paz
em meu coração? Posso dizer que em mim é sempre Natal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
João 1,1-18 ou 1-5.9-14
Comentário do Evangelho
O VERBO SE FEZ CARNE
Pelo mistério da
Encarnação, estabeleceu-se uma comunhão indissolúvel entre a divindade e a
humanidade. Jesus foi o ponto de encontro deste movimento que ligou a Terra ao
Céu, o homem a Deus, a história à eternidade.
Vindo
de junto do Pai, Jesus é a Palavra de Deus que se tornou visível na história
humana. Sua existência iria manifestar os desígnios divinos, tanto no seu falar
quanto no seu agir. A vida que haveria de transmitir, mediante gestos
poderosos, provinha da abundância da vida herdada do Pai. Sua presença se
constituiria em luz para orientar a humanidade decaída, ansiosa de salvação.
Por meio dele, seria possível chegar até Deus e experimentar a comunhão divina.
Todavia,
este Jesus era plenamente humano, excluindo-se apenas a experiência do pecado.
Não lhe foram concedidas regalias, pelo fato de ser o Filho de Deus. Por isso,
experimentou a rejeição exatamente daqueles para os quais fora enviado. Sua
não-acolhida revelar-se-ia em forma de perseguição, hostilidades e abandono,
para culminar na morte de cruz. Na medida em que descia aos porões da
humanidade, Jesus ia comunicando ao ser humano, ferido pelo pecado, o lenitivo
da salvação. Desta forma, as pessoas reconciliavam-se com Deus e recuperavam
sua dignidade original. Nisto consiste o mistério do Natal!
Oração
Senhor
Jesus, vieste ao mundo para reconciliar a humanidade com Deus. Que eu saiba
colher os frutos de teu gesto de amor, deixando a divindade transparecer em mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente
restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso
Filho, que se dignou a assumir a nossa humanidade. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE
25 de DEZEMBRO – QUARTA
REFLEXÃO
Cristo revela o Pai
“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho
Unigénito que está no seio do Pai no-l’O deu a conhecer” (Jo 1, 18). Quem desde
o princípio nos dá a conhecer o Pai é o Filho, porque desde o princípio está
com o Pai: as visões proféticas, a diversidade de graças, os ministérios, a
glorificação do Pai, tudo isto, como uma sinfonia bem composta e harmoniosa,
Ele o manifestou aos homens, no tempo próprio, para seu proveito. Porque onde
há harmonia tudo sucede no tempo próprio; e quando tudo sucede no tempo
próprio, há proveito. Por isso o Verbo tornou-Se o administrador da graça do
Pai em proveito de homens, em favor dos quais Ele pôs em prática a sua tão
sublime economia da graça, mostrando Deus aos homens e apresentando o homem a
Deus. Manteve, no entanto, a invisibilidade do Pai, para que o homem se
conserve sempre reverente para com Deus e tenha um estímulo para o qual deve
progredir; mas, ao mesmo tempo, mostrou também que Deus é visível aos homens
por meio da economia da graça, para não suceder que o homem privado totalmente
de Deus, chegasse a perder a sua própria existência.
Porque a glória de Deus é o homem
vivo, e a vida do homem, é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de
Deus, através da criação, dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a
manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que vêem a Deus!
HOMILIA
A PALAVRA DA VIDA Jo 1,1-18
No princípio era a Palavra, luz para
todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da
Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio
da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas
são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da
Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus,
presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não
conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém
consegue abafá-la. “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho Unigênito que está no
seio do Pai no-l’O deu a conhecer” (Jo 1, 18). Quem desde o princípio nos dá a
conhecer o Pai é o Filho, porque desde o princípio está com o Pai: as visões
proféticas, a diversidade de graças, os ministérios, a glorificação do Pai,
tudo isto, como uma sinfonia bem composta e harmoniosa, Ele o manifestou aos
homens, no tempo próprio, para seu proveito. Porque onde há harmonia tudo
sucede no tempo próprio; e quando tudo sucede no tempo próprio, há proveito.
Por isso o Verbo tornou-Se o administrador da graça do Pai em proveito de
homens, em favor dos quais Ele pôs em prática a sua tão sublime economia da graça,
mostrando Deus aos homens e apresentando o homem a Deus. Manteve, no entanto, a
invisibilidade do Pai, para que o homem se conserve sempre reverente para com
Deus e tenha um estímulo para o qual deve progredir; mas, ao mesmo tempo,
mostrou também que Deus é visível aos homens por meio da economia da graça,
para não suceder que o homem privado totalmente de Deus, chegasse a perder a
sua própria existência.
A Palavra se fez carne. Deus não quer
ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez
presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A
Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá
no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda
onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade!”. Jesus veio
revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da
criação. Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem, é a visão
de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação, dá a vida a
todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo,
dá a vida a todos os que vêem a Deus!
Senhor Jesus, que eu veja tua glória
de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da
humanidade.
Postado há 31st December 2010 por
Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
25 de dezembro
– NATAL DO SENHOR
MISSA DO DIA

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito
Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 2, 1-14.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 2, 1-14.
Naquele tempo o
imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as
pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população.
Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria.
Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi
de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém,
onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente
de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava
grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a
criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em
panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
Naquela região
havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos
rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do
Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo
disse:
- Não tenham medo!
Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de
grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o
Salvador de vocês - o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão
uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.
No mesmo instante
apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um
exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
- Glória a Deus nas
maiores alturas do céu!
E paz na
terra para as pessoas a quem ele quer bem!
Lucas narra o nascimento de Jesus
e focaliza a pobreza que envolve o acontecimento. O evangelista prioriza os
pobres quando narra a visita dos pastores que passavam a noite no campo,
tomando conta das ovelhas. Estes recebem a boa notícia, constatam o fato, e se
tornam comunicadores do grande evento.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Sou capaz de receber a boa notícia e
reconhecer Jesus nos pobres, nos mais excluídos ou “descartados” como disseram
os bispos na Conferência de Aparecida?
Sou capaz de dividir o que tenho com os
pobres?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha
oração pessoal e depois, rezo:
Senhor, outro Natal é possível
Onde o
Menino Jesus não fique envergonhado,
Ao ser
escanteado e substituído pelo Papai Noel,
Verdadeiro
mascote de vendas e lucros.
Onde as
crianças, além de brinquedos,
Ganhem
oportunidades de saúde, escola e lazer,
E possam
exibir o sorriso largo e o olhar luminoso.
Onde os
pais de crianças pobres não sejam inferiorizados
Diante dos
apelos do marketing e da propaganda,
Com a
tirania da última novidade em brinquedos;
Onde, além
da mesa e da ceia natalina,
Estejam
recheados o coração e o espírito,
Dos que
buscam a justiça, o direito e a paz.
Onde as
luzes e cores, presentes e enfeites,
Não formem
um verniz de falsidade e ilusão,
Mas
expressem um clima de alegria fraterna.
Onde o
presépio relembre a cada pessoa e família,
O valor
dos laços primários, sólidos, duradouros,
Alicerce
de um edifício social sadio e saudável.
Onde o
planeta Terra, casa de Deus e casa de todos,
Seja livre
da devastação, corrupção e poluição,
Sonho
eterno do bem viver e da terra sem males!
Onde os
olhos brilhem e os corpos dancem,
Embriagados
não pelo prazer e as drogas do egoísmo,
Mas pelas
mãos e braços abertos à solidariedade.
Onde o
Deus do caminho prevaleça sobre o Deus do templo,
Verbo que
se faz carne e arma sua tenda entre nós.
Vem,
Senhor Jesus, fica e caminha conosco!
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus que se faz um de nós.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se
compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê
a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Obrigado, Pai Amado, pelo Dom
Inefável – o teu Filho Unigênito. Lembrando a sua encarnação em Jesus de
Nazaré, Mistério que a nossa inteligência não consegue compreender, mas nosso
coração sente e acolhe com profunda gratidão, nós queremos ser sinais e
construtores da tua Paz no Mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão,
na unidade do Espírito Santo.
Mt 1, 1-25
Recadinho

Apesar de
às vezes a vida ser tão difícil, encontro muitos motivos para dar glória a
Deus?
Que
primeira razão me vem em mente? - Olhando para o que acontece em nossa volta, é
possível viver em paz? - Posso fazer alguma coisa em favor da paz?
Tenho paz
em meu coração? Posso dizer que em mim é sempre Natal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
João 1,1-18 ou 1-5.9-14
Comentário do Evangelho
O VERBO SE FEZ CARNE
Pelo mistério da
Encarnação, estabeleceu-se uma comunhão indissolúvel entre a divindade e a
humanidade. Jesus foi o ponto de encontro deste movimento que ligou a Terra ao
Céu, o homem a Deus, a história à eternidade.
Vindo
de junto do Pai, Jesus é a Palavra de Deus que se tornou visível na história
humana. Sua existência iria manifestar os desígnios divinos, tanto no seu falar
quanto no seu agir. A vida que haveria de transmitir, mediante gestos
poderosos, provinha da abundância da vida herdada do Pai. Sua presença se
constituiria em luz para orientar a humanidade decaída, ansiosa de salvação.
Por meio dele, seria possível chegar até Deus e experimentar a comunhão divina.
Todavia,
este Jesus era plenamente humano, excluindo-se apenas a experiência do pecado.
Não lhe foram concedidas regalias, pelo fato de ser o Filho de Deus. Por isso,
experimentou a rejeição exatamente daqueles para os quais fora enviado. Sua
não-acolhida revelar-se-ia em forma de perseguição, hostilidades e abandono,
para culminar na morte de cruz. Na medida em que descia aos porões da
humanidade, Jesus ia comunicando ao ser humano, ferido pelo pecado, o lenitivo
da salvação. Desta forma, as pessoas reconciliavam-se com Deus e recuperavam
sua dignidade original. Nisto consiste o mistério do Natal!
Oração
Senhor
Jesus, vieste ao mundo para reconciliar a humanidade com Deus. Que eu saiba
colher os frutos de teu gesto de amor, deixando a divindade transparecer em mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente
restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso
Filho, que se dignou a assumir a nossa humanidade. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

25 de DEZEMBRO – QUARTA
REFLEXÃO
Cristo revela o Pai
“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho
Unigénito que está no seio do Pai no-l’O deu a conhecer” (Jo 1, 18). Quem desde
o princípio nos dá a conhecer o Pai é o Filho, porque desde o princípio está
com o Pai: as visões proféticas, a diversidade de graças, os ministérios, a
glorificação do Pai, tudo isto, como uma sinfonia bem composta e harmoniosa,
Ele o manifestou aos homens, no tempo próprio, para seu proveito. Porque onde
há harmonia tudo sucede no tempo próprio; e quando tudo sucede no tempo
próprio, há proveito. Por isso o Verbo tornou-Se o administrador da graça do
Pai em proveito de homens, em favor dos quais Ele pôs em prática a sua tão
sublime economia da graça, mostrando Deus aos homens e apresentando o homem a
Deus. Manteve, no entanto, a invisibilidade do Pai, para que o homem se
conserve sempre reverente para com Deus e tenha um estímulo para o qual deve
progredir; mas, ao mesmo tempo, mostrou também que Deus é visível aos homens
por meio da economia da graça, para não suceder que o homem privado totalmente
de Deus, chegasse a perder a sua própria existência.
Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem, é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação, dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que vêem a Deus!
Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem, é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação, dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que vêem a Deus!
HOMILIA
A PALAVRA DA VIDA Jo 1,1-18
No princípio era a Palavra, luz para
todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da
Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio
da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas
são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da
Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus,
presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não
conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém
consegue abafá-la. “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho Unigênito que está no
seio do Pai no-l’O deu a conhecer” (Jo 1, 18). Quem desde o princípio nos dá a
conhecer o Pai é o Filho, porque desde o princípio está com o Pai: as visões
proféticas, a diversidade de graças, os ministérios, a glorificação do Pai,
tudo isto, como uma sinfonia bem composta e harmoniosa, Ele o manifestou aos
homens, no tempo próprio, para seu proveito. Porque onde há harmonia tudo
sucede no tempo próprio; e quando tudo sucede no tempo próprio, há proveito.
Por isso o Verbo tornou-Se o administrador da graça do Pai em proveito de
homens, em favor dos quais Ele pôs em prática a sua tão sublime economia da graça,
mostrando Deus aos homens e apresentando o homem a Deus. Manteve, no entanto, a
invisibilidade do Pai, para que o homem se conserve sempre reverente para com
Deus e tenha um estímulo para o qual deve progredir; mas, ao mesmo tempo,
mostrou também que Deus é visível aos homens por meio da economia da graça,
para não suceder que o homem privado totalmente de Deus, chegasse a perder a
sua própria existência.
A Palavra se fez carne. Deus não quer
ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez
presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A
Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá
no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda
onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade!”. Jesus veio
revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da
criação. Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem, é a visão
de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação, dá a vida a
todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo,
dá a vida a todos os que vêem a Deus!
Senhor Jesus, que eu veja tua glória
de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da
humanidade.
Postado há 31st December 2010 por
Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
25 de dezembro
– NATAL DO SENHOR
MISSA DO DIA
O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS
I. INTRODUÇÃO GERAL
A liturgia de hoje realça não apenas o nascimento de Jesus, mas sua
origem divina. Aquele que estava presente na criação do mundo veio até nós para
nos tornar filhos de Deus. Essa vinda já tinha sido anunciada pelos servos de
Deus durante a primeira aliança. Agora, por meio do Verbo eterno feito
existência humana, Deus nos fala definitivamente e efetiva sua presença
soberana na humanidade. Jesus não é apenas mais um mensageiro de boas notícias,
ele mesmo é o evangelho de Deus, ele é a salvação prometida.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Jo 1,1-18): A luz
resplandeceu nas trevas
João está descrevendo um novo começo. Se o livro do Gênesis registra a
primeira criação, este primeiro versículo do Evangelho de João descreve a nova
criação. Em ambas as ocasiões, o agente da obra criadora é o mesmo Verbo (ou
Palavra) de Deus. “Palavra” e “luz” são duas formas de falar da mesma
realidade, a saber, que Deus entrou na história humana para reconduzi-la à
plenitude.
A Palavra (ou o Verbo) se fez carne (v. 14). Na mentalidade hebraica a
palavra é o meio através do qual alguém se revela ou expressa seus pensamentos
e vontade. No Antigo Testamento o termo “carne” certamente não tem conotação
pejorativa, não é a antítese de Deus; porém, representa tudo o que é
transitório, mortal e imperfeito e, à primeira vista, incompatível com Deus
(cf. Is 40,6-8). Dessa forma, a Palavra de Deus se opõe à carne.
Conforme o evangelista João, a melhor forma pela qual Deus se expressou
foi na existência humana de Jesus. Nele, o que Deus é e o que ele espera da
humanidade foram revelados. Jesus é o Verbo, o ser de Deus narrado em uma vida
humana.
Em vez de uma força impessoal, ou um princípio abstrato e distante da
situação humana, João utiliza o termo “Verbo” em um sentido muito pessoal, de
um Deus que ama, se compadece e se identifica com os seres humanos, tomando
sobre si sua natureza, e sofrendo uma morte vergonhosa com o fim de prover um
meio para a reconciliação do homem com seu Criador.
A luz veio ao mundo (v. 9). O Antigo Testamento se refere a Deus como a
fonte da luz e da vida em várias passagens. O salmista indica que Deus é a
fonte da vida e da luz (Sl 36,9). João, seguindo o conceito do salmista, afirma
que o Verbo é a vida e a luz dos homens.
O termo “mundo” nesse texto significa o mundo dos homens e seus
assuntos, o qual, concretamente, está submetido ao pecado e às trevas. A função
da luz é basicamente combater ou vencer a obscuridade. “Trevas” é um termo
metafórico que, no quarto evangelho se refere a tudo o que se opõe à mensagem
de Jesus, é a obscuridade moral e espiritual. Por isso, o tema da primeira
parte do quarto evangelho é a fé e seu contrário, a incredulidade (como
resultado da influência das trevas).
A totalidade da missão de Jesus foi uma espécie de conflito entre a luz
e as trevas, culminando no Getsêmani e na cruz. Por isso, o verbo “vencer” cabe
bem neste contexto. A luz brilha nas trevas e as trevas não tinham o poder para
detê-la (v.5), muito menos para vencê-la.
2. I Leitura (Is 52,7-10): A
verdadeira luz veio ao mundo
O profeta elogia a atividade de alguém que traz uma mensagem de
salvação, o mensageiro vem correndo e gritando enquanto atravessa os picos das
montanhas: “teu Deus reina!”.
As sentinelas que estão de guarda nas muralhas de Jerusalém começam a
vislumbrar o mensageiro. Ele se antecipa à caravana dos exilados que voltam à
terra natal. Metaforicamente Deus é descrito como um rei vencedor com seu
exército voltando da guerra para a terra da promessa. O grito do mensageiro alerta
para o fato de que Deus saiu vitorioso.
As sentinelas em uníssono repetem o grito do mensageiro e exortam às
ruínas da cidade para unirem-se ao coro com gritos de júbilo porque o Senhor
resgatou o seu povo que estava sob o poder do dominador estrangeiro. Aos
poucos, a notícia da restauração de Sião (Jerusalém) vai se espalhando pelo
reino inteiro e por todas as nações.
3. II Leitura (Hb 1,1-6): O
resplendor da glória de Deus
Fundamental para a Carta aos Hebreus é o fato de que Deus se revelou
constantemente ao longo da história, dando-se a conhecer, para que o ser humano
o amasse. Mas agora, por meio de seu Filho, Deus fez sua revelação final,
definitiva e superior a tudo que foi revelado anteriormente.
Os primeiros versículos mencionam alguns contrastes entre o que foi
revelado no passado e o que está sendo mostrado agora através do Filho.
Primeiramente, aquelas revelações eram parciais, “em muitos fragmentos”,
literalmente falando. A revelação efetivada pelo Filho é completa.
Também há uma oposição entre o outrora e o hoje, ou seja, aquilo que é
revelado pelo Filho será sempre atual, nunca estará ultrapassado, jamais dará
lugar a nenhuma outra revelação, porque não há um mensageiro superior ao Filho,
o qual é a “expressão do ser” do Pai. Com essa afirmação, Hebreus enfatiza a
correspondência exata entre a natureza do Filho e do Pai, porque o termo grego
ali empregado significa algo semelhante a um carimbo que deixa impresso no
papel a figura que traz em alto relevo.
As revelações nos tempos antigos vieram de muitas maneiras, a atual veio
de um único modo, por meio de Jesus Cristo. Aquelas foram muitas, a última é
única.
Com o vocábulo “profetas” o autor de Hebreus se refere a todas as
pessoas da antiga aliança que transmitiram às gerações seguintes a fé de
Israel. Nenhuma dessas pessoas realizou a obra de Jesus Cristo, a saber,
possibilitar nosso acesso à presença de Deus. Ao oferecer sua própria vida a
Deus, Jesus realizou a purificação dos pecados de toda a humanidade, tornando
possível nossa aproximação ao trono da graça.
A inclusão da obra de redenção na descrição de Cristo como agente de
Deus na criação e na revelação definitiva indica a unidade básica entre esses
dois eventos. Aquele que estava presente na criação é o mesmo a nos purificar
dos pecados no momento da ascensão, quando penetra o santo dos santos no céu.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O Natal e a Páscoa são as duas grandes solenidades do calendário
litúrgico. Uma remete à outra. Não se pode falar do Natal sem mencionar a
Páscoa, pois na cruz a encarnação de Jesus aparece de forma mais concreta. A
“prova” de que Jesus encarnou-se é sua morte. E uma morte infligida por aquilo
que ele viveu.
Isso nos remete a uma nova reflexão sobre o seu nascimento. Jesus veio
ao mundo para plenificar a criação de Deus. Para resgatar o ser humano do poder
das trevas e reconduzi-los à luz, mediante uma vida nova, ressuscitada. A
Páscoa é a celebração dessa vitória da luz sobre as trevas. Por isso, já no
Natal celebramos a ressurreição.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
25 de dezembro – NATAL
TEMPO DE
NASCER
Quem nasce hoje? Este é um mistério grande, profundo. Tão grande, que
enche o mundo de espanto. Não espanto de medo, mas de alegria. Sabe aquela
alegria que nos faz até chorar? É a alegria verdadeira, brotando do fundo de
nosso ser.
Quem nasce hoje é o amor. Deus é amor. Ele, na sua infinita bondade,
assume a nossa frágil condição. Das alturas ele se inclina e desce ao chão da
vida humana. Em tudo semelhante a nós, menos no pecado.
Menos no pecado, porque o Deus da vida não negocia com o mal. Deus é o
Bem! Ele nasce, vem de mansinho bater à porta de nosso coração. Chega como um
amigo, suavemente pede licença para entrar em nossa vida. Jamais entra onde não
lhe dão permissão. Ele poderia chegar empurrando portas e janelas. Mas não.
Pede licença, porque o amor é liberdade, respeito.
Deus está nascendo. O mundo barulhento pode não se dar conta disso. Pode
até inventar outro natal, mas o Natal de verdade é Deus nascendo em nós, em
nossa casa. O risco é perder de vista o nascimento do amor. Risco maior é não
se entregar a esse amor.
Sim, porque inventaram um natal do “comprar” e esqueceram que o Natal de
verdade não se compra. O Natal de verdade é presente. Ele se oferece! Natal é
amar.
Ah, bom demais seria se nossos olhos focassem a beleza desse presente
que dá sentido à vida! Bom demais seria se em cada batida do nosso coração
pulsasse a alegria de pertencermos ao amor e essa alegria transbordasse em
nossas ações, semeando paz, espalhando esperança.
O mundo tem futuro porque o amor está nascendo. Ele nasce para dizer não
aos poderosos que impõem fardos pesados aos ombros dos pobres. Nasce para
derrotar o sistema que fadiga homens e mulheres e lhes incute falsas ofertas de
felicidade. Nasce para dizer que a morte não manda em nada e em ninguém. Quem
nasce é maior que a morte e vence não pela sorte nem pelas armas. Quem nasce
tem a vitória pelo poderio do amor. Seu arsenal é o olhar compassivo, o abraço
de ternura, o beijo materno. Quem nasce traz em suas mãos o céu, o eterno.
É tempo de nascer! Que em nossas famílias haja mesa farta de pão e o
coração alimentado de amor. Que em nós nasça Deus e nos deixemos surpreender
por sua graça, por sua paz. Feliz Natal!
Padre Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Natal do Senhor
A Igreja
celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É
este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece
para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo (o Filho, Jesus) no íntimo
dos esplendores do Pai (1ª Missa); a aparição temporária na humildade da carne
(2ª Missa); a sua volta no juízo final (3ª Missa).
Um antigo documento, o Cronógrafo do ano de 354, atesta a existência em Roma
desta festa a 25 de dezembro, que corresponde à celebração pagã do solstício de
inverno, isto é, o nascimento do novo sol que, após a noite mais longa do ano,
retomava novo vigor.
Celebrando neste dia o nascimento daquele que é o verdadeiro Sol, a luz do
mundo, que surge da noite do paganismo, pretendeu-se dar significado novo,
totalmente novo, a uma tradição pagã vivida pelo povo, pois coincidia com as
férias de Saturno, durante as quais os escravos recebiam presentes dos seus
senhores e eram convidados a se sentarem à mesa de seus donos como cidadãos
livres.
Os presentes natalinos, porém, pretendem chamar a atenção para os presentes dos
pastores e dos reis magos ao Menino Jesus.
No Oriente o nascimento de Jesus era festejado no dia 6 de janeiro, com o nome
de Epifania, que quer dizer manifestação. Depois também a Igreja oriental
começou a celebrá-lo na data de 25 de dezembro, conforme encontramos em
Antioquia pelo ano de 376 no tempo de são João Crisóstomo, e em 380 em
Constantinopla. Enquanto isso, no Ocidente, era introduzida a festa da
Epifania, última festa do ciclo natalino, para comemorar a revelação da
divindade de Cristo ao mundo pagão. Os textos da liturgia natalina, formulados
numa época de reação à heresia de Ário sobre a Trindade, enfocam com a força de
uma calorosa poesia e com rigor teológico a divindade do Menino nascido na
gruta de Belém, a sua realeza e onipotência para convidar-nos à adoração do
insondável mistério do Deus revestido de carne humana, filho da puríssima
Virgem Maria.
A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A
restauração do homem mediante o nascimento espiritual de Jesus nas almas é o
tema sugerido pela devoção e pela piedade cristãs que, além das comoventes
tradições natalinas florescidas às margens da liturgia, convidam a meditar
anualmente sobre o mistério da nossa salvação em Cristo Senhor.
Extraído
do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Dia 25 de dezembro –
FESTA DO NATAL
JESUS É NOSSA LUZ!
Jesus é
nossa luz. Não temos por que viver na escuridão. A grande festa de hoje é a
celebração de que Deus não está longe. Ele é nosso próximo, nosso vizinho. É um
de nós. Quando dizemos estar alegres porque Jesus nasceu, estamos dizendo que
Deus se fez nosso parente, gente nossa. Gente como a gente. Não precisamos
olhar para longe, buscando sua presença. A força de Deus, que é amor, está
disponível para nós. Não precisamos ter medo de nada! Não há noite que não
possa ser iluminada pela presença do Filho de Deus! Não há pecado que não possa
ser vencido! Não há falta que não possa ser perdoada para quem faz do coração o
presépio para acolher o Salvador!
Podemos, sim, festejar! É verdade que ainda há problemas no mundo, pois nem
todos os corações se converteram em presépios. Há ainda corações com muitas
grades, com muito medo. Há ainda corações preocupados demais com o conforto,
com o luxo, e que não “dão a mínima” à tristeza, dores e carências dos outros.
Há corações que ainda são prisões de pecado, verdadeiras fortalezas de egoísmo,
mansões de solidão. Mesmo assim, há a esperança de que tudo isso vá por terra e
esses corações se transformem em presépios, lugares que recebam a vida com
simplicidade.
Por isso, vamos festejar, pois não precisamos ser prisioneiros de nada nem de
ninguém! Podemos ter o coração livre. Não precisamos ficar na escuridão. A Luz
está entre nós! A glória de Deus está por toda parte, e Jesus trouxe a paz para
a humanidade! Recebamos a Luz, para que sejamos luz!
Rezemos com Jesus, nestes dias de festa especial, rogando que mais corações se
transformem em presépios, mais corações de pedra sejam transformados em coração
de carne. Que a simplicidade do sorriso de Jesus nos desarme, nos desconcerte,
de modo que percebamos quanto tempo, quanta energia desperdiçamos com coisas
sem importância: discussões, rixas, vaidades. A luz que vem do presépio nos
indica um novo caminho de simplicidade, harmonia, perdão, justiça e paz. Vamos
caminhar por ele!
***
FELIZ NATAL!
Pe.
Claudiano Avelino dos Santos, ssp
HOMÍLIA DIÁRIA
Natal é alegria, é festa plena!
Natal é alegria, é festa plena, rica de
significados e certezas para a nossa vida.
Hoje, 25 de dezembro, nós celebramos o Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo, porque o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós.
Contemplamos a Sua glória, a qual Ele recebe do Pai como Filho Unigênito; cheio
da graça e da verdade. Natal é alegria, é festa plena, rica de significados e
certezas para a nossa vida. A primeira certeza é de que Deus nos ama muito, e
Ele nos ama de tal modo que enviou o Seu Filho único para ser o nosso Salvador.
A certeza de que Deus nos ama é que Ele se faz um de nós. Quando
Jesus Cristo se encarna, Ele assume a nossa natureza humana. E por que Ele a
assume? Assume-a para ser solidário com a nossa fraqueza, com o nosso
sofrimento e com tudo aquilo que a natureza humana sofre por causa do pecado.
Jesus Cristo, ao se fazer um de nós, nos aponta o caminho para a
redenção da humanidade, para a redenção da nossa natureza humana, para a nossa
salvação, porque Ele nos mostra o caminho, pois Ele mesmo é o caminho!
Quando, hoje, contemplamos Jesus, quando olhamos para Ele e
vemos a Sua presença no meio de nós, podemos dizer: Nós temos o nosso Salvador,
nós não estamos perdidos, nós não estamos condenados; a nossa vida tem sentido,
tem salvação, tem solução! A nossa vida encontra a sua plenitude na Pessoa de
Jesus Cristo. Deus feito carne, Deus feito homem, Deus feito a nossa salvação.
Hoje o grande presente de Natal não é aquilo que nós ganhamos
das pessoas, nem aquilo que damos para as pessoas. O grande presente é Ele
mesmo: Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. Nós contemplamos Jesus vivo no
meio de nós, nós O adoramos, O glorificamos, o bendizemos; damos graças ao Pai
por toda a eternidade e nos juntamos ao coro dos anjos e ao coro dos pastores
que glorificavam a Deus no mais alto dos céus. Esse coro, hoje, se junta a nós,
que também queremos louvar, bendizer e agradecer a Deus porque nos deu um
bendito Salvador.
Que Deus abençoe a sua casa, a sua família e o seu lar. Deus
conceda a todos nós um Natal repleto de bênçãos e graças do céu!
Um feliz Natal para você, para sua casa e sua família!
I. INTRODUÇÃO GERAL
A liturgia de hoje realça não apenas o nascimento de Jesus, mas sua
origem divina. Aquele que estava presente na criação do mundo veio até nós para
nos tornar filhos de Deus. Essa vinda já tinha sido anunciada pelos servos de
Deus durante a primeira aliança. Agora, por meio do Verbo eterno feito
existência humana, Deus nos fala definitivamente e efetiva sua presença
soberana na humanidade. Jesus não é apenas mais um mensageiro de boas notícias,
ele mesmo é o evangelho de Deus, ele é a salvação prometida.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Jo 1,1-18): A luz
resplandeceu nas trevas
João está descrevendo um novo começo. Se o livro do Gênesis registra a
primeira criação, este primeiro versículo do Evangelho de João descreve a nova
criação. Em ambas as ocasiões, o agente da obra criadora é o mesmo Verbo (ou
Palavra) de Deus. “Palavra” e “luz” são duas formas de falar da mesma
realidade, a saber, que Deus entrou na história humana para reconduzi-la à
plenitude.
A Palavra (ou o Verbo) se fez carne (v. 14). Na mentalidade hebraica a
palavra é o meio através do qual alguém se revela ou expressa seus pensamentos
e vontade. No Antigo Testamento o termo “carne” certamente não tem conotação
pejorativa, não é a antítese de Deus; porém, representa tudo o que é
transitório, mortal e imperfeito e, à primeira vista, incompatível com Deus
(cf. Is 40,6-8). Dessa forma, a Palavra de Deus se opõe à carne.
Conforme o evangelista João, a melhor forma pela qual Deus se expressou
foi na existência humana de Jesus. Nele, o que Deus é e o que ele espera da
humanidade foram revelados. Jesus é o Verbo, o ser de Deus narrado em uma vida
humana.
Em vez de uma força impessoal, ou um princípio abstrato e distante da
situação humana, João utiliza o termo “Verbo” em um sentido muito pessoal, de
um Deus que ama, se compadece e se identifica com os seres humanos, tomando
sobre si sua natureza, e sofrendo uma morte vergonhosa com o fim de prover um
meio para a reconciliação do homem com seu Criador.
A luz veio ao mundo (v. 9). O Antigo Testamento se refere a Deus como a
fonte da luz e da vida em várias passagens. O salmista indica que Deus é a
fonte da vida e da luz (Sl 36,9). João, seguindo o conceito do salmista, afirma
que o Verbo é a vida e a luz dos homens.
O termo “mundo” nesse texto significa o mundo dos homens e seus
assuntos, o qual, concretamente, está submetido ao pecado e às trevas. A função
da luz é basicamente combater ou vencer a obscuridade. “Trevas” é um termo
metafórico que, no quarto evangelho se refere a tudo o que se opõe à mensagem
de Jesus, é a obscuridade moral e espiritual. Por isso, o tema da primeira
parte do quarto evangelho é a fé e seu contrário, a incredulidade (como
resultado da influência das trevas).
A totalidade da missão de Jesus foi uma espécie de conflito entre a luz
e as trevas, culminando no Getsêmani e na cruz. Por isso, o verbo “vencer” cabe
bem neste contexto. A luz brilha nas trevas e as trevas não tinham o poder para
detê-la (v.5), muito menos para vencê-la.
2. I Leitura (Is 52,7-10): A
verdadeira luz veio ao mundo
O profeta elogia a atividade de alguém que traz uma mensagem de
salvação, o mensageiro vem correndo e gritando enquanto atravessa os picos das
montanhas: “teu Deus reina!”.
As sentinelas que estão de guarda nas muralhas de Jerusalém começam a
vislumbrar o mensageiro. Ele se antecipa à caravana dos exilados que voltam à
terra natal. Metaforicamente Deus é descrito como um rei vencedor com seu
exército voltando da guerra para a terra da promessa. O grito do mensageiro alerta
para o fato de que Deus saiu vitorioso.
As sentinelas em uníssono repetem o grito do mensageiro e exortam às
ruínas da cidade para unirem-se ao coro com gritos de júbilo porque o Senhor
resgatou o seu povo que estava sob o poder do dominador estrangeiro. Aos
poucos, a notícia da restauração de Sião (Jerusalém) vai se espalhando pelo
reino inteiro e por todas as nações.
3. II Leitura (Hb 1,1-6): O
resplendor da glória de Deus
Fundamental para a Carta aos Hebreus é o fato de que Deus se revelou
constantemente ao longo da história, dando-se a conhecer, para que o ser humano
o amasse. Mas agora, por meio de seu Filho, Deus fez sua revelação final,
definitiva e superior a tudo que foi revelado anteriormente.
Os primeiros versículos mencionam alguns contrastes entre o que foi
revelado no passado e o que está sendo mostrado agora através do Filho.
Primeiramente, aquelas revelações eram parciais, “em muitos fragmentos”,
literalmente falando. A revelação efetivada pelo Filho é completa.
Também há uma oposição entre o outrora e o hoje, ou seja, aquilo que é
revelado pelo Filho será sempre atual, nunca estará ultrapassado, jamais dará
lugar a nenhuma outra revelação, porque não há um mensageiro superior ao Filho,
o qual é a “expressão do ser” do Pai. Com essa afirmação, Hebreus enfatiza a
correspondência exata entre a natureza do Filho e do Pai, porque o termo grego
ali empregado significa algo semelhante a um carimbo que deixa impresso no
papel a figura que traz em alto relevo.
As revelações nos tempos antigos vieram de muitas maneiras, a atual veio
de um único modo, por meio de Jesus Cristo. Aquelas foram muitas, a última é
única.
Com o vocábulo “profetas” o autor de Hebreus se refere a todas as
pessoas da antiga aliança que transmitiram às gerações seguintes a fé de
Israel. Nenhuma dessas pessoas realizou a obra de Jesus Cristo, a saber,
possibilitar nosso acesso à presença de Deus. Ao oferecer sua própria vida a
Deus, Jesus realizou a purificação dos pecados de toda a humanidade, tornando
possível nossa aproximação ao trono da graça.
A inclusão da obra de redenção na descrição de Cristo como agente de
Deus na criação e na revelação definitiva indica a unidade básica entre esses
dois eventos. Aquele que estava presente na criação é o mesmo a nos purificar
dos pecados no momento da ascensão, quando penetra o santo dos santos no céu.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O Natal e a Páscoa são as duas grandes solenidades do calendário
litúrgico. Uma remete à outra. Não se pode falar do Natal sem mencionar a
Páscoa, pois na cruz a encarnação de Jesus aparece de forma mais concreta. A
“prova” de que Jesus encarnou-se é sua morte. E uma morte infligida por aquilo
que ele viveu.
Isso nos remete a uma nova reflexão sobre o seu nascimento. Jesus veio
ao mundo para plenificar a criação de Deus. Para resgatar o ser humano do poder
das trevas e reconduzi-los à luz, mediante uma vida nova, ressuscitada. A
Páscoa é a celebração dessa vitória da luz sobre as trevas. Por isso, já no
Natal celebramos a ressurreição.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
25 de dezembro – NATAL
TEMPO DE
NASCER
Quem nasce hoje? Este é um mistério grande, profundo. Tão grande, que
enche o mundo de espanto. Não espanto de medo, mas de alegria. Sabe aquela
alegria que nos faz até chorar? É a alegria verdadeira, brotando do fundo de
nosso ser.
Quem nasce hoje é o amor. Deus é amor. Ele, na sua infinita bondade,
assume a nossa frágil condição. Das alturas ele se inclina e desce ao chão da
vida humana. Em tudo semelhante a nós, menos no pecado.
Menos no pecado, porque o Deus da vida não negocia com o mal. Deus é o
Bem! Ele nasce, vem de mansinho bater à porta de nosso coração. Chega como um
amigo, suavemente pede licença para entrar em nossa vida. Jamais entra onde não
lhe dão permissão. Ele poderia chegar empurrando portas e janelas. Mas não.
Pede licença, porque o amor é liberdade, respeito.
Deus está nascendo. O mundo barulhento pode não se dar conta disso. Pode
até inventar outro natal, mas o Natal de verdade é Deus nascendo em nós, em
nossa casa. O risco é perder de vista o nascimento do amor. Risco maior é não
se entregar a esse amor.
Sim, porque inventaram um natal do “comprar” e esqueceram que o Natal de
verdade não se compra. O Natal de verdade é presente. Ele se oferece! Natal é
amar.
Ah, bom demais seria se nossos olhos focassem a beleza desse presente
que dá sentido à vida! Bom demais seria se em cada batida do nosso coração
pulsasse a alegria de pertencermos ao amor e essa alegria transbordasse em
nossas ações, semeando paz, espalhando esperança.
O mundo tem futuro porque o amor está nascendo. Ele nasce para dizer não
aos poderosos que impõem fardos pesados aos ombros dos pobres. Nasce para
derrotar o sistema que fadiga homens e mulheres e lhes incute falsas ofertas de
felicidade. Nasce para dizer que a morte não manda em nada e em ninguém. Quem
nasce é maior que a morte e vence não pela sorte nem pelas armas. Quem nasce
tem a vitória pelo poderio do amor. Seu arsenal é o olhar compassivo, o abraço
de ternura, o beijo materno. Quem nasce traz em suas mãos o céu, o eterno.
É tempo de nascer! Que em nossas famílias haja mesa farta de pão e o
coração alimentado de amor. Que em nós nasça Deus e nos deixemos surpreender
por sua graça, por sua paz. Feliz Natal!
Padre Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Natal do Senhor
A Igreja
celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É
este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece
para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo (o Filho, Jesus) no íntimo
dos esplendores do Pai (1ª Missa); a aparição temporária na humildade da carne
(2ª Missa); a sua volta no juízo final (3ª Missa).
Um antigo documento, o Cronógrafo do ano de 354, atesta a existência em Roma
desta festa a 25 de dezembro, que corresponde à celebração pagã do solstício de
inverno, isto é, o nascimento do novo sol que, após a noite mais longa do ano,
retomava novo vigor.
Celebrando neste dia o nascimento daquele que é o verdadeiro Sol, a luz do mundo, que surge da noite do paganismo, pretendeu-se dar significado novo, totalmente novo, a uma tradição pagã vivida pelo povo, pois coincidia com as férias de Saturno, durante as quais os escravos recebiam presentes dos seus senhores e eram convidados a se sentarem à mesa de seus donos como cidadãos livres.
Os presentes natalinos, porém, pretendem chamar a atenção para os presentes dos pastores e dos reis magos ao Menino Jesus.
No Oriente o nascimento de Jesus era festejado no dia 6 de janeiro, com o nome de Epifania, que quer dizer manifestação. Depois também a Igreja oriental começou a celebrá-lo na data de 25 de dezembro, conforme encontramos em Antioquia pelo ano de 376 no tempo de são João Crisóstomo, e em 380 em Constantinopla. Enquanto isso, no Ocidente, era introduzida a festa da Epifania, última festa do ciclo natalino, para comemorar a revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão. Os textos da liturgia natalina, formulados numa época de reação à heresia de Ário sobre a Trindade, enfocam com a força de uma calorosa poesia e com rigor teológico a divindade do Menino nascido na gruta de Belém, a sua realeza e onipotência para convidar-nos à adoração do insondável mistério do Deus revestido de carne humana, filho da puríssima Virgem Maria.
A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A restauração do homem mediante o nascimento espiritual de Jesus nas almas é o tema sugerido pela devoção e pela piedade cristãs que, além das comoventes tradições natalinas florescidas às margens da liturgia, convidam a meditar anualmente sobre o mistério da nossa salvação em Cristo Senhor.
Celebrando neste dia o nascimento daquele que é o verdadeiro Sol, a luz do mundo, que surge da noite do paganismo, pretendeu-se dar significado novo, totalmente novo, a uma tradição pagã vivida pelo povo, pois coincidia com as férias de Saturno, durante as quais os escravos recebiam presentes dos seus senhores e eram convidados a se sentarem à mesa de seus donos como cidadãos livres.
Os presentes natalinos, porém, pretendem chamar a atenção para os presentes dos pastores e dos reis magos ao Menino Jesus.
No Oriente o nascimento de Jesus era festejado no dia 6 de janeiro, com o nome de Epifania, que quer dizer manifestação. Depois também a Igreja oriental começou a celebrá-lo na data de 25 de dezembro, conforme encontramos em Antioquia pelo ano de 376 no tempo de são João Crisóstomo, e em 380 em Constantinopla. Enquanto isso, no Ocidente, era introduzida a festa da Epifania, última festa do ciclo natalino, para comemorar a revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão. Os textos da liturgia natalina, formulados numa época de reação à heresia de Ário sobre a Trindade, enfocam com a força de uma calorosa poesia e com rigor teológico a divindade do Menino nascido na gruta de Belém, a sua realeza e onipotência para convidar-nos à adoração do insondável mistério do Deus revestido de carne humana, filho da puríssima Virgem Maria.
A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A restauração do homem mediante o nascimento espiritual de Jesus nas almas é o tema sugerido pela devoção e pela piedade cristãs que, além das comoventes tradições natalinas florescidas às margens da liturgia, convidam a meditar anualmente sobre o mistério da nossa salvação em Cristo Senhor.
Extraído
do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Dia 25 de dezembro –
FESTA DO NATAL
JESUS É NOSSA LUZ!
Jesus é
nossa luz. Não temos por que viver na escuridão. A grande festa de hoje é a
celebração de que Deus não está longe. Ele é nosso próximo, nosso vizinho. É um
de nós. Quando dizemos estar alegres porque Jesus nasceu, estamos dizendo que
Deus se fez nosso parente, gente nossa. Gente como a gente. Não precisamos
olhar para longe, buscando sua presença. A força de Deus, que é amor, está
disponível para nós. Não precisamos ter medo de nada! Não há noite que não
possa ser iluminada pela presença do Filho de Deus! Não há pecado que não possa
ser vencido! Não há falta que não possa ser perdoada para quem faz do coração o
presépio para acolher o Salvador!
Podemos, sim, festejar! É verdade que ainda há problemas no mundo, pois nem
todos os corações se converteram em presépios. Há ainda corações com muitas
grades, com muito medo. Há ainda corações preocupados demais com o conforto,
com o luxo, e que não “dão a mínima” à tristeza, dores e carências dos outros.
Há corações que ainda são prisões de pecado, verdadeiras fortalezas de egoísmo,
mansões de solidão. Mesmo assim, há a esperança de que tudo isso vá por terra e
esses corações se transformem em presépios, lugares que recebam a vida com
simplicidade.
Por isso, vamos festejar, pois não precisamos ser prisioneiros de nada nem de ninguém! Podemos ter o coração livre. Não precisamos ficar na escuridão. A Luz está entre nós! A glória de Deus está por toda parte, e Jesus trouxe a paz para a humanidade! Recebamos a Luz, para que sejamos luz!
Rezemos com Jesus, nestes dias de festa especial, rogando que mais corações se transformem em presépios, mais corações de pedra sejam transformados em coração de carne. Que a simplicidade do sorriso de Jesus nos desarme, nos desconcerte, de modo que percebamos quanto tempo, quanta energia desperdiçamos com coisas sem importância: discussões, rixas, vaidades. A luz que vem do presépio nos indica um novo caminho de simplicidade, harmonia, perdão, justiça e paz. Vamos caminhar por ele!
Por isso, vamos festejar, pois não precisamos ser prisioneiros de nada nem de ninguém! Podemos ter o coração livre. Não precisamos ficar na escuridão. A Luz está entre nós! A glória de Deus está por toda parte, e Jesus trouxe a paz para a humanidade! Recebamos a Luz, para que sejamos luz!
Rezemos com Jesus, nestes dias de festa especial, rogando que mais corações se transformem em presépios, mais corações de pedra sejam transformados em coração de carne. Que a simplicidade do sorriso de Jesus nos desarme, nos desconcerte, de modo que percebamos quanto tempo, quanta energia desperdiçamos com coisas sem importância: discussões, rixas, vaidades. A luz que vem do presépio nos indica um novo caminho de simplicidade, harmonia, perdão, justiça e paz. Vamos caminhar por ele!
***
FELIZ NATAL!
Pe.
Claudiano Avelino dos Santos, ssp
HOMÍLIA DIÁRIA
Natal é alegria, é festa plena!
Natal é alegria, é festa plena, rica de
significados e certezas para a nossa vida.
Hoje, 25 de dezembro, nós celebramos o Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo, porque o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós.
Contemplamos a Sua glória, a qual Ele recebe do Pai como Filho Unigênito; cheio
da graça e da verdade. Natal é alegria, é festa plena, rica de significados e
certezas para a nossa vida. A primeira certeza é de que Deus nos ama muito, e
Ele nos ama de tal modo que enviou o Seu Filho único para ser o nosso Salvador.
A certeza de que Deus nos ama é que Ele se faz um de nós. Quando
Jesus Cristo se encarna, Ele assume a nossa natureza humana. E por que Ele a
assume? Assume-a para ser solidário com a nossa fraqueza, com o nosso
sofrimento e com tudo aquilo que a natureza humana sofre por causa do pecado.
Jesus Cristo, ao se fazer um de nós, nos aponta o caminho para a
redenção da humanidade, para a redenção da nossa natureza humana, para a nossa
salvação, porque Ele nos mostra o caminho, pois Ele mesmo é o caminho!
Quando, hoje, contemplamos Jesus, quando olhamos para Ele e
vemos a Sua presença no meio de nós, podemos dizer: Nós temos o nosso Salvador,
nós não estamos perdidos, nós não estamos condenados; a nossa vida tem sentido,
tem salvação, tem solução! A nossa vida encontra a sua plenitude na Pessoa de
Jesus Cristo. Deus feito carne, Deus feito homem, Deus feito a nossa salvação.
Hoje o grande presente de Natal não é aquilo que nós ganhamos
das pessoas, nem aquilo que damos para as pessoas. O grande presente é Ele
mesmo: Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. Nós contemplamos Jesus vivo no
meio de nós, nós O adoramos, O glorificamos, o bendizemos; damos graças ao Pai
por toda a eternidade e nos juntamos ao coro dos anjos e ao coro dos pastores
que glorificavam a Deus no mais alto dos céus. Esse coro, hoje, se junta a nós,
que também queremos louvar, bendizer e agradecer a Deus porque nos deu um
bendito Salvador.
Que Deus abençoe a sua casa, a sua família e o seu lar. Deus
conceda a todos nós um Natal repleto de bênçãos e graças do céu!
Um feliz Natal para você, para sua casa e sua família!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
http://homilia.cancaonova.com/homilia/natal-e-alegria-e-festa-plena/
Liturgia
de 25.12.2013
NATAL
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
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de 25.12.2013
NATAL
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Mensagem de Natal 2013
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