ANO B
Lc 5,33-39
Comentário do Evangelho
Jesus reinterpreta o jejum
Parece que os interlocutores de Jesus sejam os mesmos do v. 30, a saber, os escribas e fariseus que murmuravam contra Jesus pelo fato de ele comer com os publicanos e pecadores. O objeto da controvérsia é o jejum (cf. também Mc 2,18-22), que os de Jesus não praticam, ao contrário dos discípulos de João e os dos fariseus. Os fariseus, nós o sabemos, além do jejum prescrito pela Lei de Moisés, por ocasião do dia do perdão dos pecados (Lv 16,29-30), jejuavam duas vezes por semana (cf. Lc 18,12). Talvez se trate de uma prática ascética própria, ao menos ao grupo dos fariseus. Quanto ao grupo do Batista, não temos nenhuma informação acerca de alguma prática ascética, como o jejum.
Difícil pensar que Jesus não praticasse o único jejum prescrito pela Lei. O importante, aqui, é que o jejum passa, no novo tempo inaugurado pela vinda do Messias, a um sentido cristológico: é em relação a Cristo, o esposo. A morte de Jesus será para o discípulo ocasião de praticar o jejum: “Dias virão... quando o noivo lhes for tirado, naqueles dias vão jejuar” (v. 35).
As duas parábolas significam que o jejum não é abolido, mas reinterpretado. Isto exige uma nova prática.
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
A Vida Nova no Reino de Deus trazida por Jesus de Nazaré não cabe em nossa existência antiga, rotineira e acomodada. Pequenas reformas e adaptações não bastam para a segurança da nossa casa. Precisamos uma construção nova, com as fundações assentadas firmemente na rocha que é o Cristo.
VIVENDO A PALAVRA
A Vida Nova no Reino de Deus, trazida por Jesus de Nazaré, não cabe em nossa existência antiga, que era uma experiência de rotina e acomodação. Pequenas reformas e adaptações não bastam para a segurança da nossa casa. Precisamos de uma construção nova, com as fundações assentadas firmemente na rocha, que é o Cristo.
Reflexão
A maioria das novidades que nós encontramos no dia a dia não passa, na verdade, de mudanças superficiais em coisas que já existiam antes ou de uma continuidade de um processo evolutivo, de modo que muito pouco vemos de realmente novo. Por isso, temos muita dificuldade em ver a novidade do Evangelho, não percebemos que na verdade ele nos apresenta valores que não existiam antes e uma forma totalmente nova de nos relacionarmos com Deus e com as outras pessoas. Se não estivermos bem atentos e totalmente abertos para a novidade do Evangelho, corremos o risco de querer fazer com que ele seja remendo novo em pano velho, ou vinho novo em odres velhos, uma continuidade dos valores do homem velho, algo que não se insere na realidade nem a transforma.
Reflexão
O assunto cai sobre a prática do jejum. Há dois grupos de discípulos que o praticam, os de João e os dos fariseus; ao passo que os discípulos de Jesus, não o fazem. Doutores da Lei e fariseus querem de Jesus uma satisfação. Jesus desloca a importância do jejuar para o significado do noivo (o próprio Messias) que ora está presente no meio deles. São tempos novos; o tempo da espera já se cumpriu. Agora é alegrar-se com a presença de Jesus e da sua Boa-Nova. Ouvir-lhe o apelo e dar-lhe adesão pela fé. A comparação de Jesus acentua a necessidade de dar um salto de qualidade para superar esquemas envelhecidos (roupa velha, vinho velho) e assumir a novidade do Reino (roupa nova, vinho novo), isto é, vida abundante e liberdade para todos. Há cristãos que relutam em aceitar que a Igreja se renove!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
O assunto cai sobre a prática do jejum. Há dois grupos de discípulos que o praticam, os de João e os dos fariseus, ao passo que os discípulos de Jesus não o fazem. Doutores da Lei e fariseus querem de Jesus uma satisfação. Jesus desloca a importância do jejuar para o significado do noivo (o próprio Messias), que ora está presente no meio deles. São tempos novos: o tempo da espera já se cumpriu, agora é alegrar- se com a presença de Jesus e da sua Boa-Nova, ouvir-lhe o apelo e dar-lhe adesão pela fé. A comparação de Jesus acentua a necessidade de dar um salto de qualidade para superar esquemas envelhecidos (roupa velha, vinho velho) e assumir a novidade do Reino (roupa nova, vinho novo), isto é, vida abundante e liberdade para todos. Há cristãos que relutam em aceitar que a Igreja se renove!
Oração
Ó Jesus Messias, és o protagonista de um novo tempo. Inauguras o tão esperado Reino de Deus. És o “noivo” da humanidade e nos ofereces a festa da salvação. Doutores da Lei e fariseus mantêm-se fechados à novidade. Concede-nos, Senhor, mentalidade aberta para acatar a tua Boa-Nova. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Meditação
Entendeu a parábola de Jesus? - Você procura ser sempre odre novo para o vinho da Graça de Deus? - Você procura sempre fazer de sua vida uma festa devido à presença constante de Deus? - Você se questiona sempre sobre “a roupa nova” do amor ao próximo? - Em nossa sociedade há muitas coisas que são “remendo novo em roupa velha”?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
PARA QUE EXAGERAR?
O modo de proceder de Jesus e seus discípulos contrastava com o de outros grupos. Os discípulos de João Batista, mesmo após a morte do mestre, continuaram a seguir seus ensinamentos rigorosos, preparando-se para a chegada do Messias. Os fariseus e seus seguidores faziam um jejum suplementar, duas vezes por semana. Igualmente o faziam os mestres da Lei.
Estes exageros e rigorismos pouca importância tinham para Jesus. Seus discípulos foram instruídos para seguir por uma outra estrada. As práticas de piedade estão subordinadas à presença do Messias, comparado com um esposo. Alegria ou tristeza, penitência ou regozijo dependerão do momento: se o Messias está presente, é tempo de alegria pela salvação; se está ausente, é tempo de espera paciente, com a respectiva exigência de vida austera.
Em todo caso, é preciso manter-se longe do velho esquema judaico. Seria pernicioso deixar-se contaminar por ele. Aliás, trata-se de uma mentalidade ultrapassada, que deve ser deixada de lado.
Para entender o modo de pensar de Jesus, é preciso abrir-se para a novidade por ele anunciada. Seria inconveniente querer unir seu modo de pensar e agir àqueles já superados. A sabedoria do Reino exigia, pois, moderação no jejum e nas orações.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de comedimento, livra-me de praticar uma religião feita de piedade exagerada, que prescinde da alegre presença do Senhor na nossa História.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. O vinho novo
Algo novo está começando, algo novo com atitudes novas. O ser humano precisa de uma renovação completa, não de remendos. Há um vinho novo que está sendo oferecido por Jesus à humanidade. Vinho novo se coloca em odres novos. Odre é um recipiente feito de pele de animal para transportar líquidos: água, vinho, azeite. Quem tem experiência sabe que o vinho novo arrebenta odres velhos. Quem tem experiência também diz que vinho velho é melhor que o novo. Há quem diga que a experiência é a mestra da vida, enquanto outros dirão que é a mestra dos tolos. Seja lá o que for, é preciso arriscar-se em novas experiências. Vamos provar o vinho novo de Cristo para sentir que sabor tem. Talvez não queiramos ficar atados a experiências passadas. Menos ainda a velhos sistemas ou meras tradições humanas. O jejum é uma boa prática de valor relativo. Os discípulos de Jesus não jejuavam. Afinal, valor absoluto só tem Jesus. Os amantes da tradição não têm medo de criar novas.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Tem Gente que Parou no Tempo...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
"Ah... No meu tempo é que era bom, que saudades..." Não sou contra recordações, é gostoso recordar acontecimentos bons da nossa vida, pessoas que passaram por nós, mas o problema está quando ficamos no passado e não conseguimos ver nada de bom ou novo no presente. Não se pode ficar parado naquele tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, com coisas cheirando a naftalina...
As lideranças do Judaísmo perderam o maior "Trem da História" quando não reconheceram Jesus enquanto o Deus Feito Homem, estavam presos ás velhas tradições da Lei de Moisés, eram legalistas e só enxergavam de um lado, parece que usavam uma viseira para não enxergar o Novo que se fazia presente entre eles.
Os discípulos descobriram em Jesus algo de novo, ele comunicava uma alegria autêntica, que a velha religião não conseguia dar. Os judeus estavam à espera de algo que estava por vir, para os discípulos, esse tempo novo já chegou com Jesus Cristo, daí a razão de não jejuarem e nem fazerem longas orações clamando pela vinda do Messias, eles já comiam, bebiam e festejavam, porque Jesus estava entre eles.
A Igreja vive hoje um grande desafio em sua história, como evangelizar e falar de Jesus nos Meios de Comunicação tão diversificados? Como anunciar o evangelho, que é sempre novidade, em espaços que parecem tão hostis à evangelização? As Redes Sociais sempre são alvo de debate nos encontros de Comunicação que a nossa Igreja, através da CNBB, organiza em todos os anos. A Igreja sabe que não dá mais para restringir o anúncio da Palavra do alto de um púlpito, no ambiente eclesial, é preciso inovar, criar, nossos profetas pregadores precisam invadir o mundo da internet e com coragem falar de Jesus, para uma Galera que provavelmente ainda não o conhece.
Nossos "Odres" da mente e do coração, estão saturados de velharias que a pós-modernidade insiste em nos apresentar como novos, tem muita gente se envenenando com vinhos velhos e contaminados de uma ideologia de morte, que só priva a busca de prazer, em um egocentrismo que vai destruindo o homem naquilo que ele tem de mais precioso: a vocação de amar para a qual Deus o chamou.
Nas comunidades e em nossas Famílias, precisamos urgente dar uma "arejada", o Cristianismo vive um tempo muito oportuno, os estoques dos vinhos velhos, contaminados, estão se esgotando, o mundo quer novidade, ninguém aguenta mais as propostas de certos valores que só conduzem a morte e destruição; já está mais que na hora, de nós cristãos oferecermos a todas as pessoas e em todos os ambientes, este Vinho Novo e inebriante que é Jesus Cristo, a pós-modernidade nunca viu ou verá coisa igual! Podem apostar...
2. Vinho novo em odres novos - Lc 5,33-39
Qual é o vinho melhor, o novo ou o velho? Vinho novo é a novidade de Cristo. Mas está escrito que o vinho velho é melhor. Temos, então, que refletir sobre a qualidade do recipiente. Está escrito também que “o remendo de roupa nova não combina com a roupa velha”. O novo está contrastando com o velho e quem diz que o velho é melhor precisa experimentar o novo. Tudo isso por conta de uma pergunta sobre o jejum. Jejuando, acaba o problema. Já disseram também que o melhor vinho é aquele que se bebe na casa dos outros. Seja lá como for, o vinho é Cristo e seu Evangelho. Bebamos na fonte, que está no coração de Cristo. Vistamos uma roupa nova, sem remendos, que é o próprio Senhor Jesus. Depois, façamos o que for melhor para a nossa identificação com Cristo, para a construção da comunidade humana, para o bem dos menos amados. Se jejum é ausência de alimento, a ausência de Cristo é o verdadeiro jejum, e esse não é bom. Mortificações, só inteligentes!
Liturgia comentada
Seu povo e seu rebanho... (Sl 100 [99])
Quando o Concílio Vaticano II (1963-1965) definiu a Igreja como “povo de Deus” (Lumen Gentium, 9), não fazia mais que reafirmar o desígnio de Deus de ter um povo “seu”. Desde as primeiras páginas do Antigo Testamento, o Senhor manifestou sua vontade: “Gravarei a minha Lei nas suas entranhas e a escreverei nos seus corações, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. (Jr 31,33)
À primeira vista, é a submissão à Lei que define a pertença ao povo do Deus que a escreveu nas pedras do Sinai com seu dedo de fogo (cf. Ex 31,18). No entanto, muito mais que um Senhor, Deus é o Esposo, em um casamento-Aliança onde o povo é a Esposa escolhida. Com isso, o vínculo da Lei é superado pelo vínculo do amor.
São comoventes as expressões do profeta Oseias, reveladoras da nova relação entre o Criador e a criatura, não mais como indivíduos, mas como um povo esponsal. “Pois, agora, eu é que vou seduzi-la, levando-a para o deserto e falando-lhe ao coração. Eu me casarei contigo para sempre, casamos conforme a justiça e o direito, com amor e carinho.” (Os 2,16.21)
Uma aliança de amor não pode ser rompida. Uma curiosa passagem da Escritura parece mostrar Moisés como advogado de defesa desse matrimônio entre o Senhor e seu povo. Como o líder tardasse na montanha, o povo fabricou um bezerro de ouro como ídolo para seu culto. Deus “reage” propondo a destruição de Israel, mas garantindo a Moisés numerosa descendência.
A frase atribuída a Yahweh foi esta: “Vai, desce, porque se corrompeu o TEU povo que tiraste do Egito”. Moisés retruca: “Por que, Senhor, se inflama a vossa ira contra o VOSSO povo, que tirastes do Egito com o vosso poder e a força de vossa mão?” (Ex 32,7.11) O povo não pertencia a Moisés, mas exclusivamente a Deus.
Deus continua sofrendo com as infidelidades de sua esposa, que somos nós. Nas crises e infortúnios, recorremos ao Esposo. Passada a crise, voltamos aos nossos bezerros dourados e prestamos culto a ídolos mudos, mas ásperos feitores de escravos.
Apesar disso, ao longo da história, surgiram homens e mulheres admiráveis, de coração apaixonado pelo Esposo, que consagraram suas vidas para que Deus fosse mais conhecido e mais amado. Na esteira de João Batista e dos apóstolos, dos mártires e dos confessores, dos eremitas e dos grandes missionários, um pequeno “resto de Israel” reafirma sua fidelidade à Aliança celebrada para sempre.
Seria este o nosso caso?
Orai sem cessar: “Feliz o povo que caminha na luz de vossa Face!” (Sl 89,15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
HOMILIA DIÁRIA
Quando devemos fazer jejum?
Que o jejum faça parte das nossas práticas cristãs.
“Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão” (Lc 5,34-35).
A Palavra de Deus, hoje, nos convida a refletir sobre dois aspectos: quando devemos fazer jejum e quando não devemos fazê-lo. Vamos começar analisando, primeiro, quando não podemos jejuar. Não podemos fazê-lo quando estamos celebrando, comemorando.
É a coisa mais desagradável quando alguém nos convida para um casamento, um banquete, mas nós nem provamos a comida que nos é oferecida. Não participamos da alegria! Claro que não é a comida o motivo da alegria, mas tudo aquilo que é servido faz parte do banquete, está ali para que seja comemorado junto.
Então, no dia em que o noivo chega, no dia da festa de seu casamento, em hipótese alguma nós podemos jejuar; ao contrário, não vamos nos abster de comer para fazermos penitência ou qualquer coisa parecida.
No meio de nós está o Senhor, Noivo e também Esposo da Igreja. Quando Ele está no meio de nós, não jejuamos; por isso, em nenhum domingo, dia da Ressurreição do Senhor, a Igreja jejua. Por isso, os dias de festa, de solenidade, datas que sejam importantes para nossa vida como o nosso aniversário, a comemoração de alguma coisa, a chegada de um amigo ou de um parente nunca serão motivos de jejuarmos.
A cada sexta-feira, a Igreja faz memória do dia da Paixão do Senhor; ela também nos convida a jejuar outros dois dias por ano em memória da Paixão de Cristo: Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa. Nesses dias, somos convidados a nos lembrarmos, fazermos memória da Paixão redentora de Jesus.
Que, nesse tempo, seja feito um jejum discreto, que ninguém passe fome; mas não sejamos escravos dos alimentos. Não se trata de dieta, mas de um exercício espiritual, de colocar-se na vontade de Deus em oração para não ficar dependente dos alimentos nem da nossa vontade.
Que o jejum faça parte das nossas práticas cristãs.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
Celebremos a vida nova de Deus em nós
“Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão” (Lucas 5,35).
Os fariseus e os mestres da Lei estavam incomodados porque os discípulos de João jejuavam, faziam penitência; enquanto que os discípulos de Jesus não os faziam. Jesus proclamava: “Como pode o noivo estar presente no casamento e a pessoa estar lá com ar sombrio, triste, fazendo jejum, quando o momento é de festa?” (cf. Lucas 5,34).
A Palavra de Deus está nos dando discernimento para entendermos que, na vida e na fé, há um tempo para cada coisa; e, cada coisa, precisa ser vivida no seu tempo e de forma intensa.
Se, hoje, estamos celebrando a presença de Deus entre nós, não há porque nos entristecermos; não há porque nos penitenciarmos, não há porque jejuarmos, pois, agora, é hora de festejar e de celebrar.
Não podemos transformar o domingo, dia do Senhor, num dia penitente. Precisamos transformar o dia do Senhor no dia d’Ele, porque o Cristo vivo está no meio de nós, o Cristo ressuscitado tem de ser aclamado e celebrado com todo o amor do nosso coração.
Dias virão em que celebraremos a Paixão e a Morte do Senhor. Há dias que nós determinamos a nossa própria vida. A Igreja determina, por exemplo, que, nas sextas-feiras, em memória da Paixão do Senhor, nos dediquemos mais à penitência, ao jejum sóbrio, mas que os façamos.
Com a mesma intensidade que vivemos penitências e jejum, precisamos celebrar a vida nova de Deus em nós
Não podemos simplesmente achar que a força da penitência e do jejum resolvam todas as coisas. Com a mesma intensidade que precisamos viver penitências, praticar o jejum, nós também, precisamos celebrar a vida nova de Deus em nós. Isso é sobriedade, discernimento e vida plena de Deus em nós.
Há dias que precisamos chorar e lamentar pela pessoa que faleceu, o que não podemos é transformar a vida inteira num velório. Há o momento de chorar, mas há o momento de levantar a cabeça e se reerguer. Há os momentos em que estamos muito alegres, mas não podemos ficar alegres e celebrando o tempo inteiro. Precisamos parar, recolher, rever e assim por diante.
A graça de Deus é um vinho novo e faz novas todas as coisas. Precisamos de um novo coração, de uma nova mentalidade para acolher a novidade do Reino, porque, senão nos fechamos em nossos pensamentos, nos nossos sentimentos, nas nossas concepções de vida. “Nasci assim, vou morrer assim; penso assim, é assim que tem de ser”, desse modo, Deus não realiza o novo em nossa vida.
A graça nova, o vinho novo chegaram até nós, por isso, os acolhamos com todo o amor; silenciemos quando é preciso silenciar; façamos jejum quando é preciso fazer jejum; mas é importante ter sempre um coração novo para acolher o novo de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para fazermos a opção radical de vida pelo teu Reino. Faze-nos testemunhar ao mundo o teu Amor de Pai que também é Mãe e nos quer ver, desde agora, saboreando os sinais da Salvação que um dia teremos em plenitude. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para realizar a opção radical de viver em teu Reino. Faze-nos testemunhas do teu Amor de Pai que também é Mãe, para que o mundo nos veja, desde agora, saboreando os sinais da Salvação que um dia teremos em plenitude. Nós te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.