terça-feira, 19 de setembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/09/2023

ANO A


Lc 7,11-17

Comentário do Evangelho

A iniciativa é de Jesus, provocada pela sua compaixão.

O relato do evangelho é próprio a Lucas. Inspira-se em 1Rs 17,8-24, no episódio do filho de uma viúva, em Sarepta.
Jesus vai para Naim, pequeno vilarejo entre Cafarnaum e a Samaria. É acompanhado de seus discípulos e de grande multidão (v. 11). Às portas da cidade Jesus e seus discípulos se encontram com outro grupo: “levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava” (v. 12). O paralelo é evidente: os dois grupos caminham em direções opostas; o primeiro segue um homem poderoso em gestos e palavras, o segundo grupo, um morto. Até este ponto a descrição da cena e dos personagens é puramente objetiva. De repente somos surpreendidos por uma focalização interna, a menção da compaixão de Jesus: “Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: ‘Não chores!’” (v. 13). A iniciativa é de Jesus, provocada pela sua compaixão. A palavra de Jesus permite entrar no coração das pessoas. É por Jesus que somos informados do sofrimento da mulher: “não chores mais” (v. 13) e a idade do morto: um “jovem” (v. 14). Não é da morte que Jesus tem compaixão, nem do morto, mas da pessoa que sofre. O acento de todo o episódio é posto em Jesus, sobre sua compaixão e sua palavra poderosa. Nomeando Jesus como senhor no versículo 13, o narrador nos informa que se trata do Senhor da vida que se dirige à viúva.
Nesta passagem não é a morte nem o morto que importam, nem mesmo o retorno à vida, mas que uma mãe já viúva tenha perdido o seu filho único. O retorno à vida não é o objetivo da iniciativa de Jesus. Mas, a consolação da mãe que chora. A ação de Jesus termina com uma observação: “E Jesus o entregou à sua mãe” (v. 15b). O texto apresenta uma transformação que se dá não somente pelo retorno de um jovem à vida, mas das duas multidões que, primeiramente separadas, são reunidas, num segundo momento, no louvor a Deus. A passagem de Jesus por Naim possibilita um duplo reconhecimento, a saber, da identidade de Jesus (Profeta) e da visita salvífica de Deus (cf. v. 16).
Lucas situou o episódio do filho da viúva de Naim antes do da mulher pecadora (7,36-50). A razão: ele quer ir da morte física à espiritual, da ressurreição física à espiritual. Procedimento semelhante ele utilizará com relação aos dois tipos de cegueira (18,35-43; 19,1-10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 17/09/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

JOVEM, EU TE DIGO: LEVANTA-TE!


Jesus continua realizando milagres: isso é um sinal dos novos tempos messiânicos. Entra em Naim com os discípulos e uma grande multidão. Essa é a caravana da vida. Como os cemitérios ficavam fora dos muros, eles encontram um cortejo fúnebre no portão da cidade. Estão para sepultar o filho único de uma mãe viúva. Jesus se compadece, comove-se até às entranhas e usa de sua misericórdia. A viúva pobre não tinha nenhuma seguridade social, a não ser o filho único, que acabara de morrer. Jesus se dirige a ela: “Não chores!”.
Lembramo-nos imediatamente da bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”. Dirige-se também aos que carregam o caixão. E, por fim, dirige-se ao jovem: “Eu te ordeno: levanta-te!”. A mesma frase fora dita à filha de Jairo em Marcos 5. Levantar-se é o verbo da ressurreição. O que estivera morto, deitado no sono da morte, senta-se e começa a conviver, relacionar-se, conversar. Jesus o entrega a sua mãe, metáfora da mãe Igreja. A multidão, extasiada, glorifica a Deus. Jesus é o profeta esperado. Aliás, ele é bem mais que o profeta. É o Senhor da vida.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Nenhum pedido foi feito a Jesus. A expectativa de um milagre não estava em cogitação. O Mestre não apenas devolve à vida o filho da viúva – Ele toma a iniciativa. Este é o exemplo legado para a sua Igreja. Que nós saibamos sair do comodismo para socorrer os irmãos necessitados, os pobres abandonados.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nenhum pedido foi feito a Jesus. A expectativa de um milagre não estava em cogitação. Mas o Mestre não apenas devolve à vida o filho da viúva: Ele toma a iniciativa! Este é o exemplo legado para a sua Igreja. Que nós saibamos sair do comodismo para socorrer os irmãos necessitados, os pobres abandonados.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2019

Reflexão

Os milagres que Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser espalhada para todos os homens a fim de que todos possam perceber a presença amorosa de Deus em suas vidas.
Fonte: CNBB em 17/09/2013

Reflexão

Jesus, seus discípulos e grande multidão deparam-se com um caso de extrema desolação: uma senhora, tendo perdido o marido, perde também o filho único e o leva para sepultar. Por isso, Jesus enche-se de compaixão e, sem que a viúva lhe peça, antecipa-se interrompendo-lhe o choro. Detém o cortejo fúnebre e dá ao defunto a ordem de levantar-se. A palavra poderosa de Jesus restitui a vida ao jovem, devolve-lhe também a palavra (“o morto sentou-se e começou a falar”), e desencadeia o reconhecimento dos assistentes: “Glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta apareceu entre nós. Deus visitou o seu povo’”. É a mesma expressão que encontramos no Cântico de Zacarias (cf. Lc 1,68.69). Deus, por meio de Jesus, visita o povo, dando-lhe liberdade e vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/09/2019

Reflexão

Jesus, seus discípulos e grande multidão deparam-se com um caso de extrema desolação: uma senhora, tendo perdido o marido, perde também o filho único e o leva para sepultar. Por isso, Jesus enche-se de compaixão e, sem que a viúva lhe peça, antecipa-se, interrompendo-lhe o choro. Detém o cortejo fúnebre e dá ao defunto a ordem de levantar-se. A palavra poderosa de Jesus restitui a vida ao jovem, devolve-lhe também a palavra (“o morto sentou-se e começou a falar”), e desencadeia o reconhecimento dos assistentes: “Glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta apareceu entre nós. Deus visitou o seu povo'”. É a mesma expressão que encontramos no cântico de Zacarias (cf. Lc 1,68-69). Deus, por meio de Jesus, visita o povo, dando-lhe liberdade e vida.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Jovem, eu te digo, levanta-te!»

Rev. D. Joan SERRA i Fontanet
(Barcelona, Espanha)

Hoje se encontram duas comitivas. Uma comitiva que acompanha à morte e a outra que acompanha à vida. Uma pobre viúva seguida por seus familiares e amigos, levava o seu filho ao cemitério e de repente, vê a multidão que ia com Jesus. As duas comitivas se cruzam e se param, e Jesus lhe diz à mãe que ia enterrar o seu filho: «Não chores» (Lc 7,13). Todos ficam olhando Jesus, que não permanece indiferente a dor e ao sofrimento daquela pobre mãe, mas, pelo contrário, se compadece e lhe devolve a vida ao seu filho. E, é que encontrar a Jesus é encontrar a vida, pois Jesus disse de si mesmo: «Eu sou a ressurreição e a vida» (Jo 11,25). São Bráulio de Saragoça escreve: «A esperança da ressurreição deve-nos confortar, porque voltaremos a ver no céu a quem perdemos aqui».
Com a leitura do fragmento do Evangelho que nos fala da ressurreição do jovem de Naim, poderia salientar a divindade de Jesus e insistir nela, dizendo que somente Deus pode voltar um jovem à vida; mas hoje preferiria salientar a sua humanidade, para não ver Jesus como um ser alheio, como um personagem tão diferente de nós, ou como alguém tão excessivamente importante que não nos inspire a confiança que pode nos inspirar um bom amigo.
Os cristãos devemos saber imitar Jesus. Devemos pedir a Deus a graça de ser Cristo para os demais. Tomara que todo aquele que nos veja, possa contemplar uma imagem viva de Jesus na terra! Quem via São Francisco de Assis, por exemplo, via a imagem viva de Jesus. Os santos são aqueles que levam Jesus nas suas palavras e obras e imitam seu modo de atuar e a sua bondade. A nossa sociedade precisa de santos e você pode ser um deles no seu lugar.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Cristo é a encarnação definitiva da misericórdia, seu sinal vivente » (São Joao Paulo II)

- «O que mexia a Jesus em todas as circunstâncias não era senão a misericórdia, com a qual leia o coração dos interlocutores e respondia a suas necessidades mais reais» (Francisco)

- «Jesus liga a fé na ressurreição a sua própria pessoa: “Eu sou a Ressurreição e a Vida” (Jo 11,25). (...) Ele dá um sinal disto mesmo e uma garantia, restituindo a vida a alguns mortos e preanunciando assim a sua própria ressurreição» (Catecismo da Igreja Católica, n° 994)

Reflexão

A grandeza da humanidade depende de sua relação com aquele que sofre

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje sobressai a misericórdia de Deus com os necessitados. A grandeza da humanidade está determinada essencialmente por sua relação com o sofrimento e com aquele que sofre. Isto é válido tanto para o individuo como para a sociedade.
Uma sociedade que não pode aceitar àqueles que sofrem e não é capaz de contribuir através da "com-paixão" que o sofrimento seja compartilhado é uma sociedade inumana. Mas, a sociedade não pode acolher aos que sofrem se os indivíduos mesmos não são capazes de fazê-lo e, em fim, o individuo não pode aceitar o sofrimento do outro se não encontra pessoalmente no sofrimento um sentido, um caminho de amadurecimento e de esperança.
Jesus, me ajuda a acolher àquele que sofre fazendo meu seu sofrimento. Então esse sofrimento compartilhado ficará traspassado pela luz do amor e experimentaremos a alegria da consolação: Os dois —unidos no sofrimento— te encontraremos a ti, que sofreste na Cruz por nós.

Meditação

Já viveu a experiência de ter que dizer a alguém que recobre ânimo, que se levante? - Você consegue ver desafios nas dificuldades e barreiras da vida? - Busca forças em Deus? - Você pode dizer que serve de apoio aos que, a seu lado, estão caindo? - Consegue manter o ânimo? - Sabe fazer-se presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/09/2013

Meditação

Jesus é o Filho de Deus, Senhor de tudo, aquele por quem e para quem foi criado o universo. Ele entrou numa cidade, viu uma viúva que acompanhava o enterro de seu filho único. Teve dó daquela mãe, participou de sua dor. Porque era Deus, chamou o moço de volta à vida. Porque era homem como nós, partilhou da dor daquela mulher. É difícil dizer onde está a maravilha maior: na divindade de Jesus de Nazaré, ou na humanidade do Filho de Deus. É certo que Ele nos quer humanos, cristãos, misericordiosos e santos.
Oração
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus se compadece da viúva de Naim e ressuscita seu filho


Hoje outra pessoa rouba o coração a Jesus: Es uma viúva desconsolada! Tinha perdido o seu marido e agora o seu único filho.
—Diante dessas situações de dor se “escapa” de Deus a bondade e sua onipotência. Depois dos séculos, Ele não mudou. Quando nós mudaremos? Porque dores não faltam!

Meditando o evangelho

TOCADO PELA DOR

O sofrimento da pobre viúva tocou fundo o coração de Jesus, a ponto de fazê-lo interromper seu caminho rumo à cidadezinha de Naim, situada nos arredores de Nazaré.
O texto evangélico refere-se a dois cortejos: o cortejo alegre do Messias e o cortejo fúnebre do filho de uma viúva da cidade. Com o Mestre, iam os discípulos e uma grande multidão. É fácil de imaginar o clima que reinava entre eles. Sentiam-se empolgados pela presença de Jesus, por suas palavras e seus gestos poderosos. As pessoas contemplavam-no, esperançosas. Vendo-se abandonadas por todos, finalmente parecia que uma esperança despontava em seu horizonte. Era como se uma luz começasse a brilhar!
Na direção contrária seguia o enterro de um jovem, acompanhado por sua mãe e por "muita gente da cidade". A situação da mãe era lastimável. A morte do filho único deixava-a desesperada. Quem haveria de socorrê-la em suas necessidades? Quem haveria de defendê-la contra os prepotentes? Para ela, era como se sua única luz tivesse extinguido!
O encontro com Jesus reverteu essa situação. O Mestre ressuscitou o jovem e o restitui à sua mãe, ao passo que o cortejo fúnebre entrou no clima de empolgação dos que seguiam o Mestre. Chegaram até a pensar que ele fosse o profeta Elias de volta para o meio do povo para trazer-lhe salvação. De fato, ele era o Messias cheio de compaixão pelos sofrimentos da humanidade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
Fonte: Dom Total em 17/09/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O SENHOR DA VIDA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jesus não ressuscitou muita gente naquele tempo, os evangelhos mencionam apenas três: Lázaro de Betânia, irmão de Marta e Maria, a filhinha de Jairo, Chefe da Sinagoga, e o filho da viúva de Naim, que Lucas narra no evangelho desse domingo.
Conclui-se, portanto, que não era propósito de Jesus libertar e salvar os homens da morte biológica, pois se fosse assim, sua missão teria sido um fracasso já que ressuscitou apenas esses três e nem José, seu pai adotivo, ele teria conseguido livrar da morte. Há ainda outra questão importante a ser considerada: que vantagem teria se ressuscitar fosse apenas retornar a esta vida, com todas as suas limitações e aprendizado, suas angústias e tribulações? Por acaso não iríamos morrer novamente, como o próprio Lázaro, a filha de Jairo e o moço que Jesus ressuscita nesse evangelho? Não, não valeria a pena, com toda certeza!
Essa vida nova que Cristo nos dá, através de sua paixão, morte e ressurreição, é infinitamente melhor e superior a esta existência terrena, a ponto do apóstolo Paulo afirmar em uma de suas cartas “os sofrimentos do tempo presente nem se comparam àquilo que Deus irá nos revelar”, ou ainda “o que vemos hoje é como se fosse em um espelho, mas depois nos veremos como de fato o somos”.
A chave que decifra esse mistério da Vida e da morte está precisamente em Cristo, nele o Pai não só se revela, mas revela também quem é o homem. A graça de Deus que em Cristo recebemos nos faz criaturas novas onde o mistério é iluminado pela luz da Fé.
Essa grande e feliz Verdade chegou até nós por causa do evangelho, anunciado pelo próprio Cristo – filho de Deus feito homem, que ao trazer-nos a Boa Nova permitiu-nos conhecer a Deus, descobrindo o sentido da nossa vida na Vida de Cristo, onde todos os limites humanos foram superados, ao dar-nos acesso a Deus, rompendo para sempre a barreira do pecado.
Sem este anúncio e esta graça, a nossa esperança por uma Vida Nova, seria vã, não passaria de uma grande utopia, uma fantasia e ilusão que um belo dia chegaria ao seu final, mas o homem que vive pela fé, a comunhão com Cristo, sabe em seu coração que não caminha para o fracasso da morte e esta esperança viva é que dá a esta vida terrena um sentido novo.
Portanto, nossa Vida está em Cristo porque nele nos movemos e somos, sem ele, nossa caminhada terrena não passa de um cortejo fúnebre, onde somos como um morto vivo, caminhando para a ruína da morte biológica, para ser devorado pela terra.
A vida do homem que tomou a decisão de viver sem Deus, ignorando esta Salvação e Libertação oferecida por Jesus, é muito triste, porque ele se ilude com toda pompa que esta vida oferece, satisfazendo seus desejos egoístas, colocando toda sua esperança nas coisas que passam, e no final, descobre que foi enganado, quando percebe que caminha para a morte. Mas nunca é tarde para reverter esse quadro doloroso, pois, para quem caminha assim, como se fosse um corpo sem vida, irradiando tristeza e dor aos que o acompanham, o evangelho desse domingo anuncia algo maravilhoso: no sentido contrário, vem chegando Cristo Jesus, Senhor da Vida, aquele que movido de compaixão, como na entrada da cidade de Naim, irá dizer a viúva e aos que a seguiam no enterro de seu filho: não chores!
Hoje há tantas mães caminhando tristes, levando seus filhos para a sepultura, há tanta gente caminhando cabisbaixa, sem uma perspectiva de vida e sem esperança no coração. Não chores mais – diz o Senhor, que ao tocar no esquife, que são as misérias do homem, dirá com firmeza “Moço, eu te ordeno, levanta-te!”.
E diante de sua palavra libertadora e restauradora, o homem renasce e se torna uma nova criatura, só Cristo é a nossa vida, só ele tem a palavra de ordem, capaz de nos levantar de todos os nossos pecados que querem nos arrastar inexoravelmente para a morte. Longe de Deus e da sua Salvação oferecida por Jesus, iremos fatalmente morrer, mas com ele teremos a Vida Eterna, que extrapola os nossos limites e nos reconduz ao paraíso da plenitude, resgatando a nossa imagem e semelhança com que fomos criados por Deus.
É missão nossa como Igreja anunciar a toda criatura esta vida que vem de Jesus, mas isso só será possível se como ele, tivermos no coração essa compaixão, que nos leve a sofrer e chorar com quem sofre e chora, onde um sorriso, um abraço, uma palavra de consolo ou um gesto de caridade, sempre feito em nome de Jesus, terá a mesma força de sua palavra libertadora, capaz de levantar quem se julga morto. O cristão, como qualquer ser humano, também pranteia seus mortos, mas a diferença está naquilo que ele espera: a plenitude da Vida, reservada aos que crêem que esta vida é uma peregrinação para a casa do Pai, predestinados que fomos desde toda a eternidade.

2. Jovem, levanta-te!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Em Naim, morreu um jovem, filho único de sua mãe que era viúva. Jesus e seus discípulos estavam entrando na aldeia quando o enterro do jovem estava saindo. Jesus sentiu compaixão daquela senhora e ressuscitou o seu filho. Nós também teríamos pena dela, mas sobre o jovem falecido diríamos: “Coitado! Morreu tão cedo…”. Não consta que Jesus encheu-se de compaixão por ele, e sim pela mãe. Sabendo o que acontece do lado de lá da nossa existência, Jesus não tinha por que ter pena do jovem morto. Da mãe sim, que deste lado estava sofrendo e tinha ficado sem ninguém de sua casa e do seu sangue. Quem morre não é coitado, pois vai para a casa do Pai. Começa a sua última viagem e a mais bonita de todas. Quem fica pode ser um pouco coitado, porque sofre a dor da separação e da saudade. Dizemos que na hora da morte cessa o pecado e começa a misericórdia. Que assim seja. Não queremos ressuscitar para a condenação. Em Naim disseram que Deus visitou o seu povo. Que ele nos visite também enquanto estamos a caminho da casa do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 17/09/2019

Liturgia comentada

Pelo caminho reto... (Sl 101 [100])
O homem é um andarilho sobre a terra. Mesmo depois de abandonar a vida nômade dos beduínos e tuaregues, fixando-se em aldeias e cidades, ele prossegue uma peregrinação interior. Homo viator, ele sabe intimamente que está de passagem...
O apóstolo Paulo insiste neste aspecto da transitoriedade humana: “Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna, no céu. [...] Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor”. (2Cor 5,1.6b)
No entanto, nosso exílio ou peregrinação exige um rumo a seguir. Não podemos caminhar em círculos como Israel em seu êxodo, nem caminhar para a ruína como os soldados de Faraó incursionando no mar.
Por isso mesmo, o Salmo 1 – esse magnífico pórtico de entrada para o Saltério – nos posiciona diante de uma encruzilhada, com dois caminhos opcionais: o caminho da vida e o caminho da morte. No primeiro, somos como árvores plantadas à beira das águas, com uma folhagem que não murcha e frutos na estação adequada. No segundo caminho, acabaríamos como palha seca arrastada pelo vento do deserto.
A Bíblia não foi escrita por sonhadores que caminhavam sobre as nuvens; ao contrário, seus redatores inspirados tinham os pés bem firmes sobre a terra da qual foram modelados. Assim, ao falar da trajetória espiritual dos homens, o verbo “caminhar” lhes ocorre com naturalidade. E não caminhamos sozinhos, pois Deus caminha conosco.
“Eu sou o Deus Todo-poderoso. Caminha em minha presença e sê íntegro. Quero fazer-te o dom de minha aliança entre mim e ti, e multiplicarei ao extremo a tua descendência.” Em pleno Êxodo, Deus ainda é companheiro de caminhada: “O próprio Senhor caminhava à frente deles: de dia, numa coluna de nuvens para abrir-lhes o caminho; à noite, numa coluna de fogo para os iluminar”. (Ex 13,21)
Nosso tempo traz a marca da dúvida sistemática, do pragmatismo, do relativismo e do cinismo. Apesar disso – ou exatamente por isso! – a Igreja cristã não pode calar o que lhe foi revelado: não é indiferente optar por um caminho ou por outro. Nossa escolha traz consequências para o tempo e para a eternidade. Basta pensar na História – o tempo dos homens – e verificar o resultado de escolhas que nos roubaram a paz.
Isaías disse: “Os caminhos da paz eles não conhecem, a justiça não está no seu trajeto, fazem para si trilhos cheios de curvas, quem por eles passa não conhece a paz”. (Is 59,8)
Orai sem cessar: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!” (Sl 25,4)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 17/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 17/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus, liberte nossos jovens que são vítimas das drogas!

Que as palavras de Jesus cheguem ao coração dos nossos jovens, libertando-os do mal das drogas, um dos maiores males deste século.

Jesus ordenou aos que carregavam o caixão que parassem. Então, o Senhor disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” (cf. Lc 7,14)

Meus irmãos e minhas irmãs, a Palavra de Deus nos mostra, hoje, a situação dessa pobre mãe viúva e agora mãe de um filho único; e este mesmo está no caixão, morto. Que sofrimento, que dor no coração dessa mãe! E o Senhor Jesus é movido por compaixão: primeiro, Ele ordena à mulher: “Não chores!”.
A ordem que Jesus dá hoje a essa mulher, viúva de Naim, é a ordem que o Senhor quer dar ao coração de tantas mães que choram, que sofrem, que se angustiam, que passam pela dor e pela aflição por causa de seus filhos.
Seus filhos já morreram, já foram para a casa do Pai, ou estão morrendo. Estão morrendo porque estão longe de Deus, porque estão no caminho da perdição, porque estão no caminho das drogas e se entregaram para aquilo que é um dos maiores males deste século.
Eu digo que se tem um mal que o inimigo lançou hoje na humanidade para perder e perverter os filhos e as filhas de Deus, esse mal se chama drogas. Toda e qualquer espécie de drogas.
O alcoolismo é um mal terrível. Infelizmente, tira a sobriedade do coração dos homens e das mulheres. Mas se não bastasse o alcoolismo que deixa tantas pessoas dependentes dele, existe um mal mais terrível ainda que se chama drogas.
Na verdade, os nossos jovens são vítimas deste mal que faz com que eles percam o rumo, a direção. Os jovens são escravizados. Sobretudo, a vontade e o coração. Uma vez que se torna dependente, é difícil se recuperar. Como nossos jovens perdem a direção e o caminho da vida! Mas o mesmo Jesus que diz à mãe: “Não chores”, está dizendo a esta mesma: “Confie, mulher, a graça de Deus pode fazer algo pelo seu filho”. O mesmo Jesus que se volta para o jovem e diz: “Eu te ordeno, levanta-te, sai dessa situação”.
Oremos, meus filhos, por nossos jovens. Não percamos a esperança! Sejamos portadores dessa ordem divina ao coração de qualquer jovem que está se perdendo por esses males terríveis que se chamam drogas e álcool.
A ordem de Jesus é: “Saia! Levanta-te!” Que as palavras de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo cheguem ao coração dos nossos jovens, libertando-os deste mal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Mães, entreguem seus filhos ao Senhor

“Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chores!’” (Lucas 7,12-13)

Jesus se move de compaixão, enche-se de compaixão pela dor e pelo sofrimento do outro. Às vezes, olhamos para Jesus e admiramos os milagres que Ele realiza. Na verdade, precisamos do milagre da compaixão na nossa vida, porque, ao nosso lado, há muitas pessoas chorando e sofrendo, há, sobretudo, mães que estão passando por dores terríveis da alma, do coração, mães que sofrem pelos seus filhos, mães que sofrem com as dores e enfermidades para poder criar a própria família.
Há dores que não há nome e explicação, há dores que vão no fundo do peito e da alma, que levam as mães a chorarem sozinhas, e não há quem as console; não há quem se volte, não há quem preste atenção. Pois é sempre a mãe que consola a todos, que fortalece a todos, mas quem pode dar forças para elas?
É Jesus quem olha para essa mãe do Evangelho, porque já era viúva e estava  naquele cortejo levando seu único filho para ser enterrado. A expressão de Jesus é se mover de compaixão, e a ordem d’Ele é: “Não chores”, em outras palavras: “Eu estou contigo”.

Se você sofre e chora por causa dos seus filhos, entregue-os a Jesus

Eu queria olhar para a face de cada mãe, de cada mulher, eu queria olhar para a face de cada sofredor, cada irmão que sofre tantas angústias, perdas, tantas dores terríveis deste mundo e dizer: “Não chores. O Senhor está contigo”.
Jesus tocou no caixão e aqueles que o carregavam, pararam. Jesus quer tocar mais do que no caixão, Ele quer tocar em tudo aquilo que está paralisando a nossa vida, está causando dor, sofrimento e dizer: “Não chores. Quero que você saia da sua dor e do seu sofrimento. Eu estou sofrendo contigo. Estou ao seu lado”.
Se você sofre e chora por causa dos seus filhos, entregue-os a Jesus. Deixe o seu filho de colo, o filho que você está amamentando, o seu filho que já é um rapaz, que já é uma moça. Entregue os seus filhos a Jesus, entregue as suas lágrimas a Ele, confie, de verdade, cada dia da sua vida aos cuidados de Jesus. Ele não te quer desesperada, temerosa, mas Ele quer que você seja, de fato, uma mulher de fé, que coloque n’Ele toda a sua confiança e esperança.
Quem cuida das suas lágrimas é o Senhor Jesus. Só Ele sabe o tamanho da sua dor e tudo aquilo que causa preocupação, medo ou incômodo, por isso, entregue tudo no coração de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/09/2019

Oração Final
Pai Santo, não permitas que a certeza de teu infinito Amor nos acomode e nos leve a esquecer as dores dos irmãos. Faze-nos fraternos, solidários, generosos e prontos para cuidar dos despojados que estão à margem do caminho. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não permitas que a certeza de teu infinito Amor por todos os teus filhos nos acomode e nos leve a ignorar as dores dos irmãos. Faze-nos fraternos, solidários, generosos e prontos para cuidar dos despojados que estão à margem do caminho. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2019

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