Peça ao Senhor que purifique a sua fé
“Naquele tempo, quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. ‘O oficial merece que lhe faças este favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga’. Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: ‘Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado’. Jesus declarou no final: ‘Nem mesmo em Israel eu encontrei tamanha fé.’” (Lucas 7,1-7.9)
Meus irmãos e minhas irmãs, esse episódio é bem conhecido de todos nós. Esse oficial, esse centurião, pede que alguns possam ir até Jesus para pedir pelo seu servo, pelo seu empregado.
O povo diz: “Ele estima o nosso povo e até nos construiu uma sinagoga”, era um homem muito bom. A princípio, poderíamos pensar: É uma troca de favores? O oficial merece a intervenção de Jesus porque havia construído aquela sinagoga?
Não vamos misturar as coisas, se Jesus chamou até Judas, que o traiu e o constituiu como Seu discípulo, Ele não faria o bem para alguém que, publicamente, fez um bem espiritual para o povo, construindo uma sinagoga? Certamente, Jesus conseguiu ler o coração daquele centurião e conseguiu ver que aquele homem tinha a capacidade de pensar no outro.
A ausência de sinais está fazendo muitos abandonarem a fé e a buscarem outros ídolos
Construiu uma sinagoga para que o povo pudesse reunir-se para rezar, para ler a Palavra de Deus e, agora, pede pelo seu empregado, não pede para si. Ele é capaz de esquecer de si e pensar no outro.
O mesmo homem que construiu uma casa para Deus — foi o que o texto diz —, agora, reconhecia que não era digno que Jesus entrasse na sua casa. Mas Jesus reconheceu naquele homem uma fé que não havia encontrado em Israel.
Veja o elogio que Jesus faz à fé daquele homem! Uma fé que não pediu sinais, que não exigiu toques — “O Senhor pode falar uma palavra daí mesmo, que ele ficará curado”. Não exigiu exclusividade, não foi interesseira e não fez espetáculo. Foi uma fé genuína em Jesus, e isso rendeu aquele elogio.
Muita atenção e muito cuidado para os nossos dias de hoje: a ausência de sinais está fazendo muitos abandonarem a fé e a buscarem outros ídolos. Hoje, o Evangelho quer purificar a nossa fé.
Estamos ao lado de Jesus e O buscamos livremente sem pretensões ou nós queremos aquilo que Jesus pode nos dar e nos oferecer? Peçamos ao Senhor que purifique a nossa fé!
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
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