17 de Setembro de 2013
Ano C

Lc
7,11-17
Comentário do
Evangelho
A
iniciativa é de Jesus, provocada pela sua compaixão.
O relato do evangelho é próprio a Lucas. Inspira-se em 1Rs
17,8-24, no episódio do filho de uma viúva, em Sarepta.
Jesus vai para Naim, pequeno vilarejo entre
Cafarnaum e a Samaria. É acompanhado de seus discípulos e de grande multidão
(v. 11). Às portas da cidade Jesus e seus discípulos se encontram com outro
grupo: “levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma
grande multidão da cidade a acompanhava” (v. 12). O paralelo é evidente: os
dois grupos caminham em direções opostas; o primeiro segue um homem poderoso em
gestos e palavras, o segundo grupo, um morto. Até este ponto a descrição da cena
e dos personagens é puramente objetiva. De repente somos surpreendidos por uma
focalização interna, a menção da compaixão de Jesus: “Ao vê-la, o Senhor
encheu-se de compaixão por ela e disse: ‘Não chores!’” (v. 13). A iniciativa é
de Jesus, provocada pela sua compaixão. A palavra de Jesus permite entrar no
coração das pessoas. É por Jesus que somos informados do sofrimento da mulher:
“não chores mais” (v. 13) e a idade do morto: um “jovem” (v. 14). Não é da
morte que Jesus tem compaixão, nem do morto, mas da pessoa que sofre. O acento
de todo o episódio é posto em Jesus, sobre sua compaixão e sua palavra
poderosa. Nomeando Jesus como senhor no versículo 13, o narrador nos informa
que se trata do Senhor da vida que se dirige à viúva.
Nesta passagem não é a morte nem o morto que
importam, nem mesmo o retorno à vida, mas que uma mãe já viúva tenha perdido o
seu filho único. O retorno à vida não é o objetivo da iniciativa de Jesus. Mas,
a consolação da mãe que chora. A ação de Jesus termina com uma observação: “E
Jesus o entregou à sua mãe” (v. 15b). O texto apresenta uma transformação que
se dá não somente pelo retorno de um jovem à vida, mas das duas multidões que,
primeiramente separadas, são reunidas, num segundo momento, no louvor a Deus. A
passagem de Jesus por Naim possibilita um duplo reconhecimento, a saber, da
identidade de Jesus (Profeta) e da visita salvífica de Deus (cf. v. 16).
Lucas situou o episódio do filho da viúva de Naim
antes do da mulher pecadora (7,36-50). A razão: ele quer ir da morte física à
espiritual, da ressurreição física à espiritual. Procedimento semelhante ele
utilizará com relação aos dois tipos de cegueira (18,35-43; 19,1-10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
Nenhum pedido foi feito a Jesus. A expectativa de
um milagre não estava em cogitação. O Mestre não apenas devolve à vida o filho
da viúva – Ele toma a iniciativa. Este é o exemplo legado para a sua Igreja.
Que nós saibamos sair do comodismo para socorrer os irmãos necessitados, os
pobres abandonados.
Reflexão
Os milagres que Jesus realiza não
possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior.
Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o
nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte;
segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos
mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os
mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu
povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser espalhada para todos os
homens a fim de que todos possam perceber a presença amorosa de Deus em suas
vidas.
Meditação
Já viveu a experiência
de ter que dizer a alguém que recobre ânimo, que se levante? - Você consegue
ver desafios nas dificuldades e barreiras da vida? - Busca forças em Deus? -
Você pode dizer que serve de apoio aos que, a seu lado, estão caindo? -
Consegue manter o ânimo? - Sabe fazer-se presente?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.
REFLEXÕES DE HOJE
17 de SETEMBRO – TERÇA
1 - Os milagres que Jesus -Alexandre Soledade
2 - “O SENHOR DA VIDA”
-Diac. José da Cruz
3 - “AO VÊ-LA, O
SENHOR SENTIU COMPAIXÃO PARA COM ELA...” - Olívia Coutinho
4 - JESUS DEVOLVE
A VIDA AO FILHO DA VIÚVA - José Salviano
5 - “Deus veio
salvar o seu povo” – Claudinei M. Oliveira
6 - A viúva de Naim
- Helena serpa
7 - O caixão é o
nosso coração - Helena Serpa
8 - LEVANTA-TE!-Professor
Isaías da Costa
9 - Jovem, eu te
ordeno, levanta-te! - Claretianos
Pelo caminho reto... (Sl 101 [100])
O homem é um andarilho sobre a terra. Mesmo depois de abandonar a vida nômade dos beduínos e tuaregues, fixando-se em aldeias e cidades, ele prossegue uma peregrinação interior. Homo viator, ele sabe intimamente que está de passagem...
O apóstolo Paulo insiste neste aspecto da transitoriedade humana: “Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna, no céu. [...] Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor”. (2Cor 5,1.6b)
No entanto, nosso exílio ou peregrinação exige um rumo a seguir. Não podemos caminhar em círculos como Israel em seu êxodo, nem caminhar para a ruína como os soldados de Faraó incursionando no mar.
Por isso mesmo, o Salmo 1 – esse magnífico pórtico de entrada para o Saltério – nos posiciona diante de uma encruzilhada, com dois caminhos opcionais: o caminho da vida e o caminho da morte. No primeiro, somos como árvores plantadas à beira das águas, com uma folhagem que não murcha e frutos na estação adequada. No segundo caminho, acabaríamos como palha seca arrastada pelo vento do deserto.
A Bíblia não foi escrita por sonhadores que caminhavam sobre as nuvens; ao contrário, seus redatores inspirados tinham os pés bem firmes sobre a terra da qual foram modelados. Assim, ao falar da trajetória espiritual dos homens, o verbo “caminhar” lhes ocorre com naturalidade. E não caminhamos sozinhos, pois Deus caminha conosco.
“Eu sou o Deus Todo-poderoso. Caminha em minha presença e sê íntegro. Quero fazer-te o dom de minha aliança entre mim e ti, e multiplicarei ao extremo a tua descendência.” Em pleno Êxodo, Deus ainda é companheiro de caminhada: “O próprio Senhor caminhava à frente deles: de dia, numa coluna de nuvens para abrir-lhes o caminho; à noite, numa coluna de fogo para os iluminar”. (Ex 13,21)
Nosso tempo traz a marca da dúvida sistemática, do pragmatismo, do relativismo e do cinismo. Apesar disso – ou exatamente por isso! – a Igreja cristã não pode calar o que lhe foi revelado: não é indiferente optar por um caminho ou por outro. Nossa escolha traz consequências para o tempo e para a eternidade. Basta pensar na História – o tempo dos homens – e verificar o resultado de escolhas que nos roubaram a paz.
Isaías disse: “Os caminhos da paz eles não conhecem, a justiça não está no seu trajeto, fazem para si trilhos cheios de curvas, quem por eles passa não conhece a paz”. (Is 59,8)
Orai sem cessar: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!” (Sl 25,4)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Jesus, liberte nossos jovens que são
vítimas das drogas!
Que as palavras de Jesus cheguem ao coração dos nossos jovens,
libertando-os do mal das drogas, um dos maiores males deste século.
Jesus
ordenou aos que carregavam o caixão que parassem. Então, o Senhor disse: “Jovem,
eu te ordeno, levanta-te!” (cf. Lc 7,14).
Meus
irmãos e minhas irmãs, a Palavra de Deus nos mostra, hoje, a situação dessa
pobre mãe viúva e agora mãe de um filho único; e este mesmo está no caixão,
morto. Que sofrimento, que dor no coração dessa mãe! E o Senhor Jesus é movido
por compaixão: primeiro, Ele ordena à mulher: “Não chores!”.
A
ordem que Jesus dá hoje a essa mulher, viúva de Naim, é a ordem que o Senhor
quer dar ao coração de tantas mães que choram, que sofrem, que se angustiam,
que passam pela dor e pela aflição por causa de seus filhos.
Seus
filhos já morreram, já foram para a casa do Pai, ou estão morrendo. Estão
morrendo porque estão longe de Deus, porque estão no caminho da perdição,
porque estão no caminho das drogas e se entregaram para aquilo que é um dos
maiores males deste século.
Eu
digo que se tem um mal que o inimigo lançou hoje na humanidade para perder e
perverter os filhos e as filhas de Deus, esse mal se chama drogas. Toda e
qualquer espécie de drogas.
O
alcoolismo é um mal terrível. Infelizmente, tira a sobriedade do coração dos
homens e das mulheres. Mas se não bastasse o alcoolismo que deixa tantas
pessoas dependentes dele, existe um mal mais terrível ainda que se chama
drogas.
Na
verdade, os nossos jovens são vítimas deste mal que faz com que eles percam o
rumo, a direção. Os jovens são escravizados. Sobretudo, a vontade e o coração.
Uma vez que se torna dependente, é difícil se recuperar. Como nossos jovens
perdem a direção e o caminho da vida! Mas o mesmo Jesus que diz à mãe: “Não
chores”, está dizendo a esta mesma: “Confie, mulher, a graça de Deus pode fazer
algo pelo seu filho”. O mesmo Jesus que se volta para o jovem e diz: “Eu te
ordeno, levanta-te, sai dessa situação”.
Oremos,
meus filhos, por nossos jovens. Não percamos a esperança! Sejamos portadores
dessa ordem divina ao coração de qualquer jovem que está se perdendo por esse
males terríveis que se chamam drogas e álcool.
A
ordem de Jesus é: “Saia! Levanta-te!” Que as palavras de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo cheguem ao coração dos nossos jovens, libertando-os deste
mal.
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
http://homilia.cancaonova.com/homilia/jesus-liberte-nossos-jovens-que-sao-vitimas-das-drogas/
LEITURA ORANTE
LEITURA ORANTE
Lc 7,11-17 - O toque e a Palavra da vida

Preparo-me
para a Leitura Orante, rezando a bênção bíblica:
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
1. Leitura
(Verdade)
-
O que a Palavra diz?
Leio de forma pausada e atenta a Palavra em Lc 7,11-17.
Leio de forma pausada e atenta a Palavra em Lc 7,11-17.
Pouco tempo depois Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Os seus
discípulos e uma grande multidão foram com ele. Quando ele estava chegando
perto do portão da cidade, ia saindo um enterro. O defunto era filho único de
uma viúva, e muita gente da cidade ia com ela. Quando o Senhor a viu, ficou com
muita pena dela e disse:
- Não chore.
Então ele chegou mais perto e tocou no caixão. E os que o estavam
carregando pararam.
Então Jesus disse:
- Moço, eu ordeno a você: levante-se!
O moço sentou-se no caixão e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe.
Todos ficaram com muito medo e louvavam a Deus, dizendo:
- Que grande profeta apareceu entre nós! Deus veio salvar o seu povo!
Essas notícias a respeito de Jesus se espalharam por todo o país e pelas
regiões vizinhas.
Na
estrada, de Cafarnaum à Samaria, fica Naim. Jesus encontra, perto da cidade,
este funeral: o filho único de uma viúva. O texto diz que Jesus "ficou com
muita pena dela", da mãe. Primeiro, a consola: "Não chore!"
Depois chegou mais perto do caixão e os que carregavam o defunto, pararam. E
"tocou" o caixão. Em seguida, deu a ordem de vida: "Moço, eu
ordeno a você: levante-se!" O moço sentou-se e começou a falar. Jesus o
ressuscitou! E o entregou à sua mãe. O toque de Jesus com sua mão é um toque de
vida. Acrescente-se a este gesto, a sua Palavra.
2.
Meditação(Caminho)
-
O que a Palavra diz para mim?
Posso me perguntar tantas coisas.
Jesus, pela sua Palavra e pela
Eucaristia é Deus conosco, "todos os dias", como garante ele
próprio?( Cf Mt 28,20).
Como acolho este "toque", mais que isso: esta
vinda de Jesus a mim pela comunhão?
Creio que ele pode ressuscitar aquilo que
está fraco e até, de certa forma, morto em mim?
Os Bispos na V Conferência,
afirmaram: "Nossos povos não
querem andar pelas sombras da morte. Têm sede de vida e de felicidade em
Cristo. Buscam-no como fonte de vida. Desejam essa vida nova em Deus, para a
qual o discípulo do Senhor nasce pelo batismo e renasce pelo sacramento da
reconciliação. Procuram essa vida que se fortalece, quando é confirmada pelo
Espírito de Jesus e quando o discípulo renova sua aliança de amor em Cristo,
com o Pai e com os irmãos, em cada celebração eucarística. Acolhendo a Palavra
de vida eterna e alimentados pelo Pão descido do céu, quer viver a plenitude do
amor e conduzir todos ao encontro com Aquele que é o Caminho, a Verdade e a
Vida." (DAp 350).
3. Oração (Vida)
-
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com o Salmista:
Rezo com o Salmista:
Senhor, tu me mostras o caminho que leva à vida.
A tua presença me enche de alegria e
Me traz felicidade para sempre. (Sl 16,11).
4.
Contemplação(Vida/ Missão)
-
Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, nos momentos bons e também nos mais complicados terei esta certeza: Deus está aqui. O Senhor dirige a minha vida! Meu futuro está nas suas mãos. (Sl 16,5)
Bênção
Hoje, nos momentos bons e também nos mais complicados terei esta certeza: Deus está aqui. O Senhor dirige a minha vida! Meu futuro está nas suas mãos. (Sl 16,5)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, não permitas que
a certeza de teu infinito Amor nos acomode e nos leve a esquecer as dores dos
irmãos. Faze-nos fraternos, solidários, generosos e prontos para cuidar dos
despojados que estão à margem do caminho. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e
nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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