terça-feira, 13 de dezembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 13/12/2022

ANO A


Mt 21,28-32

Comentário do Evangelho

Nova ordem do Reino.

Esta parábola dos dois filhos responde a uma dificuldade persistente não somente no tempo da vida terrestre de Jesus, mas igualmente na comunidade cristã primitiva, a saber, a admissão dos pagãos, dos publicanos e pecadores na mesa do Reino de Deus. Os interlocutores de Jesus são os sumos sacerdotes e os anciãos (cf. v. 23). A mensagem desta parábola é relativamente simples e pode ser expressa nesses termos: o filho que primeiro diz não e depois diz sim vale mais do que aquele que diz sim, mas depois não obedece ao pai. O valor do homem não está na sua intenção, mas nos seus atos. Na sequência da parábola Jesus identifica os publicanos e as prostitutas com o primeiro filho. A precedência deles se dá pelo fato de terem crido na pregação de João e de se arrependerem de suas faltas; ao contrário dos interlocutores de Jesus, que não creram nem em João Batista nem tampouco em Jesus. Isso significa que na nova ordem do Reino os pecadores ocupam o lugar daqueles que se julgavam dignos, os sumos sacerdotes e os anciãos. Para a comunidade cristã primitiva, o texto apela ao acolhimento dos pecadores e publicanos que foram movidos à conversão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
Fonte: Paulinas em 16/12/2014

Comentário do Evangelho

O valor do homem está nos seus atos

Esta parábola dos dois filhos responde a uma dificuldade persistente não somente no tempo da vida terrestre de Jesus, mas igualmente na comunidade cristã primitiva, a saber, a admissão dos pagãos, dos publicanos e pecadores na mesa do Reino de Deus. A mensagem é relativamente simples e pode ser expressa nestes termos: o filho que primeiro diz não e depois diz sim vale mais do que aquele que diz sim, mas depois não obedece ao pai. O valor do homem não está na sua intenção, mas nos seus atos. Na sequência da parábola Jesus identifica os publicanos e as prostitutas com o primeiro filho. A precedência deles se dá pelo fato de terem crido na pregação de João e se arrependido de suas faltas, ao contrário dos interlocutores de Jesus, que não creram nem em João Batista nem em Jesus. Isso significa que, na nova ordem do Reino, os pecadores ocupam o lugar daqueles que se julgavam dignos, os sumos sacerdotes e os anciãos. Para a comunidade cristã primitiva, o texto apela ao acolhimento dos pecadores e publicanos para que se convertam, a exemplo de Jesus que veio “buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
Fonte: Paulinas em 15/12/2015

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre esclarece que o amor é o que o amor faz e não aquilo que o amor diz. Coloquemo-nos nesta parábola: como nós vivemos o amor aos companheiros desta caminhada? Prometemos e não cumprimos, ou, às vezes até sem prometer, nós vivemos a solidariedade, a fraternidade e a compaixão?
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2016

VIVENDO A PALAVRA

Mais importante do que fazer promessas, é viver com simplicidade o Caminho que a nossa consciência nos indica como o mais parecido com aquele por onde Jesus seguiria se estivesse no nosso lugar. Queremos ser Igreja que viva a Palavra de Deus, que antecipe o Reino do Céu e não apenas repetidores de conceitos abstratos, de palavras vazias.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/12/2020

Reflexão

Novamente o Evangelho nos mostra a pessoa de João Batista e a sua missão de precursor do Messias. Acreditar nas palavras de João acarreta na vivência do compromisso da conversão, e não uma mera conversão de palavras, mas conversão que exige gestos concretos que a demonstre. Por isso que Jesus nos conta inicialmente a parábola. Ele nos mostra que de nada adianta a adesão a uma religião formal, ritualista, que não tenha nenhum vínculo com a vivência do amor, pois o que é necessário é o cumprimento da vontade de Deus, e não o que falamos a ele, pois a fé é para ser vivida e não simplesmente anunciada.
Fonte: CNBB em 16/12/2014, 15/12/2015 13/12/2016

Reflexão

Jesus não perde a ocasião para dar um recado sob medida aos sumos sacerdotes e anciãos, líderes religiosos de Israel. Sumos sacerdotes e anciãos formam o grupo governante em Jerusalém. Conhecem as leis, as Escrituras sagradas, mas são indiferentes e até mesmo contrários à pregação de Jesus, o Messias. Esses líderes religiosos se consideram obedientes a Deus, mas desprezam a pessoa e a mensagem do Filho de Deus. São representados pelo filho que disse sim, mas não cumpriu a vontade do pai. Cobradores de impostos e prostitutas, por sua vez, desprezados pelas autoridades religiosas, correspondem ao segundo filho. Arrependidos de sua vida passada, já experimentam a presença salvadora de Deus manifestada em Jesus, para quem João havia preparado o caminho.
Oração
Ó Jesus Messias, tomas a defesa do teu precursor, João Batista. Ele foi enviado por Deus para preparar o povo para a tua chegada. As autoridades de Jerusalém, porém, não o acolheram. Ao invés, os que eram considerados pecadores se arrependeram e creram nele. Estes terão precedência no teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 15/12/2020

Reflexão

Com a parábola dos dois filhos, o Mestre provoca as autoridades sacerdotais e anciãos, os que se consideram fiéis cumpridores da Lei. Dois filhos são convidados a trabalhar na vinha: um diz que não vai, mas acaba indo; o outro diz sim, mas não vai. Interrogados a respeito de quem cumpriu a vontade do pai, as autoridades respondem que foi o primeiro. Com essa parábola, Jesus desmascara a hipocrisia daqueles que tanto exigem do povo, mas não conseguem cumprir a justiça. Os grupos dos marginalizados, que acolhem os apelos de conversão, precederão no Reino de Deus muitos daqueles que se consideram “pessoas de bem”. Nem sempre as palavras coincidem com a prática. Para o Mestre, o importante é a prática. São as ações concretas de justiça, solidariedade, fraternidade e amor que têm peso diante de Deus.
Oração
Ó Jesus Messias, tomas a defesa do teu precursor, João Batista. Ele foi enviado por Deus para preparar o povo para a tua chegada. As autoridades de Jerusalém, porém, não o acolheram. Por outro lado, os que eram considerados pecadores se arrependeram e creram nele. Estes terão precedência no teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 14/12/2021

Reflexão

Jesus não perde a ocasião para dar um recado sob medida aos sumos sacerdotes e anciãos, líderes religiosos de Israel. Sumos sacerdotes e anciãos formam o grupo governante em Jerusalém. Conhecem as leis, as Escrituras sagradas, mas são indiferentes e até mesmo contrários à pregação de Jesus, o Messias. Esses líderes religiosos se consideram obedientes a Deus, mas desprezam a pessoa e a mensagem do Filho de Deus. São representados pelo filho que disse sim, mas não cumpriu a vontade do pai. Cobradores de impostos e prostitutas, por sua vez, desprezados pelas autoridades religiosas, correspondem ao primeiro filho. Arrependidos de sua vida passada, já experimentam a presença salvadora de Deus manifestada em Jesus, para quem João havia preparado o caminho.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Comentário do Evangelho

AFINAL, QUEM É JUSTO?

A religião de Israel, fundada numa Aliança, distinguia duas categorias de pessoas: de um lado, os bons e justos, identificados por sua fidelidade a Deus; de outro lado, os ímpios e maus, cujo modo de proceder estava em aberto contraste com a vontade divina. Alguns grupos religiosos, no tempo de Jesus, votavam ao desprezo e à condenação certas categorias de pessoas, taxando-as de pecadoras e recusando-se a conviver com elas.
A parábola de Jesus leva em consideração este fato. Entretanto, inverte os pólos da aplicação dos títulos de justos e pecadores. Os destinatários da parábola evangélica eram os líderes religiosos de Jerusalém. Soberbamente, estes se consideravam salvos por se terem na conta de fiéis aos ditames da religião, longe do contato com os infiéis.
Jesus, porém, mostrou que a realidade era bem outra. Eles eram como o filho que se predispôs a trabalhar na vinha de seu pai, e acabou não indo. Sua fidelidade não era feita de sinais concretos de obediência à vontade divina. Viviam uma religião baseada em exterioridades, surdos aos apelos de Deus. Por isso, os cobradores de impostos e as meretrizes precedê-los-iam no Reino de Deus. Estes, por se reconhecerem pecadores e necessitados da misericórdia divina, mostravam-se mais dispostos a acolher os apelos do Batista e os de Jesus do que os chefes religiosos. E, assim, tornavam-se mais justos e dignos de salvação do que quem os desprezava.

Oração
Pai, tira do meu coração a soberba que impede que eu me converta totalmente a ti. E que eu acolha o convite que me fazes.
Fonte: Dom Total em 15/12/2015

Meditando o evangelho

QUEM FAZ A VONTADE DO PAI

Jesus denunciou, corajosamente, a atitude de certas lideranças religiosas de seu tempo. O ponto polêmico girava sempre em torno da maneira como estes líderes se relacionavam com ele. Apesar de serem tidos como piedosos e tementes a Deus, eram incapazes de perceber a presença do Pai na vida e na ação de Jesus, e de reconhecê-lo como seu enviado. Tal obstinação era insuportável para o Mestre.
Entretanto, Jesus se dava conta de estar sendo acolhido com carinho pelas pessoas, vítimas da discriminação social e religiosa. Os pecadores, as pessoas de má vida, os desprezados cobradores de impostos eram sensíveis à sua pregação e se deixavam tocar por ela. Entre eles, o ministério de Jesus produzia bons frutos e atingia seu objetivos.
O contraste entre as duas atitudes era gritante. Havia os que pretendiam estar próximos de Deus, mas se fechavam para Jesus e insistiam em não dar valor às suas palavras. E havia os que pareciam viver à margem de Deus, porém tinham suficiente clarividência para intuir que, em Jesus, a salvação se fazia presente na história humana. Assim, os primeiros estavam longe de agradar a Deus, embora aparentemente dessem mostras do contrário. Os segundos - as meretrizes e os pecadores - agiam de forma agradável a Deus, por terem chegado à fé em Jesus, reconhecendo-o como salvador. Por isso, teriam precedência no Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me clarividência para reconhecer-te como presença da salvação de Deus, na história humana, e assim, fazer a vontade do Pai.
Fonte: Dom Total em 16/12/201415/12/2020 14/12/2021

Oração
Ó Deus, que por meio do vosso unigênito nos transfigurastes em nova criatura, considerai a obra do vosso amor e purificai-nos das mancas da antiga culpa no advento do vosso filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/12/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um homem e seus dois filhos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus dirige-se aos sacerdotes do Templo e aos fariseus e os censura por não terem acreditado em João Batista, um homem que caminhava na justiça. Publicanos e prostitutas foram até João, procuraram ouvi-lo e se converteram. Esse fato podia ter mexido com o coração dos sacerdotes e dos fariseus, mas não, permaneceram insensíveis. Ficam presos em palavras e teorias e não descem à vida prática, realizando o que Deus quer. Publicanos e prostitutas aparentemente diziam um não a Deus enquanto os sacerdotes e os fariseus diziam sim. Na prática, os pecadores se converteram, mudaram de vida, fizeram o que Deus esperava deles, enquanto os religiosos disseram sim com palavras e não com as ações. Os sinais não são vistos por quem não quer vê-los. Não apenas não vejo o que é evidente, mas sou capaz de negar o que é objetivo. Jesus faz maravilhas, mas é pela força de Beelzebu. Com que autoridade João faz o que faz se não é ninguém, nem o profeta semelhante a Moisés, nem Elias, nem o Messias. Condiciono a verdade a quem a apresenta e assim me desculpo por não aceitá-la.

2. OS DOIS FILHOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

A parábola evangélica ilustra duas maneiras possíveis de se posicionar diante do projeto de Deus, explicitado pelo Messias Jesus.
O primeiro filho corresponde às pessoas que respondem afirmativamente ao apelo de Deus, só da boca para fora, sem interioridade. Seu "sim" permanece na teoria, sem converter-se em ações concretas de amor e justiça. Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo são um exemplo desta atitude. Apesar de ocuparem um lugar elevado na hierarquia religiosa, seu modo de viver não correspondia à vontade do Pai. Sua fé era pura aparência.
O segundo filho é símbolo de quem responde com uma negação verbal ao apelo divino, mas repensando sua resposta, submete-se à vontade do Pai. O Evangelho identifica este filho com os cobradores de impostos, odiados por explorarem o povo e estarem a serviço dos opressores romanos, e com as prostitutas, cuja vida desregrada era objeto de condenação. Pois bem, gente deste tipo poderia, em determinado momento, empenhar-se em fazer a vontade de Deus. Isto lhes valeria a salvação.
Por conseguinte, é compreensível que os cobradores de impostos e as meretrizes possam preceder os sumos sacerdotes e os anciãos do povo, no Reino dos Céus.
Oração
Espírito de honestidade para com o Senhor, faze com que o meu "sim", dado em resposta aos apelos do Reino, converta-se em gestos concretos de amor.
Fonte: NPD Brasil em 13/12/2016

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Dizemos SIM, mas…
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Vamos contar o “Sim” que damos a Deus através da Igreja, e como vamos abordar Sacramentos, é bom lembrar que o “Amém” vale por um Sim. Começando no dia do nosso Batismo. “Ah! Mas eu era um bebezinho!” pode retrucar alguém. Mas os pais e padrinhos disseram Sim em nosso favor. Depois veio os outros dois Sacramentos da Iniciação cristã, Crisma e Eucaristia, este último ecoa em toda nossa vida, em cada Eucaristia que celebramos e recebemos. Portanto, confirmados na Fé e enviados em Missão Sim. Eucaristizados para viver a comunhão com as pessoas no amor, respeito, ajuda, compreensão, misericórdia... Sim, Amém eu aceito teu corpo Senhor, amém eu assumo ser pão de amor.
Sacramento da Penitência ou Reconciliação, dizemos Amém diante do abraço cheio de perdão e misericórdias do Pai e fazemos propósito de não mais sairmos de sua casa. O grande e definitivo Sim que damos diante do altar, para o nosso cônjuge ao recebermos o Sacramento do Matrimônio. E no Sacramento da Ordem e na Vida Religiosa? Quanto Sim acabou virando Não.
E o Sim do Amém, cada vez que fazemos em nós o sinal da Cruz, prometendo manter em nosso coração e nossa alma esta comunhão com a Trindade Santa que é Pai, Filho e Espírito Santo Amém. Já deu claramente para perceber que neste evangelho estamos no lugar do Filho que disse Sim, diante do pedido feito pelo Pai!
E agora que já nos localizamos, podemos nos perguntar: quem são os que aparentemente disseram “Não”? São todas as pessoas não sacramentalizadas, as não cristãs, as de religiões diferentes do nosso Cristianismo. Gente de todas as raças e línguas, e até os ateus convictos!
Muita gente de Israel, por fazer parte do Povo Eleito da Antiga Aliança, achava que a prática religiosa, a obediência à Lei de Moisés, a participação nos ritos de purificação no templo, a compreensão dos ensinamentos da Torá nas Sinagogas, já os credenciava como prediletos de Deus, enquanto que, os impuros, os pecadores, as mulheres da Vida, os Publicanos, Leprosos, cegos, coxos, haviam dito Não, e pagavam por seus pecados ficando bem longe da possibilidade de Salvação. E de repente Jesus Cristo, o Messias, o grande Profeta, o maior de todos os Mestres, assim considerado entre eles, começa a aproximar-se dessa gente impura que havia dito Não e que não fazia parte dos “Salvos”.
Se nós cristãos vivêssemos todos os Améns e o Sim, que já demos e que vamos continuar dando a Deus, nos ritos sacramentais, o Reino da Plenitude já teria acontecido, porque nosso exemplo e testemunho seriam mais que suficiente para que a humanidade inteira acreditasse na Salvação que Jesus nos trouxe e nos oferece gratuitamente. Porém, com o nosso Cristianismo, ocorre o mesmo que no antigo Judaísmo, nosso SIM para trabalhar na Vinha do Senhor que é o seu Reino, fica restrito à liturgia e aos ritos sacramentais, belíssimos na sua forma, mas na Vivência, com atitudes, palavras e pensamentos, vamos dizendo nosso “Não”.
A advertência de Jesus é para todos nós Cristãos deste tempo: As pessoas não sacramentalizadas, e que nem professam a Fé em Jesus Salvador, poderão sim, alcançar o Reino primeiro que nós, se em seu proceder buscam a justiça, igualdade, e o resguardo da dignidade humana, respeitando a Vida do seu semelhante. Há uma massa imensa de Batizados, Casados na Igreja, Crismados e até Eucaristizados, contradizendo com a vida, o Sim que um dia deram a Deus na Vida Familiar, na política, no mundo do trabalho, nos meios empresariais, no comércio, na ética e na moral, nos bons costumes, e até na Pastoral e no Movimento…

2. Filho, vai trabalhar hoje na vinha! - Mt 21,28-32
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

João Batista continua em cena. Jesus conta uma pequena parábola às autoridades do Templo, criticando-as diretamente. “João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele”. Ora, vendo que João conseguia converter pecadores públicos com sua pregação e sua atitude, os sacerdotes e os anciãos podiam parar e avaliar positivamente o trabalho de João, chegando talvez até à conversão. Isso, porém, não aconteceu. Quem se considera justo acha que não precisa de conversão. Autoridade religiosa que se considera justa imagina que tem contato direto com Deus e nunca erra. Assim se explica a dificuldade das teocracias. Governantes religiosos sentam-se no trono de Deus e governam com autoridade divina. Assim pensam eles, mas não o povo. Entendendo o Reino de Deus como o céu, as prostitutas e os cobradores de impostos estão precedendo os sacerdotes e os anciãos do povo, que estão sendo deixados para trás. A advertência vale para todos os cristãos de hoje em relação aos não cristãos e aos considerados pecadores.
Fonte: NPD Brasil em 15/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Nossa oração deve gerar amor em nós

A oração deve gerar em nós mais amor, compaixão e fidelidade a Deus e  Sua vontade

Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus” (Mateus 21,31).

Mais uma vez, Jesus está no embate com os chefes dos sacerdotes e os anciões do povo. E a pequena parábola dos dois filhos que Ele conta é, na verdade, um sinal de compreensão muito clara sobre a disposição que cada um pode ter em querer seguir Deus ou não.
Veja: o pai manda o primeiro filho trabalhar na vinha, mas este diz que não vai, porque não quer; depois, reflete bem, muda sua opinião e vai. O segundo não reflete e responde no entusiasmo: ‘Sim, senhor, eu vou!’ Mas depois não vai. (cf. Mateus 21, 29-30).

Veja mais:

Quem faz a vontade do Pai não é aquele que põe a boca para fora e diz “amém” para tudo, que reza, ora, faz isso e aquilo, mas, no fundo do coração, não faz a vontade de Deus.

É preferível amar mais e rezar menos

Às vezes, passamos muitas horas rezando, mas amamos e vivemos tão pouco os mandamentos do Senhor nosso Deus. É preferível amar mais e rezar menos, porque a nossa oração tem de transformar a nossa vida, tem de atingir a nossa vontade e disposição! A oração não pode fazer de nós pessoas mais orgulhosas e insensatas; ao contrário, deve gerar em nós mais amor, mais compaixão e fidelidade a Deus e Sua vontade.
Quantas prostitutas, quantas pessoas julgamos que sejam de má vida, e irão nos preceder no Reino de Deus! Porque, muitas vezes, o pecador parece que não se converte, mas quando este ouve a Palavra de Deus e se deixa crer e se convencer por ela, muda de vida de verdade.

Como seguir Jesus?

Aquele que, muitas vezes, está na igreja e sempre reza, acha que o outro precisa de conversão; está sempre reparando a vida das outras pessoas. Na verdade, seguir Jesus quer dizer: “Repare sua própria vida, corrija a si mesmo e converta-se a cada dia!”. Se não, daqui a pouco será também doutor da Lei. Conhecemos muita coisa de Deus, mas sabemos praticá-las pouco demais.
Para Deus o mais importante não é o conhecimento, mas a vida; para Ele, o mais importante não é a quantidade, mas a intensidade e a qualidade de vida moldada pelo Seu Evangelho.

Deus abençovocê!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Que nossas cidades escutem o Senhor

Não podemos fazer parte daqueles que habitam as cidades rebeldes

“Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus” (Sf 3,1-2).

Ai de nossas cidades, porque elas, muitas vezes, são rebeldes, não dão atenção nem ouvidos à Palavra do Senhor Nosso Deus. Vejamos os desastres e tantas coisas bárbaras que acontecem! Isso não é porque Deus castiga as nossas cidades; na verdade, Ele quer cuidar delas, quer abençoá-las e protegê-las. Entretanto, há um espírito de rebeldia que toma conta do nosso povo, que se torna indiferente à instrução, a Palavra do Senhor e a toda purificação que Deus quer e realiza no meio de nós.
Desse modo, como essa cidade foi rebelde e tantas cidades se rebelaram, estão rebeldes à Palavra de Deus, mas eu e você não precisamos seguir o que os outros seguem ou fazem, ainda que toda a nossa cidade não queira saber do Senhor. Não somos o que a maioria é nem o que quer fazer. Precisamos ser aquilo que demandam nossas convicções e verdades. Se somos discípulos do Senhor, precisamos ser onde estamos, seja no nosso bairro ou na nossa cidade, precisamos ser e viver como um discípulo do Senhor!
O Evangelho de hoje mostra-nos justamente isso: primeiro, um filho para o qual o pai pede para fazer uma coisa. O filho diz que vai fazer e depois não faz, essa é a grande rebeldia. Ouvimos Deus falar e dizemos: “É isso mesmo! Concordo! É a Palavra de Deus!”. Mas estamos dando exemplo do que é viver de aparências. E viver de aparências é justamente isso: a pessoa falar que faz uma coisa, mostrar que tem convicção de uma coisa, mas fazer totalmente o contrário do que se propôs a fazer. Na verdade, viver de aparências é viver na hipocrisia; e a hipocrisia é um mal, pois contamina nossos bairros, nossas cidades, igrejas e capelas. A hipocrisia domina a sociedade em que vivemos.
O que faz nossa cidade ser hipócrita somos nós, que nos portamos com hipocrisia no meio dos outros. Há pessoas que são como esse outro filho, para o qual o pai diz: “Meu filho, vai fazer isso para o seu pai”. E o filho diz: “Não vou fazer!”, mas depois cai em si, toma consciência e faz o que o pai lhe pediu.
Sabe, meus irmãos, às vezes, há pessoas que pensamos não ter mais jeito, que está perdida, mas são pessoas que caem em si, mudam de vida e se deixam transformar.
Na época de Jesus, ninguém dava nada por publicanos, cobradores de impostos e por prostitutas, mas muitos deles deram ouvidos e atenção à Palavra de Deus. Eles se converteram e mudaram de vida. Contudo, muitos religiosos, a começar por fariseus, saduceus e tantos outros se diziam ouvintes da Palavra de Deus, mas não deram ouvidos e atenção a Jesus.
Não podemos fazer parte do número dos hipócritas, não podemos fazer parte daqueles que habitam as cidades rebeldes. Precisamos ser cidadãos fiéis à Palavra de Deus e aos ensinamentos do Senhor.
Permitamos que Deus conduza nossos passos, permitamos que, mesmo que tenhamos sido rebeldes outrora em nossa vida, agora possamos submetê-la à vontade do Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira conversão nos leva até Deus

“Então Jesus lhes disse: ‘Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele’” (Mateus 21,31-32).

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra o exemplo do pai que tinha dois filhos. Aquele primeiro filho – para o qual o pai dirigiu a palavra pedindo para ele trabalhar na vinha – disse ao pai que não queria, mas depois, na sensatez, refletiu, pensou e foi. O segundo já respondeu imediatamente que iria, mas não foi, não usou da sensatez para responder nem para pensar naquilo que respondeu. Ele respondeu que iria por uma questão da sutilidade, daquilo que seria o óbvio – obedecer ao pai -, mas, na verdade, ele não foi.
Sabe, o acolhimento do Reino de Deus não se faz por boca nem por coração, mas por convicção. Essa convicção leva a uma conversão, a uma mudança de atitudes. O bonito na vida não é ter uma opinião formada, mas é ter uma opinião mudada e convertida. O bonito na vida não é a pessoa dizer que tem palavra, mas é ser capaz de rever a sua palavra e os seus conceitos.

A verdadeira conversão abre o coração para ouvir a direção que Deus tem para cada um de nós

Não é nenhuma fraqueza de caráter a pessoa ter uma palavra agora e dizer humildemente: “Eu repensei aquilo que eu achava, aquilo que dizia e acreditava”. Não é fraqueza nenhuma, pelo contrário, é uma personalidade autêntica alguém dizer: “Eu revi meus conceitos”, “Eu repensei as minhas opiniões”, “Deixei Deus me convencer, converter-me e saí das minhas ilusões e dos meus subjetivismos para me deixar convencer pela graça de Deus”.
O que é uma verdadeira fraqueza de caráter é a pessoa viver no erro e morrer no erro, é a pessoa viver no pecado e morrer no pecado, é a pessoa transformar a sua opinião em verdade e não sair dela por orgulho ou soberba. A verdadeira conversão é aquela que alarga e abre o coração para ouvir a direção que Deus tem para dar a cada um de nós.
Louvo muito a Deus por, a cada dia, não só me convencer do Seu amor, mas por me mostrar o caminho e a verdade até nas minhas próprias convicções religiosas. Quantas coisas acreditei que eram assim, mas deixei-me abrir pela graça para que ela me convencesse de que a verdade não sou eu, a verdade é Jesus, e preciso aderir a Ele a cada dia da minha vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

O Reino dos Céus é de quem se converte todos os dias

“Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus” (Mateus 21,31)

A parábola que Jesus nos conta hoje, no Evangelho, na verdade, é uma parábola comparativa. Aqui, Ele se dirige aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, as autoridades religiosas da Sua época. É muito simples a pergunta d’Ele, porque aquele pai que tinha dois filhos diz ao primeiro filho: “Meu filho, vai fazer isso!”, e o filho disse: “Meu pai, eu vou trabalhar na vinha”. Mas só diz que vai, e não vai. Ao segundo filho, o pai disse: “Meu filho, vai trabalhar para o seu pai na vinha!”, e o filho disse: “Não vou, pai”, mas depois ele refletiu e disse: “Eu vou”. Ou seja, quem, na verdade, fez a vontade do pai é simples dizer, foi o filho que, mesmo no primeiro momento dizendo não, ele repensou e foi.
Não há nada mais sábio na vida do que a capacidade de pensar e repensar as suas próprias atitudes. Podemos até errar, mas o mal é permanecer no erro. Podemos, no primeiro momento, até falhar, mas o mal é não reconhecermos as nossas falhas e permanecermos nelas. Aqui, ao que Jesus está se referindo é, justamente, à arrogância, ao orgulho e à soberba que toma conta do coração de seu primeiro filho. Ele quis parecer bom e disse: “Eu vou”, mas, na arrogância, não foi, e nem reparou o mal que fez, porque falou uma coisa e fez outra.

Sempre nos achamos religiosos, autênticos, mas não nos convertemos, não mudamos, não nos arrependemos

Perversa é a mentalidade que diz uma coisa na frente e faz outra nas costas; perversa é a mentalidade que vive de aparências, dos discursos e das falas, mas as práticas não correspondem àquilo que estão fazendo e falando.
É Jesus dirigindo-se às Suas autoridades religiosas para chamar a nossa atenção de que não basta falarmos: “Eu amo a Deus”, “Deus é tudo para mim”, mas, na prática, não realizarmos aquilo que nos comprometemos a realizar.
Quando Jesus diz das prostitutas e os publicanos — que eram os renegados da época —, é importante frisar o quanto esses publicanos eram tidos como pecadores; e as prostitutas nem se diga!, eram mulheres renegadas, mal vistas… Mas eles, quando ouviram a Palavra de Deus, deixaram-se comover, converter-se. E quantos mudaram de vida!
Você olha para Mateus: era um publicano e tornou-se mestre do Evangelho. Você olha para Maria Madalena ou outras mulheres que deixaram a vida que tiveram de erro no passado (nem sei que erros cometeram), e se converteram para o Senhor. Por isso elas vão preceder a nós, que sempre nos achamos religiosos, autênticos, já nascemos na Igreja. A pessoa até se vangloria: “Eu sempre fui da igreja”. Mas não se converte, não muda, não se arrepende para crer na obra que Deus realiza no meio de nós. Por isso o Reino dos Céus é para quem se converte a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/12/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o Amor eficaz – aquele que, independente de promessas, nos coloca a serviço dos companheiros que colocaste ao nosso lado nesta jornada de volta ao Lar Paterno, a tua Morada Santa. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que ouves os simples e os pobres! Em cada momento de prece que fazemos nós nos lembramos, cheios de confiança e gratidão, da oração que teu Filho Unigênito nos ensinou. Dá-nos sabedoria, vontade e força suficientes para fazer daquelas palavras o nosso programa existencial, transformando em vida cada desejo que ali lembramos e expressamos. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/12/2020

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