ANO C
Mc 4,26-34
Comentário do Evangelho
O Reino de Deus exige essa dupla atitude: empenho e espera
O que temos são duas parábolas do Reino. O Reino de Deus não se circunscreve a nenhuma definição. Haverá sempre algo a dizer e a compreender dele. Por isso, a melhor forma de dizê-lo e de fazer entrar no seu mistério é a parábola. A primeira delas, própria a Marcos, apresenta que o Reino de Deus exige uma dupla atitude: empenho e espera. Empenho de semear, de tornar presente no mundo a realidade do mistério do Reino de Deus presente e revelado em Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, o dinamismo do Reino de Deus exige perseverança na espera paciente, pois a semente plantada na terra possui o dinamismo do seu próprio crescimento, o que só acontece no curso do tempo, em meio às vicissitudes da história humana. O Reino de Deus não nasce já grande e vistoso. A parábola do grão de mostarda ilustra esse contraste entre a pequenez da semente e o que ela se torna, a maior de todas as hortaliças. Para o ouvinte, a parábola é um convite à confiança e à esperança, e a entrar no dinamismo próprio do Reino de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.
Vivendo a Palavra
O campo da semeadura somos nós. O Reino de Deus é como uma semente, que traz em si a força da Vida. Tomemos o cuidado de cercá-la de carinho e proteção, para que, como a mostarda, aquela sementinha minúscula se torne uma árvore acolhedora para os irmãos do Caminho.
VIVENDO A PALAVRA
O campo para a semeadura somos nós. O Reino de Deus é como uma semente, que traz em si a força da Vida. Tomemos o cuidado de cercá-la de carinho e proteção, para que, como a mostarda, aquela sementinha minúscula cresça e se torne uma árvore acolhedora para os irmãos do Caminho.
Reflexão
Muitas vezes tentamos explicar a realidade do Reino de Deus de uma forma muito complicada, repleta de elaborações doutrinais e de palavras com significados bem específicos que exigem dicionários e conhecimentos específicos em várias ciências para a sua compreensão. Jesus não age assim. Ele procura revelar as verdades do Reino de forma muito simples, compreensível para todas as pessoas, para que os simples e humildes possam acolher a proposta divina e dar a sua adesão a esta proposta sem desanimar diante de dificuldades teóricas e científicas.
Reflexão
As primeiras comunidades cristãs esperavam alegrar-se com a prosperidade do Reino de Deus. O que elas constatam, porém, é a perseguição aos cristãos. O que aumenta, de fato, são as doutrinas que surgem confundindo a cabeça dos seguidores de Cristo. Hoje não é diferente. Ainda se encontra alguém que se diz ateu. Topamos com pessoas que zombam dos que professam a fé cristã. Existe, em muitos lugares, declarada perseguição aos cristãos! Será que esse turbilhão ameaçador vai devorar os pequenos, os humildes, os tementes a Deus, os que procuram fazer a vontade de Deus? Jesus explica que o Reino de Deus não vem de modo ostensivo, barulhento. Sua implantação requer tempo, paciência e perseverança de nossa parte. Junto com o poder de Deus. É assim que o Reino abrangerá todos os povos da terra.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, usas parábolas para que teus ouvintes possam melhor entender tua mensagem. Então comparas o Reino de Deus a uma semente minúscula, que depois se transforma em árvore frondosa. Dá-nos, Senhor, fé e esperança, enquanto aguardamos os frutos do Reino de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 31/01/2020
Reflexão
Nos seus ensinamentos, Jesus gostava de comparar o “Reino (e a Palavra) de Deus” com uma semente. É o caso também no texto de hoje. A semente não é apenas o que aparenta ser, é algo que traz, em si, vida. Isso se percebe quando a semente é posta na terra, ela germina e se desenvolve. Para isso, porém, necessita de tempo e condições. A primeira parábola evidencia a fecundidade da semente e da terra, a planta cresce independentemente da vontade das pessoas. Assim é o Reino de Deus, em si mesmo contém vida, dinamismo, esperança. A segunda parábola acentua o contraste entre a semente (pequena) e a planta (grande). A mostarda era uma espécie de praga, brotava em lugares não desejáveis, assim como o Reino de Deus floresce de maneira incômoda aos sistemas que se opõem a ele. O reino de Deus é visto como árvore que fornece sombra (acolhida e proteção) a todos os povos.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Recadinho
Lembra-se sempre de que nossa primeira missão deve ser servir? - Como se consegue ser o primeiro nas coisas de Deus? - Jesus falava de modo simples e humilde. Procuramos imitá-lo? - Falo de modo simples e com o testemunho pessoal de vida? - Somos pacientes com os resultados ou queremos já tudo pronto e a nosso modo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
ENSINANDO EM PARÁBOLAS
Jesus foi um Mestre paciente que soube adaptar seus ensinamentos à capacidade de compreensão de seus ouvintes. Este esforço pedagógico e didático resultou na escolha das parábolas como meio de transmitir suas instruções.
As parábolas não eram somente as comparações. Também os provérbios, ensinamentos, enigmas e outros recursos literários eram classificados como parábolas. Por isso, afirma-se que, "sem parábolas, Jesus não lhes falava".
Elas continham sempre um elemento para intrigar os ouvintes e levá-los a refletir sobre a mensagem veiculada. Só quem estava muito sintonizado com Jesus era capaz de passar da parábola à sua mensagem, e compreender o ensinamento do Mestre. Por isso, muita gente não sintonizada com Jesus ouvia suas palavras, sem entender nada.
Até mesmo os discípulos, muitas vezes, não eram capazes de atinar para o que Jesus lhes ensinava com as parábolas. Era preciso que, em particular, o Mestre lhes explicasse tudo, iluminando-lhes as mentes para compreenderem como o Reino acontece na história humana.
O discípulo esforça-se para entender as parábolas de Jesus, ou seja, para estar em sintonia total com o Mestre. Esta é a única maneira de captar seus ensinamentos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que me coloca em sintonia com Jesus, conduze-me à plena compreensão dos ensinamentos contidos nas parábolas evangélicas.
Meditando o evangelho
A DINÂMICA DO REINO
Umas das limitações do discípulo consiste em não respeitar a dinâmica própria do Reino, e em querer fazê-lo crescer e dar frutos num ritmo diferente daquele querido por Deus. A impaciência do discípulo pode colocar em risco a eficácia do Reino. Quem não gostaria de ver a justiça reinar, no mundo inteiro, de uma hora para outra? Quem não ficaria contente se a pobreza e a miséria fossem erradicadas num passe de mágica? Quem não exultaria vendo a superação imediata de todo tipo de exclusão, violência e falta de solidariedade?
Esses frutos do Reino, contudo, vão se produzindo às ocultas, em pequenos gestos e projetos bem simples, sem que ninguém se dê conta. O discípulo tem sensibilidade para perceber a sementinha do Reino medrando nos lugares mais estranhos e de maneiras não convencionais. E reconhece, aí, a ação providente do Pai.
O discípulo impaciente desespera-se com a lentidão dos acontecimentos, tornando-se insensível para a presença efetiva do Reino ao seu redor. Aplica ao Reino seus cálculos mundanos, exige dele a eficácia característica dos projetos humanos, e se decepciona por não poder apressar o ritmo da implantação do Reino.
A construção do Reino dá-se pela conjugação da ação divina e da ação humana. Basta que o discípulo faça a sua parte. O resto fica por conta de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja capaz de perceber o dinamismo do Reino, frutificando, de maneira discreta, nos meandros da história humana.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Sob o Controle de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O evangelho de hoje traz um ensinamento que precisa ser bem compreendido, caso contrário poderá levar o cristão a cruzar os braços diante de certas situações complicadas que requerem vontade, ação e decisão de sua parte. Entregar tudo nas mãos de Deus não é esquivar-se de agir, pensar, planejar, lutar, mas é um ato de Fé, de que o Reino pertence a Ele, e há mesmo acontecimentos que nem temos como interferir.
Exemplo maior é o de Maria Santíssima, que quando via que a situação estava fora do seu controle e compreensão, guardava tudo em seu coração e meditava sobre os acontecimentos mas nunca jamais se furtando de fazer aquilo que tinham de ser feito. Quando Jesus lhe respondeu daquele jeito até meio "maroto", de que não era para ela e José se preocuparem pois ele estava no templo com os Doutores da Lei, se ocupando das coisas do seu Pai, nem por isso Maria esquivou-se da sua missão de mãe, ela poderia ter dito "Ah meu Filhinho, se é assim então fique aí até quando quiser, não tem problema nenhum..."
Ao contrário, deve ter dado um bom puxão de orelhas no menino, pois o texto de Lucas fala que desceram para Nazaré e Jesus era-lhes obediente em tudo.
Não adianta a humanidade querer monitorar o pensamento e a conduta cristã, ou certos poderosos que mandam no mundo, querer ditar normas para a Igreja. O Reino de Deus está acontecendo em meio a humanidade, crescendo, se expandindo e se manifestando onde e a quem quiser, sem que o ser humano possa contê-lo ou direcioná-lo. Hoje é semente escondida que poucos sabem da existência, mas amanhã será a maior de todas as árvores, dando sombra e frutos a quem nele acreditou e ajudou a construir.
O Reino não está atrelado ou dependente de alguma ideologia humana, social ou política, o Reino não tem Sigla Partidária e nem denominação em particular, mas é de todos e para todos.
Então, se por um lado devemos sempre ter presente que Deus está agindo no meio da humanidade, embora não pareça, por outro, Ele nos inspira e nos exorta o que fazer, através de sua palavra pois a semente cultivada requer cuidados para o seu desenvolvimento, esta semente está em todos os lugares, mas principalmente no coração.
2. A terra produz o fruto por si mesma - Mc 4,26-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O Reino de Deus é parecido com a semente que foi semeada. Germina, cresce, torna-se planta, produz frutos. Estudiosos e especialistas em botânica não entendem tudo, mas compreendem muito do que acontece com a semente lançada na terra. O agricultor e os amadores que gostam de plantas sabem como fazer, mas não como as coisas acontecem. Assim é o Reino de Deus. Ele está acontecendo sem que eu saiba exatamente como, mas está. O que pode sair de um pequeno grão de mostarda? A comparação fala de um arbusto forte que pode abrigar pássaros e ninhos. O Reino de Deus vai acontecendo aparentemente do nada. Pequenas ações, resultantes de um amor dedicado, podem ser causa ou princípio de grandes ações. Faça bem o que tem que fazer, e faça com gosto!
Fonte: NPD Brasil em 31/01/2020
HOMÍLIA
O REINO DE DEUS E A SEMENTE
Qual é a atitude ativa que Deus pede de mim? Por vocação cristã, sou chamado a fazer presente o Reino neste mundo e posso fazê-lo realizando com perfeição meus deveres e trabalhando ativamente na Igreja. Deixar que a semente cresça por si só implica colaborar com o semeador.
Saiba meu irmão minha irmã que a vinda do Reino de Deus é semelhante ao escondido e dinâmico germinar da semente na terra. O Reino é comparado por Jesus ao grão de mostarda, a menor semente, destinada a se transformar apesar disso numa árvore frondosa, ou à semente que o homem enterrou: “durma ou se levante, de noite ou de dia, o grão brota e cresce, sem que ele saiba como”. O que quer dizer tudo isto? O Reino é amor de Deus para o mundo, é a presença de Cristo entre nós. Mas o homem não é uma testemunha inerte deste Reino. Jesus nos convida a buscar ativamente “o Reino de Deus e sua justiça” e fazer desta busca nossa preocupação principal: “buscar o Reino de Deus e tudo mais será acrescentado”. Fazer com que Cristo reine no coração dos homens.
Jesus nos pede uma atitude ativa e não inerte. Estamos chamados a cooperar com nossas mãos, nossa mente e nosso coração na vinda do Reino de Deus ao mundo. Com este espírito temos que fazer nossa a invocação “Venha a nós o Vosso Reino!”. É uma invocação que orienta nosso olhar a Cristo e alimenta o desejo da vinda do Reino de Deus. Este desejo, apesar disso, não nos afasta da nossa missão neste mundo, vai além, compromete ainda mais: “A mensagem cristã não afasta os homens da edificação do mundo nem faz com que nos despreocupemos do bem alheio, ao contrário, impõe como um dever de fazê-lo” (Gaudium et spes, 34)
Quando Deus semear, a semente produz fruto e se reconhece sua autoria pelas obras que produz. Da árvore boa só podem brotar frutos bons. Pelos frutos se pode conhecer o tipo de árvore que Deus semeou. Na Igreja vemos um quantidade de movimentos que surgem e trabalham pelo Reino, se fossem simples autoria humana talvez durassem pouco, mas vemos que o Espírito Santo os alenta e por isso crescem, e se multiplicam e produzem muito fruto. Deve-se agradecer a Deus pela dinâmica dos Movimentos na Igreja que produzem muito fruto e que realmente colaboram para a extensão do Reino de Deus para que se torne uma realidade neste mundo.
O meu propósito a partir desde evangelho de hoje é deixar que a semente que Deus plantou em mim desde o batismo germine com obras cristãs de caridade e justiça. Que o mais importante seja fazer presente o Reino de Deus em minha família, em meu trabalho/escola, em meu comportamento.
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
REFLEXÕES DE HOJE
SEXTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 31/01/2014
HOMÍLIA DIÁRIA
Não permita que o pecado faça morada em seu coração
Que nós tenhamos força, sabedoria e discernimento de Deus para não deixarmos as más inclinações crescerem dentro do nosso coração!
”[Davi] Dizia nela: ‘Colocai Urias na frente, onde o combate for mais violento, e abandonai-o para que seja ferido e morra”’ (2Sm 11,15).
Na meditação da Palavra de Deus no dia de hoje, gostaria que nós refletíssemos sobre essa primeira leitura do Livro de Samuel, que nos relata os pecados graves que Davi, o escolhido e ungido de Deus, cometeu. Davi foi profano, injusto, adúltero; o problema dele foi acumular pecado sobre pecado.
No primeiro momento, ele viu Betsabé, aquela bela mulher, que era esposa de um dos generais do seu exército: Urias. Quando do alto do seu palácio, Davi a viu tomando banho, ele a cobiçou com os olhos e, à cobiça, ele acrescentou o pecado do desejo e do desejo ele foi para a prática. Mandou que trouxessem aquela mulher e ela foi levada ao palácio e ele deitou-se com ela. Do adultério Davi ainda procurou esconder seu erro, porque, depois, Betsabé ficou grávida e foi se apresentar a ele [Davi] e este simplesmente planejou eliminar o esposo dela. Como este era general do exército, era um daqueles da linha de frente, por isso Davi fez questão de colocá-lo mesmo à frente de um combate violento, para que, nesse combate, ele fosse ferido e morto.
Nós não estamos aqui para analisar, combater ou jogar pedras em Davi, nem jogar pedras no pecado de ninguém, mas o pecado dele nos ajuda a reconhecer a forma como o pecado, muitas vezes, entra dentro de nós. Ninguém comete um pecado grave de uma hora para outra, ninguém se torna assassino, adúltero ou comete coisas graves se primeiro não conceber esse mal dentro do seu coração.
O que nós, muitas vezes, relativizamos foi um mau pensamento, foi um olhar, uma cobiça, isso nos chama a atenção para que cuidemos do mal que acontece dentro do nosso coração. O erro de Davi não foi simplesmente porque ele engravidou Betsabé, que não era sua esposa, foi aquilo que, um dia, Jesus diz no Evangelho: ”Quem já olha para uma mulher e a deseja no seu coração, já comete adultério no seu coração”.
O quanto nós devemos vigiar o nosso olhar, os nossos desejos e reconhecer que, muitas vezes, os desejos impuros e de fazer coisas erradas para o outro vão crescendo dentro de nós. Um assassino, alguém que comete um crime, primeiro começar a ter raiva de alguém, ressentimento, mágoa; esses sentimentos crescem e depois coisas piores acontecem, muitas coisas trágicas acontecem no meio de nós, pecados grandes acontecem no meio de nós, porque vamos alimentando pequenos desejos e pequenos pecados.
Faltou, para Davi, combater o mal desde o início. Que nós tenhamos força, sabedoria e discernimento de Deus para não deixarmos as más inclinações crescerem dentro do nosso coração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMÍLIA DIÁRIA
O Reino de Deus está no meio de nós
“O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra, mas quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças” (Mc 4,31-32)
O Reino de Deus parece, num primeiro momento, uma coisa insignificante, sem importância, sem valor, que nós não vemos, não sabemos da fecundidade, da força, da graça que está escondida por trás do Reino.
Aliás, nós olhamos para ele como uma coisa comum. O mundo está sendo vida entre nós, e não sabemos da força potente, do átomo que é Palavra Divina Sagrada, que é o Reino de Deus.
Quando essa semente da Palavra (grão de mostarda) é acolhida, ela se torna uma verdadeira dinamite, que entra na alma humana e a arrasa, quebra corações, derruba orgulhos, joga no chão a soberba humana, constrói um novo homem, uma nova mulher.
A Palavra de Deus, quando entra na vida de uma pessoa de verdade, torna-se uma temeridade, porque rouba a pessoa daquilo que ela vive e a leva para a presença de Deus.
Se deixássemos nos levar pela inquietação poderosa transformadora que o Reino de Deus tem em nós, acolheríamos com mais intensidade o que o Reino de Deus é.
A lógica, no entanto, está invertida, até mesmo a lógica de acolher o Reino, pois nós o queremos como uma coisa grandiosa, importante.
Alguns acham até o Reino de Deus é ir a Jerusalém, a Roma. Não! Você até vai a esses lugares um dia, com a graça de Deus! Eu tive a graça de ir, mas eu não conheci o Reino de Deus quando estive em Jerusalém, quando estive em Roma, nos lugares santos.
O Reino de Deus está no meio de nós, nas coisas menores, insignificantes
O Reino de Deus está no meio de nós, nas coisas menores e insignificantes. O Reino de Deus chega a nós por meio das pessoas que nós desprezamos, do pobre que está a nossa porta, do pregador a quem nós, muitas vezes, não damos atenção. O Reino de Deus está no meio de nós com a mãe que nós não damos valor. O Reino de Deus acontece nas coisas mais simples que podemos imaginar.
Não fique esperando que a graça de Deus aconteça em você por meio de grandezas, pois essas são todas ilusões. O Reino de Deus é pequeno, até desprezível, e aos olhos humanos não têm valor nem significância, é pequeno como um grão de mostarda. Cultive-a, cultive a simplicidade da Palavra de Deus a cada dia, lida e meditada; cultive a simplicidade da sua comunidade, da sua paroquia; cultive a simplicidade da relação com as pessoas simples e humildes.
O Reino de Deus não vai ser grande em você se você for amigo do Papa ou desse ou daquela pessoa que parece grande aos olhos humanos. O Reino de Deus acontece na simplicidade, na humildade e na pequenez, é nessas coisas que, até parecem insignificantes, que o Reino de Deus acontece com todo poder e eficácia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos consciência de tua Presença Paterna em nossa caminhada, para que sejamos realmente fraternos com nossos companheiros. Todos nós somos irmãos, como filhos teus muito amados. Nós te pedimos, Pai querido, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos consciência de tua Presença Paternal em nossa caminhada, para que sejamos realmente fraternos com nossos companheiros. Todos nós somos irmãos, como filhos teus muito amados. Nós Te pedimos, Pai querido, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário