ANO C
Mt 5,27-32
Comentário do Evangelho
Apelo ao perdão.
O texto de hoje apresenta a segunda (vv. 27-30) e a terceira (vv. 31-32) antíteses. A segunda antítese é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não só não é permitido romper o lar do irmão tomando a mulher dele, mas não se pode deixar nascer o desejo de provocar esta ruptura. A integridade do lar do outro é tão importante a ser respeitada, para quem quer viver com retidão a prescrição da Aliança, que ela incide sobre a integridade física, tão cara e preciosa ao homem, pois o olho lhe permite que se conduza, e a mão, que aja. A terceira antítese exprime a capacidade de fidelidade, de pureza, de reconciliação. O repúdio da mulher acontece por dois motivos: ou o coração está dividido por outra mulher ou aconteceu uma inimizade invisível; portanto, não havendo misericórdia, perdão, paz, a mulher é repudiada. O texto é um forte apelo ao perdão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
Fonte: Paulinas em 14/06/2013
Comentário do Evangelho
Forte apelo ao perdão.
As seis antíteses, em que é apresentada a “justiça maior” que a dos escribas e fariseus e que deve caracterizar a vida dos discípulos, são, de algum modo, uma explicitação das bem-aventuranças (Mt 5,1-12). A segunda antítese sobre o adultério (Ex 20,14; Dt 5,18) é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não se trata simplesmente de ter relações sexuais com uma mulher casada, rompendo a união do lar do semelhante. Para a justiça cristã não está permitido sequer deixar nascer o desejo de provocar essa ruptura. A integridade do lar do outro é tão importante, podemos mesmo dizer, tão sagrada, que ela incide sobre a integridade física, tão cara ao ser humano. Para Mateus, o repúdio da mulher por parte do homem expõe a mulher ao adultério. A terceira antítese diz respeito à capacidade de fidelidade e de reconciliação. O repúdio da mulher acontece por dois motivos: o coração está dividido por outra mulher ou o mal escondido mina a união, o amor, o respeito mútuo. O repúdio acontece quando não há capacidade de perdão e reconciliação. O texto é um forte apelo ao perdão, que é exigência intrínseca ao amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
Fonte: Paulinas em 13/06/2014
Vivendo a Palavra
Devemos cumprir compromissos assumidos diante do Senhor. Adultérios não acontecem apenas nos casamentos: nós adulteramos a verdade, cultivando ilusões; adulteramos nossa fé, adorando ídolos mudos; adulteramos nossa saúde, com hábitos desordenados e lesivos ao corpo; adulteramos nossa Vida em Deus, não amando como Jesus amou.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2013
Vivendo a Palavra
Assim como na relação matrimonial, também em outras relações nós adulteramos – isto é, vivemos sentimentos, desejos e atitudes de egoísmo e ambição, em terreno onde deveria imperar o respeito, a fraternidade e o Amor. Adulterar é falsificar, é misturar água ao leite, para aumentar o seu volume...
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014
VIVENDO A PALAVRA
A fidelidade desejada por nosso Mestre abrange, é certo, a relação marido-e-mulher. Mas vai muito além: exige profunda moderação na busca e até mesmo no desejo de possuir riquezas, de exercer o poder sobre nosso próximo e de nos entregarmos a prazeres que negam nossos compromissos.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2017
VIVENDO A PALAVRA
No Sermão da Montanha – em que continuamos hoje o nosso mergulho, cheios de encantamento – Jesus aponta o caminho excelente da santidade: é a busca de ir mais fundo no cumprimento da Lei. Ultrapassar os limites da letra, inebriados pela vontade de seguir os passos daquele que deu tudo, até a própria Vida pela libertação da humanidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2019
Reflexão
O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
Fonte: CNBB em 14/06/2013 e 13/06/2014
Reflexão
Conforme a lei antiga do Primeiro Testamento, pelo matrimônio a mulher começava a fazer parte dos bens do homem. Ora, isso dava margem para a desigualdade entre homem e mulher e consequentemente levava o homem a oprimir a mulher. Jesus quer corrigir essa prática que é contrária ao projeto de Deus. Ou seja, Deus quer a igualdade da mulher e do homem. Por isso, ele exige a transformação do coração humano. O olhar impuro do desejo abre caminho à traição. Se a intenção é má, deve ser arrancada antes que se torne ato. Não se trata de constatar as ações externas (entre elas, o adultério), para puni-las com leis, mas sanar as intenções mais secretas da pessoa. Quanto ao divórcio, abolida a tolerância da lei de Moisés, o matrimônio torna-se livre escolha de amor fiel, com que o casal se compromete para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/06/2019
Recadinho
Todos nós pecamos! Com as mãos, com nossos olhares de cobiça não só de pessoas, mas de coisas! O que tem a dizer sobre isso? - Como e quando pecados com nossos atos? - E o que dizer de nossas omissões? - Estou atento com minhas palavras? Tenho consciência de que uma palavra mal dita pode destruir muita coisa? - Você procura manter a palavra dada? - Dá bom testemunho sobre o Matrimônio cristão? Será que os casais se preocupam em crescer verdadeiramente no amor recíproco?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014
Comentário do Evangelho
A condenação do adultério era feita do ponto de vista patriarcal. Aquele que adulterasse com uma mulher casada estaria ferindo a honra de seu marido. Não havia problema para o homem casado que adulterasse com uma mulher solteira. A condenação aplicava-se ao ato externo. Agora, com uma finura psicológica, Jesus vai à raiz dos atos externos. Todos estes atos procedem do coração. A cobiça, o desejo da riqueza e do poder, o orgulho, o desejo adúltero. A bem-aventurança da pureza do coração significa orientar todos os atos para o seguimento de Jesus. Em estilo hiperbólico e semítico, com o corte de membros, enfatiza-se a denúncia dos atos contra o projeto de Deus. Ao homem era permitido repudiar sua mulher. E qualquer homem era livre para casar-se com uma mulher despedida. Valorizando o matrimônio e a mulher, Jesus rejeita esta prática.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que destes santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações.
Fonte: Dom Total em 13/06/2014
Meditando o evangelho
O RESPEITO PELA MULHER
Numa sociedade onde a mulher era inferiorizada, Jesus reinterpretou o mandamento de não cometer adultério buscando inculcar no discípulo do Reino um profundo respeito por ela. E o fez condenando a atitude interior, que transforma a mulher em objeto de cobiça e maus desejos, mesmo antes de transformar o pensamento em ato. Embora o ato não seja concretizado, a transgressão do mandamento se consuma se o indivíduo dá livre curso a seus pensamentos depravados.
Diante desta eventualidade, o discípulo do Reino deve ser rigoroso consigo mesmo e cortar o mal pela raiz. As duas imagens usadas por Jesus para ilustrar esta disposição são fortíssimas. Ele falou de arrancar o olho direito e cortar a mão direita e jogá-los fora caso se transformem em ocasião de pecado. Jesus falava numa perspectiva de juízo final. O discípulo do Reino, ao violar o mandamento de Deus, deveria ter em vista sua sorte eterna. Conservar algo que se transformou em ocasião de pecado e pode levar à condenação é insensatez. É melhor privar-se dele e ser salvo, do que conservá-lo e ser lançado na ruína eterna.
Essa releitura do sexto mandamento esta relacionada com a bem-aventurança da pureza de coração. Só o coração não pervertido pela maldade pode olhar para uma mulher de maneira respeitosa, sem convertê-la em objeto de pensamentos maliciosos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me pureza de coração para que eu possa me aproximar, de maneira respeitosa, de quem quer que seja.
Fonte: Dom Total em 16/06/2017 e 14/06/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Exigência Radical
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho aparece por três vezes a palavra Adultério, que parece ter-se tornado pesada para empregar na vida conjugal dos cristãos. O adultério só existe quando o casal recebeu o Sacramento do Matrimônio, e aí tem suas consequências que as pessoas envolvidas, bem como seus familiares, nunca veem com bons olhos. Lógico que a traição de uma das partes, mesmo na união natural, é um adultério, entretanto, a palavra ficou mesmo restrita no âmbito religioso do Cristianismo, na nossa Igreja Católica que, por tornar sagrada a união do homem e mulher, unidos pelo Vínculo de um Sacramento, tem suas leis para protegê-la da banalidade.
Adultério vem da palavra adulterada, o que significa, descaracterizar aquilo que é original. Quando aquele Fariseu perguntou a Jesus se era lícito o homem deixar a sua mulher por qualquer motivo, Jesus o remeteu á origem, ao começo do Projeto Divino “No princípio não era assim...”.
Isso significa dizer que, no projeto original Deus não pensou na separação do casal, nem na união com outra pessoa, quem assim o procede, sendo casado na Igreja, comete um adultério, isso é, falsificou uma união, em lugar da união original, aquela que foi celebrada em uma Igreja, com toda pompa, Padrinhos, cinegrafista, fotógrafo, vestido branco, terno da moda, músicas especiais, marcha Nupcial etc. Mas o mais importante, recebeu de Deus a bênção e a Graça Sacramental, com um alerta importante “ que Deus uniu, o homem não separe”.
No altar, diante do Ministro Ordinário, é feito um Juramento, mas o Juramento é precedido pelo Amor dos Nubentes, Amor que em sua grandiosidade foi elevado á condição de Sacramento, merecendo do Apóstolo Paulo esta afirmativa solene “Essa união do homem e da mulher é comparável a união de Cristo com a sua Igreja.”.
O que ocorre nesse caso é que, o Noivo se torna Cristo, e deverá nessa relação, fazer as vezes dele, a noiva se torna a Igreja. O amor de Cristo pela sua Igreja é um Amor Sacrifical. Amor que se sacrifica para que o outro seja feliz. Bem diferente desses amores baratos e medíocres de hoje em dia. Esse Amor Sagrado não pode nunca, em nenhuma hipótese ser violado, pois ele é racional, mas está no coração dos Nubentes. Daí que, se no coração do homem há um lampejo de desejo por outra mulher, o Amor Sagrado já foi corrompido.
Por isso o evangelho apresenta esta exigência radical pelo Reino, onde a mutilação dos olhos e do membro superior (mão direita) é necessária, porque o olhar e o gesto, revela o que está no coração.
2. Ouvistes, não cometerás adultério
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Ouvimos o que foi dito: não cometer adultério. Indo um pouco mais adiante, percebemos que há mil maneiras de acabar com a vida dos outros. Percebemos também que o relacionamento físico é precedido por um relacionamento mental. Com que alimentamos a nossa mente? Adultério se comete também no desejo. As atitudes externas têm sua raiz nos projetos alimentados no coração. No coração e na mente estão os valores nos quais acreditamos e defendemos. Estes precisam estar de acordo com os ensinamentos da Lei de Deus e, sobretudo, com o mandamento de Jesus que exige de nós o amor fraterno. O mandamento pede também especial atenção para a harmonia entre os esposos. Fica a questão: por que as autoridades e os meios de comunicação não defendem valores que mantêm a família unida e feliz? As novelas podem ser interessantes e, por isso, mais perniciosas quando destroem totalmente qualquer boa ideia sobre a constituição da família. Nem tudo constrói!
Fonte: NPD Brasil em 14/06/2019
HOMILIA
O ADULTÉRIO
Hoje, temos mais duas contraposições de Jesus à Lei. A primeira refere-se ao adultério: Não cometa adultério condenado no Decálogo. Mas Jesus não se fixa somente no não cometa. Ele vai mais longe, só o fato de olhar e desejar no seu interior já é pecado. Nisto se faz referência à cobiça, ao olhar ganancioso, pretensioso assim como tendencioso. Cristo nos chama atenção aqui tenhamos um olhar puro. Pois faz parte das bem-aventuranças.
A bem-aventurança da pureza do coração exprime, por outro lado, a orientação de todos os atos para o seguimento de Jesus que é puro. Sede santos como o vosso Pai celeste é puro. Jesus vai ao coração porque este é a fonte dos atos externos. Aliás a boca e os gestos das nossas mãos, dos pés bem como os nossos comportamentos diante dos outros o trazem para fora o que vai dentro do coração de cada um. Quanto mais puros formos melhor seremos em tudo o que façamos e pensemos.
Lê-se também entre linhas assim como pelos frutos se conhece a boa árvore assim pelo que dissemos e fazemos se reconhece o que somos e temos no coração. Já que o nosso olho e a nossa mão podem ser a porta de entrada para o mundo do pecado.
Por isso o mestre nos adverte: se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. Ao contemplares a beleza duma mulher ou de um homem, louve e a gradeça à Deus que sabe de uma maneira impar caprichar nas suas obras. Que dera que a beleza dessa pessoa te levasse à oração! Bendito seja Deus hoje e sempre, que fez este homem ou esta mulher lindo (a), para louvor da sua glória!
Logo depois deste conselho vem a segunda que se refere ao divórcio. Jesus permite o divórcio em caso de relações ilícitas que compreende toda prática sexual errada: Fornicação; Homossexualismo; Lesbianismo; Bestialidade. Se a separação foi por outro motivo e se o homem ou mulher passar a viver juntos com outra pessoa, eles estão em adultério e como se não bastasse também coloca o seu parceiro em risco de pecar.
Tu que estás nesta situação precisas saber que Deus está perto de ti e seu maior desejo é de te ajudar. O importante é recorrer a Deus a fim de que se possa com sua ajuda resolver tua situação. Porque para Deus os fundamentos de uma união estável não estão na Lei, mas no amor, no respeito e na felicidade que fecundam a vida de todos os que o amam e por isso o buscam noite e dia. Através dos teus olhos, louve e agradeça a Deus pelo marido pela esposa que tu tens.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/06/2014
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 13 DE JUNHO – SEXTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Não deixe crescer em seu coração os desejos impuros
Todo pecado nasce do desejo. O que precisamos fazer é combater os desejos pecaminosos, porque, muitas vezes, alimentamos desejos que começam pelo olhar da cobiça, da malícia… Assim crescem em nós os desejos impuros.
“Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.” (Mt 5,28-29)
Na verdade, Jesus está nos chamando a purificar os nossos membros, não deixar que nenhum deles esteja a serviço da impureza e da maldade: nossos olhos, mãos, ouvidos, coração, nossa língua… Enfim, tudo aquilo que nós somos – corpo, alma e espírito –, é lugar da morada de Deus.
Não pense que, segundo o exemplo que o próprio Evangelho nos deu, cometer adultério é, simplesmente, estar com uma outra pessoa que não lhe pertence. Todo pecado nasce do desejo. O que precisamos fazer é combater os desejos pecaminosos, porque, muitas vezes, alimentamos desejos que começam pelo olhar da cobiça, da malícia… Assim crescem em nós os desejos impuros.
O Evangelho nos chama, hoje, a viver a pureza de coração. E a maneira de vivê-la é purificando nosso interior, nossos membros; tirarmos, de dentro do nosso coração, todos aqueles desejos que não estão de acordo com a vontade do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/06/2013
HOMILIA DIÁRIA
Nosso corpo é lugar da morada de Deus
Nossos membros são morada de Deus, não podemos desprezar parte nenhuma do nosso corpo
“De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.” (Mateus 5, 29)
Quando nós escutamos este Evangelho de hoje, ele parece duro demais aos nossos ouvidos. Quando Jesus diz que é melhor arrancarmos o nosso olho do que termos os dois olhos e irmos para o inferno com eles; que é melhor arrancarmos a nossa mão do que ter as duas e irmos todos para o inferno, não é o Evangelho da mutilação; pelo contrário, é o Evangelho da santificação do corpo, da alma e do espírito. É mais do que tudo uma motivação, para que os nossos membros sejam santificados, para que todo o nosso corpo esteja a serviço de Deus.
Podemos ter um coração bom, reto e puro, mas o nosso corpo, com tudo aquilo que são os nossos sentidos, muitas vezes, não estão voltados para o Senhor Nosso Deus. O Evangelho começa dizendo justamente sobre isso: “Eu nunca cometi adultério”, mas nós deixamos o nosso olhar solto, cobiçando.
Para que todo o nosso corpo e nosso ser não caiam neste ou naquele pecado, é preferível cortar o mal pela raiz, reconhecer onde entra a impureza, a sujeira e os maus desejos em nós.
Ninguém comete adultério da noite para o dia, ele é alimentado, vai crescendo em nós quando deixamos o nosso olhar solto, quando deixamos os nossos pensamentos seguirem para onde querem ir. É preciso cortar aquele pensamento que está desordenado, é preciso dizer aos olhos que eles precisam olhar reto, desejando o que é puro, santo e correto. É preciso olhar para as nossas mãos para que elas nos obedeçam e cumpram a vontade de Deus. Eu diria também das pernas, da nossa língua, porque ela é uma só, mas suja o corpo inteiro. Se nós não ficarmos atentos, todo o nosso corpo se declina para o mal.
O Senhor deseja que nós sejamos santificados por inteiro. Os nossos membros são morada de Deus, templo vivo do Senhor, templo do Espírito Santo, não podemos desprezar parte nenhuma do nosso corpo, não podemos nem precisamos nos mutilar em nada, mas podemos nos vigiar, podemos ter controle sobre os nossos membros, porque cabe a nós termos controle sobre nossas atitudes, sobre aquilo que fazemos, os gestos que temos, nosso olhar e assim por diante.
Não podemos ter uma cabeça que não coordena aquilo que somos, por isso, a começar pela nossa cabeça, que todo o nosso corpo seja santificado para que Deus more no nosso olhar, esteja presente naquilo que sentimos, fazemos e realizamos, que seja tudo para a maior glória do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/06/2017
HOMILIA DIÁRIA
Que nossos olhos estejam voltados para o bem
“Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.” (Mateus 5,28)
A Palavra de Deus é um referencial para nós, não só de conversão. A conversão passa pela purificação e, como precisamos ser purificados das intenções, dos desejos, da malícia que entrou em nós, que está escondida na penumbra dos pensamentos e sentimentos.
A malícia que não é combatida nem purificada gera cobiça, e estamos tratando isso com um certo relativismo moral que a sociedade nos impõe. Talvez, na nossa consciência, possamos dizer: “Eu nunca adulterei”, mas estamos nutrindo sentimentos impuros, ainda mais na era da revolução virtual, digital, onde tão facilmente se passa coisas impuras, sujas, piadas, coisas indecentes, nudes e tantas outras coisas que tiram a pureza do nosso olhar.
O olho é a luz do corpo. Se o olho está contaminado pela impureza, o corpo também vai se contaminar por essa impureza, e as más intenções crescerão em nós.
A verdade é que ninguém comete adultério da noite para o dia, ele primeiro é concebido e gerado. Vamos cultivando aquele sentimento, aquela relação de uma forma fria, como se não tivesse nada, mas à medida que alimentamos e deixamos isso crescer em nós, o desejo é concebido.
Davi, quando pecou, ele primeiro olhou, cobiçou aquela que estava tomando banho, ele a viu do seu palácio. Podia ter ficado ali, mas ele correu atrás do que cobiçou. Muitas vezes, estamos deixando o nosso coração crescer em desejos impuros, cobiçamos aquilo que não nos pertence. Se alimentamos, depois não damos conta.
Para ter um corpo na santidade, é preciso ter um olho que seja voltado para o bem
Cada um olhe para si, para o seu próprio coração e para a sua própria vida, mas não alimente os desejos impuros, porque esses desejos alimentados, depois são difíceis de serem combatidos.
Peça ajuda, procure direção espiritual, procure uma boa confissão, mas não trate de qualquer jeito, porque nenhum de nós pode dizer que não vai cair, nenhum de nós pode condenar aquele que caiu, mas precisamos cuidar de nós para cuidarmos uns dos outros. Precisamos cuidar da pureza do nosso olhar, da pureza das nossas intenções e da nossa vontade. Para ter um corpo na santidade precisamos ter um olho que seja voltado para o bem.
A sociedade pansexual, pornográfica e moral… nem mesmo nossas crianças estão imunes a isso. Por isso, pais, cuidem bem do que entra pelos celulares, computadores, programas de televisão, para que o mal não vá morar em nossa casa, pois, depois, é difícil mandá-lo embora. É preciso cuidar para depois não sucumbir.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/06/2019
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que os dons preciosos que nos ofereces devem ser respeitados e partilhados. Que nós os mantenhamos puros como foram recebidos e nos esforcemos para desenvolvê-los e os colocar a serviço da Comunidade. Nós te pedimos, Pai amoroso, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos o coração puro, o olhar limpo e o sentimento do amigo leal. Que os companheiros de caminhada sintam em nosso testemunho de vida, vontade e esforço para seguir o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a compreender que nosso jejum deve significar a luta contra nossas paixões; nossa esmola, a generosidade, o desapego, a compaixão; e nossa oração, a consciência, a certeza de tua Presença, Pai amado, em nossa caminhada de volta ao tão saudoso Lar Paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração generoso e nos libertas dos apegos. De todos eles: desde o apego aos bens materiais, que Tu nos emprestas para servirmos aos irmãos, até o apego aos nossos dons pessoais, todos eles frutos da tua generosidade e destinados ao cuidado do nosso próximo. Que sigamos o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2019
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