segunda-feira, 27 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/11/2023

ANO A


SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Ano A - Branco

“Todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes...” Mt 25,45

“Cristo é o Senhor, o Rei do Universo!”

Mt 25,31-46

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na conclusão do ano litúrgico recordamos a centralidade de Cristo na história da Salvação e O proclamamos Rei do Universo. A Igreja, através de seus membros, fiel à sua missão, deve proclamar o reinado social de Cristo, por meio da justiça, da paz e da verdade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é um domingo especial! Com a solenidade de hoje, último Domingo do ano litúrgico, aclamamos Cristo como centro de nossas vidas e de toda história. Cristo é Rei do Universo e seu Reino de paz e de justiça, de vida e de verdade, nos compromete a todos para que nos empenhemos assumindo nossa missão de discípulos e discípulas. Agradeçamos ao Senhor nesta Eucaristia a disponibilidade de tantos leigos e leigas de se colocarem a serviço do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na conclusão do ano litúrgico recordamos a centralidade de Cristo na história da Salvação e O proclamamos Senhor do Universo. Ele nos convida a tomar lugar em seu reino de justiça e paz experimentando, agora, o início de Seu reinado. Esta é a missão da Igreja, vivenciada por todos os seus membros, de modo muito particular pelos leigos, chamados a testemunhar tal realidade nos mais diversos ambientes da sociedade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é um domingo especial! Com a solenidade de hoje, encerramos o ano litúrgico, aclamamos Cristo como centro de nossas vidas e de toda história. Cristo é Rei do Universo e seu Reino de paz e de justiça, de vida e de verdade, nos compromete a todos para que nos empenhemos assumindo nossa missão de discípulos e discípulas. Agradeçamos ao Senhor nesta Eucaristia a disponibilidade de tantos leigos e leigas de se colocarem a serviço do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Do evangelho e da primeira leitura emerge a figura do Cristo como pastor e rei, e, portanto, sua realeza, que se estende e se exerce sobre a humanidade. O universo, do qual é ele rei, é constituído pela totalidade dos homens. A 2ª leitura dilata a perspectiva: o universo compreende todas as coisas que serão sujeitas a Deus Pai e são redimidas em relação a Cristo. Tem-se aqui uma visão cósmica da realeza de Cristo.
Fonte: NPD Brasil em 22/11/2020

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos, hoje, a solenidade de Cristo Rei. O final do ano litúrgico busca abrir um novo estágio na vida do cristão. O reinado de Cristo ressignifica o poder e nos convida, a partir da vivência do amor e da justiça, a aguardar a ressurreição, não como rompimento, mas como continuidade da vida de Deus que recebemos no batismo. Nutrido pela esperança do reinado de Deus, o cristão é chamado a viver no temporal com expectativas do eterno, assegurando à cidade humana a verdadeira liberdade e paz, que os filhos de Deus podem oferecer, quando vivem a fé que professam.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é um domingo especial! Com A solenidade de hoje, encerramos o ano litúrgico, aclamamos Cristo como centro de nossas vidas e de toda história. Cristo é Rei do Universo e seu Reino de paz e de justiça, de vida e de verdade, nos compromete a todos para que nos empenhemos assumindo nossa missão de discípulos e discípulas. Agradeçamos ao Senhor nesta Eucaristia a disponibilidade de tantos leigos e leigas de se colocarem a serviço do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Do evangelho e da primeira leitura emerge a figura do Cristo como pastor e rei, e, portanto, sua realeza, que se estende e se exerce sobre a humanidade. O universo, do qual é ele rei, é constituído pela totalidade dos homens. A 2ª leitura dilata a perspectiva: o universo compreende todas as coisas que serão sujeitas a Deus Pai e são redimidas em relação a Cristo. Tem-se aqui uma visão cósmica da realeza de Cristo.
Fonte: NPD Brasil em 26/11/2017

JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO.

O ano litúrgico inicia com o primeiro domingo do advento e conclui com a solenidade em que aclamamos Jesus como Rei do universo. Logo que nasceu, magos vindos do oriente perguntam: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus”. Durante o ano, a cada domingo e nas grandes celebrações fomos conhecendo quem é o Rei Jesus e como ele atua. No seu reino as crianças, os órfãos, as viúvas, os estrangeiros, as mulheres, os pecadores, os famintos estão em primeiro lugar.
Na parábola do juízo final há um diálogo entre os que aliviaram o sofrimento dos mais necessitados e os que passaram a vida negando-lhes ajuda. Nada se pergunta de ações religiosas e o juiz, Cristo ressuscitado, faz um elogio ao amor solidário numa sutil advertência aos que passaram a vida se refugiando numa vivência religiosa sem despertar para obras de caridade.
Sabemos que Jesus ensinou que o maior mandamento é amar uns aos outros como ele nos amou, no entanto, na parábola do juízo final não aparece a palavra amor. Jesus foi mais direto falando de coisas concretas em vista da vida que precisa ser cuidada: alimentar o faminto, vestir quem está nu, acolher o estrangeiro, cuidar do que está doente e visitar quem está preso. Este é o grito de Jesus a todos nós: ocupai-vos com os que sofrem, cuidem dos pequenos e dos vulneráveis.
Da parábola brota um comprometedor questionamento: o que estou fazendo para que o mundo em minha volta seja melhor para àqueles que sofrem? São João Crisóstomo questiona: “Que proveito teria se a mesa de Cristo está coberta de taças de ouro se ele morre de fome? Sacia primeiro o faminto e, depois, do que sobrar, adorna a sua mesa. Fazes um cálice de ouro e não dás um copo de água? Que necessidade há de cobrir a mesa com véus de ouro, se não lhe concederes, nem mesmo uma coberta necessária”? São Basílio de Cesareia diz que “O pão que ganha bolor, ou que se desperdiça na tua mesa, é pão roubado do faminto; a quem está descalço pertencem os sapatos alinhados em teus armários; a quem está nu pertencem as roupas que as traças consomem nos teus baús; é do pobre o dinheiro que se desvaloriza nos teus cofres ou nos teus bancos”.
Hoje celebramos o dia dos cristãos leigos, pessoas que atuam nas comunidades cuidando com capricho das diversas pastorais e onde vivem intensamente sua vocação laical. Contudo, a missão dos cristãos leigos não se esgota nas atividades internas da Igreja, mas se abre ao mundo, a toda sociedade. Que no julgamento final possam estar cristãos professores, médicos, empresários, agricultores, padres, bispos, psicólogos, coletores de lixo, pedreiros e tantos outros, transbordando do amor solidário cultivado ao longo da vida. A estes Jesus dirá: “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo”.
Dom José Benedito Cardoso
Bispo Auxiliar de São Paulo

CONSAGRAÇÃO DO GÊNERO HUMANO A JESUS CRISTO REI

(Na Solenidade de Cristo Rei, em todas as Paróquias e outras igrejas e oratórios, diante do Santíssimo Sacramento exposto, convém renovar a Consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei do Universo prevista para este dia (Indulgência Plenária, cf. Enchir. lndulg. n. 27). Para receber Indulgências sempre é necessário a confissão, a comunhão e as orações nas intenções do Papa (Creio, Pai Nosso e uma Invocação à Virgem Maria).
Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados diante do vosso altar, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e, a fim de podermos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós se consagra espontaneamente, neste dia, ao vosso Sacratíssimo Coração.
Muitos há que nunca Vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os ao vosso Sagrado Coração.
Senhor, sede Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram: fazei que estes retornem quanto antes à casa paterna para não perecerem de miséria e de fome. Sede Rei dos que vivem iludidos no erro ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da Fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor. Senhor, conservai incólume a vossa Igreja e dai-lhe uma liberdade segura e sem amarras; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um pólo a outro do mundo ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe salvação; honra e glória a Ele por todos os séculos. Amém.
Fonte: NPD Brasil em 22/11/2020

ENTÃO TU ÉS REI?

A festa litúrgica de Cristo Rei marca o final do ano litúrgico, durante o qual celebramos os grandes feitos da história de Deus com os homens. No início dessa história está a Trindade Santa, que a tudo deu origem, tudo governa e dá o ser e a vida mediante o Espírito Santo. No centro dessa história está o mistério da encarnação, mediante o qual o Filho de Deus veio ao mundo e se fez um de nós. Também nesse fato único estava envolvida a Trindade inteira. Tudo por causa do homem, por seu amor e pelo mundo todo.
E a solenidade de hoje convida a lançar um amplo olhar sobre a história, sobretudo sobre o seu grande final da história, o ponto de chegada do peregrinar do homem. E na conclusão da história encontramos Jesus Cristo glorioso, juiz da história e senhor do universo. Nós cristãos entendemos que o caminho da história não está fechado sobre si mesmo e tem sentido, levando a um grande objetivo final: o encontro com Deus e com Jesus Cristo, Juiz e Senhor de todos, a quem deveremos ar contas de nossa vida e que nos recompensará pela nossa fidelidade ao Evangelho.
Pilatos interrogou Jesus, durante o seu julgamento, e quis saber se Jesus era rei mesmo? Jesus confirmou que sim, mas acrescentou que seu reino não é deste mundo. Pilatos, pelo jeito, não levou a sério e nem compreendeu que também ele sob a jurisdição do reinado de Jesus. Estava demasiadamente preocupado com sua posição perante César, imperador Romano, a quem ele também devia dar contas. Sua pergunta era motivada pelo medo de que Jesus estivesse à frente de algum movimento revolucionário, que ele, Pilatos, em nome de César, devia reprimir.
Pilatos não tinha fé e não se importou com a resposta de Jesus, que afirmou ser rei e ter seguidores, que são todos os que praticam a verdade. “Que é a verdade?”, perguntou Pilatos. Para ele, a verdade eram as ordens de César, seu status diante do imperador romano e suas vaidades diante do povo. No fundo, era ele quem determinava o que era a verdade e os cidadãos tinham de lhe obedecer.
Na festa de Cristo, Rei do universo, somos todos convidados a nos confrontarmos com essas questões: qual é a verdade que escolhemos para seguir na vida? Para onde se orienta a nossa vida: para o reino de César, ou para o reino de Cristo e de Deus? Os reinos de César acabam em nada, mas o reino de Cristo leva à vida eterna. Sejamos todos, desde agora, cidadãos do reino de Deus para que nossa vida não acabe em frustração.
Hoje a Igreja no Brasil realiza as coletas das Campanhas da Fraternidade e da Evangelização em todas as igrejas católicas do país. Com o que se recolhe, muitos trabalhos de evangelização e de caridade podem ser apoiados. Participemos também nós com nosso gesto concreto de apoio ao trabalho evangelizador da Igreja.
Deus abençoe todos os leigos, no dia a eles dedicado. Eles são os mensageiros do reino de Deus nos espaços da família, do trabalho, das responsabilidades públicas e no mundo secular. Deus os abençoe e fortaleça em sua grande missão de discípulos e missionários do reino de Deus.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

VENHA A NÓS O VOSSO REINO

No Domingo de Cristo Rei, a Igreja no Brasil também comemora o Dia dos Leigos e Leigas. Todos os batizados são, por graça divina, discípulos-missionários de Jesus Cristo e enviados ao mundo como suas testemunhas. O reino de Deus é dom e graça de Deus. Nós o acolhemos e nos tornamos servidores e testemunhas do reino de Deus no mundo!
O título de Cristo Rei não se refere a alguma pretensão de reinado terreno de Jesus Cristo. Não disputa reinos na terra quem é o Senhor do céu e da terra... Expressa, ao invés disso, a nossa compreensão da soberania de Jesus Cristo sobre todos os tronos e todas as potências. Isso nos dá a compreensão que o Evangelho é a lei maior, que deve inspirar e orientar toda legislação e também todo projeto de governo terreno. Toda a comunidade dos batizados é chamada a testemunhar no mundo o reino de Cristo e de Deus: reino de vida e verdade, reino de justiça, amor e paz. O Brasil tem grande necessidade desse testemunho, através da ação dos leigos e leigas em todos os ambientes, em todas competências e responsabilidades privadas, sociais e públicas.
Os cristãos no Brasil, entre católicos e irmãos de outras Igrejas, são cerca de 90% da população. Isso deve fazer alguma diferença no jeito de ser da sociedade e da cultura de nossa Pátria: que ela seja sempre digna de Deus e da família de Deus! Sejamos bons cristãos e sejamos cidadãos dignos da Pátria terrena, a fim de merecermos participar do Reino eterno de Cristo e de Deus. Este é o bem maior e a pátria final de todos!
Hoje, abre-se o Ano do Laicato em todo o Brasil. Durante este ano, leigos e leigas são convidados a refletir a valorizar sua vocação laical, sua participação na vida e missão da Igreja e sua presença cristã na sociedade. Os leigos são os “apóstolos de Cristo” nas múltiplas realidades deste mundo e têm a missão de levar a todo lugar o fermento, o sal e a luz do Evangelho. É missão grande e desafiadora! Peçamos a Deus, hoje e todos os dias, que o reino da maldade cesse e se estabeleça o seu reino entre nós. E sejamos todos discípulos e discípulas fieis do reino de Deus!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte:

Comentário do Evangelho

O critério último da salvação é a caridade.

Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às boas pastagens o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo.
O profeta Ezequiel, contemporâneo do profeta Jeremias, foi com os exilados para a Babilônia. Papel fundamental do profeta Ezequiel foi o de exortar o povo para que não caísse no desânimo e confiasse que Deus, que nunca os havia abandonado, iria reconduzi-los à terra de Israel. Diante da infidelidade dos pastores de Israel que apascentavam a si mesmos e abandonaram o rebanho (Ez 34,1-10), Deus mesmo promete apascentar, cuidar e curar das feridas o seu rebanho. Deus, o pastor de Israel, promete, Ele mesmo, reunir as ovelhas que foram dispersas por causa da maldade daqueles que tinham por missão cuidar do povo de Deus.
O evangelho de hoje é uma parábola no contexto do discurso escatológico (24–25). De certa forma, essa parábola resume todo o evangelho e, particularmente, é um resumo dos capítulos que integram o discurso escatológico. A manifestação definitiva do mistério do Reino de Deus se dará em gestos pequenos, simbólicos e significativos. Alguns desses gestos, como os elencados em nosso texto, fazem parte de nossa vida cotidiana: dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestir os que estão nus etc. O que é dito no texto vale não somente para os cristãos, mas para todo ser humano que vive neste mundo. É bastante provável que Ez 34,17-22 tenha servido de inspiração para esse discurso escatológico. Lá também encontramos a separação de ovelhas, carneiros e bodes pelo pastor. A separação, ou juízo, é feita em razão da vida vivida na caridade ou pela indiferença diante do sofrimento e necessidade alheios. Somente o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, que ultrapassa as aparências, pode com verdade conhecer a situação de cada um e o que se é de fato. Se o texto fala de condenação, é para fazer apelo a viver no amor que exige o serviço ao semelhante. O critério último da salvação, que é dom de Deus, não é a fé, mas a caridade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor entranhado pelos que são teus preferidos. É por meio deles que chegarei a ti.
Fonte: Paulinas em 23/11/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO



A Igreja celebra hoje o último domingo do Tempo Comum. Recorda ainda a vocação dos leigos e leigas na Igreja e no mundo. Estamos refletindo sobre as realidades últimas de nossa fé. O profeta Ezequiel apresenta Deus como um pastor que toma conta de suas ovelhas. No exílio babilônico, o rebanho se dispersou.
A grande tarefa do pastor é reuni-lo, de modo cuidadoso e carinhoso. É um Deus-pastor que cuida do seu povo, mas que também fará o julgamento entre ovelhas e bodes. No texto do Evangelho, a preocupação de Jesus não é com o “como”, mas com o conteúdo fundamental: o amor ao próximo. No Antigo Testamento, há alguns textos que nos falam sobre a recompensa de Deus ao ser humano, fundamentada na bênção ou na maldição (Js 8,32-35).
No julgamento, apresentado por Isaías 65,13-15, as recompensas também serão opostas: comer x passar fome; beber x ter sede; alegria x vergonha; exultar na alegria dos corações x padecer a dor. Nesse texto, o Filho é que é apresentado como o juiz, não o Pai. O julgamento atinge todas as nações. Portanto, o julgamento parte de uma mensagem universal, para além do dado da revelação. Os que não conheceram a pregação de Jesus e até os pagãos podem entender o critério fundamental do julgamento: o amor.
Os “menores dos irmãos”, destinatários do amor ou da indiferença, são o próximo necessitado. O julgamento exige uma separação e o critério serão as obras de misericórdia. Seremos julgados pela fé em Jesus Cristo. Fé significa compromisso com Cristo e com os pobres: os famintos, sedentos, doentes, desnudos e presidiários. O julgamento será sobre essa prática de caridade libertadora. Essa é a prática central da fé. É nisso que consiste a justiça do Reino. Como em Deuteronômio 27–28, a sentença é proclamada em forma de bênção ou maldição: herdar o Reino ou o fogo eterno, vida ou castigo.
A fonte de toda a vida cristã é o mistério pascal. Se Cristo não ressuscitou dos mortos, vazia é a nossa fé. Cristo, ressuscitado dos mortos, é primícias de toda a realidade nova que se abre para o cristão. Ele é ressuscitado e entronizado com plenos poderes, exaltado à direita do Pai. Por isso, ele pode ser juiz e senhor da história, rei do universo.
O reinado de Cristo também se manifesta em seu senhorio sobre o pecado e a morte, o último inimigo. Eis o processo: ressurreição de Cristo, parusia, participação dos cristãos na vitória de Cristo; submissão de tudo com a vitória dos inimigos; submissão do Filho a Deus Pai.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Ao encerrarmos mais um ano litúrgico, nós celebramos a festa do Cristo Rei: Aquele que valoriza não o número das orações formais que fizemos durante a vida, mas o que nós demos de comer, de beber, que acolhida nós oferecemos em casa, a quais irmãos necessitados nós vestimos, cuidamos e visitamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2014

VIVENDO A PALAVRA

Ao encerrarmos mais um ano litúrgico, nós celebramos a festa do Cristo Rei, aquele que valoriza não o número das orações formais que fizemos durante este ano, mas aquilo que nós demos de comer e de beber ao faminto ou ao sedento; que acolhida nós oferecemos em nossa casa; a que irmãos carentes nós vestimos, visitamos ou cuidamos...
Fonte: Arquidiocese BH em 26/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

Palavras de Paz, de grande alegria e conforto! O Cristo Rei, Senhor do Universo, supremo Juiz, está presente em cada um de nós. Em nós e conosco o Pai Misericordioso faz a experiência humana da fome, do frio, do abandono, da prisão – até da morte! – mas nos levará, com Ele, à experiência divina da Ressurreição.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/11/2020

Reflexão

O evangelho do domingo de Cristo Rei é a conclusão do discurso escatológico de Mateus. Ele descreve com imagens solenes a vinda de Jesus, Rei e Messias. Segundo esse relato, o julgamento final não se concentrará na realização de grandes e excepcionais obras, mas se dará com base na prática ou não das obras de misericórdia corporal elencadas. Mateus herdou os termos “castigo eterno” e “vida eterna” da literatura apocalíptica. Os herdeiros do Reino de Deus serão os que praticaram a justiça em favor dos pequeninos: dos que não têm o que comer nem o que beber, são excluídos por qualquer motivo, estão sem roupa, doentes e cativos por defenderem os valores do evangelho. Servindo-os, estaremos servindo o próprio Cristo, pois Jesus se identifica com cada um deles. O encontro com o Senhor que tarda não se dará por meio de ritos e celebrações, rezas e louvores – que podem servir para aliviar a consciência -, mas acontecerá quando formos capazes de nos empenhar em favor da promoção dos empobrecidos.
Oração
Ó Jesus, Rei do universo, tua mensagem nos mostra que a injustiça um dia terá fim, e que serão recompensados os que se esforçam para cumprir a vontade de Deus. Vem, Senhor, alimentar nossa esperança de entrarmos na tua glória para vivermos em comunhão contigo para sempre. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 22/11/2020

Reflexão

São João da Cruz resume, numa frase, a cena do juízo final: “No entardecer da vida, seremos examinados sobre o amor”. Jesus esclarece que se trata de amor traduzido em ações concretas, amor que acode aos necessitados. Ao atender as vítimas de um sistema social injusto, estamos demonstrando amor a Deus: “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizeram”. O amor ao próximo é o culto que Deus prefere: “A religião pura e sem mancha diante de Deus, nosso Pai, consiste em socorrer os órfãos e viúvas em seu sofrimento” (Tg 1,27). Seremos julgados, no final, pelos atos de justiça, amor e fraternidade praticados hoje. Única exigência para ouvirmos o confortável convite de Cristo: “Venham, benditos de meu Pai! Recebam por herança o Reino”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizeste

P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus nos fala do juízo final. E com essa ilustração metafórica de ovelhas e cabras, nos mostra que se tratará de um juízo de amor. «Seremos examinados sobre o amor», nos diz São João da Cruz.
Como diz outro místico, Santo Inácio de Loyola na sua meditação Contemplação para alcançar amor, devemos pôr o amor mais nas obras que nas palavras. E o Evangelho de hoje é muito ilustrativo. Cada obra de caridade que fazemos, a fazemos ao próprio Cristo: «(...)Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim» (Mt 25,34-36). Mais ainda: «Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25,40).
Esta passagem evangélica, que nos faz tocar o chão com os pés, põe a festa do juízo de Cristo Rei em seu lugar. A realeza de Cristo é uma coisa bem diferente da prepotência, é simplesmente a realidade fundamental da existência: o amor terá a última palavra.
Jesus nos mostra que o sentido da realeza -a potestade- é o serviço aos outros. Ele afirmou de si mesmo que era Mestre e Senhor (cf. Jn 13,13), e também que era Rei (cf. Jn 18,37), mas exerceu seu mestrado lavando os pés aos discípulos (cf. Jn 13,4 ss.) e, reinou dando sua vida. Jesus Cristo reina, primeiro, desde um humilde berço (um presépio!) e, depois, desde um trono muito incômodo, isto é, a Cruz.
Acima da cruz estava a inscrição que rezava «Jesus Nazareno, Rei dos judios» (Jn 19,19): o que a aparência negava era confirmado pela realidade profunda do mistério de Deus, já que Jesus reina na Cruz y nos julga no seu amor. «Seremos examinados sobre o amor»

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Mostra a Deus a tua gratidão por seres daqueles que podem fazer o bem, e não daqueles que precisam de ajuda... Não sejas rico apenas em bens, mas em piedade; não apenas em ouro, mas também em virtude» (Gregório de Nazianzo)

- «Se pusermos em prática o amor ao próximo, de acordo com a mensagem do Evangelho, então abrimos espaço ao reino de Deus, e ele tem lugar no meio de nós. Por outro lado, se cada um pensar apenas nos seus próprios interesses, então o mundo caminha para a ruina» (Bento XVI)

- «Cristo Senhor reina já pela Igreja, mas ainda não Lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo. O triunfo do Reino de Cristo só será um facto, depois dum último assalto das forças do mal» (Catecismo da Igreja Católica, nº 680)

Reflexão

O “Juízo final”: graça e justiça

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, devemos considerar a imponente imagem do Juízo final não como algo terrorífico mas como um motivo de esperança que, simultaneamente, apela à nossa responsabilidade. Deus é justiça e cria justiça: este é o nosso consolo e a nossa esperança. Mas, na sua justiça está também a graça.
Descobrimos isto dirigindo o olhar a Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado. Ambas — justiça e graça— devem ser vistas na sua justa relação. A graça não exclui a justiça; não converte a justiça em direito. O Juízo de Deus é esperança, tanto porque é justiça, como também porque é graça. Se fosse apenas graça, tornaria irreverente tudo o que é terreno e Deus continuaria a dever-nos a resposta à pergunta sobre a Justiça na nossa história. Se fosse Justiça pura seria, no final, apenas um motivo de temor.
A Tua encarnação, Senhor, uniu a justiça e a graça de tal forma que a justiça se estabelece com firmeza. Não obstante, a graça permite-me encaminhar-me cheio de confiança ao encontro com o meu “Juiz-Advogado”.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus Cristo é Rei de amor, paz e justiça


Hoje, Jesus nos mostra que o sentido da realeza é o serviço aos outros. Ele afirmou de si mesmo que era Mestre e Senhor, e também que era Rei, mas exerceu sua realeza lavando pés e derramando Sangue. Jesus Cristo reina, primeiro, desde uma humilde manjedoura (um presépio!) e, depois, desde um trono muito incômodo (a Cruz!).
—Aí está a realeza de Cristo: o triunfo do amor. No juízo final a última palavra a terá o amor —ou o “des-amor”— de cada um. Garantido por Jesus Cristo!

Comentário do Evangelho

Temos neste texto do evangelho de Mateus uma das páginas mais expressivas no sentido de indicar que a comunhão com os excluídos e oprimidos é a própria comunhão com Jesus e com Deus. Na solidariedade com os excluídos, os famintos, os sedentos, os sem teto, os nus, os doentes e os presos, encontramos com o próprio Jesus, realizando-se, assim, a sua "vinda na glória". A promoção da vida é a comunhão com Jesus em sua vida divina e eterna, em qualquer tempo e em qualquer povo. Desde a sua criação, os homens e as mulheres foram predestinados a participar da vida eterna, através da prática do amor e do serviço. Nas comunidades, o verdadeiro "pastor" (primeira leitura) é aquele que se dedica ao serviço em atender as necessidades de todos, estando atento a cada um. Quem se dedica ao cultivo da vida está vencendo a morte e promovendo a ressurreição (segunda leitura).
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 23/11/2014

Meditando o evangelho

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO

A cena do juízo final comporta vários elementos novos, em relação à mentalidade judaica, em voga entre os discípulos de Jesus.
Diante do Messias-juiz, revestido de glória e majestade, deverão comparecer todos os povos, independentemente de sua origem étnica ou tradição religiosa. O crivo do juízo será aplicado a todos, sem distinção.
A bênção reservada para os eleitos é obra divina, "desde a criação do mundo". Já a maldição, reservada aos condenados, foi preparada "pelo diabo e por seus anjos". Portanto, quando alguém é votado à sorte dos malditos, frustra-se nele o projeto de Deus.
O critério usado no julgamento é o amor ao próximo, de modo especial o pobre e marginalizado. Julga-se a capacidade humana de sair do próprio egoísmo e ir ao encontro das carências do semelhante. O rei Jesus sente-se pessoalmente tocado com cada gesto de amor ou de egoísmo em relação ao necessitado: "a mim o fizeste", "não fizeste a mim".
As observâncias religiosas ficam em segundo plano. A santidade obtida por meio delas, mas sem o amor essencial, mostrar-se-á inútil no encontro derradeiro com o Senhor.
O juízo final, ao revelar quem é quem, provocará inúmeras surpresas. Muitos que não contavam com a salvação serão salvos por terem vivido o mandamento do amor. Muitos que se tinham como santos serão condenados, pois, no fundo, foram egoístas empedernidos.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Pai, reforça minha disposição para amar e servir meus semelhantes, sobretudo, os mais pobres e marginalizados. Esta será a única forma de me preparar para o encontro com Jesus.
Fonte: Dom Total em 26/11/2017 22/11/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Pois eu estava com fome, e não me destes de comer
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Colocados diante de Cristo, Rei do universo, estamos atentos ao que ele tem a nos dizer. Sabendo o que vão lhe perguntar na prova final, o aluno precavido se prepara a tempo. São Mateus nos revela o gabarito da prova final.
Conhecendo de antemão o resultado, seríamos pouco inteligentes se não nos preparássemos com antecedência. Haverá uma pergunta para todos, indistintamente. Todas as nações estarão diante do juiz, independentemente de sua ideologia, seu tipo de governo, seu sistema social, sua religião. A pergunta será a mesma para todos. O que foi que você fez para o outro?
Naquele momento todos ficarão sabendo que o outro é o próprio juiz. Os que o trataram bem receberão o convite para participar de uma festa eterna. Os que o maltrataram receberão uma punição eterna. A boa ação foi traduzida pelos cristãos como sete obras de misericórdia: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; acolher os peregrinos; visitar os doentes; visitar os presos; enterrar os mortos. Este é o caminho para todos, embora nem todos o conheçam. Os cristãos, porém, o conhecem. Receberam de Deus a revelação da fé. Sabemos para ensinar os que não sabem. Sabemos para ajudar os que não sabem a não desanimar nem desistir, porque as obras de misericórdia são atos de amor, e o amor sofre incompreensões.
O profeta Ezequiel não propõe uma teocracia, mas já que os homens não governam como devem, Deus vai governar. Os governos deste mundo são falhos, Deus sabe disso e está atento ao que acontece. Ele não deixará no abandono as suas criaturas. Suscitará sempre novos pastores e cada um pode encontrar nele o pastor de que precisa.
O reinado de Cristo não é simplesmente administrativo, com a finalidade de pôr ordem no mundo. Suas dimensões são mais amplas e mais profundas. Ele vai até a expressão máxima de todos os males, que é a morte, e a vence. É o último inimigo a ser destruído.
O governo de Cristo dá pleno sentido à nossa existência. Em seu projeto não falta nada para ninguém, tudo foi feito e tudo foi distribuído.
Fonte: NPD Brasil em 26/11/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O REI DOS REIS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O filme era em preto e branco, e o cinema era o saudoso Club Atlético Votorantim, meus olhos brilhavam quando meu pai me dava uns trocados no domingo de páscoa, e me dizia “tome, vá assistir o “Rei dos reis”.    O Tarzan e o Zorro, ou o mocinho dos filmes de Cowboy, eram nossos heróis que sempre se saiam bem sobre os bandidos, a gente brincava depois, tentando reproduzir o que tínhamos visto na tela mágica do cinema, e todos queriam ser os heróis vencedores. Então, o Rei dos reis, na certa contava a história de um rei poderoso e vencedor, contudo, o final do filme acabara com o meu entusiasmo, o tal Rei dos Judeus – Jesus de Nazaré – sofrera uma derrota humilhante e vergonhosa, sendo torturado pelos seus algozes até na hora da morte, além do mais nascera pobre em um estábulo, trabalhara com o pai em uma carpintaria, andava a pé e não em fogosos cavalos com sua guarda pessoal como faziam os grandes reis, e o pior, andava com pessoas de baixo nível, ladrões, prostitutas, pecadores, coisa nada recomendável para um rei. E no meu pensar de menino, comparado aos heróis da tela, o filme fora uma decepção.
Não dava nem para brincar de “Rei dos reis” com a minha turma, pois, como cantava Raul Seixas, eu também morria de medo de ser pendurado numa cruz. Era um filme onde, contrariando os demais, a força do mal havia vencido! Todos os anos eu ia assistir, na esperança de que houvesse perdido uma parte do filme, quem sabe a fita não tinha arrebentado, como as vezes ocorria com outros filmes, ocasião em que a plateia soltava uma calorosa vaia, vai ver que faltava um pedaço do filme, e assim eu alimentava a esperança de que Jesus de Nazaré saíra-se vitorioso diante dos seus torturadores e poderosos que o haviam condenado.
Minha mãe era muito fervorosa em suas orações e práticas religiosas, um belo dia expus-lhe minha dúvida, se Jesus era ou não um vencedor, e se ele realmente ressuscitara, após aquela morte horrível na cruz, onde afinal havia se enfiado, que ninguém o via. Minha mãe sorriu, disse-me que com o decorrer do tempo eu iria entender, desde que continuasse a ir à igreja, escutar a santa palavra e a receber a eucaristia. Achei que a minha mãe tinha algum segredo sobre Jesus, que não queria me contar.
Comecei a segui-la sem que ela soubesse, um domingo a tarde foi ao hospital Santo Antônio, visitar uma amiga internada, levou duas maçãs, e já no quarto, abraçou e a beijou, dizendo-lhe palavras de conforto e esperança,. Na outra semana pediu a meu pai para entregar ao soldado Ranieri, uma marmita cheia de comida e pedaços de frango, para ele levar para o Chiquinho, que estava preso por bebedeira, e que não tinha mais família. Em outro dia, acolheu em nossa casa, com a permissão do meu pai, um andante (eu morria de medo de andante) ele tinha uma barba grande e estava mau vestido, meu pai lhe cedeu uma calça e uma camisa limpa, um sapato usado para seus pés descalços, ele sentou-se na mesa e almoçou com muito apetite, igual os cachorros famintos que a gente alimentava na calçada.
E em minha última espionagem, notei que ela ficou quase uma semana ajudando a cuidar de uma criança enferma, que vivia com o avô, carregando a menininha pobrezinha uns três dias, pra cima e pra baixo, levando-a na farmácia e no Posto de Atendimento. Percorria as casas rezando o terço nos meses de maio e outubro, e preferia sempre as mais pobres, para alegria das pessoas simples, que saudavam Nossa Senhora das Graças, com muita festa. Meu coração se questionava cada vez mais, onde estava o Rei dos reis, triunfante? Qual a relação desse Reino do Bem, com aquelas atitudes de minha mãe?
Lembro-me que já andava nos meus 14 anos e falava em ir para o seminário, certa tarde o Vico, marido da Nhá Jandira caiu em frente a nossa casa, esfolando o rosto na calçada, sangrando muito, sendo que meu irmão o recolheu para dentro de casa e ela, limpando o ferimento fez um curativo, lavando o rosto ferido daquele homem, e foi quando então uma luz brilhou dentro de mim, assim que ela foi para a cozinha corri atrás “Descobri mãe, descobri onde está o Jesus vencedor do mal!”. Enxugando as mãos no velho avental, ela indagou-me para que falasse logo, pois ainda tinha de preparar a janta para nós. “Ele está escondido em todas essas pessoas que Senhora ajuda, eu andei espionando tudo o que a senhora fez.”
Minha mãe sorriu, e disse-me que era mesmo verdade, que um dia o Padre Antônio explicara para o povo, o que Mateus havia escrito em seu evangelho (nos anos 60 a gente não tinha acesso a Bíblia) que em todas as pessoas que sofriam alguma dor, física ou moral, Jesus estava presente e precisava ser tratado bem, com carinho, amor e ternura. E assim desvendei o mistério de Cristo Rei, o seu reino alicerçado no amor, na justiça, na igualdade entre as pessoas é eterno, e jamais as forças do mal irão prevalecer contra ele.
É este o único critério que o evangelho desse penúltimo domingo do ano litúrgico nos coloca, para entrarmos na comunhão plena com Deus na Vida Eterna, crer na vitória da cruz, no Cristo Ressuscitado, que quer ser amado nos pobres, enfermos, idoso, crianças, encarcerados, prostituídos, nos famintos, e nos que estão nus, porque já perdeu toda sua dignidade.    Há algo que nunca contei à minha mãe, e que guardei só para mim: É que na caminhada para o calvário, havia poucas pessoas que acreditavam em seu poder e realeza, Verônica, a que enxugou o seu rosto ferido, era uma delas, quando minha mãe limpou o rosto ferido daquele Homem alcoolizado, que caira em frente a nossa casa, eu me lembrei do filme, desvendando o grande mistério “tive sede e me destes de beber, tive fome e me destes de comer, estava nu e me vestistes, preso e enfermo, e fostes me visitar”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes! - Mt 25,31-46
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Quem virá fazer o julgamento final de toda a humanidade será o Filho do Homem. Virá em sua glória, com muitos anjos, mas será o Filho do Homem. A expressão “Filho do Homem” aparece 14 vezes em São Marcos, 30 em Mateus, 25 em Lucas, 13 em João, 1 nos Atos e 2 no Apocalipse.
No Antigo Testamento, o profeta Ezequiel é chamado 93 vezes de Filho do Homem. A expressão significa simplesmente “ser humano”, alguém, uma pessoa. O profeta Daniel viu um Filho do Homem vindo nas nuvens do céu, ele viu alguém, com aparência humana, sobre as nuvens. Na realidade, Daniel vê a aproximação do Messias, o Salvador prometido.
Quando Jesus chama a si mesmo de Filho do Homem, a expressão significa que ele é humano no sentido pleno da palavra e que é o Salvador que Daniel viu nas nuvens. No juízo final, segundo o Evangelho de Mateus, Jesus virá e será visto com um corpo humano como o nosso e virá estabelecer o seu reinado para sempre. Ele se sentará no trono e, como Filho do Homem, julgará as ações praticadas entre os filhos dos homens deste mundo. O que fizemos uns com os outros, o que fizemos para os outros.
Quem tratou bem os filhos dos homens e das mulheres em suas necessidades, será considerado justo e entrará na vida eterna.
Para nos ajudar nas nossas decisões e para não nos enganarmos, Jesus nos dá hoje a lista das perguntas que ele fará naquele dia. Todas elas se referem à prática das obras de misericórdia, tudo muito humano e muito ao nosso alcance. Há seis categorias de seres humanos presentes diante de nossos olhos e de nossa consciência. São eles os famintos, os sedentos, os desabrigados, os nus, os doentes e os presos.
A estes acrescentamos os que devem ser sepultados. Não seja indiferente quando os encontrar. Alguns são pobres, outros estão.
Fonte: NPD Brasil em 22/11/2020

Homilia de Cristo Rei do Universo

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

“Cristo, Rei do Universo”

Um rei diferente

A festa de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI dia 11.12.1925 para fazer frente à onda de secularismo e ódio à Igreja que ocorreram no início do século passado. Grandes inimigos perseguiam a Igreja: comunismo, fascismo, nazismo e o ateísmo. O mal usa os humanos para atingir o Senhor. Pode ser uma visão retrograda, mas o mal continua.
A perseguição é um sinal muito bom para a Igreja. Ela é rejeitada porque reconhece em Cristo o Senhor para o qual se direciona todo o universo (Ef 1,10). A Verdade anunciada toca as consciências e exige conversão radical do ser humano para que corresponda mais à verdade. Somente em Cristo o homem atinge seu ideal. Vemos que os males que há nas pessoas e na sociedade são o resultado da ausência de Cristo.
Por que temer Cristo? Ele é juiz, mas é o Bom Pastor que conduz a bons lugares (Sl 22). Ele cuida de todos e nos confia o Reino. Ele é o Ressuscitado, o Vivo, que quer dar vida em abundância. Cristo Rei não se iguala às realezas da história que se aproveitaram do sangue do povo e amontoaram riquezas. Na Escritura o rei devia ser aquele que estaria no lugar de Deus para cuidar dos necessitados. A liturgia de hoje mostra a finalidade da festa: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo...” (oração) ... “Que conceda a paz e a união a todos os povos.” (oferendas)..” e “que possamos viver com ele eternamente no Reino dos Céus” (pós-comunhão).
A realeza de Cristo se inaugura no trono da cruz onde, com o manto de sangue, coroa de espinhos e as perolas de suas chagas, se apresenta o Rei. Basta de Cristo fantasiado para um teatro sem resultados. É mais fácil adotar essa realeza que unir-se a Cristo sofredor que se oferece ao Pai pelo mundo.

Responsabilidades do Reino

Infelizmente a festa se caracterizou pela coroa, manto, centro e esplendor. Era o momento. O que pode anima a nos unir a este Rei são os ministérios que nos confia para a vivência de seu Reino. As linhas de ação estão estampadas no texto do juizo final. Somos responsáveis pelos irmãos: Tudo o que fizestes ao menor dos seus, foi a Ele que fizestes. Seremos examinados sobre o que fizemos para melhorar a fome e a sede do mundo. Qual foi nossa atenção para resolver os problemas da migração. Como estabelecemos a solução dos graves problemas da doença e dos prisioneiros. Jesus Rei tem sua atenção voltada para os necessitados. Aqui temos que acusar a pregação da Igreja oficial e dos fiéis que procuraram uma espiritualidade e uma religião distante dos problemas esquecidos do homem caído à beira do caminho, como lemos na parábola do samaritano. O Juiz quer dignidade a todo homem e mulher, desde sua concepção. Não é política. É evangelho.

Submeter tudo a Deus

Quando dizemos que Cristo é o centro, não pensamos em uma estrutura de comunidade, mas nas atitudes que devem penetrar as estruturas do mundo. Submeter a Cristo todas as coisas é fazer que sua missão de manifestar o amor do Pai atinja todas as pessoas para que se sintam amadas por Ele.
Submeter é agir de acordo com o coração do Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas. Paulo diz que o mal nasce do pecado e traz a morte. Por Cristo nos veio a Vida que atingirá todas as pessoas e a natureza. Ele é o Rei da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz (Prefácio).  Nós O faremos presente na atenção a todos, pois Ele vai apascentar suas ovelhas.

Leituras:
- Ezequiel 34,11-12,15-17;
- Salmo 22;
- 1Coríntios 15,20-26.28;
- Mateus 22,34-40

Ficha nº 1390 - Homilia de Cristo Rei do Universo (23.11.14)

A finalidade a festa instituída por Pio XI foi fazer frente a todos os perseguidores. A Igreja é perseguida porque toca a consciência. O mal vem a ausência de Cristo na vida. O Rei devia estar no lugar de Deus para cuidar dos necessitados. A realeza de Cristo não corresponde às realezas do mundo. Ele é o Rei Crucificado.
Cristo nos confia os ministérios do Reino. As exigências do Juízo final são os problemas do mundo que nos são confiados. Uma realeza política não resolve. É mais fácil uma religião que não elimina a dignidade do homem.
Aclamar Cristo é pensar nas atitudes que devem penetrar as estruturas do mundo. Submeter o mundo a Cristo é realizar sua missão de manifestar o amor do Pai. É agir como o Bom Pastor. Nós O faremos presente na atenção a todos.

Escolhendo o partido

No encerramento do Ano Litúrgico celebramos a festa de Cristo Rei. Ela ensina que tudo converge para Cristo. Paulo diz que no fim Cristo vai entregar a realeza ao Pai depois de dominar todos os inimigos, inclusive a morte.
Deus nos conduz como um pastor a seu rebanho. Cuida bem e só tem nosso interesse. Pouco exige. Sua única preocupação é que todos sejam bem cuidados por nós. Ao anunciar o julgamento do fim dos tempos coloca os itens sobre os quais vamos ser julgados. Tudo o que fizemos aos outros, ou não fizemos, é feito a Ele.
Os itens do julgamento são simples: tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era estrangeiro e me recebestes em casa, estava nu e me vestistes; estava doente e cuidastes de mim; estava na prisão e fostes me visitar.
Vejamos bem que estes itens são os grandes problemas do mundo atual: fome, água, migração, saúde, sistema carcerário. São os direitos da pessoa humana. E muita gente não faz nada disso e se maquia com rezas, movimentos, grupos e o necessitado fica a definhar. Vamos ter surpresa.
Cristo é Rei e nós cuidamos de seus súditos.
Fonte: a12 - Santuário em 23/11/2014

HOMILIA

Espiritualidade Bíblico-Missionária

Celebramos o último domingo do Ano Litúrgico. A palavra de Jesus nos transporta para o juízo final, para o fim dos tempos. O Senhor, o Rei, está presente para julgar os vivos e os mortos. Vai emergir, aflorar, tudo o que foi praticado pela humanidade. O Senhor preferiu olhar com o coração o feito humano, a experiência humana. As seis obras cumpridas ou negadas são apresentadas quatro vezes.
O que mais se destaca é a pergunta dos justos: “Senhor, quando é que te vimos com fome, nu, preso, doente?” Também é bela e grandiosa a resposta de Jesus: “Em verdade, eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!”
Será que ficamos surpreendidos com essas palavras de Jesus? Quando o reconhecemos, de fato, nos mais desprovidos e espoliados da sociedade? Vi ricos dando risadas dos pobres sofredores, ou sorrindo porque a natureza ardia em chamas! Será que tudo isso vai passar “em branco” no juízo de Deus? É melhor contar com a surpresa que os justos tiveram, do que com as incompetências dos sábios do mundo.
Os justos não olharam para a condição social, a raça, cor, cultura, para praticar o bem e a justiça; muito menos procuraram retribuição. Só viveram e praticaram o amor solidário, fraterno, o amor na simplicidade e na gratuidade. Quanta carência tem o mundo de atitudes semelhantes! Por isso, está nas mãos dos cristãos as escolhas que podemos fazer, e o Evangelho nos dá a consciência necessária. Jesus nos ensina; não nos impõe nada, mas espera que saibamos escolher a vida, o bem, o que nos conduz para a pertença do Reino de Deus.
Acho importante pensar na palavra forte do Evangelho: “Viste-me!” “Quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos?” Quando não há amor que partilha, também não há eternidade, não há presença divina. Onde há amor, Deus aí está! Onde há justiça, Deus aí está! Onde há partilha, Deus aí está!
O egoísmo, a ganância, a exploração do irmão (triste saber que ainda em nossos dias há escravidão no trabalho, algo inadmissível), o fechamento em si próprio, a frieza, a indiferença, são contravalores que clamam aos céus. Quem deseja ou vive esses contravalores da vida e do Reino, não tem lugar no Reino de Deus.
O Senhor espera que nós o vejamos, de fato, na vida do irmão. Os justos nos dão uma grande lição de fidelidade ao Senhor, ao seu Reino, e fazem o reinado de Deus acontecer na terra. Eis o caminho que devemos seguir!

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 23/11/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 26/11/2017

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 22/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

Jesus vem ao nosso encontro na pessoa do pobre e do sofrido

O Jesus que recebemos na comunhão é o mesmo que vem ao nosso encontro na pessoa dos pobres e dos sofridos. Seremos considerados dignos de estar ao lado d’Ele ou não a partir da escolha, da aceitação dos pobres e dos sofredores em nossa vida!

“Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!” (Mateus 25, 34)

É com muita alegria que celebramos, hoje, a Festa de Cristo Rei; coroamos o ano litúrgico, coroamos a nossa vida proclamando essa verdade suprema: Jesus Cristo é Rei, é o Senhor! Nós queremos exaltar o reinado e o senhorio de Cristo, nos rendendo, nos entregando a Ele, proclamando que da nossa vida Ele é o Senhor.
A cada dia, meus irmãos, precisamos nos tornar súditos desse reinado de Jesus; o Seu reinado começa em nossa alma e em nosso coração quando Lhe entregamos nossa vida.
O Evangelho, deste domingo, permite-nos refletir sobre o “juízo universal” e o reinado definitivo de Deus sobre todo o universo, o reinado de Jesus sobre todos nós. Se hoje vivemos todos juntos no Reino definitivo do Senhor, haverá a separação dos que são de Deus e daqueles que não são.
Existe um critério fundamental. Primeiro, o amor a Deus sobre todas as coisas, que é vivido na caridade sem medida, ou seja, é saber acolher Jesus na pessoa do próximo, do pobre, do sofredor e do rejeitado. É também entender que cada sofredor que vem ao nosso encontro, que vamos ao encontro dele ou ainda o sofredor de quem nos desviamos é o próprio Jesus.
O Senhor está na pessoa do preso, do doente, do enfermo; está na pessoa daquele que passa fome, daquele que passa necessidade. Como nos recorda Papa Francisco a partir dos santos padres da Igreja: “A carne do pobre é a carne de Cristo”. Sabe aquela carne humana sofrida pela doença, pelas diversas lepras da vida, que, muitas vezes, nós nem gostamos de olhar? Sabe aquela pessoa de quem não suportamos o cheiro? É o cheiro de Jesus, é a pessoa d’Ele! Vamos ser considerados dignos de estar ao lado d’Ele ou não a partir da escolha, da aceitação dos pobres e dos sofredores em nossa vida!
Sabe, meus irmãos, não adianta só adorar Jesus no Sacrário, na igreja; não adianta apenas amá-Lo com o terço na mão, com a Bíblia pregando para lá e para cá. A fé se traduz em obras e gestos! O mesmo Jesus que recebemos na comunhão é o que vem ao nosso encontro na pessoa dos pobres e dos sofridos.
Não é discurso social, é discurso evangélico; não é teoria política, é Evangelho puro: cuidar dos pobres, amá-los e dar a nossa vida por eles. No Reino de Deus, no julgamento definitivo, eles serão os protagonistas; e quem nessa vida cuidou deles reinará com eles junto com Nosso Senhor.
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

O reinado de Jesus acontece no meio dos pobres

Jesus está nos mostrando que o Seu reinado começa com os pobres, com os famintos e com os necessitados

“Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa.” (Mateus 25,35)

A alegria deste domingo é celebrarmos Jesus Cristo, Rei e Senhor de todo o universo. Quando pensamos no reinado de Cristo, não pensamos num rei na forma humana, um rei que está com uma coroa e fica ali sentado no seu trono. Isso é uma alegoria, uma imagem muito terrena que não é capaz de explicar o significado sublime do reinado de Cristo.
Onde Cristo reina? Ele reina nas almas, nos corações; reina sobre os homens e as mulheres, que se submetem ao Seu Senhorio. Jesus é Rei daqueles que O proclamam como seu Senhor, não se rendem a nenhuma divindade dessa terra: a nenhum homem ou mulher e, também, não se rendem a qualquer coisa desse mundo. O nosso Senhor, o nosso Rei é somente Jesus!
Neste domingo, meditamos o Evangelho de São Mateus, vimos Jesus chegar com o Seu Reino definitivo, o reinado eterno; daqueles que para sempre, viverão com Ele no Céu.
O Rei vai separar à esquerda os que não são d’Ele e à direita os que são: “Vinde, benditos de meu Pai”. E por que são benditos do Pai e reinarão com Ele para sempre? Porque cuidaram d’Ele, O acolheram e O colocaram como o primeiro em suas vidas.
Onde está Jesus? Alguns pensam que Ele está somente no Sacrário, na Cruz, nas orações. Ele está nesses ”lugares”, é o lugar da presença d’Ele, entretanto, hoje, Ele está mostrando que o Seu reinado começa com: os pobres, os famintos, os necessitados, os desabrigados, os presos, (…) com as pessoas que não valem nada.
“Eu tive fome e tu me deste de comer”, todos os famintos, todas as pessoas que não têm o que comer, é Jesus clamando por um pão, clamando pelo direito de se alimentar.
Todas as pessoas sedentas, que não têm nem uma roupa para vestir; o irmão que não tem casa para morar, o doente que está sofrendo, o outro que foi preso, aquele que está condenado, e assim por diante,  neles são os lugares do nosso encontro com Jesus.
É preciso desfazer-se dessa imagem de um rei com coroa na cabeça, para “visualizarmos” a imagem de um Rei que, antes de tudo, se faz pobre. Ele nasceu pobre, viveu como pobre e morreu totalmente sem nada. E se quisermos encontrá-Lo, nessa vida e na eternidade, O encontremos entre tantos sofredores, aflitos, famintos, tantos pobres e miseráveis que clamam para serem socorridos.
O reinado de Jesus acontece no meio dos pobres, o Seu reinado está entre aqueles que estão sofrendo, porque eles são para nós a imagem de Jesus Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

O Reino de Deus acontece quando cuidamos dos necessitados

“Então, o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!’” (Mateus 25,34)

Celebramos, hoje, a Solenidade de Cristo Rei do Universo e queremos reconhecer o senhorio de Jesus, queremos proclamá-Lo como Rei e Senhor da nossa vida. Queremos também olhar para todas as realidades presentes e futuras. No presente, queremos reconhecer Jesus, o Senhor da nossa casa, da nossa família e da nossa história.
Queremos também reconhecer que o fim de todas as coisas é o reinado universal do Senhor Jesus, onde todos se voltarão para Ele; e Jesus, como o bom Rei, separará os que pertencem e os que não pertencem ao Seu Reino.
É óbvio que aqueles que deixarem Jesus reinar na sua vida durante a vida, reinarão com o Senhor, e aqueles que não assumiram ou não permitiram o senhorio de Jesus acontecer na sua vida, não participarão do Reino eterno do Senhor Jesus.
O Reino do Senhor — onde Ele mesmo vai chamar para estar à Sua direita os benditos do Pai, para receber a herança que está preparada desde à criação do mundo —  será daqueles que foram a misericórdia de Deus para com o Seu próximo.

O Reino de Deus acontece quando o pobre é cuidado, quando a fome é saciada, quando o necessitado é acolhido

O Reino de Deus é daqueles que exercem a misericórdia, a caridade e o amor para com o seu próximo. O Reino de Deus não é feito só de orações, a oração é fundamental e essencial, mas a oração que não se reveste de obras de misericórdia, não faz parte do Reino de Jesus.
As obras de misericórdia são estas: cuidar dos mais necessitados. Jesus está naquele que está com fome, com sede, naquele que está nu, que está na prisão, naquele que está renegado em nossas ruas, naquele que está doente e enfermo.
Muitas vezes, nós que somos igreja, não reconhecemos Jesus nessas pessoas, não temos tempo, desprezamos, não cuidamos, não devotamos amor; até nutrimos muitas vezes ódio, nojo, rejeição e desprezo. Estamos desprezando Jesus que está neles.
Não podemos deixar ninguém ao nosso lado passar fome e necessidades. Não se constrói o Reino de Deus apenas para alguns privilegiados, porque alguns querem justificar a sua bonança: “Porque tem muito”; “Porque Deus me deu”. Se foi Deus que te deu, Ele te deu para repartir, para compartilhar, para que você possa cuidar daqueles que não têm. Como nos diz São João Crisóstomo: ‘Tudo que temos em nossa casa pertence aos pobres’.
Infelizmente, está se formando uma mentalidade cristã totalmente deturpada, onde as pessoas querem acumular, ter e acreditar que a bênção de Deus está no possuir quando, na verdade, a bênção de Deus está no dividir, está no saber partilhar e compartilhar o pão que temos em nossa casa, a começar por nossas crianças que precisam saber repartir os presentes que ganham a nós adultos que precisamos vencer o nosso egoísmo para encontrarmos o Senhor Jesus no meio dos mais pobres e sofridos.
O Reino de Deus não começa nos nossos banquetes, o Reino de Deus acontece quando o pobre é cuidado, quando a fome é saciada, quando o necessitado é acolhido, quando o doente é cuidado.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/11/2020

Oração Final
Pai Santo, faze-nos amigos compassivos dos peregrinos que seguem sua jornada de volta à tua Morada Celeste próximos de nós. Que sejamos para eles fontes de Esperança, de Fé e testemunhas do teu Amor de Pai que tem coração de Mãe. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos amigos compassivos dos peregrinos que seguem próximos de nós a sua jornada de volta à tua Morada Celeste. Que sejamos para eles fontes de Luz, de Esperança e de Fé, testemunhas do teu Amor de Pai que tem ternura materna. Pelo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és cheio de Misericórdia, abre meus olhos, ajuda o meu entendimento, e faze amoroso o meu coração para acolher teu Filho, o Cristo, que está em cada um de meus irmãos, especialmente nos pobres, enjeitados, prisioneiros, discriminados e sofredores. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e meu Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/11/2020

Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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