sábado, 25 de novembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/11/2017

ANO A


SENHOR JESUS CRISTO
REI DO UNIVERSO
Ano A - Cor Branca

“Cristo é o Senhor, o Rei do Universo!”

Mt 25,31-46

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos, hoje, a solenidade de Cristo Rei. O final do ano litúrgico busca abrir um novo estágio na vida do cristão. O reinado de Cristo ressignifica o poder e nos convida, a partir da vivência do amor e da justiça, a aguardar a ressurreição, não como rompimento, mas como continuidade da vida de Deus que recebemos no batismo. Nutrido pela esperança do reinado de Deus, o cristão é chamado a viver no temporal com expectativas do eterno, assegurando à cidade humana a verdadeira liberdade e paz, que os filhos de Deus podem oferecer, quando vivem a fé que professam.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é um domingo especial! Com A solenidade de hoje, encerramos o ano litúrgico, aclamamos Cristo como centro de nossas vidas e de toda história. Cristo é Rei do Universo e seu Reino de paz e de justiça, de vida e de verdade, nos compromete a todos para que nos empenhemos assumindo nossa missão de discípulos e discípulas. Agradeçamos ao Senhor nesta Eucaristia a disponibilidade de tantos leigos e leigas de se colocarem a serviço do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Do evangelho e da primeira leitura emerge a figura do Cristo como pastor e rei, e, portanto, sua realeza, que se estende e se exerce sobre a humanidade. O universo, do qual é ele rei, é constituído pela totalidade dos homens. A 2ª leitura dilata a perspectiva: o universo compreende todas as coisas que serão sujeitas a Deus Pai e são redimidas em relação a Cristo. Tem-se aqui uma visão cósmica da realeza de Cristo.

Comentário do Evangelho

O critério último da salvação é a caridade.

Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às boas pastagens o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo.
O profeta Ezequiel, contemporâneo do profeta Jeremias, foi com os exilados para a Babilônia. Papel fundamental do profeta Ezequiel foi o de exortar o povo para que não caísse no desânimo e confiasse que Deus, que nunca os havia abandonado, iria reconduzi-los à terra de Israel. Diante da infidelidade dos pastores de Israel que apascentavam a si mesmos e abandonaram o rebanho (Ez 34,1-10), Deus mesmo promete apascentar, cuidar e curar das feridas o seu rebanho. Deus, o pastor de Israel, promete, Ele mesmo, reunir as ovelhas que foram dispersas por causa da maldade daqueles que tinham por missão cuidar do povo de Deus.
O evangelho de hoje é uma parábola no contexto do discurso escatológico (24–25). De certa forma, essa parábola resume todo o evangelho e, particularmente, é um resumo dos capítulos que integram o discurso escatológico. A manifestação definitiva do mistério do Reino de Deus se dará em gestos pequenos, simbólicos e significativos. Alguns desses gestos, como os elencados em nosso texto, fazem parte de nossa vida cotidiana: dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestir os que estão nus etc. O que é dito no texto vale não somente para os cristãos, mas para todo ser humano que vive neste mundo. É bastante provável que Ez 34,17-22 tenha servido de inspiração para esse discurso escatológico. Lá também encontramos a separação de ovelhas, carneiros e bodes pelo pastor. A separação, ou juízo, é feita em razão da vida vivida na caridade ou pela indiferença diante do sofrimento e necessidade alheios. Somente o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, que ultrapassa as aparências, pode com verdade conhecer a situação de cada um e o que se é de fato. Se o texto fala de condenação, é para fazer apelo a viver no amor que exige o serviço ao semelhante. O critério último da salvação, que é dom de Deus, não é a fé, mas a caridade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor entranhado pelos que são teus preferidos. É por meio deles que chegarei a ti.
Fonte: Paulinas em 23/11/2014

Vivendo a Palavra

Ao encerrarmos mais um ano litúrgico, nós celebramos a festa do Cristo Rei: Aquele que valoriza não o número das orações formais que fizemos durante a vida, mas o que nós demos de comer, de beber, que acolhida nós oferecemos em casa, a quais irmãos necessitados nós vestimos, cuidamos e visitamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2014

VIVENDO A PALAVRA

Ao encerrarmos mais um ano litúrgico, nós celebramos a festa do Cristo Rei, aquele que valoriza não o número das orações formais que fizemos durante este ano, mas aquilo que nós demos de comer e de beber ao faminto ou ao sedento; que acolhida nós oferecemos em nossa casa; a que irmãos carentes nós vestimos, visitamos ou cuidamos...

Homilia de Cristo Rei do Universo

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

“Cristo, Rei do Universo”
Um rei diferente

A festa de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI dia 11.12.1925 para fazer frente à onda de secularismo e ódio à Igreja que ocorreram no início do século passado. Grandes inimigos perseguiam a Igreja: comunismo, fascismo, nazismo e o ateísmo. O mal usa os humanos para atingir o Senhor. Pode ser uma visão retrograda, mas o mal continua.
A perseguição é um sinal muito bom para a Igreja. Ela é rejeitada porque reconhece em Cristo o Senhor para o qual se direciona todo o universo (Ef 1,10). A Verdade anunciada toca as consciências e exige conversão radical do ser humano para que corresponda mais à verdade. Somente em Cristo o homem atinge seu ideal. Vemos que os males que há nas pessoas e na sociedade são o resultado da ausência de Cristo.
Por que temer Cristo? Ele é juiz, mas é o Bom Pastor que conduz a bons lugares (Sl 22). Ele cuida de todos e nos confia o Reino. Ele é o Ressuscitado, o Vivo, que quer dar vida em abundância. Cristo Rei não se iguala às realezas da história que se aproveitaram do sangue do povo e amontoaram riquezas. Na Escritura o rei devia ser aquele que estaria no lugar de Deus para cuidar dos necessitados. A liturgia de hoje mostra a finalidade da festa: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo...” (oração) ... “Que conceda a paz e a união a todos os povos.” (oferendas)..” e “que possamos viver com ele eternamente no Reino dos Céus” (pós-comunhão).
A realeza de Cristo se inaugura no trono da cruz onde, com o manto de sangue, coroa de espinhos e as perolas de suas chagas, se apresenta o Rei. Basta de Cristo fantasiado para um teatro sem resultados. É mais fácil adotar essa realeza que unir-se a Cristo sofredor que se oferece ao Pai pelo mundo.

Responsabilidades do Reino

Infelizmente a festa se caracterizou pela coroa, manto, centro e esplendor. Era o momento. O que pode anima a nos unir a este Rei são os ministérios que nos confia para a vivência de seu Reino. As linhas de ação estão estampadas no texto do juizo final. Somos responsáveis pelos irmãos: Tudo o que fizestes ao menor dos seus, foi a Ele que fizestes. Seremos examinados sobre o que fizemos para melhorar a fome e a sede do mundo. Qual foi nossa atenção para resolver os problemas da migração. Como estabelecemos a solução dos graves problemas da doença e dos prisioneiros. Jesus Rei tem sua atenção voltada para os necessitados. Aqui temos que acusar a pregação da Igreja oficial e dos fiéis que procuraram uma espiritualidade e uma religião distante dos problemas esquecidos do homem caído à beira do caminho, como lemos na parábola do samaritano. O Juiz quer dignidade a todo homem e mulher, desde sua concepção. Não é política. É evangelho.

Submeter tudo a Deus

Quando dizemos que Cristo é o centro, não pensamos em uma estrutura de comunidade, mas nas atitudes que devem penetrar as estruturas do mundo. Submeter a Cristo todas as coisas é fazer que sua missão de manifestar o amor do Pai atinja todas as pessoas para que se sintam amadas por Ele.
Submeter é agir de acordo com o coração do Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas. Paulo diz que o mal nasce do pecado e traz a morte. Por Cristo nos veio a Vida que atingirá todas as pessoas e a natureza. Ele é o Rei da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz (Prefácio). Nós O faremos presente na atenção a todos, pois Ele vai apascentar suas ovelhas.

Leituras: Ezequiel 34,11-12,15-17; Salmo 22; 1Coríntios 15,20-26.28;Mateus 22,34-40
Ficha nº 1390 - Homilia de Cristo Rei do Universo (23.11.14)

A finalidade a festa instituída por Pio XI foi fazer frente a todos os perseguidores. A Igreja é perseguida porque toca a consciência. O mal vem a ausência de Cristo na vida. O Rei devia estar no lugar de Deus para cuidar dos necessitados. A realeza de Cristo não corresponde às realezas do mundo. Ele é o Rei Crucificado.
Cristo nos confia os ministérios do Reino. As exigências do Juízo final são os problemas do mundo que nos são confiados. Uma realeza política não resolve. É mais fácil uma religião que não elimina a dignidade do homem.
Aclamar Cristo é pensar nas atitudes que devem penetrar as estruturas do mundo. Submeter o mundo a Cristo é realizar sua missão de manifestar o amor do Pai. É agir como o Bom Pastor. Nós O faremos presente na atenção a todos.

Escolhendo o partido

No encerramento do Ano Litúrgico celebramos a festa de Cristo Rei. Ela ensina que tudo converge para Cristo. Paulo diz que no fim Cristo vai entregar a realeza ao Pai depois de dominar todos os inimigos, inclusive a morte.
Deus nos conduz como um pastor a seu rebanho. Cuida bem e só tem nosso interesse. Pouco exige. Sua única preocupação é que todos sejam bem cuidados por nós. Ao anunciar o julgamento do fim dos tempos coloca os itens sobre os quais vamos ser julgados. Tudo o que fizemos aos outros, ou não fizemos, é feito a Ele.
Os itens do julgamento são simples: tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era estrangeiro e me recebestes em casa, estava nu e me vestistes; estava doente e cuidastes de mim; estava na prisão e fostes me visitar.
Vejamos bem que estes itens são os grandes problemas do mundo atual: fome, água, migração, saúde, sistema carcerário. São os direitos da pessoa humana. E muita gente não faz nada disso e se maquia com rezas, movimentos, grupos e o necessitado fica a definhar. Vamos ter surpresa.
Cristo é Rei e nós cuidamos de seus súditos.
Fonte: a12 - Santuário em 23/11/2014

Comentário do Evangelho

Temos neste texto do evangelho de Mateus uma das páginas mais expressivas no sentido de indicar que a comunhão com os excluídos e oprimidos é a própria comunhão com Jesus e com Deus. Na solidariedade com os excluídos, os famintos, os sedentos, os sem teto, os nus, os doentes e os presos, encontramos com o próprio Jesus, realizando-se, assim, a sua "vinda na glória". A promoção da vida é a comunhão com Jesus em sua vida divina e eterna, em qualquer tempo e em qualquer povo. Desde a sua criação, os homens e as mulheres foram predestinados a participar da vida eterna, através da prática do amor e do serviço. Nas comunidades, o verdadeiro "pastor" (primeira leitura) é aquele que se dedica ao serviço em atender as necessidades de todos, estando atento a cada um. Quem se dedica ao cultivo da vida está vencendo a morte e promovendo a ressurreição (segunda leitura).
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 23/11/2014

Meditando o evangelho

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO

A cena do juízo final comporta vários elementos novos, em relação à mentalidade judaica, em voga entre os discípulos de Jesus.
Diante do Messias-juiz, revestido de glória e majestade, deverão comparecer todos os povos, independentemente de sua origem étnica ou tradição religiosa. O crivo do juízo será aplicado a todos, sem distinção.
A bênção reservada para os eleitos é obra divina, "desde a criação do mundo". Já a maldição, reservada aos condenados, foi preparada "pelo diabo e por seus anjos". Portanto, quando alguém é votado à sorte dos malditos, frustra-se nele o projeto de Deus.
O critério usado no julgamento é o amor ao próximo, de modo especial o pobre e marginalizado. Julga-se a capacidade humana de sair do próprio egoísmo e ir ao encontro das carências do semelhante. O rei Jesus sente-se pessoalmente tocado com cada gesto de amor ou de egoísmo em relação ao necessitado: "a mim o fizeste", "não fizeste a mim".
As observâncias religiosas ficam em segundo plano. A santidade obtida por meio delas, mas sem o amor essencial, mostrar-se-á inútil no encontro derradeiro com o Senhor.
O juízo final, ao revelar quem é quem, provocará inúmeras surpresas. Muitos que não contavam com a salvação serão salvos por terem vivido o mandamento do amor. Muitos que se tinham como santos serão condenados, pois, no fundo, foram egoístas empedernidos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, reforça minha disposição para amar e servir meus semelhantes, sobretudo, os mais pobres e marginalizados. Esta será a única forma de me preparar para o encontro com Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O REI DOS REIS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O filme era em preto e branco, e o cinema era o saudoso Club Atlético Votorantim, meus olhos brilhavam quando meu pai me dava uns trocados no domingo de páscoa, e me dizia “tome, vá assistir o “Rei dos reis”. O Tarzan e o Zorro, ou o mocinho dos filmes de Cowboy, eram nossos heróis que sempre se saiam bem sobre os bandidos, a gente brincava depois, tentando reproduzir o que tínhamos visto na tela mágica do cinema, e todos queriam ser os heróis vencedores. Então, o Rei dos reis, na certa contava a história de um rei poderoso e vencedor, contudo, o final do filme acabara com o meu entusiasmo, o tal Rei dos Judeus – Jesus de Nazaré – sofrera uma derrota humilhante e vergonhosa, sendo torturado pelos seus algozes até na hora da morte, além do mais nascera pobre em um estábulo, trabalhara com o pai em uma carpintaria, andava a pé e não em fogosos cavalos com sua guarda pessoal como faziam os grandes reis, e o pior, andava com pessoas de baixo nível, ladrões, prostitutas, pecadores, coisa nada recomendável para um rei. E no meu pensar de menino, comparado aos heróis da tela, o filme fora uma decepção.
Não dava nem para brincar de “Rei dos reis” com a minha turma, pois, como cantava Raul Seixas, eu também morria de medo de ser pendurado numa cruz. Era um filme onde, contrariando os demais, a força do mal havia vencido! Todos os anos eu ia assistir, na esperança de que houvesse perdido uma parte do filme, quem sabe a fita não tinha arrebentado, como as vezes ocorria com outros filmes, ocasião em que a platéia soltava uma calorosa vaia, vai ver que faltava um pedaço do filme, e assim eu alimentava a esperança de que Jesus de Nazaré saíra-se vitorioso diante dos seus torturadores e poderosos que o haviam condenado.
Minha mãe era muito fervorosa em suas orações e práticas religiosas, um belo dia expus-lhe minha dúvida, se Jesus era ou não um vencedor, e se ele realmente ressuscitara, após aquela morte horrível na cruz, onde afinal havia se enfiado, que ninguém o via. Minha mãe sorriu, disse-me que com o decorrer do tempo eu iria entender, desde que continuasse a ir à igreja, escutar a santa palavra e a receber a eucaristia. Achei que a minha mãe tinha algum segredo sobre Jesus, que não queria me contar.
Comecei a segui-la sem que ela soubesse, um domingo a tarde foi ao hospital Santo Antonio, visitar uma amiga internada, levou duas maçãs, e já no quarto, abraçou e a beijou, dizendo-lhe palavras de conforto e esperança,. Na outra semana pediu a meu pai para entregar ao soldado Ranieri, uma marmita cheia de comida e pedaços de frango, para ele levar para o Chiquinho, que estava preso por bebedeira, e que não tinha mais família. Em outro dia, acolheu em nossa casa, com a permissão do meu pai, um andante (eu morria de medo de andante) ele tinha uma barba grande e estava mau vestido, meu pai lhe cedeu uma calça e uma camisa limpa, um sapato usado para seus pés descalços, ele sentou-se na mesa e almoçou com muito apetite, igual os cachorros famintos que a gente alimentava na calçada.
E em minha última espionagem, notei que ela ficou quase uma semana ajudando a cuidar de uma criança enferma, que vivia com o avô, carregando a menininha pobrezinha uns três dias, prá cima e prá baixo, levando-a na farmácia e no Posto de Atendimento. Percorria as casas rezando o terço nos meses de maio e outubro, e preferia sempre as mais pobres, para alegria das pessoas simples, que saudavam Nossa Senhora das Graças, com muita festa. Meu coração se questionava cada vez mais, onde estava o Rei dos reis, triunfante? Qual a relação desse Reino do Bem, com aquelas atitudes de minha mãe?
Lembro-me que já andava nos meus 14 anos e falava em ir para o seminário, certa tarde o Vico, marido da Nhá Jandira caiu em frente a nossa casa, esfolando o rosto na calçada, sangrando muito, sendo que meu irmão o recolheu para dentro de casa e ela, limpando o ferimento fez um curativo, lavando o rosto ferido daquele homem, e foi quando então uma luz brilhou dentro de mim, assim que ela foi para a cozinha corri atrás “Descobri mãe, descobri onde está o Jesus vencedor do mal!”. Enxugando as mãos no velho avental, ela indagou-me para que falasse logo, pois ainda tinha de preparar a janta para nós. “Ele está escondido em todas essas pessoas que Senhora ajuda, eu andei espionando tudo o que a senhora fez.”
Minha mãe sorriu, e disse-me que era mesmo verdade, que um dia o Padre Antonio explicara para o povo, o que Mateus havia escrito em seu evangelho (nos anos 60 a gente não tinha acesso a Bíblia) que em todas as pessoas que sofriam alguma dor, física ou moral, Jesus estava presente e precisava ser tratado bem, com carinho, amor e ternura. E assim desvendei o mistério de Cristo Rei, o seu reino alicerçado no amor, na justiça, na igualdade entre as pessoas é eterno, e jamais as forças do mal irão prevalecer contra ele.
É este o único critério que o evangelho desse penúltimo domingo do ano litúrgico nos coloca, para entrarmos na comunhão plena com Deus na Vida Eterna, crer na vitória da cruz, no Cristo Ressuscitado, que quer ser amado nos pobres, enfermos, idoso, crianças, encarcerados, prostituídos, nos famintos, e nos que estão nus, porque já perdeu toda sua dignidade. Há algo que nunca contei à minha mãe, e que guardei só para mim: É que na caminhada para o calvário, havia poucas pessoas que acreditavam em seu poder e realeza, Verônica, a que enxugou o seu rosto ferido, era uma delas, quando minha mãe limpou o rosto ferido daquele Homem alcoolizado, que caira em frente a nossa casa, eu me lembrei do filme, desvendando o grande mistério “tive sede e me destes de beber, tive fome e me destes de comer, estava nu e me vestistes, preso e enfermo, e fostes me visitar”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Pois eu estava com fome, e não me destes de comer
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Colocados diante de Cristo, Rei do universo, estamos atentos ao que ele tem a nos dizer. Sabendo o que vão lhe perguntar na prova final, o aluno precavido se prepara a tempo. São Mateus nos revela o gabarito da prova final.
Conhecendo de antemão o resultado, seríamos pouco inteligentes se não nos preparássemos com antecedência. Haverá uma pergunta para todos, indistintamente. Todas as nações estarão diante do juiz, independentemente de sua ideologia, seu tipo de governo, seu sistema social, sua religião. A pergunta será a mesma para todos. O que foi que você fez para o outro?
Naquele momento todos ficarão sabendo que o outro é o próprio juiz. Os que o trataram bem receberão o convite para participar de uma festa eterna. Os que o maltrataram receberão uma punição eterna. A boa ação foi traduzida pelos cristãos como sete obras de misericórdia: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; acolher os peregrinos; visitar os doentes; visitar os presos; enterrar os mortos. Este é o caminho para todos, embora nem todos o conheçam. Os cristãos, porém, o conhecem. Receberam de Deus a revelação da fé. Sabemos para ensinar os que não sabem. Sabemos para ajudar os que não sabem a não desanimar nem desistir, porque as obras de misericórdia são atos de amor, e o amor sofre incompreensões.
O profeta Ezequiel não propõe uma teocracia, mas já que os homens não governam como devem, Deus vai governar. Os governos deste mundo são falhos, Deus sabe disso e está atento ao que acontece. Ele não deixará no abandono as suas criaturas. Suscitará sempre novos pastores e cada um pode encontrar nele o pastor de que precisa.
O reinado de Cristo não é simplesmente administrativo, com a finalidade de pôr ordem no mundo. Suas dimensões são mais amplas e mais profundas. Ele vai até a expressão máxima de todos os males, que é a morte, e a vence. É o último inimigo a ser destruído.
O governo de Cristo dá pleno sentido à nossa existência. Em seu projeto não falta nada para ninguém, tudo foi feito e tudo foi distribuído.

REFLEXÕES DE HOJE


26 DE NOVEMBRO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

Oração Final
Pai Santo, faze-nos amigos compassivos dos peregrinos que seguem sua jornada de volta à tua Morada Celeste próximos de nós. Que sejamos para eles fontes de Esperança, de Fé e testemunhas do teu Amor de Pai que tem coração de Mãe. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/11/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos amigos compassivos dos peregrinos que seguem próximos de nós a sua jornada de volta à tua Morada Celeste. Que sejamos para eles fontes de Luz, de Esperança e de Fé, testemunhas do teu Amor de Pai que tem ternura materna. Pelo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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