segunda-feira, 27 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/11/2023

ANO A


Lc 21,1-4

Comentário do Evangelho

É a atitude de entrega total que conta.

Depois de expulsar os comerciantes do Templo, Jesus elogia a atitude de uma viúva necessitada que depositou no cofre do Templo duas moedinhas, em contraste com as pessoas ricas que também depositavam suas ofertas. No reino inaugurado por Jesus, a quantidade passa a ser absolutamente secundária. É a atitude de confiança e de entrega total que conta e é exigida. As duas moedas depositadas pela viúva no cofre foram muito mais do que os ricos depositaram. Jesus mesmo explica: as pessoas ricas (cf. v. 1) ofertaram “parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver” (v. 4). Nesse sentido, a viúva é imagem de Cristo que ofereceu toda a sua vida a Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.
Fonte: Paulinas em 25/11/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A OFERTA DA VIÚVA


As viúvas, juntamente com os órfãos e os migrantes, são o símbolo dos pobres e deserdados, preferidos de Deus. Esta cena, tão breve, é posta aqui: depois de Jesus purificar o Templo e depois da denúncia da avareza dos doutores da Lei, que se aproveitam das viúvas.
Havia, no Templo, cofres em que eram depositadas as ofertas. Jesus percebe que os ricos depositam gordas ofertas nos cofres; a viúva, mesmo tendo doado somente duas moedas (leptas), doou tudo quanto possuía para viver. Em uma palavra: doou toda sua vida. Ela, no fundo, se torna símbolo do próprio Jesus, que está prestes a doar a própria vida na cruz.
A hipocrisia dos mestres da Lei, que exploram as viúvas, torna-se escandalosa ao percebermos a oblação da viúva. Tirando proveito da confiança que desfrutam em meio aos pobres, os religiosos do Templo e da sinagoga exploram as viúvas, as pessoas fracas e indefesas. Jesus escancara a hipocrisia, condena o comportamento inadequado dos escribas e elogia a oblação da viúva. O comentário de Jesus inverte a lógica matemática: o pouco é muito porque, na verdade, é tudo. Confiar em Deus ou confiar no dinheiro? Ela preferiu confiar no Senhor.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Dar tudo o que temos significa que nós não baseamos a nossa segurança no que guardamos, mas nos entregamos pobres e desarmados nas mãos fortes e misericordiosas do nosso Pai Celeste. Como aquela viúva, também nós colocamos o coração onde está o nosso tesouro. Tomara que seja em Deus!
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

A ‘contabilidade’ do Reino é diferente: é preciso dar tudo que temos. Os ricos, com certeza, depositavam o dízimo que estava prescrito na letra Lei. Mas a viúva seguia o espírito da mesma Lei – o Amor sem medidas a Deus e aos irmãos – e depositava no cofre das ofertas as moedinhas do seu próprio sustento.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

Dar tudo o que temos significa que nós não baseamos a nossa segurança no que guardamos, mas nós nos entregamos pobres e desarmados nas mãos fortes e misericordiosas do nosso Pai Celeste. Como aquela viúva, também nós colocamos o coração onde está o nosso tesouro. Tomara que seja no Reino de Deus!
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2019

Reflexão

Muitas vezes somos injustos com as pessoas porque fazemos do elemento quantitativo a principal fonte dos nossos juízos e das nossas decisões em relação a elas. Assumindo os critérios do mundo, o número cada vez mais torna-se o principal critério para a nossa avaliação. Jesus nos mostra que diante de Deus, devemos pensar de forma diferente. Não é o quanto foi dado que manifesta a generosidade da pessoa, mas o como, o porquê e o significado da quantia que são realmente importantes, pois nos revela o relacionamento da pessoa com Deus e o seu envolvimento com ele.
Fonte: CNBB em 25/11/2013

Reflexão

Os ricos depositam moedas no tesouro do Templo e uma viúva pobre aí coloca duas pequenas moedas. Os gestos são semelhantes, mas um abismo de diferença separa os ricos e a viúva pobre. Ela entrega tudo o que tem para viver. Doa a própria vida. Os ricos, ao invés, ofertam suas sobras, sem que isso interfira na sua porção de alimento, nem nas vestes, nem na saúde. E ainda cabe uma dúvida: teriam eles dado generosamente aquela quantia? Não passou pela cabeça de nenhum deles uma onda da vaidade de aparecer? Conforta-nos saber que Deus conhece o íntimo de todos os seus filhos e filhas, e nada lhe passa despercebido. Só o Senhor tem condição de avaliar a sinceridade dos nossos atos. Estará em boas mãos tudo o que for feito gratuitamente para Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/11/2019

Reflexão

Os ricos depositam moedas no tesouro do templo, e uma viúva pobre ali coloca duas pequenas moedas. Os gestos são semelhantes, mas um abismo de diferença separa os ricos e a viúva pobre. Ela entrega tudo o que tem para viver, doa a própria vida. Os ricos, ao invés, ofertam suas sobras, sem que isso interfira na sua porção de alimento, nem nas vestes, nem na saúde. E ainda cabe uma dúvida: teriam eles dado generosamente aquela quantia? Não passou pela cabeça de nenhum deles uma onda de vaidade, o desejo de aparecer? Conforta-nos saber que Deus conhece o íntimo de todos os seus filhos e filhas, e nada lhe passa despercebido. Só o Senhor tem condição de avaliar a sinceridade dos nossos atos. Estará em boas mãos tudo o que for feito gratuitamente para Deus.
Oração
Senhor Jesus Cristo, entre os ricos que depositavam, no tesouro do templo, “parte do que tinham de sobra”, observaste uma viúva que ofertou “tudo o que tinha para viver”. Concede-nos, Senhor, desapego dos bens terrenos e generosidade para partilhá-los com os necessitados. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 22/11/2021

Reflexão

Os ricos depositam moedas no tesouro do templo, e uma viúva pobre aí coloca duas pequenas moedas. Os gestos são semelhantes, mas um abismo de diferença separa os ricos e a viúva pobre. Ela entrega tudo o que tem para viver. Doa a própria vida. Os ricos, ao invés, ofertam suas sobras, sem que isso interfira na sua porção de alimento, nem nas vestes, nem na saúde. E ainda cabe uma dúvida: teriam eles dado generosamente aquela quantia? Não passou pela cabeça de nenhum deles uma onda da vaidade de aparecer? Conforta-nos saber que Deus conhece o íntimo de todos os seus filhos e filhas, e nada lhe passa despercebido. Só o Senhor tem condição de avaliar a sinceridade dos nossos atos. Estará em boas mãos tudo o que for feito gratuitamente para Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver»

Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez
(Barcelona, Espanha)

Hoje, como quase sempre, as coisas pequenas passam ignoradas, pequenas esmolas, sacrifícios pequenos, pequenas orações (jaculatórias), mas o que parece pequeno e sem importância constitui muitas vezes a trama e também o remate das obras-primas: tanto das grandes obras de arte como da obra máxima da santidade pessoal.
Pelo fato de essas coisas pequenas passarem desconhecidas, a sua retidão de intenção está garantida: com elas não procuramos o reconhecimento dos outros, nem a glória humana. Só Deus as descobrirá no nosso coração, como só Jesus se apercebeu da generosidade da viúva. É mais do que garantido que a pobre mulher não anunciou o seu gesto com um toque de trompete e até é possível que se envergonhasse bastante e se sentisse ridícula perante o olhar dos ricos, que deitavam grandes donativos no cofre do templo e disso faziam alarde. Porém, a sua generosidade, que a levou a tirar forças da fraqueza no meio da sua indigência, mereceu o elogio do Senhor, que vê o coração das pessoas: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» (Lc 21,3-4).
A generosidade da viúva pobre é uma boa lição para nós, discípulos de Cristo. Podemos dar muitas coisas, como os ricos que «depositavam as suas ofertas no cofre» (Lc 21,1), mas nada disso terá valor se só dermos “daquilo que nos sobra”, sem amor e sem espírito de generosidade, sem nos oferecermos a nós próprios. Diz Sto. Agostinho: «Eles punham os olhos nas grandes oferendas dos ricos, louvando-os por isso. Porém, embora tivessem logo visto a viúva, quantos viram aquelas duas moedas?... Ela deu tudo o que possuía. Tinha muito, porque tinha Deus no seu coração. É muito mais ter Deus na alma do que ouro na arca». É bem certo: se somos generosos com Deus, muito mais o será Ele conosco.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Nunca conteis o dinheiro que dais, porque digo sempre: se quando dais esmola a mão esquerda não deve saber o que faz a mão direita, então direita também não o deverá saber» (São José Benedito Cottolengo)

- «As Escrituras convidam-nos a considerar a esmola com uma visão mais profunda, que transcende a dimensão puramente material, e ensina-nos a ver que há mais felicidade em dar do que em receber» (Benedito XVI)

- «O décimo mandamento proíbe a cupidez desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e seu poder» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.552)

Reflexão

A santidade na vida ordinária

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a discreta oferenda da viúva pobre "desperta" a atenção de Jesus. No seu olhar, os Santos não são uma exígua casta de escolhidos, senão uma multidão inumerável: os reconhecidos de forma oficial e também os batizados de todas as épocas que se esforçaram por cumprir a vontade divina. Da maioria deles ―como no caso desta viúva― não conhecemos nem o rosto nem o nome, mas com os olhos da fé vemo-los resplandecer no firmamento de Deus.
Contemplar o luminoso exemplo dos santos suscita em nós o grande desejo de ser como eles, felizes por viver perto de Deus, na grande família dos amigos de Deus. Esta é a vocação de todos nós, reafirmada com vigor pelo Concilio Vaticano II. E para ser santos não é necessário realizar ações extraordinárias, nem ter carismas excepcionais.
―Senhor, a santidade exige um esforço constante, mas é possível a todos, porque ―antes de ser obra do homem― é um dom da tua misericórdia.

Recadinho

Que valor dou aos bens materiais? - E minha oferta como é? - Nas estradas da vida há cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento humano. Ter, gastar, sem partilhar, é triste! Qual é meu modo de agir? - É preciso saber partilhar os bens e o que temos no coração, com os que encontramos pelas esquinas da vida. Posso dizer que sei partilhar? - Deus não se preocupa com a quantidade de nossa doação, mas com o amor que vai nela. Coloco amor em tudo?
Fonte: a12 - Santuário Nacional 25/11/2013

Meditação

Jesus elogiou a generosidade da viúva que ofereceu as duas últimas moedinhas que lhe restavam. Nem por isso deve ter deixado de admirar também as ofertas de pessoas ricas, que ofereciam conforme suas posses. Deus não mede nossa generosidade pelo tamanho de nossa oferta, mas pela forma de nosso amor a Ele e a nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

O dom da pobre viúva: Jesus pede para ser generoso


Hoje sentimos a proximidade de Jesus: Ele vê tudo! Nada escapa a sua olhada amorosa. Ninguém prestou atenção naquela pobre mulher, menos ainda no seu donativo. Ninguém! Mas Jesus ficou apaixonado por ela. O que ela deu sim que é um “tesouro” para Deus.
—Onde está o “truque”? Os outros lançavam «o que lhes sobrava, ela em compensação lançou (…) tudo quanto tinha para viver». Simplesmente TUDO, ou seja, ela mesma. Ante Deus não contam as quantidades, senão você mesmo!

Meditando o evangelho

UM MODO DIFERENTE DE AVALIAR

O templo de Jerusalém tornara-se lugar de altas transações econômicas, tendo-se transformado numa espécie de banco central do país. Os ricos tornaram-no lugar de exibição de poder, competindo entre si e pensando valer mais que os pobres. Na prática, comportavam-se como ateus, sob capa de piedosos, pois o deus deles nada tinha a ver com o verdadeiro Deus de Israel.
A observação de Jesus, contemplando as atividades em torno da caixa de ofertas do templo, corresponde ao modo divino de considerar aquela situação. Enganava-se quem pensava poder "comprar" o beneplácito divino, fazendo ofertas vultosas. Deus considera a qualidade da oferta e não sua quantidade; a disposição do coração, não o exibicionismo exterior; o grau de desapego dos bens deste mundo, não a busca inútil de aplausos.
Por isso, a oferta da pobre viúva – duas moedinhas sem muito valor –, aos olhos de Deus valeu mais que as grandes quantias depositadas pelos ricos. Enquanto estes ofereciam de seu supérfluo, a viúva partilhava com Deus, o pouco de sua indigência, o que lhe restava para viver. Seu coração desapegado e sua total confiança na providência divina deram à sua oferta uma consistência tal que a fez superar a esmola dos ricos. Diferentemente destes,  entregara tudo o que tinha a Deus, pois dele esperava tudo. Os bens deste mundo não eram suficientes para oferecer-lhe segurança. Sabia existir alguém maior em quem se apegar!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.
Fonte: Dom Total em 27/11/201725/11/2019 22/11/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Nossas moedinhas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eu fiquei pensando seriamente nessas duas moedinhas da viúva, que foram depositadas no cofre do templo, e que, conforme o próprio Jesus, era tudo o que ela tinha; provavelmente o dinheiro do pão e do leite. Aquelas moedinhas que “esquecemos” no console do carro, e que quando algum pedinte vem com a “Caixinha” nos semáforos, a gente pega e dá. No nosso caso é sobra, no da viúva era um valor importante na sua modesta economia. Tem-se a impressão de que no dia seguinte a coitada ficou sem tomar café.
Uma interpretação literal desse evangelho seria mais ou menos assim: você faz a sua compra do mês, mas em vez de levar para sua casa, leva na casa de alguém muito pobre, e você só terá o dinheiro para compra no outro mês. Não é isso? Tirar da boca para dar aos outros.
Mas notem que as duas moedinhas não foram dadas de esmola, mas era uma oferta dentro de uma celebração, então foram dadas a Deus, eis aí a diferença fundamental. Talvez a gente até pense que, agora ficou bem mais fácil de imitar a viúva, dar aquilo que para mim é essencial, para Deus. E por que será que Deus vai querer as nossas moedinhas? O que  nossas miseráveis ofertas vão acrescentar a grandiosidade de Deus? Nada! Então por que abrir mão daquilo que nos é essencial? Quando falamos de bens materiais, inclusive dinheiro, o que damos na verdade é o que sobra e até mesmo o nosso Dízimo, é o último valor que entra no nosso orçamento mensal “Posso dar que não vou me apertar!” pensamos sempre de maneira um tanto mesquinha. Quanto mais rico mais posso dar, mas sempre o que me sobra. Claro que dar em nome de Cristo é uma obra de caridade. Fiquem tranquilos...
Em uma visão bem pastoral a reflexão é muito bonita. Há algo sim, que podemos dar a Deus na comunidade, algo precioso que nos é essencial, e que parece que ninguém tem sobrando... o tempo! É a primeira justificativa que damos quando somos convidados para “dar” algo essencial de nós, em algum trabalho pastoral ou ministério “Ah estou sem tempo...”, as pessoas até já introduzem a conversa dizendo “Olha, se tiver um tempinho...”.
Eis aí as nossas pequeninas moedinhas da pós-modernidade: nosso tempo. Para ouvir as pessoas, para visitar um doente, para visitar alguém que sumiu da comunidade, para ir consolar alguém que perdeu seu ente querido, para compartilhar meu conhecimento profissional em algum curso de formação.  Nesse sentido, nossas pastorais são aquele cofre do templo, onde às vezes colocamos grandes fortunas, mas que está nos sobrando “Ah hoje eu não ia fazer nada mesmo...”.
Porém, o que Jesus nos pede é uma doação verdadeira, dar um tempo em algum trabalho pastoral, para alguma pessoa, um tempo que vai nos fazer falta pela sua preciosidade, digamos assim, no meu justo descanso da tarde de um domingo, vou fazer algum trabalho pastoral. Deixamos de descansar no conforto de nossa casa, para nos doar a alguém. Será que tudo o que fazemos, na pastoral ou no ministério, não é apenas uma terapia ocupacional para “matarmos” o tempo que está sobrando? A verdade é que as moedinhas da viúva nos fazem pensar nesse assunto...

2. Esta viúva ofereceu tudo - Lc 21,1-4
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Estamos na última semana de novembro e do ano litúrgico, terminando a leitura semanal de Lucas com o capítulo vinte e um de seu Evangelho. O fim da Cidade Santa e de seu Templo e o fim do mundo são anunciados. Os sinais aparecerão e deverão ser interpretados. Na redação do seu Evangelho, antes de dar início ao discurso sobre a ruína de Jerusalém, São Lucas relata o pequeno episódio do óbulo da viúva. O bom uso dos bens deste mundo é uma preocupação do evangelista, por isso a pobre viúva tem uma mensagem aos cristãos sobre o que verdadeiramente importa. Tudo vai ser destruído e chegará o momento em que o mundo verá o seu fim. O que ficará para o mundo futuro? Ela lançou duas moedinhas no tesouro do Templo, e Jesus disse que sua oferta foi a maior, maior do que as ofertas dos ricos. Os ricos deram o supérfluo. Ela deu o que lhe era necessário. Todo gesto externo é precedido de uma decisão interior. A atitude, seja dos ricos, seja da viúva, mostra o que eles têm no coração, o que impulsiona as suas vidas. Este é o tema caro a São Lucas: a viúva confia em Deus e não no dinheiro. Ela entrega tudo a Deus porque confia plenamente nele. É verdadeira filha de Abraão em sua expressão de fé. Tudo vai ser destruído, não ficará pedra sobre pedra, não sobrará moeda para ser contada, nem a dela nem a do rico. Sobrarão a fé e a confiança em Deus, que garantem um tesouro no céu.
Fonte: NPD Brasil em 25/11/2019

Liturgia comentada

Da sua penúria... Lc 21, 1-4
Esta viúva pobrezinha do Evangelho está na contramão do sistema capitalista. Desde criança, ouvimos frases como esta: “Quem dá o que tem, a precisar vem!” Trabalhar para acumular dinheiro, terras e rebanhos sempre foi reconhecido como uma virtude. Os homens ainda são elogiados por terem sucesso neste campo. Já o “mão-aberta” é visto como um esbanjador sem juízo. Muitas vezes, os economistas comparam brasileiros e japoneses, realçando nestes últimos a sua capacidade de poupança.
Ora, a pobre viúva elogiada por Jesus faz exatamente o contrário: tinha pouco, quase nada, duas ínfimas moedinhas de cobre. Pois o pouco que possuía, ela doou como esmola, no cofre do Templo de Jerusalém. Em sua generosa simplicidade, quis dessa maneira manifestar a Deus o seu sentimento religioso.
A gente simples do povo ainda costuma fazer coisas semelhantes: gastam dinheiro com velas votivas e ex-votos, com romarias e peregrinações, doam cabeças de seu pequeno gado para leilões do santo padroeiro. É verdade que nas classes mais ricas, a generosidade também existe, ainda que em menores proporções. Quando o coração humano fica preso aos bens materiais, logo perde sua capacidade de doação. Segundo os párocos, a maior parte dos dizimistas sai das camadas mais pobres da população.
Mas não é só com doações em dinheiro que a generosidade se manifesta. Muita gente é generosa em doar seu tempo, como voluntários em creches e hospitais, evangelizando nas penitenciárias, rezando nas enfermarias, organizando associações em favelas e bairros de periferia. Tal como a viúva no Templo, cada um dá “de sua penúria”.
Na 2ª Carta aos Coríntios, Paulo exorta: “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras.” (2Cor 10, 7-8)
E nós? Temos partilhado com os outros a abundância de dons que de Deus recebemos?
Orai sem cessar: “Como retribuir ao Senhor todo o bem que me fez?” (Sl 116, 12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 25/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 25/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração

Quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração. Não há nada mais agradável a Ele do que a nossa generosidade. Generoso é aquele que dá de dentro de si.

“Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver.” (Lc 21,4)

Que beleza é o Evangelho de hoje! Nele, vemos que Jesus não se importa com a quantidade, não presta atenção no quanto as pessoas estão levando ao Templo; Ele olha as atitudes, aquilo que realmente vem do coração de cada um.
Pessoas ricas, de todas as qualidades de vida iam ao Templo e, lá, deixavam ofertas, tesouros. Mas uma pobre viúva levou apenas duas pequenas moedas. Que exemplo o óbulo dela! Foi a oferta mais generosa que o Senhor recebeu, pois ela deu tudo o que tinha para a casa do Senhor.
Os outros, talvez, até tenham doado mais, no entanto, deram as sobras, aquilo que não lhes faria falta; deram como dão a qualquer outra instituição, para qualquer outra pessoa, como se doassem em um restaurante ou em qualquer coisa parecida.
Nós, quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração. Não há nada mais agradável a Ele do que a nossa generosidade. Generoso é aquele que dá de dentro de si. Às vezes, materialmente, pode ser que não tenhamos nada para dar, mas temos a vida, a capacidade, as mãos, os dons, os talentos. Quantas pessoas negam seus talentos para o Reino de Deus! Quantas pessoas não querem se comprometer com Ele! Há ainda os que, quando vão à Igreja, reclamam e dizem mal de quem trabalha, de quem doa.
Se o seu coração é livre, desapegado, não é escravo do dinheiro, doe com o coração aberto, de mãos abertas, de forma generosa.
A preocupação do Senhor é saber se o dinheiro nos escraviza, se ele faz de nós pessoas avarentas, escravas das posses. O que Ele quer é que sejamos livre para servi-Lo. Uma das maneiras de conseguir isso é sendo generoso, inclusive com os bens materiais que possuímos.
Que nós aprendamos, com a viúva do Evangelho de hoje, a darmos o melhor de nós para o Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Damos para Deus aquilo que nós somos

Quando damos o melhor de nós, isso expressa a nossa generosidade

“Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver.” (Lucas 21,4)

A exaltação que Jesus faz a essa viúva é pelo desprendimento. Aquela que não tinha nada, deu até o seu “nada” para Deus, enquanto que, aquele que tinha tudo – dá para Deus, para o outro, para a vida o que lhe sobra.
É assim a pessoa avarenta, egoísta, que pensa somente em si: ela calcula tudo o que tem, e se sobra alguma coisa, ela dá aquela ”sobrinha”.
O que damos para o outro, e para Deus não pode ser somente o que não nos faltará, devemos dar o melhor de nós, dar o que é importante para nós. Pois, caso contrário, estamos considerando o outro ou Deus como sobras, como ”algo” que não seja necessário.
Deus não tem necessidade das nossas migalhas. Não estou me referindo, ao sentido monetário, financeiro ou econômico, porque isso é apenas uma realidade de tudo aquilo que é a nossa vida.
Damos para Deus aquilo que nós somos, damos para Ele a nossa: vida,a família, a nossa existência. Dar-se inteiros para Deus é sem reservas; tudo o que temos pertence ao Senhor.
É verdade que, somos administradores dos bens que temos, e sabemos administrar aquilo que precisamos dar à igreja; para as necessidades especiais; para os pobres e os sofridos; para o nosso irmão, contudo, não podemos dar ao outro as migalhas.
Quando damos ao outro as migalhas, isso revela a pessoa miserável e avarenta que somos, mas quando damos o melhor de nós, isso expressa a nossa generosidade. Algumas pessoas que estão desempregadas, não podem contribuir com ”isso ou aquilo”, mas que beleza, dão a vida! Contribuem com o que podem, com seu esforço, com seu trabalho, enfim, com a sua humanidade. Doa-se inteiramente.
Não se mede a vida de ninguém ou a generosidade, por valores monetários.
Não podemos cair na utopia do sentido mercantilista da vida e da fé, daqueles que pregam a prosperidade, que medem a generosidade ou a fé de alguém por aquilo que doam ou que deixam de doar.
Não! ”Que a mão direita não saiba o que fez a mão esquerda”. Se você quer ser generoso com alguém, com a igreja ou dízimo: o que você faz ninguém precisa saber, nem mesmo o padre, o pastor precisam saber o que você deu. Mas Deus sim, porque é para Ele que damos, é para Ele que ofertemos a nossa vida e fazemos isso com todo amor do nosso coração.
Essa história de ”considerar mais”, ”valorizar mais quem deu mais”, quem vai e dá cheques importantes à igreja ou para qualquer obra social, não é evangélico. É evangélico reconhecer a oferta de cada viúva que vai à Casa do Senhor. Aqui, “viúva”, é no sentido figurado da palavra, é de cada pessoa que tem a alma dessa viúva, que dá o melhor de si, sem reservas e para Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

A melhor oferta é aquela que é feita de coração

“Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava.” (Lucas 21,3-4)

Para Deus não importa a quantidade, mas, de fato, a intensidade da oferta e do coração. Às vezes, o que damos para os outros, para os pobres e para Deus é o que não queremos mais, é o que não faz diferença, é o que não tem importância.
Às vezes, a pessoa no ofertório, vai tirar do seu bolso todas as notas que tem, se tem uma que não tem valor, ela vai lá e deposita. Às vezes, vamos tirar o que temos da nossa casa para ajudar o pobre e damos coisas quebradas, rasgadas ou coisas que não servem para mais nada, então nós damos.
Isso não é generosidade é, na verdade, livramento, queremos nos livrar das coisas e damos. A oferta é aquela que é feita do coração, onde somos capazes de tirar algo de nós mesmos para dar ao outro.
A grande oferta é aquele que oferece a si mesmo. Oferece de coração, com generosidade, com intensidade, não é aquele que tira de si e fica com um peso e depois fica até arrependido porque deu algo maior e vai sentir que vai fazer falta.
Que beleza é para nós o exemplo dessa pobre viúva. O “pobre” aqui não é pejorativo, é o significado evangélico que ela tem. A pobre que agrada a Deus, os pobres de coração porque, de verdade, têm em Deus a sua riqueza. O pobre que sabe tirar do que tem e ficar sem ter para se doar aos outros e ao Reino de Deus.

A oferta é aquela que é feita do coração, onde somos capazes de tirar algo de nós mesmos para dar ao outro

A grande riqueza é o Senhor, e por isso quando vamos nos ofertar e quando vamos ofertar algo a Deus, ou, vamos cuidar da necessidade dos outros que façamos de coração.
O que diferencia a viúva do Evangelho de todos os outros que foram depositar os seus bens no templo é que os outros depositaram as sobras, mas a viúva depositou o coração.
Deus não quer o nosso resto, a nossa sobra, não é aquilo que faz diferença, Deus quer o nosso coração, nossa oferta generosa, intensa da vida, do tempo, do nosso trabalho, daquilo que é tirado do suor da nossa dedicação e dos nossos esforços de cada dia. Por isso, quando for ofertar algo para Deus e para os pobres, dê primeiro a si mesmo, dê de coração e com intensidade. Essa é a mais importante de todas as ofertas, ela é abençoada, frutífera, rica, nobre e divina.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Coloquemos ordem na nossa relação com Deus

“Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração.’” (Lucas 19,45)

A casa de Deus não pode ser outra coisa senão casa de oração. É casa do encontro com Deus, da comunhão com Ele. A casa de Deus não pode virar, inclusive, casa para algazarra, bagunça, de forma alguma. Cada vez mais, estou consciente do zelo que nós precisamos ter com o templo, com a igreja, com o santuário, com a capela, com o lugar do nosso encontro com Ele.
É o zelo, inclusive, que preciso ter com a minha casa. Que triste é uma pessoa que não tem zelo pela sua casa! Sabe aquela casa desmazelada, largada e bagunçada? Sabe aquela pessoa que não tem zelo pelo seu quarto? Você entra no quarto e se perde, porque ali é tudo bagunçado, tudo de qualquer jeito.
Desmazelo não é só um defeito, é um problema, é uma falta de cuidado, é o relaxo com a vida. Quando as coisas externas estão bagunçadas, imagine o quanto internamente não estão bagunçadas as coisas dentro de nós!

A casa de Deus não pode ser outra coisa senão casa de oração

O zelo que manifesto pelas coisas externas, é o zelo que preciso ter com o meu próprio coração. Do mesmo jeito que não quero a minha casa, o meu quarto, o meu coração bagunçado, de qualquer jeito, não quero que vire uma algazarra minha vida nem minha casa. De forma alguma posso permitir que a Casa do Senhor também esteja assim.
Por isso que o próprio Jesus, manso e humilde de coração, mas não bobo, é tomado por uma santa ira que aqui é o zelo, o cuidado para não deixar que o inimigo se apodere. Porque é preciso dizer que o inimigo, o maligno, ele sim gosta da bagunça, da algazarra, das coisas perdidas para ninguém se encontrar.
Se chego na igreja e ali é tudo bagunçado, é tudo barulhento, ninguém se encontra com Deus, aí está muito bom! Você vai na igreja, faz aquela farra, vê todo mundo, abraça todo mundo. Que bom! Precisamos nos encontrar, abraçar-nos, mas não nos encontramos com Deus, não falamos com Ele, e é tudo que aquele que se perdeu quer que aconteça conosco, para que nos percamos, que percamos o caminho da vida, mesmo estando na Casa de Deus. Por isso não nos deixemos perder nessa vida. Coloquemos ordem na casa! Coloquemos ordem no nosso quarto, coloquemos ordem no nosso coração, e coloquemos em ordem a nossa relação com Deus.
Façamos do nosso quarto o lugar da oração. Façamos da Igreja o lugar do nosso encontro com Deus, porque, em meio a todas as agitações, permanecemos agitados e não nos acalmamos, não acalentamos o coração para entrarmos em comunhão com o Senhor.
É essencial e fundamental para que a nossa espiritualidade seja sólida, autêntica e verdadeira.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/11/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos ser desapegados dos bens que nos emprestas, generosos para partilhá-los com os companheiros de peregrinação e humildes para reconhecer que tudo é dom de tua misericórdia. Que sejamos alegres e fonte de esperança para todos, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-me confiança sem medidas em tua Providência, para que eu me livre do medo e da insegurança pelo futuro. Que eu coloque em tuas mãos misericordiosas a minha vida e ande pelos caminhos desta terra com alegria e leveza, seguindo com firmeza os passos de Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos ser desapegados dos bens que nos emprestas, generosos para partilhá-los com os companheiros de peregrinação e humildes para reconhecer que tudo é dom de tua misericórdia. Que sejamos alegres e fonte de esperança para todos, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2019

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