ANO A
Lc 5,1-11
Comentário do Evangelho
A missão = pescador de homens
Trata-se de um relato construído sobre o de Marcos (1,16-20), e bastante próximo do de João (21). A pesca é ocasião para o chamado de Simão Pedro e dos primeiros discípulos. Os episódios precedentes ao chamado criam um marco psicológico adequado para o chamado de Simão Pedro, o que fez com que o chamado e a resposta a ele não pareçam tão surpreendentes. Para Lucas (5,10), todos foram chamados juntos, sobre o lago, mediante um apelo dirigido exclusivamente a Pedro. A missão é expressa pela metáfora “pescador de homens” (v. 10)Trata-se de um símbolo de seu futuro êxito na sua conquista das pessoas para o Reino de Deus. Mas Simão Pedro não está só; ainda que seja o primeiro a receber o chamado, também outros “deixaram tudo e seguiram Jesus” (v. 11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, confirma minha vocação de pescador de pessoas humanas, e conduze-me para águas mais profundas onde se encontram os que mais carecem de meu amor.
Fonte: Paulinas em 05/09/2013
Vivendo a Palavra
A pesca rendeu muitos frutos porque Pedro lançou a rede em atenção à palavra de Jesus – e não mais baseado em sua longa experiência. Sigamos o seu exemplo, anunciando a chegada do Reino de Deus, não confiados na nossa competência, mas total e humildemente entregues à ação do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese de BH em 05/09/2013
VIVENDO A PALAVRA
A pesca rendeu muitos frutos porque Pedro lançou a rede em atenção à palavra de Jesus – e não mais baseado em sua longa experiência profissional… Sigamos seu exemplo, anunciando a chegada do Reino de Deus, não confiados na nossa competência, mas total e humildemente entregues à ação do Espírito Santo.
Fonte: https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/pai-santo-faze-nos-humildes-e-receptivos-para-acolhe-lo/ (05/09/2019)
Reflexão
Um dos elementos mais importantes do cristianismo é a vida comunitária. Para quem é cristão, não existe lugar para o individualismo. Jesus nos mostra isso quando não realiza sozinho a sua missão, mas chama os apóstolos para participarem ativamente dela. Para o apostolado, Jesus não chama os melhores do ponto de vista da economia, da sociedade ou mesmo os mais santos; Jesus chama a todos, sem fazer qualquer tipo de distinção entre as pessoas. Assim, nos mostra que na atuação pastoral, devemos nos preocupar não simplesmente em fazer o trabalho, mas sim em envolver todas as pessoas, para que a atuação pastoral seja comunitária e revele este importante valor do Evangelho.
Fonte: CNBB em 05/09/2013
Reflexão
Uma página a respeito da missão de Jesus e dos discípulos. As multidões comprimiam-se ao redor de Jesus a fim de ouvirem a Palavra de Deus. O ensinamento se dá a partir da barca, símbolo da Igreja. Sem Jesus, a missão é estéril. É ele quem garante a eficácia da ação, por mais difícil que seja a situação. Diante do sucesso, Pedro sente o poder de Deus e se reconhece pecador. Sem comentar a atitude humilde de Pedro, Jesus o projeta para obras grandiosas: “A partir de agora, você vai ser pescador de gente”. Os outros sócios de Simão também são chamados a compor o grupo dos apóstolos. Em várias ocasiões, os três – Simão, Tiago e João – serão convidados a testemunhar situações significativas na vida do Mestre (transfiguração, paixão). Certamente para consolidá-los na fé em Jesus, o Filho de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/09/2019
Reflexão
Uma página a respeito da missão de Jesus e dos discípulos. As multidões comprimiam-se ao redor de Jesus a fim de ouvirem a Palavra de Deus. O ensinamento se dá a partir da barca, símbolo da Igreja. Sem Jesus, a missão é estéril. É ele quem garante a eficácia da ação, por mais difícil que seja a situação. Diante do sucesso, Pedro sente o poder de Deus e se reconhece pecador. Sem comentar a atitude humilde de Pedro, Jesus o projeta para obras grandiosas: “A partir de agora, você vai ser pescador de gente”. Os outros sócios de Simão também são chamados a compor o grupo dos apóstolos. Em várias ocasiões, os três – Simão, Tiago e João – serão convidados a testemunhar situações significativas na vida do Mestre (transfiguração, paixão), certamente para consolidá-los na fé em Jesus, o Filho de Deus.
Oração
Ó Jesus Mestre, em obediência à tua Palavra, Pedro e seus companheiros lançaram as redes em águas mais profundas. Surpresos, apanharam “tanto peixe que as redes se arrebentavam”. Queremos, Senhor, estar sempre atentos aos teus apelos, certos de que, desse modo, nossa labuta não será em vão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 02/09/2021
Reflexão
Uma página a respeito da missão de Jesus e dos discípulos. As multidões comprimiam-se ao redor de Jesus a fim de ouvirem a Palavra de Deus. O ensinamento se dá a partir da barca, símbolo da Igreja. Sem Jesus, a missão é estéril. É ele quem garante a eficácia da ação, por mais difícil que seja a situação. Diante do sucesso, Pedro sente o poder de Deus e se reconhece pecador. Sem comentar a atitude humilde de Pedro, Jesus o projeta para obras grandiosas: “A partir de agora, você vai ser pescador de gente”. Os outros sócios de Simão também são chamados a compor o grupo dos apóstolos. Em várias ocasiões, os três – Simão, Tiago e João – serão convidados a testemunhar situações significativas na vida do Mestre (transfiguração, paixão). Certamente para consolidá-los na fé em Jesus, o Filho de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Avança mais para o fundo»
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, continua a surpreender-nos comprovar como aqueles pescadores foram capazes de deixar os seus trabalhos, as suas famílias, e seguir Jesus («Deixaram tudo e seguiram Jesus»: Lc 5,11), precisamente quando Este se manifesta diante deles como um excepcional colaborador para o negócio que lhes dá o sustento. Se Jesus de Nazaré nos fizesse a proposta a nós, no nosso século XXI..., Teríamos a coragem daqueles homens? Seriamos capazes de perceber qual é verdadeiro lucro?
Nós os cristãos acreditamos que Cristo está eternamente presente; por isso, esse Cristo que está ressuscitado pede-nos, já não a Pedro, a João ou a Tiago, mas ao Francisco, ao José Manuel, a Paula, e a todos e cada um de nós que dizemos que Ele é o Senhor, repito, pede-nos desde o texto de Lucas que o acolhamos no barco da nossa vida, porque quer descansar junto de nós; pede-nos que O deixemos servir-se de nós, que lhe permitamos mostrar até onde orientar a nossa existência para ser fecundos no meio de uma sociedade cada vez mais distanciada e necessitada da Boa Nova. A proposta é atraente, só nos falta saber e querer despojar-nos dos nossos medos, dos nossos "o que dirão" e tomar rumo a águas mais profundas, que é o mesmo que dizer, a horizontes mais distantes do que aqueles que constrangem o nosso quotidiano medíocre de perturbações e desânimos. «Quem tropeça no caminho, por pouco que avance, sempre se aproxima da meta; quem corre fora dele, quanto mais corre mais se afasta da meta» (S. Tomás de Aquino).
«Duc in altum»; «Avança mais para o fundo» (Lc 5,4): Não nos queremos nas costas de um mundo que vive olhando para o seu umbigo! A nossa navegação pelos mares da vida nos conduzirá até atracar na terra prometida, a singrar nesse Céu esperado que é o regalo do Pai, mas indivisivelmente, também trabalho do homem —teu, meu— ao serviço dos outros no barco da Igreja. Cristo conhece bem os pesqueiros, de nós depende: ou no porto do nosso egoísmo, ou em direção aos Seus horizontes.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «A melhor pesca é, sem dúvida, aquela com que o Senhor gratificou ao discípulo, quando o ensinou a pescar homens, como os peixes se pescam na água» (Clemente de Alexandria)
- «Quem se confessa a Jesus sabe que não pode crer com tibieza, mas tem de correr o risco de ir mar adentro, renovando cada dia o dom de si mesmo» (Francisco)
- «(…) Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é ‘enviada’ a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. ‘A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado’ (Concílio Vaticano II) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863)
Reflexão
A Igreja “missioneira”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje descobrimos a “marca missionária” presente na Igreja desde a sua fundação: o próprio Romano Pontífice é “pescador de homens”. Simão foi chamado, um dia como qualquer outro, enquanto realizava o seu trabalho de pescador. O Mestre viu duas barcas amarradas e pede-lhes para subir a uma, à de Simão. Afastando-se um pouco da margem, ensina â multidão: a barca de Pedro converte-se na cátedra de Jesus Cristo.
Quando terminou, pede a Simão para lançar as redes. Jesus era um carpinteiro, não era um conhecedor em pesca. Porém, “Simão o pescador" confia Nele. A sua reação perante a pesca milagrosa é de estremecimento. Jesus responde convidando-o a ter confiança e a abrir-se a um projeto que supera toda expectativa: “Pescador de homens”. Pedro não podia imaginar que um dia chegaria a Roma e que aí seria “Pescador de homens” para Deus.
—Senhor, com Pedro, sentimo-nos “enviados” por Deus para levar o teu Evangelho a todas as almas.
Meditação
Deus realiza muitos milagres em sua vida? - Qual é o modo mais frequente de Deus lhe falar? - Você tem medo diante dos desafios da vida? - Em que se apega? - Procura fazer sua parte avançando “para águas mais profundas” na vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 05/09/2013
Meditação
“Vai para águas mais profundas; lançai as redes.” Certamente que este fato do Evangelho já aconteceu e ainda pode acontecer conosco. Deus espera alguma iniciativa, e que ela seja mais corajosa. Às vezes, ficamos ou temos uma reação à semelhança de Pedro. Podemos dizer: “Já tentei tantas vezes e nada consegui”. Como queremos logo o resultado, então, desanimamos, e ficamos a esperar “milagres”. É preciso lançar-se para a vida, para o futuro. É preciso dizer como Pedro: “Mas, porque mandais, tentarei novamente”. Se não há confiança no Senhor, vamos render pouco em nosso ser cristão.
Oração
Ó Deus, vós nos revelastes que os pacíficos serão chamados vossos filhos; concedei-nos trabalhar com ardor por aquela justiça, sem a qual não há paz verdadeira e firme. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário sobre o Evangelho
A pesca milagrosa
Hoje, Jesus está na barca de Pedro e prega a uma multidão de gente que O escuta na margem. Depois pede um “favor” a Simão Pedro: que vá pescar.
- Toda a noite sem pescar nada! Pedro obedece e agora… faz a maior pesca da sua vida. Por que será?
Meditando o evangelho
O FRUTO DA OBEDIÊNCIA
O discipulado constrói-se na obediência radical a Jesus e a seu projeto de Reino. Muitas vezes, esta obediência choca-se com a evidência dos fatos.
Ela comporta exigências que superam o horizonte de compreensão dos discípulos. Estes, porém, mesmo sem ver com clareza, deixam-se guiar pelo Mestre.
A vida do apóstolo Pedro está pontilhada de situações nas quais ele submeteu-se às ordens de Jesus, num gesto de humilde obediência. Deve ter-lhe custado lançar as redes, após uma noite de fadiga, sem nenhum resultado. Afinal, ele conhecia muito bem o mar da Galiléia e não tinha dúvidas de que o tempo não era favorável para a pesca. A prova disto estava nos cestos vazios que tinham diante de si.
Pedro cedeu e lançou as redes unicamente por causa da palavra de Jesus. Resultado: apanharam uma tal quantidade de peixes, que as redes estavam para se romper. Com eles, encheram duas barcas, que por pouco não afundaram. A obediência reservou-lhe, pois, uma surpresa. O trabalho estéril resultou numa pesca abundante. O sentimento de fracasso e frustração transformou-se num grande entusiasmo. A tristeza deu lugar à alegria.
O fruto da obediência, portanto, não foi apenas obter o alimento, mas também reforçar a motivação de ser discípulo de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba obedecer à tua palavra, mesmo sem ver claro o sentido do que queres de mim.
Fonte: Dom Total em 05/09/2019 e 02/09/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Avança mais para o fundo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus tinha entrado num barco e ensinava as multidões nas margens do lago de Genesaré. Depois, pediu que Pedro avançasse lago adentro e lançasse as redes para a pesca. Aconteceu então a pesca milagrosa. É neste contexto que Jesus chama seus primeiros discípulos para serem pescadores de gente. Pedro, André, Tiago e João deixaram tudo e seguiram Jesus. Parecia impossível pescar naquele dia, mas, “pela tua palavra lançarei as redes”, disse Pedro. E as redes se encheram. Pela mesma palavra nos dedicaremos a pescar gente.
Fonte: NPD Brasil em 05/09/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. CHAMADOS PARA O DESAFIO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Não sei se os quatro primeiros discípulos, André, Pedro, Tiago e João, estavam de bom humor ao serem chamados por Jesus á margem do Lago de Genesaré, quando trabalhavam duramente limpando suas redes dos “enroscos” que havia nelas, após uma noite de pescaria fracassada. É bom lembrar que se tratava de um trabalho profissional, era uma microempresa do ramo de pescaria, e não de uma pescaria de lazer, como é uma prática mais perto da nossa realidade. A proposta de Jesus ao grupo de profissionais pescadores parecera descabida, ele pedia-lhes para que insistissem em uma tarefa, que não dera certo ao longo de uma jornada inteira de trabalho noturno, de um jeito diferente, jogando as redes onde ele fosse indicar.
Ora, que profissional aceitaria orientação de um estranho em seu trabalho? O horário era desfavorável, quem conhece o litoral sabe que os barcos pesqueiros trabalham à noite, e que de manhã é hora de contabilizar os ganhos com a descarga dos peixes na praia. A proposta vinha como um desafio e implicava em aceitar ou não a palavra de Jesus. Após terem aceitado, fizeram conforme o Senhor lhes ordenara e o resultado fora surpreendente: as redes não resistiram a quantidade de peixes apanhados, sendo necessário partilhar a tarefa com companheiros da outra barca.
Nas barcas de nossas comunidades o resultado do nosso trabalho nem sempre é o que esperamos, pois é preciso estar sempre preparados para o fracasso das “noites” em que as redes voltam vazias, com “coisas indesejadas” que somos obrigados a ‘limpar”, buscamos a santidade de uma vida em comunhão, na justiça, partilha e fraternidade e acabamos encontrando fofocas, intrigas, divisões, coisas que estão em nossa rede embora não façam parte da vida da comunidade, não as queremos, ninguém as deseja, mas elas estão lá, exigindo um trabalho de superação que requer muita paciência e compreensão. Quem já tirou enrosco de uma linha de pesca ou de uma rede, sabe que não é tarefa das mais fáceis. E de repente, em meio a essa tarefa somos chamados como os primeiros discípulos à “irmos mais fundo”, avançando para águas mais profundas. Será que o nosso papel na comunidade é só ficar consertando as coisas que não deram certo? Claro que não!
A missão primária da igreja não é a excessiva preocupação com si mesma, sua estrutura e seu funcionamento, mas sim em anunciar aos de fora o evangelho de Cristo. Por experiência própria e muitas vezes por puro comodismo, achamos que o trabalho proposto por Jesus não dará nenhum resultado e na maioria das vezes em que o nosso coração nos pede mais ousadia na missão, acabamos preferindo as águas sempre rasas da nossa comunidade, grupo, pastoral, movimento ou associação onde é sempre muito fácil falar de Jesus e do seu evangelho, pois todos gostam, aceitam e até aplaudem!
As pessoas vêm até nós e assim passamos o nosso tempo “pescando” no aquário, onde até causamos espanto e admiração, não pelo resultado do trabalho, mas apenas pela nossa performance e desempenho. Não foi para isso que Jesus chamou os discípulos e nem é para isso que o Senhor nos chamou. Ser missionário é sair do nosso “mundinho” conhecido e entrar na realidade das pessoas, lá onde elas estão e vivem, feiras livres, shoppings, grandes avenidas, condomínios residenciais de alto luxo, favelas e áreas verdes onde o medo do narcotráfico mata qualquer esperança, nos hospitais, presídios, asilos etc. E se acharmos que a tarefa é muito grande para as nossas modestas possibilidades, então podemos começar pelas nossas famílias e ambiente de trabalho. O que não podemos, enquanto Batizados, é ficar pescando lambarizinhos na beirada dos rios, onde a água mal dá na canela.
O verdadeiro missionário vai sempre além de suas expectativas, do seu conhecimento, da sua bagagem e experiência, ele sabe que sempre há o risco de um fracasso, mas arrisca-se de maneira corajosa porque é o Senhor quem determina. “...em atenção á sua palavra, vou lançar as redes”.
Quando assim o fazemos, acabamos nos surpreendendo com o resultado e rapidamente, como Pedro, descobriremos que não foram nossas aptidões, mas sim a graça de Deus que realizou a missão, dando os frutos em quantidade muito maior do que esperávamos. E ao tomarmos conhecimento de que a graça de Deus, derramada por Jesus Cristo, move-se e age mesmo em cima de nossas fraquezas e erros, somos tomados pelo medo de nos entregarmos totalmente a Deus. Então aí só nos resta um caminho: confiar em Jesus e vivermos somente á luz da fé, na certeza de que doravante faremos não do nosso modo, mas do modo dele, mesmo que isso signifique ir contra a nossa lógica e razão.
Essa atitude requer uma ruptura até mesmo com aquilo que nos pareça ser essencial, os primeiros discípulos abandonaram na praia as redes e o barco e seguiram a Jesus, pois é impossível edificarmos o reino de Deus do nosso modo.
Pensemos em nossa vocação e nos perguntemos em que águas andamos “pescando”. A resposta irá exigir de nós uma atitude, a partir do evangelho.
2. Pela tua palavra, lançarei as redes - Lc 5,1-11
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Mestre, trabalhamos a noite inteira e não pegamos nada.” É nossa profissão. Sabemos o que estamos fazendo. Apoiados em falsas seguranças, mas de aparências muito seguras, não chegamos a ver o Cristo vivo diante de nós. Quando elas se desfazem, vem, então, a profissão de fé. Decisivo foi o passo seguinte: “Pela tua palavra lançarei as redes”. Há quem conte que, nessa hora, os peixinhos distraídos, clamaram uns aos outros: “Vamos depressa, Pedro vai lançar de novo as redes”. E desta vez houve uma grande pescaria.
3. OBEDIÊNCIA EXEMPLAR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
A cena evangélica apresenta os discípulos exemplarmente obedientes a Jesus. Cumprindo a ordem recebida, Simão afasta sua barca da terra, pois dela o Mestre quer pregar às multidões que estão na margem do lago de Genesaré. Em seguida, Jesus ordena que ele conduza a barca mais para dentro do lago e lance a rede. Pedro obedece, embora, sabendo não ser aquele o melhor tempo para pescaria. "Pela tua palavra, vou lançar as redes", é como adere à ordem recebida. Resultado: uma pesca espetacular! Por fim, o discípulo é convidado a se tornar "pescador de homens". Ele e seus companheiros, deixando tudo, põem-se a seguir Jesus.
A atitude dos primeiros discípulos é o paradigma daqueles que haveriam de ser discípulos, através dos tempos. Deles se exige uma grande proximidade do Mestre e muita atenção às suas palavras. Além disso, o discípulo estará sempre pronto a obedecer. A ordem pode ser fácil de ser cumprida, como por exemplo, afastar um pouco a barca da terra. Mas também pode não ser evidente, como por exemplo, lançar a rede, depois de uma noite de pesca infrutífera. Enfim, pode ser até muito exigente, como por exemplo, a ruptura com a família para seguir Jesus.
O discípulo deixa-se guiar pelo Mestre, colocando a própria vida nas mãos dele. E esta entrega é feita sem temor, pois sabe a quem se confia. Cabe-lhe, somente, ser dócil em cumprir o que lhe é ordenado.
Oração
Espírito de obediência reverente, que eu saiba abrir mão de meus projetos, para me deixar guiar, sem temor, pelo Senhor.
Fonte: NPD Brasil em 02/09/2021
Liturgia comentada
Sua mão e seu santo braço... (Sl 98 [97])
Claro, na Primeira Aliança, antes da encarnação do Filho, Deus não tinha um corpo. Entretanto, são comuns na Bíblia as expressões de cunho antropomórfico relacionadas a Yahweh. Seus olhos tudo veem (Sl 139,16), seus pés se apoiam no Templo (Is 60,13), seu ouvido se inclina para o homem que reza (Sl 31,2), seu hálito afogou os egípcios no Mar Vermelho (Ex 15,10). O homem sente necessidade de um Deus com quem possa relacionar-se, por isso lhe empresta estes traços de humanidade.
Também nos ícones do Oriente cristão, é comum que o iconógrafo “escreva” a mão de Deus saindo da nuvem, em um cantinho da figura, para sugerir que Deus vai-se revelar, Deus vai “entrar em ação”. Se Deus encolhe o braço, se seu braço é curto demais, ele se mostraria impotente diante do mal.
Por isso mesmo, quando canta a poderosa intervenção de Yahweh para libertar seu povo da escravidão do Egito, ou a vitória de Israel sobre os povos vizinhos, a Escritura Sagrada fala do braço divino: “O poder do vosso braço os petrificou”. (Ex 15,16) Os braços de Moisés nada poderiam realizar se Deus encolhesse o próprio braço...
O homem dito moderno (sic!) prefere usar seus próprios braços, manifestando inexplicável autoconfiança. Os heróis que ele desenha aos olhos das crianças são donos de braços musculosos, como o Superman, Tarzan, He-Man e tantos outros. Os cartazes de propaganda do III Reich nazista são notáveis nessa figuração do super-homem. Com bíceps tão malhados nas academias, o homem não precisa dos braços de Deus, dispensa as mãos divinas. Este superesforço para conduzir seu próprio destino pode explicar boa parte das neuroses de nosso tempo, bem como os desastres humanos causados pelo ateísmo dos sistemas políticos que deixaram atrás de si um rastro de sangue e de ruína.
No entanto, as mãos de Deus são poderosas: elas modelaram a argila do primeiro homem (Gn 2,7), e ainda somos como barro nas mãos do mesmo oleiro (Jr 18,6). Em sua insanidade e soberba, a criatura tenta libertar-se das mãos que o moldaram, sem perceber que seu barro conserva as impressões digitais dos dedos de Deus.
O povo fiel sabe que a força do braço de Deus pode fortalecer o homem. Assim como a unção divina fez do pastor Davi o guia de seu povo, assim também a força de Deus se manifestou na aparente fraqueza de Madre Teresa de Calcutá, de Dom Bosco e de tantos outros servos cuja ação transformou o mundo.
E nós? Estamos contando com o braço de Deus?
Orai sem cessar: “O Senhor manifestou o poder de seu braço!” (Lc 1,51)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 05/09/2013
REFLEXÕES DE HOJE
QUINTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada em 05/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
Não tem mais jeito?
Uma coisa que eu jamais posso dizer: “Não tem mais jeito”. Só não tem mais jeito para aquele que não vive da fé, para aquele que perdeu a esperança e já não crê.
“Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca.’” (Lc 5,4)
Diante de uma pescaria difícil, num dia em que “o mar não estava para peixe”, Jesus se manifestou de um modo maravilhoso e surpreendente aos discípulos, especialmente a Simão e aos seus companheiros de pesca: Tiago e João.
Não era possível, naquele dia, pegar mais peixes, porque o mar não estava bom, os peixes não apareciam, mas o Senhor deu a dica, deu a ordem: “É preciso avançar para as águas mais profundas”.
Às vezes, as coisas não andam boas para nós; às vezes tendemos a ficar desanimados, tristes ou sem perspectiva, sem saber qual caminho tomar, qual direção dar à nossa vida. Muitas vezes, a economia não está boa, as coisas não estão bem dentro de nossas casas, passamos necessidades, situações difíceis na vida.
Quem não passa por tempos de crise? Quem, muitas vezes, não se propõe a pescar e nada de peixe aparecer?
As palavras do nosso Mestre, em tempos de crises, de dificuldades, não são para nos deixar estagnados do jeito que estamos parados como se as coisas não tivessem mais jeito. Se tem uma palavra que não pode fazer parte do vocábulo daquele que é o seguidor de Jesus é “desânimo”.
Uma coisa que eu jamais posso dizer: “Não tem mais jeito”. Só não tem mais jeito para aquele que não vive da fé, para aquele que perdeu a esperança e já não crê.
Se você crê, se você colocou em Deus a sua esperança, a ordem é muito clara para nós: “Lançai para as águas mais profundas, lançar as redes para a pescas”. Os discípulos foram obedientes ao Senhor e pegaram uma grande quantidade de peixes.
Eu tenho certeza de que Deus vai operar milagres na sua vida se você for obediente à Palavra d’Ele. A incredulidade será afastada e você verá a abundância do Senhor na sua vida.
Creia, tenha confiança no Senhor, independente do que você estiver passando. Avance, siga firme na sua fé.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
Dediquemos atenção à Palavra de Deus
“Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes.” (Lucas 5,5)
Jesus está semeando e proclamando a Palavra. As multidões se apertavam para ouvir a Palavra que saia da boca de Jesus.
Aqui tem algo muito importante, porque Jesus é a própria Palavra viva e encarnada; da boca d’Ele sai a Palavra viva, que dá a vida; a Palavra que salva, transforma, cura e liberta. Por isso, Jesus proclama a Palavra e estou aqui anunciando a Palavra de Deus.
Precisamos ouvir a Palavra, precisamos dar atenção a ela. Precisamos permitir que a Palavra de Deus entre em nós e nos transforme por dentro e por fora. Pois, só quando dermos atenção à Palavra de Deus, seremos transformados por Deus, porque, é no poder da Palavra que o Senhor nos cura, nos levanta e nos dá vida nova.
Estamos demasiadamente distraídos e afastados da Palavra; estamos demasiadamente focados em tantos problemas da vida e não damos atenção à Palavra. Está aí a tristeza de Pedro: a noite inteira pescando, já estava agoniado, triste, decepcionado; e Jesus o mandou lançar em outra direção.
Dê atenção à Palavra de Deus, dedique tempo. Deixe, pelo menos, 20 minutos de cada dia só para ouvir e meditar a Palavra
Uma alma frustrada que tentou e não conseguiu, como vai agora lançar para aquele lado. “É em atenção à Sua Palavra que lançaremos as redes”. E veja a abundância da pesca, porque deu atenção à Palavra de Jesus.
Dê atenção à Palavra de Deus, dedique tempo. Deixe, pelo menos, 20 minutos de cada dia só para ouvir e meditar a Palavra.
A Palavra de Deus acalma aquelas coisas que estão nos perturbando; acalma as tempestades que estão agitadas dentro do nosso coração. A Palavra de Deus traz paz para a nossa cabeça que, tantas vezes, está inquieta, perturbada; a nossa mente tão cheia de devaneios, mas precisamos deixar que a força da Palavra de Deus aja em nós.
Se tivéssemos dado mais atenção à Palavra de Deus, teríamos errado menos, batido menos a cabeça; teríamos nos decepcionado menos na vida e caminharíamos muito mais na luz de Deus, porque a luz de Deus é Palavra de vida para a nossa vida.
Hoje, estou realmente chamando você para que realmente dê atenção à Palavra de Deus. E dar atenção quer dizer: voltar-se com o coração para ela. Não basta estarmos presentes, a Palavra ser proclamada, mas a cabeça estar “voando” e o coração estar para o outro lado.
Precisamos realmente ter atenção e combater todas as distrações da vida para sermos atentos, focados; então, essa Palavra será capaz de salvar e transformar a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/09/2019
HOMILIA DIÁRIA
A Palavra de Deus direciona o nosso coração
“Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca.’” (Lucas 5,4)
Imagino a frustração do coração de Simão Pedro e seus companheiros que passaram a noite inteira pescando, mas não pescaram nada, não conseguiram nada. Quantas vezes nós também nos encontramos em momentos de frustração na vida, quando investimos o melhor de nós, tentamos, mas não alcançamos o que queremos, não colhemos os frutos daquilo que nós semeamos; e, muitas vezes, a frustração e a decepção tomam conta do nosso coração.
Jesus está dizendo “não”. Mesmo em meio às decepções, às frustrações, mesmo em meio às coisas que não estão dando certo em nossa vida, não podemos perder o olhar da fé e da esperança. Primeiro, manter firme a nossa esperança no Senhor, olhos fixos em Jesus para que Ele nos dê a direção por onde nós devemos caminhar nesta vida. Eu sei que vamos dizer: “Já tentei”, “Já fiz de tudo”, “Já lutei por aqui”. Não caia nessa armadilha! Enquanto temos vida, temos todas as possibilidades de lutar, de correr atrás, de rever as nossas próprias escolhas, de ver o lado para o qual devemos lançar as nossas redes.
Recolha-se para que, no fundo da sua alma, a Palavra de Deus possa ressoar, direcionar e iluminar aquilo que parece frustrante
O que é necessário? Primeiro, dar atenção à Palavra do Senhor. Quando damos atenção à Palavra de Deus, ela vai nos dando a possibilidade de ver coisas que não estamos vendo e ver as realidades que não estamos alcançando, de iluminar situações que estão escuras, obscuras dentro de nós, porque a Palavra de Deus é luz para a alma e para o coração.
Então, como está respondendo Simão Pedro: “Senhor, trabalhamos a noite inteira e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. Às vezes, estamos colecionando frustrações, decepções e mágoas, vamos acumulando-as na vida, e paramos nas coisas negativas, não avançamos, não vamos para frente.
Não podemos dar atenção àquilo que foi negativo. Até podemos olhar para revisar, para nos rever, para ver onde erramos, mas não devemos parar nos erros, dar atenção à Palavra de Deus para seguirmos adiante, e a Palavra de Deus traz luz e direção para o nosso coração. É por isso que a pesca de Simão Pedro foi abundante, porque ele deu atenção à Palavra do Senhor.
Recolha-se no silêncio, na vida interior, recolha-se para que, no fundo da sua alma, a Palavra de Deus possa ressoar, direcionar e iluminar aquilo que parece frustrante e decepcionante. Deus tem a direção para dar a nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/09/2021
Oração Final
Pai Santo, inunda-nos com o teu Espírito e faze-nos receptivos para aceitá-lo. Assim nós seremos testemunhas de tua Presença amorosa em nossa existência, sinalizando que desde agora o teu Reino de Amor já está dentro de nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese de BH em 05/09/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inunda-nos com o teu Espírito! Faze-nos humildes e receptivos para acolhê-lo em nossos corações. Assim, nós passaremos a ser testemunhas de tua Presença amorosa em nossa vida, anunciando que desde agora (mas ainda não em plenitude) o teu Reino de Amor já está em nós. Pelo Cristo, teu Filho que se fez humano em Jesus de Nazaré, nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/pai-santo-faze-nos-humildes-e-receptivos-para-acolhe-lo/ (05/09/2019)
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