Foto Grupo ACI
Roma, 27 Mai. 14 / 02:05 pm (ACI).- No voo de volta de Israel a Roma, o Papa Francisco
condenou mais uma vez o abuso sexual de menores cometido por sacerdotes,
comparou este crime com uma “missa negra”,
esclareceu que não há privilégios para os bispos que cometam
este crime e anunciou que no início de junho se reunirá com um grupo de vítimas
no Vaticano.
Ao ser perguntado por um jornalista
sobre o que fará se encontrar um bispo que não cumpre com as normas das Igrejas
locais nesta delicada matéria, o Papa Francisco esclareceu que “não há
privilégios” para os pastores que cometam estes crimes.
“Na Argentina, chamamos os
privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos
de papai. Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já
condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores”,
explicou.
Explicou que “é um problema muito
grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve
levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de
levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo.”
“É como fazer uma missa negra! Ao invés
de levá-lo à santidade, o leva a um problema que terá por toda a vida”, enfatizou.
O Papa anunciou que nos primeiros dias
de junho “haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e
depois haverá uma reunião com eles. São pessoas da Alemanha, duas da Inglaterra
ou Irlanda... Serão uns oito, com o Cardeal (Francis) O'Malley, da comissão.
Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero!”.
Etiquetas: Papa Francisco, abusos sexuais
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