Virgem Maria e Abadia da Dormição /
Foto
(ACI - Martha Calderón) e (Wilson44691 - Domínio Público)
JERUSALÉM, 27 Mai. 14 / 03:31 pm (ACI/EWTN Noticias).- Poucos minutos depois que o Papa
Francisco terminou a Missa no
Cenáculo –como parte de sua visita a Terra Santa-, um desconhecido tentou
incendiar a Abadia da Dormição, lugar onde a tradição afirma que a Virgem Maria teria
dormido antes de ser assunta ao Céu.
A agência EFE informou que segundo testemunhas, poucos depois que o Papa deixou
o lugar e quando os franciscanos retiravam as cruzes do recinto, um
desconhecido ateou fogo em um livro e o colocou entre os bancos e pequenas
cruzes de madeira, causando um incêndio que foi rapidamente controlado.
"Chamamos imediatamente a polícia e, felizmente, ainda havia o dispositivo
de segurança por causa da visita do papa. Os bombeiros vieram e controlaram as
chamas", explicou a esta agência um dos monges beneditinos que administram
a abadia.
A Polícia de Israel investiga este fato. Outras testemunhas disseram a EFE que
depois da Missa celebrada por Francisco, um grupo de jovens judeus
ultra-ortodoxos acompanhados por um rabino tiveram uma discussão com os frades
franciscanos e os acusaram de terem profanado com suas cruzes a sacralidade
judaica do edifício onde está o Cenáculo.
Desde o século XII os judeus afirmam que nos alicerces deste edifício está o
túmulo do rei Davi. Por este motivo as autoridades não permitem que se celebrem
Missas no Cenáculo, com exceção de Quinta-feira Santa e Pentecostes.
Entretanto, estenderam uma permissão especial com ocasião da visita do Papa
Francisco.
Situado no Monte Sião, o Cenáculo foi durante 200 anos propriedade da Custódia
franciscana da Terra Santa, mas Suleiman o Magnífico, o expropriou no século
XVI e com a criação do Estado de Israel em 1948 passou a ser administrado pelos
israelenses.
A parte reivindicada pelos cristãos e os edifícios vizinhos foram objeto, nos
últimos anos, de repetidos ataques, pichações e manifestações de extremistas
judeus que exigem a expulsão dos cristãos.
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