terça-feira, 26 de novembro de 2013

São Leonardo de Porto Maurício, amante da pobreza radical e franciscana - 26 de Novembro


Lembramos hoje a santidade do sacerdote que, pela sua vida e missão, mereceu ser constituído pelo Papa Pio XI, como Patrono dos sacerdotes que, em qualquer parte da terra, se consagram às missões populares católicas. São Leonardo, o grande missionário do século XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto Maurício, perto de Gênova, Itália, a 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio. Encontrou cedo sua vocação ao Sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo, foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem Franciscana, no Convento de São Boaventura, e com 26 anos já era Padre.
Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso ocupou posições cada vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Devoto da Virgem Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose), São Leonardo de Porto Maurício era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma da adoração ao Jesus Eucarístico.
Foi, no século XVIII, o grande apóstolo do santo exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana. Toda a vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação das almas. Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo que repassava em suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para depois o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo “que nunca ouvira pregador mais arrebatador, que o efeito de seus discursos era irresistível, que ele próprio não pudera reter as lágrimas”. São Leonardo era digno sucessor de Santo Antônio de Lisboa, de São Bernardino de Sena e de São João Capistrano.
O próprio Pontífice Bento XIV quis ouvir o famoso missionário, e para isso chamou-o a Roma, em 1749, a fim de preparar os fiéis para o Ano Santo. Depois de derramar-se por Deus e pelos outros, São Leonardo de Porto Maurício, não se tornou mártir, como tão desejava, mas deu toda sua vida no dia-a-dia até adoecer e entrar no Céu a 26 de novembro de 1751, no Convento de São Boaventura, em Roma, onde, 54 anos antes, se consagrara ao Senhor sob o burel de São Francisco. Não se limitou apenas à pregação o ilustre missionário de Porto Maurício; deixou também vasta coleção de escritos, publicados a princípio isoladamente, e reunidos depois numa grande edição, que prolonga no futuro a sua prodigiosa ação missionária, não apenas dentro das fronteiras da Itália, mas cujo âmbito é todo o mundo civilizado, pelas traduções feitas em quase todas as línguas cultas. Estes escritos constituem, em geral, um rico tesouro de verdades ascéticas e ensinamentos morais e homiléticos.
São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!

São Leonardo de Porto Maurício

São Leonardo de Porto Maurício
1676-1751

Paulo Jerônimo nasceu em 1676, em Porto Maurício, atual Impéria, Itália. Filho do capitão da marinha Domingos Casanova, ficou órfão ainda muito pequeno. Foi, então, levado a Roma para concluir os estudos no Colégio Romano. Depois, foi para o Retiro de São Boaventura, onde entrou para a Ordem Franciscana e vestiu o hábito tomando o nome de frei Leonardo.
Atuou como sacerdote a maior parte da vida em Florença. Era um empolgante pregador, principalmente quando escolhia como tema a Paixão de Cristo. Percorreu toda a Itália exercendo esse ministério e, com isso, escreveu muitas obras de grande valor para os pregadores e para os fiéis. Santo Afonso de Ligório, seu contemporâneo, dizia que ele era o maior missionário daquele século. O papa também usou para a Igreja os dons de Leonardo, quando o enviou para uma delicada missão na ilha de Córsega. Tinha de restabelecer a concórdia entre os cidadãos. Apesar das graves divisões entre eles, Leonardo conseguiu um inacreditável abraço de paz.
Também é considerado o salvador do Coliseu, ao promover pela primeira vez a liturgia da Via-Sacra naquele local que definiu como santificado, pelos martírios dos cristãos. Por esse motivo, a interpretação da Paixão de Cristo foi reproduzida, no jubileu de 1750, no Coliseu, cujas ruínas eram dilapidadas e suas pedras arrancadas para servirem em outras construções. A celebração da Via-Sacra em seu interior tornou-se tradição e a histórica construção passou a ser preservada. A tradição permanece, pois até hoje o próprio pontífice, toda Sexta-Feira da Paixão, faz a Via-Sacra no Coliseu, em Roma.
Frei Leonardo era, também, muito devoto de Nossa Senhora e queria que a Igreja assumisse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Lutou muito pelas suas idéias doutrinais e convenceu o papa Bento XIV de que era necessário convocar um concílio para discutir o assunto e depois proclamar esse dogma.
Não viu este dia, mas deixou uma célebre carta profética, onde previa que isso iria acontecer, como de fato ocorreu, em 1854. Frei Leonardo morreu, em 1751, no seu querido Retiro de São Boaventura de Palatino, Roma. Na ocasião, tal era sua fama de santidade que o próprio papa Bento XIV foi ajoelhar-se diante de seu corpo.
Papa Pio XI o declarou padroeiro dos sacerdotes que se consagram às missões populares no mundo. São Leonardo de Porto Maurício é celebrado, no dia de sua morte, também como padroeiro da sua cidade de origem, atual Impéria.

São Leonardo de Puereto Mauricio, Pregador

São Leonardo foi um dos melhores pregadores que teve a Itália, e conseguiu popularizar por todo o país a oração da santa Via-crúcis. Nasceu em Porto Mauricio (Itália) em 1676, estudou com os jesuítas em Roma, e aos 21 anos conseguiu entrar na Comunidade dos franciscanos. Uma vez ordenado sacerdote se dedicou com grande êxito à pregação, mas unindo este apostolado ao mais estrito cumprimento dos Regulamentos de sua comunidade, e dedicando longos tempos ao silêncio e à contemplação.
Foi nomeado superior do convento franciscano de Florência e ali exigia a mais rigorosa obediência aos severos regulamentos da comunidade, e não recebia ajuda em dinheiro de ninguém nem cobrava pela celebração das missas. Como penitência, ele e seus frades viviam unicamente do que recolhiam pelas ruas pedindo esmola de casa em casa. Seu convento se encheu de religiosos muito fervorosos e com eles começou a pregar grandes missões por povos, campos e cidades.
São Leonardo estimava muitíssimo a oração da Santa Via-crúcis (as 14 estações da viagem de Jesus para a cruz). A ele se deve que esta devoção se tornasse tão popular e tão estimada entre os devotos. Como penitência na confissão punha quase sempre rezar uma Via-crúcis, e em seus sermões não se cansava de recomendar esta prática piedosa. Em todas as paróquias onde pregava deixava instaladas solenemente as 14 estações da Via-crúcis, conseguindo erigir a Via-crúcis em 571 paróquias da Itália. Outras três devoções que propagava por toda parte eram a do Santíssimo Sacramento, a do Sagrado Coração de Jesus e a do Imaculado Coração de Maria.
Já muito ancião e muito desgastado de tanto trabalhar e fazer penitência, e depois de ter passado 43 anos percorrendo todo o país pregando missões, teve que fazer uma longa viagem em pleno inverno. Faleceu no ano 1751.
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=162

São Leonardo de Porto Maurício

Padroeiro dos missionários

Comemoração litúrgica: 26 de novembro.

Também nesta data - São Siríco - Papa; Santos Conrado e Belina

Imortal tornou-se  o nome deste franciscano, missionário da Itália, que por espaço de  44 anos pregou 326 missões em 84 dioceses, apresentando-se  assim como instrumento escolhido da Providência Divina, para a salvação de muitas almas. O resultado estupendo que lhe coroava os trabalhos de  missionário, tem sua explicação na grande santidade deste humilde filho do Patriarca de Assis. São Leonardo de  Porto  Maurício é uma figura extraordinária, entre os grandes pregadores de penitência e,  dos missionários que Deus  tem dado  à Igreja,  é ele um dos maiores. O grande orador sacro Barberini, homem de muita  experiência e  virtude, disse no relatório ao Papa  Clemente XII, em  referência à pregação de  Leonardo,  que  nunca ouvira um pregador mais eloqüente e  zeloso, orador algum que, como ele, tanto o impressionasse.  Bento XIV  assistiu a diversas missões dirigidas por Leonardo, para ouvir-lhe as práticas. Nos lugares onde pregava, um dos cuidados  do missionário era implantar  na alma do povo, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e da Sagrada Paixão de Nosso  Senhor, a adoração perpétua  do Santíssimo Sacramento e  o culto de Nossa Senhora.  Um dos mais  ardentes desejos  seus  era  ver proclamado  o dogma da Imaculada  Conceição. 
Grande  pregador, era também modelo perfeito das virtudes, que procurava implantar nos corações dos ouvintes. Possuidor  do  espírito  de São Francisco, era Leonardo, como seu  pai espiritual, amigo apaixonado da pobreza. Andando sempre descalço, não usava  hábito que não tivesse  já servido a outros Irmãos da Ordem e bastante  gasto. Presentes,  que em quantidade lhe eram oferecidos, por ocasião das missões, Leonardo os rejeitava, preferindo viver pobre, como o Divino Mestre viveu e morreu. 
Hemoptises freqüentes e fortes obrigaram-no a  interromper pelo espaço de cinco anos a  sua atividade de missionário pregador.  Restabelecido, em 1707, subiu novamente  ao púlpito e durante 44 anos não mais  preciso foi tomar maior descanso. Nestes tempos  desenvolveu uma  atividade maravilhosa na  Itália, principalmente na Toscana.  O  amor de Deus  tinha  deitado raízes fortíssimas na alma  do santo missionário, que costumava dizer:  " Mesmo  se  tivesse  toda a certeza de parar  no inferno,  de  todo coração amaria a meu Deus". Ou: "Feliz me consideraria, se  com meu sangue pudesse  evitar um só pecado mortal, que tanto desgosto causa a  Deus e  tão gravemente  o ofende". 
Para ter diante  de  si  a  lembrança da Sagrada  Paixão de  Nosso Senhor,  fazia todos os dias  o  exercício  da via sacra, e levava sobre o peito uma cruz guarnecida de  cinco pontas de  ferro. Nas sextas-feiras, mastigava vermuto ou outras ervas amargas, para acompanhar o divino Mestre, a quem  foram  dados  fel e vinagre a  beber.  
Devotíssimo de Maria Santíssima,  saudava a divina  Mãe, todas as vezes que ouvia  bater horas. Os  sábados e  as  vésperas de festas marianas  eram-lhe dias de  jejum. Missão não terminava, sem recomendar aos ouvintes a  devoção a Nossa  Senhora como o melhor antídoto contra  o pecado mortal. 
Considerando o Santíssimo Sacramento como o sol do cristianismo, a  alma da fé, o ponto central da  religião cristã, Leonardo era adorador devotíssimo  deste grande mistério, e com o maior recolhimento celebrava a santa  Missa, preparando-se para a celebração pela confissão diária. 
Amigo de Deus e trabalhador dedicadíssimo pelos  interesses  de  Jesus,  grande amor dedicava também ao próximo. Esta caridade  teve  sua máxima expressão e  exemplificação no confessionário. Os pecadores encontravam nele um bom pai e caridoso médico. Admirável era-lhe a  dedicação  no confessionário, durante as missões. Foi observado que permanecia  no tribunal da  penitência  durante  30 horas, sem tomar alimento e  sem se permitir  um descanso.  Todos os sacrifícios, todas as fadigas as  oferecia  pelas almas do purgatório. Admirável  expressão de São Lourenço é a seguinte:  "De boa vontade ficaria na entrada  do inferno, suportando os maiores tormentos, se com meu corpo pudesse obstruir a passagem e impossibilitar  que  lá alguém entrasse". 
Verdadeiro santo, era Leonardo amigo da Penitência. O tempo lhe era precioso demais, para  perdê-lo com  conversações inúteis. Só o serviço de Deus e  o interesse pelas  almas podiam-no  levar a sair da  cela. Durante as missões o soalho lhe servia de leito, e o corpo, macerado pelo jejum, e pelas mortificações, trazia sinais  inequívocos  de  cruéis  flagelações.   Quando estudante, era modelo  para os condiscípulos, e os mestres tinham-lhe grande estima, comparando-o com São Luís  Gonzaga.  Nunca abandonou os princípios austeros, adquiridos  na mocidade,  defensores e conservadores da santa pureza."
Quando um religioso ,  precisa  falar com uma  pessoa de  outro sexo, deve ter o cuidado de quem tem  que se haver com um empesteado. Não podendo  evitar  o contato com tais doentes, leve consigo cheiros fortes para evitar o contágio. O religioso, enquanto precisa  falar com uma  mulher, deve usar  o incenso dos bons pensamentos, para não por em perigo a  própria  alma",  dizia.  
Era visível a graça e proteção divina, que o acompanhavam nas missões.  Como fossem  numerosíssimas  as  conversões, não faltavam exemplos  a  mostrar como Deus castigava os desprezadores dos salutares  avisos  divinos. Em todas  as  emergências conservava São Leonardo a  conformidade e  uma profunda humildade.   "Tudo para Deus, nada para mim", era  sua divisa. 
Leonardo morreu no ano de  1751 em Roma,  no Convento de São Boaventura. Pio VI, que o conhecera  em vida, conferiu-lhe  o título de  Bem-Aventurado. Pio IX inseriu-lhe o nome no catálogo dos  Santos da Igreja e Pio XI deu-o por padroeiro aos  missionários. 
Reflexões
Um dos maiores  missionários  que a Igreja possuiu, São Leonardo de Porto Maurício, senhor de uma eloqüência arrebatadora e  que sacudia impiedosamente as  consciências dos ouvintes, não se cansava de aconselhar  aos cristãos que observassem os Mandamentos da  lei de Deus.  Da observância da  Lei de Deus depende a vida. Muitos se iludem  pensando  que, levando ao pescoço uma medalha  ou um escapulário, tendo o nome inscrito em uma irmandade, a salvação é a coisa mais garantida, embora se permitam  as maiores liberdades  no desprezo da  Lei de Deus. Que engano,  que ilusão!   A lei de Deus não conhece  e não admite exceção. E como Deus ordena  que a Igreja seja ouvida e obedecida, as leis  da Igreja nos obrigam da  mesma forma que  as  do Decálogo.  Grava bem  fundo em teu coração esta verdade e  lembra-te  da palavra  de Nosso Senhor, que diz:  "Se queres  entrar na vida, observa os mandamentos"(Mt 19), como da  afirmação do salmista: "Malditos aqueles que se desviam dos vossos  mandamentos". (S. 118)

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