domingo, 16 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/10/2016

Ano C


Lc 18,1-8

Comentário do Evangelho

Perseverança da súplica

A parábola não é uma descrição fiel da realidade. Ela visa, sem se preocupar com a lógica da descrição, transmitir uma mensagem. A caracterização do juiz que “não temia a Deus, nem respeitava homem algum” (v. 2), isto é, que procede arbitrariamente não levando em consideração nem Deus nem os homens, serve para enfatizar a importância da perseverança da súplica da viúva e ressaltar o cuidado de Deus para com os seus escolhidos (cf. vv. 7-8a). A finalidade da parábola é mostrar que Deus não abandona os que ele escolheu; é ele quem os socorre e defende. A Comunidade que o Cristo reúne deve ser perseverante na oração. A oração sustenta o testemunho de toda a Igreja e nutre o dinamismo missionário da Comunidade eclesial (ver: At 2,42-47; 12,1-19). O “atraso da parúsia” é um convite a viver a adesão da fé através da fidelidade do testemunho pela palavra e pela ação que acompanha o anúncio cristão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me pobre e simples diante de ti, de modo que minhas súplicas sejam atendidas, pois jamais deixas de atender a quem se volta para ti na humildade de coração.
Fonte: Paulinas em 16/11/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre assegura que Deus fará justiça – e bem depressa. Abastecidos por esta certeza, nós podemos, mais do que pedir, como aquela viúva, desde já agradecer ao Pai por sua misericordiosa atenção a nós, seus filhos amados. Testemunhemos para os irmãos a nossa confiança na Providência Divina.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2013

Vivendo a Palavra

Até um juiz injusto se comove com a insistência da viúva. O Pai, que é rico em misericórdia, que não apenas nos espera no final da jornada, mas nos acompanha desde agora, certamente nos proverá do que necessitamos para a caminhada de volta ao Lar Paterno, a sua Morada Santa. Oremos, oremos sempre, entregando-nos em seus braços carinhosos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A parábola do juiz iníquo nos mostra, como o próprio São Lucas nos diz, a necessidade da oração constante e da confiança em Deus que sempre ouve as nossas preces. Porém devemos ver qual a preocupação de Jesus no que diz respeito ao conteúdo da oração. O juiz não quer fazer justiça para a viúva e depois a faz por causa da insistência dela. A partir disso, Jesus nos fala sobre a justiça de Deus, ou seja, que o Pai fará justiça em relação aos que a suplicam. Deste modo, vemos que Jesus exige que a nossa oração não seja mesquinha, desejando apenas a satisfação das necessidades temporais, mas sim a busca dos verdadeiros valores, que são eternos.
Fonte: CNBB em 16/11/2013

Recadinho

Rezo? - Em que momentos? - Em que situações? Em que consiste minha oração? - Procuro pedir a Deus: o que é justo, de modo persistente, o que é para meu bem, e deixando que “seja feita a sua vontade?” O juiz foi "dobrado", não por uma decisão sua de corrigir seus atos, nem foi por persistência da viúva. Ele sabia que a causa dela era justa. Mas foi a persistência da viúva que o levou a render-se a suas súplicas! Persistência! Esta é uma das chaves de uma oração eficaz!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/11/2013

Meditando o evangelho

A ORAÇÃO DO POBRE

Com a parábola da pobre viúva, vítima da injustiça, Jesus ensinou seus discípulos a orar sem esmorecer. A oração incessante, porém, é própria de quem tem um coração de pobre.
De propósito a personagem central da parábola é uma pessoa triplamente marginalizada: por ser mulher, pobre e viúva. Sendo mulher, sua denúncia contra o injusto adversário carecia de valor. Sendo pobre, faltavam-lhe recursos materiais para mover um processo contra o opressor. Sendo viúva, não tinha marido, um homem para apoiá-la no seu pleito. Estava só, na sua fraqueza, diante de um juiz a quem competia fazer-lhe justiça. Pior ainda, tratava-se de um juiz desonesto, sem temor de Deus nem respeito pelas pessoas. A pobre viúva encontrava-se, pois, numa situação totalmente adversa. Entretanto, estava disposta a fazer valer os seus direitos. E conseguiu, por causa de sua obstinação.
Algo semelhante acontece na oração. Só recorre a Deus, com perseverança, quem se sente pobre, indefeso, consciente de que só dele provém o socorro. Não existe outra esperança. É nesta condição de total indigência que o fiel volta-se para Deus. Anima-o a absoluta certeza de ser atendido. Daí sua obstinação.
Jesus garante que o Pai está sempre pronto a acolher a oração do pobre, mesmo que o faça esperar. É necessário apenas perseverança!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de perseverança na oração, dá-me um coração de pobre, que se volta para o Pai, consciente de que só ele pode vir em socorro de minhas necessidades.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-16

REFLEXÕES DE HOJE


16 DE OUTUBRO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMÍLIA DIÁRIA

*Se você é insistente na sua forma de rezar, se você persevera nela, ela dará perseverança, consistência para as outras necessidades que temos na vida

"Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir” (Lucas 18, 1)

O que Jesus quer e espera de nós é que não desistamos da oração. Pelo contrário, que nossa oração seja persistente, insistente e perseverante! Por isso, sigamos o exemplo dessa viúva do Evangelho - em que podemos chamá-la de “viúva oportuna”, porque ela realmente está ali o tempo inteiro, sem cessar, clamando para que o juiz faça justiça a ela.
O juiz para se ver livre (afinal de contas já estava achando aquela mulher chata), dá o que ela está pedindo.
Sabe meus irmãos, às vezes somos chatos em situações que não precisamos ser, e nas situações que precisamos ser realmente insistentes, persistentes e consistentes, muitas vezes, deixamos de lado e desanimamos.
Em primeiro lugar, a oração: temos que ter firmeza, perseverança e insistência na nossa forma de rezar! Não pense que é ser petulante com Deus, arrogante ou qualquer coisa parecida. A oração precisa ser feita com humildade de coração, mas essa humildade nos leva a sermos insistentes naquilo que queremos e precisamos.
A verdade é que a própria oração vai purificando o nosso coração, às vezes, o nosso pedido, a nossa súplica, a nossa intercessão não está indo pelo caminho, mas só pelo fato de estarmos rezando, de estarmos na presença do Senhor, Ele vai purificando o nosso coração. Mas Ele não esquece de atender a nossa súplica e os nossos anseios.
Digo a você: seja perseverante, seja realmente insistente na sua forma de rezar!
Quando falamos em ser “insistentes” não significa que precisamos ficar repetindo sem cessar os nossos pedidos mas, a cada dia, voltarmo-nos para Deus.
Há muitas pessoas desanimadas na vida, cansadas, calejadas, sem ânimo e sem força para fazer muitas coisas. “Eu já tentei isso! Já fui desse jeito! Já insisti dessa forma!” E quando o desânimo toma conta do coração de alguém, ele realmente perde o rumo da vida.
Não podemos perder o rumo nem a direção. Pode ser que precisemos pensar e repensar a forma de fazermos as coisas, mas não podemos deixar de sermos insistentes naquilo que buscamos na vida.
A oração é o caminho, o método que precisamos para sermos perseverantes em outras áreas e situações da vida. Se você aprende a orar bem, se você é insistente na sua forma de rezar, se você persevera nela, ela dará perseverança, consistência para as outras necessidades que temos na vida.
Que essa pobre viúva do Evangelho nos ensine a sermos homens e mulheres de fé. Eu digo fazendo a mesma pergunta que Jesus fez: “Será que quando o Filho do Homem voltar Ele encontrará fé sobre a terra?”. A oração é a expressão da nossa fé, não basta dizer: “Eu tenho fé!”. A oração é a expressão da fé que cremos e acreditamos!
Senhor, aumente a nossa fé e não nos permita desanimar!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova



Fonte: Canção Nova

Liturgia comentada

Bem depressa… (Lc 18, 1-8)

Nos dois pólos da parábola, uma pobre viúva injustiçada e um juiz iníquo. Nada mais atual! Pobres espoliados de seus direitos e magistrados corrompidos…
E o tempo que passa. Dia após dia. Semana após semana. Ano após ano. Da parte do juiz, a mesma iniquidade. Do lado da viúva, a invencível perseverança…
Gosto de imaginar que aquela pobre mulher tinha alugado uma terrinha, ou um imóvel, parte da herança deixada pelo finado marido, e o inquilino ganancioso se recusava a pagar os aluguéis. Por isso, ia ao juiz e não desanimava de reivindicar os seus direitos. Até que o homem mau se cansa. É sempre assim. O bem é incansável. O mal tem fôlego curto. E o juiz, que sabe muito bem de sua maldade – “Não temo a Deus nem respeito os homens!” (cf. v. 4) -, começa a temer por uma reação mais forte da pobre viúva e, quando menos se esperava, dá-lhe uma sentença favorável. Faz-se, enfim, a justiça.
A situação da parábola é, agora, utilizada por Jesus para uma lição magistral: se um homem tão ruim acabou fazendo justiça, diante da insistência da velhinha, quanto mais nos fará justiça o Pai do céu, que é bom e justo? Logo, da parte de Deus nada temos a temer. Mas…
Sim, o problema está do nosso lado: somos capazes de perseverar na oração até o tempo da resposta de Deus? Ora, ninguém persevera se não tem a fé. Daí a dúvida de Jesus (a única dúvida do Mestre em todos os Evangelhos!): “Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso ainda achará fé sobre a terra?”
Em todo caso, Jesus nos anima com a garantia: Deus nos atenderá “bem depressa”. Mesmo que não possamos avaliar exatamente o que seja “bem depressa” para um Deus que vive imerso na eternidade (onde não há relógios nem minutos), podemos estar certos de que seremos atendidos “nesta vida”.
Mergulhados na História até o pescoço, temos nosso olhar voltado para o eterno. Peregrinamos na terra, mas somos cidadãos do céu. Não devemos achar caro, como preço da eternidade com Deus, o tempo de espera (e esperança) que gastamos cá em baixo.
Como diz o Senhor no Apocalipse: “Sim, eu venho em breve.” A este anúncio, nós respondemos: “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22, 20.)
Orai sem cessar: “Antes mesmo que clamem, eu lhes responderei; quando ainda estiverem falando, eu os terei ouvido! (Is 65, 24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-16102016/

Homilia Dominical com padre Paulo Ricardo - 16/10/2016



Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar! Que nós, mais do que pedindo, nos lancemos confiantes aos teus cuidados paternais, agradecidos por tantos dons que nos ofereces, entre eles o maior: teu Filho Unigênito, o Cristo, feito carne em Jesus de Nazaré, nosso irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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