sexta-feira, 16 de agosto de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 16/08/2024

ANO B


Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

Unidade entre o homem e a mulher

Entre os rabinos discutia-se sobre quais motivos permitiriam ao homem despedir sua mulher. Os fariseus questionam Jesus com a intenção de pegá-lo em contradição. Evitando discutir a questão a partir da Lei, Jesus evoca a criação, com um sentido de igualdade e unidade entre o homem e a mulher, descartando o direito unilateral do homem de despedi-la.
Os discípulos concluem pela pouca conveniência do casamento. Jesus corrige-os, afirmando que a renúncia ao casamento pode ocorrer por parte de alguém que deseja dedicar-se ao Reino dos Céus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 17/08/2012

Comentário do Evangelho

A dureza do coração.

Os fariseus testam Jesus a todo tempo. A perícope sobre o repúdio da mulher se encontra num contexto de controvérsia. A questão é posta a Jesus para testá-lo, a fim de verificarem o quanto Jesus conhece da lei de Moisés. A questão aproveita a omissão de Dt 24,1, uma vez que referido texto não explicita o que se deve entender por “algo vergonhoso” pelo qual se poderia repudiar a esposa. Por essa razão, mesmo entre os fariseus, havia discussões e desacordos no que se refere aos motivos legítimos do repúdio. A resposta de Jesus é absolutamente clara: não é permitido o divórcio, salvo em caso de “união ilegítima”. O termo grego pornéia pode referir-se tanto a uma conduta sexual inadmissível por parte da mulher como a um matrimônio em que o grau de parentesco tenha sido interditado por Lv 18,6-18. Quanto à razão da concessão de Moisés, concessão com a qual Jesus não consente, é a “dureza de coração”, a saber, a incapacidade de compreender e pôr em prática os mandamentos de Deus e de amar verdadeiramente alguém. Para Mt 5,32, o divórcio equivale ao adultério. Quem compreende o projeto original de Deus, é curado da dureza do coração, luta por um verdadeiro amor e considera o seu matrimônio algo intocável.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 15/08/2014

Vivendo a Palavra

Homem e mulher não são metades que se completam, mas seres inteiros que, tendo cumprindo a ordem do Senhor – ‘crescei’ – se unem para construírem juntos, nesta terra, uma família, imagem do Reino que será vivido em plenitude no abraço eterno do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2012

Vivendo a Palavra

«O que Deus uniu, o homem não deve separar.» João nos lembra que Deus é Amor – e assim, a união em Deus é uma união no Amor. Amor de verdade, como o de Jesus: Amor querer-bem, Amor generoso, gratuito, livre e libertador; é o Amor capaz de criar.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Homem e mulher não devem ser vistos como metades que se completam, mas seres inteiros e livres que, tendo cumprindo a ordem do Senhor – ‘crescei’ –, unem-se para construírem juntos uma família – lugar de Amor nesta terra e imagem do Reino que será vivido em plenitude no abraço eterno do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Os “puros” fariseus sempre procuravam espalhar armadilhas no caminho de Jesus: apelando para a letra da Lei – no caso, a carta de divórcio permitida por Moisés – eles se esqueciam de que, para o Mestre, importava o Espírito da Lei, escrito desde sempre pelo Pai no coração de seu Povo. «O que Deus uniu, o homem não deve separar.»
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2020

Reflexão

Quem comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro deus da própria vida.
Fonte: CNBB em 17/08/2012 e 15/08/2014

Reflexão

Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne”. Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, patilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento a sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/08/2018

Reflexão

Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne”. Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, partilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento a sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.
Oração
Senhor e Mestre, quanto ao divórcio, esclareces que Deus criou homem e mulher para se unirem e serem “uma só carne”. E arrematas: “O que Deus uniu o homem não separe”. E admites que há pessoas que não se casam em vista de dedicar-se mais livre e intensamente ao Reino de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 14/08/2020

Reflexão

Quando se fala de amor, não há espaço para rigidez da lei. Os fariseus queriam oportunidade para ver se Jesus seria permissivo ou restritivo. Porém, o Mestre, que conhece as artimanhas do pensamento do grupo, recorda-lhes o princípio da unidade, da fraternidade, projeto inicial do Criador: “uma só carne”. O problema, na verdade, é “a dureza do coração”. Um coração duro e uma mente orgulhosa destroem o amor. Matrimônio e celibato são dons e, como tais, geram o dinamismo na comunidade. Jamais a ruptura. Onde há amor não há desistência. Há completude, há inteireza. É assim que Jesus nos quer. O contrário é submissão e desintegração dos laços. “O que Deus uniu, o homem não separe” refere-se aos vínculos mais profundos e sagrados. A lei, ao contrário, age na frieza.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 12/08/2022

Recadinho

Pense num exemplo de alguém que não se casou para se dedicar mais e melhor ao serviço do reino de Deus. - O que você pessoalmente pode fazer para o bem do casamento? - Qual deve ser o modo de agir de sogros e sogras na educação dos netos? - E no campo de interferências? - E no que se refere a autoridade e privacidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional e15/08/2014

Comentário do Evangelho

SUPERANDO UMA MENTALIDADE

Jesus recusou-se a pactuar com a mentalidade de certas correntes rabínicas de sua época, no tocante à indissolubilidade do matrimônio. O modo superficial como colocavam o problema levava-os a se desviarem do projeto original de Deus.
A introdução do divórcio, na Lei mosaica, era uma forma de concessão divina à dureza de coração do povo. "No começo não foi assim." Isto é, o divórcio não estava, originalmente, nos planos de Deus. Se a humanidade fosse menos obstinada e mesquinha, seria desnecessário prever o direito de o homem repudiar sua mulher.
No projeto divino, o matrimônio corresponderia a uma união tão profunda entre os esposos, a ponto de se tornarem uma só carne. A comunhão, assim pensada, exclui qualquer possibilidade de separação. Esta corresponderia a privar o corpo humano de um de seus membros. O esposo separado da esposa e, vice-versa, seria, pois, um corpo mutilado.
O discípulo do Reino sabe precaver-se da mentalidade divorcista leviana, esforçando-se por comungar com o pensar de Deus. E se recusa a agir como os fariseus, preocupados em conhecer os motivos pelos quais o marido pode repudiar sua mulher. O casal cristão, pelo contrário, interessa-se por conhecer aquilo que pode uni-lo mais ainda, de forma a consolidar a união realizada por Deus. E nada poderá separá-lo.
Fonte: Dom Total em 15/08/2014 12/08/2022

Oração
Espírito que gera comunhão, inspira os casais cristãos a buscarem sempre o caminho da consolidação dos laços matrimoniais, obra do próprio Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 15/08/2014

Meditando o evangelho

RESPEITO PELAS MULHERES

É bem conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não tinha valor;  ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia.
A resposta de Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa superioridade masculina. Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus.
Fonte: Dom Total em 17/08/2018 14/08/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A decisão de amar por toda a vida, não pode ser revogada.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis aqui um evangelho que seria melhor tirar do Novo Testamento, pois falar sobre ele e a verdade que proclama, é arranjar encrenca até em família. Como é que vamos falar desse evangelho em família se temos um filho ou uma filha, um sobrinho ou neto, que está nesta situação? Na própria comunidade, já vi pregadores da Palavra tentar amenizar a pregação, para não ofender casais em segunda união, levando estes ao desanimo na Fé. Para a pós-modernidade esse ensinamento evangélico é uma velharia do passado, pois hoje em dia não dá mais para se falar em adultério.
Prestemos atenção nessa palavra tão pesada “Adultério”, que significa “Falsa” ou que foi adulterada, mudada, como os ladrões de veículos fazem com o número do chassi, tentam assim, fazer com que o veículo roubado passe por outro e não mais aquele original em sua numeração saída da fábrica.
Com dinheiro falso é também essa atitude, não ficamos escandalizados quando compramos algo e o caixa examina a nota de cem ou cinquenta á nossa frente, para certificar-se de que ela não é falsa.... Também na compra de peças para veículos ou outro equipamento, exigimos originais, porque sabemos que têm qualidade, não são imitação, não foram adulteradas.
Mas quando tratamos das coisas de Deus, e principalmente desse ensinamento sobre a vida Conjugal dos que se uniram um dia na Igreja, deixamos de lado nosso rigorismo e exigências, e começamos a achar que tanto faz casar-se na igreja ou não, e uma vez casados, a separação é sempre uma possibilidade, e a união com outra pessoa também é coisa normalíssima em nossos dias.
A confusão e o desconhecimento é tão grande nessa área, (com certeza culpa da nossa própria igreja) que amasiados ou divorciados procuram os Ministros Ordinários do Matrimônio, para pedir uma bênção, ás vezes em um salão durante a festa. E tem mais ainda, quando o caso acontece com a filha ou o filho da vizinha, logo alardeamos que se trata de um adultério, quando, porém, é com o nosso filho ou filha, daí não é adultério pois temos uma justificativa.
Claro que Bênção também significa compromisso, mas para a maioria é um modo de envolver o Divino em nossos interesses humanos, e se ter dele a necessária proteção ou ter “sorte” no casamento, como me dizia um amigo, nessa situação, e que queria que eu fosse ministrar a bênção para ele e a sua Terceira esposa...Esse descompromisso total que têm marcado a vida conjugal de tantos casais, mesmo os cristãos, nada mais é do que influência do Neo-ateísmo que impera em nossa sociedade, onde se crê em Deus, mas Ele não tem nada a ver com minha vida da qual faço o que quiser...
Sacramento do matrimonio é uma Graça Santificante e Operante, que eleva o amor humano dando a este a mesma força e grandeza do amor Divino. No altar, homem e mulher dizem o SIM não para um amor sentimental ou somente do Eros, mas trata-se de uma decisão sagrada, manifestada naquele sim e que significa “Sei das minhas fraquezas, mas diante de Deus e da Igreja, tomo a decisão de amar para sempre, até a morte esta pessoa que Deus colocou na minha vida, confiando que só conseguirei isso com a Graça de Deus que vou agora receber”.
O SIM dos noivos supõe exatamente isso, daí que neste evangelho, Jesus manifesta o desejo e a vontade, de que este projeto original, iniciado para o casal precisamente no dia do casamento, seja mantido até o fim. Quando ocorre o contrário, e a união com uma segunda pessoa quebra e rompe este vínculo, esta união foi adulterada, falsificada e nem por isso Deus manda do céu a sua Ira na vida do casal.
E então, perante a Santa Igreja, que acolheu a decisão dos nubentes no dia do casamento, a comunhão de vida do casal já não existe, e como a Igreja não pode voltar atrás em sua decisão, ela precisa sinalizar que a ruptura aconteceu e por isso, casais em segunda união são orientados a não receberem a Eucaristia, que é a expressão mais alta e por Excelência, da nossa comunhão com Deus, uma vez que, recebendo-a, não podem vivê-la na vida conjugal de maneira autêntica, já que a pessoa com quem se vive, não é aquela que diante de Deus e da Igreja decidiu amar para sempre.
E se foi um casamento errado, celebrado diante de Deus em cima de mentiras e falsidades, compete ao Tribunal Eclesiástico verificar cada caso, dando as pessoas envolvidas o direito de recomeçar a sua vida conjugal.

2. É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo? - Mt 19,3-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Terminado o quarto discurso, São Mateus narra diversos episódios que encaminham o leitor para o último discurso, o Sermão escatológico ou do Fim dos Tempos. O relacionamento humano não é fácil e, no entanto, precisamos uns dos outros. A solidão pode ser vivida como uma beatitude, mas o isolamento é triste. Casam-se e depois não se entendem. Unem-se e separam-se sem pensar no bem do outro e dos outros. Alguns não se casam em busca de uma solidão fértil e terminam no isolamento egoísta e interesseiro. Maximiliano Kolbe encheu de pontes o isolamento da prisão.
Fonte: NPD Brasil em 14/08/2020

HOMILIA

A INDISSOLUBILIDADE DO MATRIMÔNIO

Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os ao Matrimônio a uma íntima comunhão de vida e amor entre eles, "de maneira que já não são dois, mas uma só carne.
Esta é a verdade que a Igreja proclama ao mundo sem cessar. O Papa João Paulo II dizia que "O homem se tornou "imagem e semelhança" de Deus, não somente através da própria humanidade, mas também através da comunhão das pessoas que o varão e a mulher formam desde o princípio. Tornam-se a imagem de Deus não tanto no momento da solidão quanto no momento da comunhão (Audiência geral de 14.11.1979).
A família é uma instituição de mediação entre o indivíduo e a sociedade, e nada a pode substituir totalmente. Ela mesma apoia-se, sobretudo numa profunda relação interpessoal entre o esposo e a esposa, sustentada pelo afeto e compreensão mútua. No sacramento do Matrimônio, ela recebe a abundante ajuda de Deus, que comporta a verdadeira vocação para a santidade. Queira Deus que os filhos contemplem mais os momentos de harmonia e afeto dos pais e não os de discórdia e distanciamento, pois o amor entre o pai e a mãe oferece aos filhos uma grande segurança e ensina-lhes a beleza do amor fiel e duradouro.
O testemunho fundamental acerca do valor da indissolubilidade é dado com a vida matrimonial dos cônjuges, na fidelidade ao seu vínculo, através das alegrias e das provas da vida. Mas o valor da indissolubilidade não pode ser considerado o objeto de uma mera escolha privada: ele diz respeito a um dos pontos de referência de toda a sociedade. E por isso, enquanto devem ser encorajadas quer as iniciativas que os cristãos com outras pessoas de boa vontade promovem para o bem das famílias, deve evitar-se o risco do permissivismo em questões de fundo que se referem à essência do matrimônio e da família.
A família é um bem necessário para os povos, um fundamento indispensável para a sociedade e um grande tesouro dos esposos durante toda a sua vida. É um bem insubstituível para os filhos, que hão-de ser fruto do amor, da doação total e generosa dos pais. Proclamar a verdade integral da família, fundada no matrimônio, como Igreja doméstica e santuário da vida é uma grande responsabilidade de todos.
Diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem e o homem da mulher, diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11). Através do Evangelho, o homem e a mulher caminham em conjunto para o Reino. Cristo chama conjuntamente, sem os separar, homem e mulher, que Deus une e a natureza junta, fazendo-os, por uma admirável conformidade, partilhar os mesmos gestos e as mesmas funções. Pelo laço do matrimônio, Deus faz que dois seres não sejam senão um, e que um só ser seja dois, de modo que assim descubra um outro de si, sem perder a sua personalidade, nem se confundir no casal.
Mas por que é que, nas imagens que nos dá do Seu Reino, Deus faz intervir deste modo o homem e a mulher? Porque sugere Ele tanta grandeza através de exemplos que podem parecer fracos e despropositados? Irmãos, um mistério precioso esconde-se debaixo desta pobreza.
Segundo a palavra do apóstolo Paulo, « É grande este mistério, pois que é o de Cristo e da Sua Igreja» (Ef 5,32). Isto evoca o maior projeto da humanidade. O homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, um processo que se arrastava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos da árvore do conhecimento do bem e do mal para o fogo do fermento da Boa Nova. Esses olhos que a árvore da tentação fechara à verdade, abrindo-os à ilusão do mal, a luz da Boa Nova abre-os fechando-os. Essas bocas tornadas doentes pelo fruto da árvore envenenada são salvas pelo sabor.
O matrimônio "é" indissolúvel: esta prioridade exprime uma dimensão do seu próprio ser objetivo, não é um mero fato subjetivo. Por conseguinte, o bem da indissolubilidade é o bem do próprio matrimônio; e a incompreensão da índole indissolúvel constitui a incompreensão do matrimônio na sua essência. Disto deriva que o "peso" da indissolubilidade e os limites que ela comporta para a liberdade humana mais não são do que o reverso, por assim dizer, da medalha em relação ao bem e às potencialidades inerentes à instituição matrimonial como tal. Nesta perspectiva, não tem sentido falar de imposição por parte da lei humana, porque ela deve refletir e tutelar a lei natural e divina, que é sempre verdade libertadora (cf. Jo 8, 32).
Esta verdade acerca da indissolubilidade do matrimônio, como toda a mensagem cristã, destina-se aos homens e às mulheres de todos as épocas e lugares. Para que isto se realize, é preciso que esta verdade seja testemunhada pela Igreja e, sobretudo, pelas famílias individualmente, enquanto "igrejas domésticas", nas quais marido e esposa se reconhecem reciprocamente unidos para sempre, com um vínculo que requer um amor sempre renovado, generoso e pronto para o sacrifício.
Não nos podemos deixar vencer pela mentalidade divorcista: impede-o a confiança nos dons naturais e sobrenaturais de Deus ao homem. A atividade pastoral deve apoiar e promover a indissolubilidade. Os aspectos doutrinais devem ser transmitidos, esclarecidos e defendidos, mas são ainda mais importantes as ações coerentes. Quando um casal atravessa dificuldades, a compreensão dos Pastores e dos outros fiéis deve ser acompanhada da clareza e da fortaleza ao recordar que o amor conjugal é o caminho para resolver positivamente a crise. Precisamente porque Deus os uniu mediante um vínculo indissolúvel, marido e esposa, usando todos os seus recursos humanos com boa vontade, mas, sobretudo confiando na ajuda da graça divina, podem e devem sair dos momentos de perturbação renovados e fortalecidos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 15/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 15/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Na contramão está a direção certa

Postado por: homilia
agosto 17th, 2012

Na contramão está a direção certa! Irmãos e irmãs, casados ou não, o Evangelho – como o Antigo Testamento – revela o Matrimônio como um bem criado por Deus, mas sustentado somente pelo mesmo amor que o inspirou.
Jesus foi novamente experimentado por aqueles que não queriam viver da experiência do amor que compromete o ser humano com a verdade amorosa do amor verdadeiro. Mais do que um trocadilho, o Evangelho de fato nos apresenta o quanto a vocação ao Matrimônio comporta um compromisso indissolúvel com o cônjuge e perante Deus: “Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois formarão uma só carne” (Mt 19, 5).
Interessante que o Matrimônio, como um dom de serviço, somente alcança sua riqueza de significado original e eficácia na edificação da sociedade se realmente obedecer o seu princípio com os ditames estabelecidos por quem O criou, como recorda o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, ao responder a pergunta: “Para que fins instituiu Deus o Matrimônio?”
A resposta continua atual: “A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e dotada de leis próprias pelo Criador, está por sua natureza ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e bem dos filhos. Segundo o desígnio originário de Deus, a união matrimonial é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: ‘O que Deus uniu não o separe o homem’ (Mc 10,9)” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 338).
Ainda mais, para os cristãos, este dom é apresentado como um enriquecimento alcançado pela centralidade em Cristo Jesus. Por isso, o mesmo Compêndio assim afirma no nº 341:“Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para viver o Matrimônio na nova dignidade de sacramento, que é sinal do seu amor esponsal pela Igreja. ‘Vós maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja’ (Ef 5,25)”.
Assim como o próprio Cristo foi questionado por pessoas movidas por um coração duro (cf. Mt 19,8), hoje e sempre os cristãos são experimentados por ideologias e maus costumes, que procuram fundamentar uniões entre as criaturas e os surgimentos de “novas famílias”, em contraposição à Palavra de Deus e ao único Salvador do gênero humano, da sociedade e do mundo. Vale sempre a pena recordar, nesta matéria, a atualidade da letra do Concílio Vaticano II que, tomado por um espírito de comunhão dialogal, procura dialogar com o mundo contemporâneo mas sem ir contra a fidelidade a Deus.
Assim convoca, dia após dia, a Igreja e o mundo – inclusive os homens de boa vontade – a não negociar e nem renunciar o que a Palavra de Deus revela como necessário para o bem dos povos. Neste contexto, o Matrimônio precisa de muita coragem vinda do Alto para não deixar de seguir contra a correnteza em ritmo de uma “piracema”, que não desiste da nascente das instituições Divinas: “(…) a dignidade desta instituição não resplandece em toda a parte com igual brilho. Encontra-se obscurecida pela poligamia, pela epidemia do divórcio, pelo chamado amor livre e outras deformações. Além disso, o amor conjugal é muitas vezes profanado pelo egoísmo, amor do prazer e por práticas ilícitas contra a geração. E as atuais condições econômicas, sócio-psicológicas e civis introduzem ainda na família não pequenas perturbações. Finalmente, em certas partes do globo, verificam-se, com inquietação, os problemas postos pelo aumento demográfico. Com tudo isto, angustiam-se as consciências. Mas o vigor e a solidez da instituição matrimonial e familiar também nisto se manifestam: as profundas transformações da sociedade contemporânea, apesar das dificuldades a que dão origem, muito frequentemente revelam de diversos modos a verdadeira natureza de tal instituição” (Constituição pastoral Gaudium et Spes nº 47).
De fato, “tirar a poeira” que vai se acumulando pela rotina ou pelas tentações do tempo presente e, mais do que isto, fazer brilhar o dom do Matrimônio para a Igreja é e sempre será, antes de tudo, tarefa de quem procura ouvir, meditar e orar diariamente com a Palavra de Deus, pois estes haverão de encontrar no Espírito Santo a esperança que renova e atualiza os dons da criação, sem contudo ferir a sua essência e missão.
Existem sim, muitos pecados que estão a serviço de uma desfiguração da instituição matrimonial, mas felizmente, até na Escritura, a origem destes males não precederam este dom (cf. Gn 2-3). Sinal de que respeitando o primado da Graça, poderemos contribuir, cada um a seu modo, para a conservação e propagação deste autêntico e sempre atual patrimônio da humanidade. Dom e tarefa para todo o organismo civil e religioso instituído pelo Criador, assumido e elevado por Cristo, no poder do mesmo Espírito Santo, que nos pode salvar de “micro organismos” permissivos à vontade de Deus para o Matrimônio.
Se parece ser a meta de muitas ideologias – e pessoas que as servem apaixonadamente – a desconstrução das tradições e sacramentos embasados na Palavra de Deus, procuremos unir esforços para preservar o corpo social da “falência múltipla” dos “órgãos” que constroem o sadio convívio humano. Para tal, continuemos intercedendo, semana após semana, por uma eficaz e eficiente Pastoral Familiar. Sem contudo, nos desviarmos dos apelos pessoais do Espírito Santo, em prol desta causa, que precisa ser abraçada com grande paixão.
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 17/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado

Não olhe para o matrimônio como uma coisa descartável. Não façamos do divórcio uma regra; e lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado!

“’Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mateus 19, 5)

Hoje nós queremos, iluminados pela Palavra de Deus, ressaltar a importância e o valor do matrimônio e reconhecer que ele é um sacramento de amor, de união divina e indissolúvel. Quem se decide pelo matrimônio, quem se decide pelo amor, se decide a viver uma vida de unicidade com a outra pessoa.
E, aqui, é preciso entender o que isso, verdadeiramente, opera na vida de um homem e de uma mulher que se casam. Claro que ambos terão suas responsabilidades, seu jeito, suas coisas particulares, sua maneira de ver o mundo e a vida, porque os temperamentos são diferentes. Mas essa é a grande graça que o sacramento do matrimônio opera na vida de um casal: ele une duas realidades diferentes, une dois modos de vida diferentes, duas pessoas diferentes e faz com que seja uma só realidade: a realidade da família, a realidade de um casal.
Sabem, meus irmãos, nós vivemos hoje a “cultura do descartável”, da permissividade, na qual aquilo que não dá mais certo e que não está indo bem nós descartamos, jogamos fora e começamos outro. É tão normal, para algumas pessoas, casarem-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes. Seja lá o que for, não estamos aqui para julgar nem condenar ninguém. É verdade que muitos relacionamentos não dão ou não deram certo e, por mais que os dois tentaram, ele fracassou; no entanto, não podemos fazer dos fracassos e dos erros a regra. A regra é aquilo que é sagrado, o matrimônio como valor divino, como o amor de Deus.
Nós precisamos, acima de tudo, defender o valor do casamento e da união do homem com a mulher. O divórcio é uma praga social e traz muitas consequências para a criação dos filhos, para a formação da família segundo o plano de Deus e, é claro, para a própria união do homem e da mulher. Nós entendemos as dificuldades de cada um, mas não podemos deixar nunca de ressaltar e exaltar aquilo que é o sonho e o desígnio de Deus para cada homem e para cada mulher.
Não pense em casar, não se case e não olhe para o matrimônio como uma coisa descartável, não caia na mentalidade perversa do mundo moderno, onde se apregoa e se fala com tanta facilidade que aquilo que não dá certo é só desmanchar e começar de novo. Lutemos, demos valor ao matrimônio, contribuamos cada vez mais para que a família tenha esse valor sagrado. Que aquilo que Deus uniu não procure o homem separar. Não façamos do divórcio uma regra; e lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

A família é uma graça que brota do coração de Deus

A família, acima de tudo, nasce do amor do homem e da mulher, do amor que brota de dois corações que se tornam uma só realidade

“‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mateus 19,5-6)

Estamos celebrando a beleza do amor conjugal, a união do homem e da mulher. Eu não queria que nós analisássemos a vida matrimonial e familiar a partir dos aspectos negativos, porque, se formos olhar para eles, vamos perceber que a família é uma tragédia, quando, na verdade, a família é uma graça que brota do coração de Deus. Lá do princípio, criando o homem e a mulher, Deus os uniu para que fossem uma só carne.
Precisamos resgatar os valores do matrimônio e da vida conjugal. A família, acima de tudo, nasce do amor do homem e da mulher, do amor que brota de dois corações que se tornam uma só realidade. É claro que cada um com as suas diferenças: o homem é homem com as suas características próprias, e ele não precisa se anular. A mulher é essa graça divina, com toda a sua alma feminina. Os dois se unindo, complementam-se e formam essa linda potência, que faz brotar e gerar a vida humana. Então, vêm os filhos, que enriquecem a convivência e a união conjugal. Eles são brotos que nascem dessa união maravilhosa.
Sem querermos desconsiderar todas as dificuldades que possam haver na união conjugal, podemos dizer que só superamos as dificuldades quando voltamos para a origem da nossa própria vida, da nossa história e a origem de todas as coisas. É Jesus quem está dizendo que Deus, no princípio, fez uma só carne, portanto, aquilo que Deus uniu não é o homem quem vai determinar nem separar.
Não quero me deter apenas no aspecto de um casal que se separa, pois não podemos aderir, de forma nenhuma, à mentalidade do mundo em que vivemos, que trata a união conjugal como algo descartável e momentâneo, e esquecer que fomos feitos para a eternidade.
A eternidade começa quando aprendemos a viver, na Terra, escolhas definitivas. Quando pensamos em casar, não pensamos fazê-lo por um dia ou um mês, pois se vierem circunstâncias contrárias, não é nelas que vamos nos deter, mas é em ter sempre na mente o que é essencial: o que Deus uniu o homem vai lutar, trabalhar e rezar, para que seja sempre sagrado e jamais separar aquilo que Deus fez uma só carne.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

Promovamos o amor e a união conjugal

“‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne?’ De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mateus 19,5-6)

Esses dias, alguém me disse que o casamento está em crise, que a união do homem e da mulher está em crise. Não acredito que o casamento esteja em crise, mas acredito que o amor entra em crise.
A crise do amor é um sinal de rever as coisas do jeito que estão, porque o amor é a dimensão mais profunda da dimensão humana. Ninguém vive sem amar, mas existe um amor que une o homem à mulher. Que beleza é esse amor! Por favor, não pare aqui no negativo! Primeiro, contemple o que é autêntico e positivo, contemple aquilo que é o sonho de Deus, o desígnio e alento de Deus, do qual Ele nunca desistiu.
Deus formou a família humana pela união do homem com a mulher. Dessa união maravilhosa, onde duas pessoas se tornam uma só carne, não perdem a identidade individual, o homem é o homem, a mulher é a mulher, cada um com seu ser e agir.
Essa união com Deus misteriosa – quando digo “união misteriosa” não é de mistério, de uma coisa incompreensível, mas é de uma coisa muito profunda e bela. É divino esse encontro de almas no casamento, é muito sagrado! Como precisamos trabalhar cada vez mais a nossa espiritualidade conjugal, precisamos cada vez mais fortalecer o nosso casamento.

Trabalhemos para que a graça de Deus promova o amor e a união conjugal

Sei que alguns querem exaltar os problemas, aquilo que não deu certo, mas aquilo que não deu certo, muitas vezes, foi porque não se valorizou o que era certo, não cuidou do que era correto. Sei que por “n” motivos há casamentos que nem deveriam ter existido ou não têm condição de seguir adiante. É preciso cuidar de cada caso como cada caso, mas não transformar os casos que não deram certo em regras para a vida.
A regra é essa: “O que Deus uniu, o homem não separe”. Por isso, não promovamos o divórcio, a separação de casais, não promovamos que um esteja contra o outro. Promovamos o amor e a união.
Luto por um casal até as últimas consequências. Nunca a separação é a primeira solução, nunca as coisas que não estão dando certo são o motivo da separação.  Sou testemunha, porque já trabalhei para unir tantos casais que estavam se separando por coisas pequenas, mas a cabeça estava tão atormentada, que aquilo se tornou grande demais e até impossível. Mas, com a graça de Deus, com a maturidade humana que vamos colocando em um e outro, com a força do diálogo e do amor, tudo é possível rever, recomeçar e refazer.
Existe a turma do “Separa que é melhor”, “Não deu certo para mim, também não vai dar certo para o outro”. Não caminhemos sobre essa via. É óbvio que se há situações onde não há mais jeito, vamos trabalhar para ajudar. Se é preciso recomeçar, que se recomece, mas ninguém pode recomeçar sem primeiro tentar o que quis.
Trabalhemos para que a graça de Deus promova o amor e a união conjugal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/08/2020

HOMILIA DIÁRIA

Viva com fidelidade o seu compromisso com o casamento

“Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: ‘É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?’ Jesus respondeu: ‘Nunca lestes que o Criador, desde o início os fez homem e mulher?’ E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne?’.” (Mateus 19,3-6)

Meus irmãos, o questionamento dos fariseus é também um questionamento do nosso tempo a respeito do casamento, a respeito do matrimônio: “Mas pode ou não pode separar?  O divórcio é ou não é permitido?”. Desde o tempo de Jesus, este questionamento já existia. E a Igreja,  junto com Jesus — está sempre junto com Jesus , disse que não, que desde o princípio não foi assim. No princípio, o Senhor os criou, homem e mulher. “O homem deixará seu pai, sua mãe, assim como a sua esposa, e eles serão uma só carne”. O casamento é algo sagrado, é algo querido por Deus, por isso tem a bênção d’Ele.
Meu irmão e minha irmã que já estão casados, vivam com fidelidade o seu compromisso. Meu irmão e minha irmã que não são casados, façam o discernimento e saibam que o casamento é um compromisso sério que você assume com este homem, com esta mulher. É um compromisso para vida toda.

O casamento é algo sagrado, é algo querido por Deus

Assim como Cristo entregou toda a Sua vida – São Paulo nos ajuda, ele fez esta reflexão nas suas Cartas –, assim também o homem e a mulher devem viver com fidelidade um ao outro. Como Cristo amou a Igreja, amem-se. E este amor! Jesus não amou uma parte, Jesus não amou apenas por três anos, Ele amou e ama por toda a vida o caráter sagrado do matrimônio.
E é claro que, depois deste questionamento, depois desta apresentação de Jesus melhor dizendo, os discípulos disseram: ”Se for assim, é tão difícil o casamento, é tão difícil viver esta fidelidade, então, não vale a pena se casar”. E aí Jesus disse que, de fato, alguns não são chamados ao matrimônio, alguns não tem como, de fato,  acolher o casamento, viver o casamento, mas nem todos entendem isso. Jesus também fala da realidade celibatária. Mas, meus irmãos, o casamento é um dom, o celibato é um dom, uma graça de Deus. Tanto o celibato quanto o casamento, ambos devem ser vividos com fidelidade.
Como Cristo amou a Igreja, eu celibatário, amo a Igreja, amo o povo de Deus, vivo puramente, vivo castamente e dou-me ao povo, assim como o casamento é sagrado. “Eu fiz um compromisso com a minha esposa, então, eu me entrego a ela, eu a amo apesar de ver outras pessoas, outras mulheres. Mas eu sou fiel a minha esposa!”. Esposa, seja fiel ao seu marido, embora outros possam surgir aí, outros candidatos, mas seja fiel ao seu marido, seja fiel a sua esposa. Consagrado, consagrada, religioso, padre, seja fiel à Igreja, seja fiel ao seu carisma. Como Cristo foi fiel, também devemos ser fiéis. Dá-nos, ó Jesus, a graça da fidelidade!
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/08/2022

Oração Final
Pai Santo, dá aos homens e mulheres do nosso tempo o desejo de transformar o amor egoísta ‘gostar do outro’ no amor generoso ‘querer bem ao outro e a todos’. Este é o caminho ensinado por Jesus, único capaz de conduzir à harmonia entre os seres que criaste com tanto carinho. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina teus filhos a Amar. Que nós sejamos capazes de partilhar o teu Amor com o nosso próximo, especialmente na constituição de uma família. Que a tua Presença fortaleça os laços do Matrimônio e que nossos lares sejam lugar da tua Paz. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá aos homens e mulheres do nosso tempo o desejo de transformar o amor egoísta (‘gostar’ do outro e possuí-lo) no Amor generoso (‘querer o bem’ do outro e se doar a ele). Este é o caminho ensinado por Jesus, único capaz de conduzir à harmonia entre os seres que criaste com tanto carinho. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, abranda a dureza do nosso coração, e nos ensina a seguir a Jesus de Nazaré. Ele levou à plenitude o cumprimento da Lei que escreveste no coração dos teus filhos e de forma especial, no coração terno e misericordioso dele próprio – o Cristo – teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2020

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