sexta-feira, 14 de agosto de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/08/2020

ANO A


Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

A dureza do coração.

Os fariseus testam Jesus a todo tempo. A perícope sobre o repúdio da mulher se encontra num contexto de controvérsia. A questão é posta a Jesus para testá-lo, a fim de verificarem o quanto Jesus conhece da lei de Moisés. A questão aproveita a omissão de Dt 24,1, uma vez que referido texto não explicita o que se deve entender por “algo vergonhoso” pelo qual se poderia repudiar a esposa. Por essa razão, mesmo entre os fariseus, havia discussões e desacordos no que se refere aos motivos legítimos do repúdio. A resposta de Jesus é absolutamente clara: não é permitido o divórcio, salvo em caso de “união ilegítima”. O termo grego pornéia pode referir-se tanto a uma conduta sexual inadmissível por parte da mulher como a um matrimônio em que o grau de parentesco tenha sido interditado por Lv 18,6-18. Quanto à razão da concessão de Moisés, concessão com a qual Jesus não consente, é a “dureza de coração”, a saber, a incapacidade de compreender e pôr em prática os mandamentos de Deus e de amar verdadeiramente alguém. Para Mt 5,32, o divórcio equivale ao adultério. Quem compreende o projeto original de Deus, é curado da dureza do coração, luta por um verdadeiro amor e considera o seu matrimônio algo intocável.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 15/08/2014

Vivendo a Palavra

«O que Deus uniu, o homem não deve separar.» João nos lembra que Deus é Amor – e assim, a união em Deus é uma união no Amor. Amor de verdade, como o de Jesus: Amor querer-bem, Amor generoso, gratuito, livre e libertador; é o Amor capaz de criar.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Os “puros” fariseus sempre procuravam espalhar armadilhas no caminho de Jesus: apelando para a letra da Lei – no caso, a carta de divórcio permitida por Moisés – eles se esqueciam de que, para o Mestre, importava o Espírito da Lei, escrito desde sempre pelo Pai no coração de seu Povo. «O que Deus uniu, o homem não deve separar.»

Reflexão

Quem comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro deus da própria vida.
Fonte: CNBB em 15/08/2014

Reflexão

Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne”. Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, partilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento a sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.
Oração
Senhor e Mestre, quanto ao divórcio, esclareces que Deus criou homem e mulher para se unirem e serem “uma só carne”. E arrematas: “O que Deus uniu o homem não separe”. E admites que há pessoas que não se casam em vista de dedicar-se mais livre e intensamente ao Reino de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Pense num exemplo de alguém que não se casou para se dedicar mais e melhor ao serviço do reino de Deus. - O que você pessoalmente pode fazer para o bem do casamento? - Qual deve ser o modo de agir de sogros e sogras na educação dos netos? - E no campo de interferências? - E no que se refere a autoridade e privacidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional e15/08/2014

Comentário do Evangelho

SUPERANDO UMA MENTALIDADE

Jesus recusou-se a pactuar com a mentalidade de certas correntes rabínicas de sua época, no tocante à indissolubilidade do matrimônio. O modo superficial como colocavam o problema levava-os a se desviarem do projeto original de Deus.
A introdução do divórcio, na Lei mosaica, era uma forma de concessão divina à dureza de coração do povo. "No começo não foi assim." Isto é, o divórcio não estava, originalmente, nos planos de Deus. Se a humanidade fosse menos obstinada e mesquinha, seria desnecessário prever o direito de o homem repudiar sua mulher.
No projeto divino, o matrimônio corresponderia a uma união tão profunda entre os esposos, a ponto de se tornarem uma só carne. A comunhão, assim pensada, exclui qualquer possibilidade de separação. Esta corresponderia a privar o corpo humano de um de seus membros. O esposo separado da esposa e, vice-versa, seria, pois, um corpo mutilado.
O discípulo do Reino sabe precaver-se da mentalidade divorcista leviana, esforçando-se por comungar com o pensar de Deus. E se recusa a agir como os fariseus, preocupados em conhecer os motivos pelos quais o marido pode repudiar sua mulher. O casal cristão, pelo contrário, interessa-se por conhecer aquilo que pode uni-lo mais ainda, de forma a consolidar a união realizada por Deus. E nada poderá separá-lo.
Oração
Espírito que gera comunhão, inspira os casais cristãos a buscarem sempre o caminho da consolidação dos laços matrimoniais, obra do próprio Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 15/08/2014

Meditando o evangelho

RESPEITO PELAS MULHERES

É bem conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não tinha valor;  ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia.
A resposta de Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa superioridade masculina. Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A decisão de amar por toda a vida, não pode ser revogada.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis aqui um evangelho que seria melhor tirar do Novo Testamento, pois falar sobre ele e a verdade que proclama, é arranjar encrenca até em família. Como é que vamos falar desse evangelho em família se temos um filho ou uma filha, um sobrinho ou neto, que está nesta situação? Na própria comunidade, já vi pregadores da Palavra tentar amenizar a pregação, para não ofender casais em segunda união, levando estes ao desanimo na Fé. Para a pós-modernidade esse ensinamento evangélico é uma velharia do passado, pois hoje em dia não dá mais para se falar em adultério.
Prestemos atenção nessa palavra tão pesada “Adultério”, que significa “Falsa” ou que foi adulterada, mudada, como os ladrões de veículos fazem com o número do chassi, tentam assim, fazer com que o veículo roubado passe por outro e não mais aquele original em sua numeração saída da fábrica.
Com dinheiro falso é também essa atitude, não ficamos escandalizados quando compramos algo e o caixa examina a nota de cem ou cinquenta á nossa frente, para certificar-se de que ela não é falsa.... Também na compra de peças para veículos ou outro equipamento, exigimos originais, porque sabemos que têm qualidade, não são imitação, não foram adulteradas.
Mas quando tratamos das coisas de Deus, e principalmente desse ensinamento sobre a vida Conjugal dos que se uniram um dia na Igreja, deixamos de lado nosso rigorismo e exigências, e começamos a achar que tanto faz casar-se na igreja ou não, e uma vez casados, a separação é sempre uma possibilidade, e a união com outra pessoa também é coisa normalíssima em nossos dias.
A confusão e o desconhecimento é tão grande nessa área, (com certeza culpa da nossa própria igreja) que amasiados ou divorciados procuram os Ministros Ordinários do Matrimônio, para pedir uma bênção, ás vezes em um salão durante a festa. E tem mais ainda, quando o caso acontece com a filha ou o filho da vizinha, logo alardeamos que se trata de um adultério, quando, porém, é com o nosso filho ou filha, daí não é adultério pois temos uma justificativa.
Claro que Bênção também significa compromisso, mas para a maioria é um modo de envolver o Divino em nossos interesses humanos, e se ter dele a necessária proteção ou ter “sorte” no casamento, como me dizia um amigo, nessa situação, e que queria que eu fosse ministrar a bênção para ele e a sua Terceira esposa...Esse descompromisso total que têm marcado a vida conjugal de tantos casais, mesmo os cristãos, nada mais é do que influência do Neo-ateísmo que impera em nossa sociedade, onde se crê em Deus, mas Ele não tem nada a ver com minha vida da qual faço o que quiser...
Sacramento do matrimonio é uma Graça Santificante e Operante, que eleva o amor humano dando a este a mesma força e grandeza do amor Divino. No altar, homem e mulher dizem o SIM não para um amor sentimental ou somente do Eros, mas trata-se de uma decisão sagrada, manifestada naquele sim e que significa “Sei das minhas fraquezas, mas diante de Deus e da Igreja, tomo a decisão de amar para sempre, até a morte esta pessoa que Deus colocou na minha vida, confiando que só conseguirei isso com a Graça de Deus que vou agora receber”.
O SIM dos noivos supõe exatamente isso, daí que neste evangelho, Jesus manifesta o desejo e a vontade, de que este projeto original, iniciado para o casal precisamente no dia do casamento, seja mantido até o fim. Quando ocorre o contrário, e a união com uma segunda pessoa quebra e rompe este vínculo, esta união foi adulterada, falsificada e nem por isso Deus manda do céu a sua Ira na vida do casal.
E então, perante a Santa Igreja, que acolheu a decisão dos nubentes no dia do casamento, a comunhão de vida do casal já não existe, e como a Igreja não pode voltar atrás em sua decisão, ela precisa sinalizar que a ruptura aconteceu e por isso, casais em segunda união são orientados a não receberem a Eucaristia, que é a expressão mais alta e por Excelência, da nossa comunhão com Deus, uma vez que, recebendo-a, não podem vivê-la na vida conjugal de maneira autêntica, já que a pessoa com quem se vive, não é aquela que diante de Deus e da Igreja decidiu amar para sempre.
E se foi um casamento errado, celebrado diante de Deus em cima de mentiras e falsidades, compete ao Tribunal Eclesiástico verificar cada caso, dando as pessoas envolvidas o direito de recomeçar a sua vida conjugal.

2. É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo? - Mt 19,3-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Terminado o quarto discurso, São Mateus narra diversos episódios que encaminham o leitor para o último discurso, o Sermão escatológico ou do Fim dos Tempos. O relacionamento humano não é fácil e, no entanto, precisamos uns dos outros. A solidão pode ser vivida como uma beatitude, mas o isolamento é triste. Casam-se e depois não se entendem. Unem-se e separam-se sem pensar no bem do outro e dos outros. Alguns não se casam em busca de uma solidão fértil e terminam no isolamento egoísta e interesseiro. Maximiliano Kolbe encheu de pontes o isolamento da prisão.

HOMILIA

A INDISSOLUBILIDADE DO MATRIMÔNIO

Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os ao Matrimônio a uma íntima comunhão de vida e amor entre eles, "de maneira que já não são dois, mas uma só carne.
Esta é a verdade que a Igreja proclama ao mundo sem cessar. O Papa João Paulo II dizia que "O homem se tornou "imagem e semelhança" de Deus, não somente através da própria humanidade, mas também através da comunhão das pessoas que o varão e a mulher formam desde o princípio. Tornam-se a imagem de Deus não tanto no momento da solidão quanto no momento da comunhão (Audiência geral de 14.11.1979).
A família é uma instituição de mediação entre o indivíduo e a sociedade, e nada a pode substituir totalmente. Ela mesma apoia-se, sobretudo numa profunda relação interpessoal entre o esposo e a esposa, sustentada pelo afeto e compreensão mútua. No sacramento do Matrimônio, ela recebe a abundante ajuda de Deus, que comporta a verdadeira vocação para a santidade. Queira Deus que os filhos contemplem mais os momentos de harmonia e afeto dos pais e não os de discórdia e distanciamento, pois o amor entre o pai e a mãe oferece aos filhos uma grande segurança e ensina-lhes a beleza do amor fiel e duradouro.
O testemunho fundamental acerca do valor da indissolubilidade é dado com a vida matrimonial dos cônjuges, na fidelidade ao seu vínculo, através das alegrias e das provas da vida. Mas o valor da indissolubilidade não pode ser considerado o objecto de uma mera escolha privada: ele diz respeito a um dos pontos de referência de toda a sociedade. E por isso, enquanto devem ser encorajadas quer as iniciativas que os cristãos com outras pessoas de boa vontade promovem para o bem das famílias, deve evitar-se o risco do permissivismo em questões de fundo que se referem à essência do matrimônio e da família.
A família é um bem necessário para os povos, um fundamento indispensável para a sociedade e um grande tesouro dos esposos durante toda a sua vida. É um bem insubstituível para os filhos, que hão-de ser fruto do amor, da doação total e generosa dos pais. Proclamar a verdade integral da família, fundada no matrimônio, como Igreja doméstica e santuário da vida é uma grande responsabilidade de todos.
Diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem e o homem da mulher, diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11). Através do Evangelho, o homem e a mulher caminham em conjunto para o Reino. Cristo chama conjuntamente, sem os separar, homem e mulher, que Deus une e a natureza junta, fazendo-os, por uma admirável conformidade, partilhar os mesmos gestos e as mesmas funções. Pelo laço do matrimônio, Deus faz que dois seres não sejam senão um, e que um só ser seja dois, de modo que assim descubra um outro de si, sem perder a sua personalidade, nem se confundir no casal.
Mas por que é que, nas imagens que nos dá do Seu Reino, Deus faz intervir deste modo o homem e a mulher? Porque sugere Ele tanta grandeza através de exemplos que podem parecer fracos e despropositados? Irmãos, um mistério precioso esconde-se debaixo desta pobreza.
Segundo a palavra do apóstolo Paulo, « É grande este mistério, pois que é o de Cristo e da Sua Igreja» (Ef 5,32). Isto evoca o maior projeto da humanidade. O homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, um processo que se arrastava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos da árvore do conhecimento do bem e do mal para o fogo do fermento da Boa Nova. Esses olhos que a árvore da tentação fechara à verdade, abrindo-os à ilusão do mal, a luz da Boa Nova abre-os fechando-os. Essas bocas tornadas doentes pelo fruto da árvore envenenada são salvas pelo sabor.
O matrimônio "é" indissolúvel: esta prioridade exprime uma dimensão do seu próprio ser objetivo, não é um mero fato subjetivo. Por conseguinte, o bem da indissolubilidade é o bem do próprio matrimônio; e a incompreensão da índole indissolúvel constitui a incompreensão do matrimônio na sua essência. Disto deriva que o "peso" da indissolubilidade e os limites que ela comporta para a liberdade humana mais não são do que o reverso, por assim dizer, da medalha em relação ao bem e às potencialidades inerentes à instituição matrimonial como tal. Nesta perspectiva, não tem sentido falar de imposição por parte da lei humana, porque ela deve refletir e tutelar a lei natural e divina, que é sempre verdade libertadora (cf. Jo 8, 32).
Esta verdade acerca da indissolubilidade do matrimônio, como toda a mensagem cristã, destina-se aos homens e às mulheres de todos as épocas e lugares. Para que isto se realize, é preciso que esta verdade seja testemunhada pela Igreja e, sobretudo, pelas famílias individualmente, enquanto "igrejas domésticas", nas quais marido e esposa se reconhecem reciprocamente unidos para sempre, com um vínculo que requer um amor sempre renovado, generoso e pronto para o sacrifício.
Não nos podemos deixar vencer pela mentalidade divorcista: impede-o a confiança nos dons naturais e sobrenaturais de Deus ao homem. A atividade pastoral deve apoiar e promover a indissolubilidade. Os aspectos doutrinais devem ser transmitidos, esclarecidos e defendidos, mas são ainda mais importantes as ações coerentes. Quando um casal atravessa dificuldades, a compreensão dos Pastores e dos outros fiéis deve ser acompanhada da clareza e da fortaleza ao recordar que o amor conjugal é o caminho para resolver positivamente a crise. Precisamente porque Deus os uniu mediante um vínculo indissolúvel, marido e esposa, usando todos os seus recursos humanos com boa vontade, mas, sobretudo confiando na ajuda da graça divina, podem e devem sair dos momentos de perturbação renovados e fortalecidos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 15/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado

Não olhe para o matrimônio como uma coisa descartável. Não façamos do divórcio uma regra; e lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado!

“’Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mateus 19, 5).

Hoje nós queremos, iluminados pela Palavra de Deus, ressaltar a importância e o valor do matrimônio e reconhecer que ele é um sacramento de amor, de união divina e indissolúvel. Quem se decide pelo matrimônio, quem se decide pelo amor, se decide a viver uma vida de unicidade com a outra pessoa.
E, aqui, é preciso entender o que isso, verdadeiramente, opera na vida de um homem e de uma mulher que se casam. Claro que ambos terão suas responsabilidades, seu jeito, suas coisas particulares, sua maneira de ver o mundo e a vida, porque os temperamentos são diferentes. Mas essa é a grande graça que o sacramento do matrimônio opera na vida de um casal: ele une duas realidades diferentes, une dois modos de vida diferentes, duas pessoas diferentes e faz com que seja uma só realidade: a realidade da família, a realidade de um casal.
Não pense em casar, não se case e não olhe para o matrimônio como uma coisa descartável, não caia na mentalidade perversa do mundo moderno, onde se apregoa e se fala com tanta facilidade que aquilo que não dá certo é só desmanchar e começar de novo. Lutemos, demos valor ao matrimônio, contribuamos cada vez mais para que a família tenha esse valor sagrado. Que aquilo que Deus uniu não procure o homem separar. Não façamos do divórcio uma regra; e lutemos para que o matrimônio seja cada vez mais sagrado!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/08/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina teus filhos a Amar. Que nós sejamos capazes de partilhar o teu Amor com o nosso próximo, especialmente na constituição de uma família. Que a tua Presença fortaleça os laços do Matrimônio e que nossos lares sejam lugar da tua Paz. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, abranda a dureza do nosso coração, e nos ensina a seguir a Jesus de Nazaré. Ele levou à plenitude o cumprimento da Lei que escreveste no coração dos teus filhos e de forma especial, no coração terno e misericordioso dele próprio – o Cristo – teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.

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