quinta-feira, 16 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/08/2018

ANO B


Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

Unidade entre o homem e a mulher

Entre os rabinos discutia-se sobre quais motivos permitiriam ao homem despedir sua mulher. Os fariseus questionam Jesus com a intenção de pegá-lo em contradição. Evitando discutir a questão a partir da Lei, Jesus evoca a criação, com um sentido de igualdade e unidade entre o homem e a mulher, descartando o direito unilateral do homem de despedi-la. Os discípulos concluem pela pouca conveniência do casamento. Jesus corrige-os, afirmando que a renúncia ao casamento pode ocorrer por parte de alguém que deseja dedicar-se ao Reino dos Céus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 17/08/2012

Vivendo a Palavra

Homem e mulher não são metades que se completam, mas seres inteiros que, tendo cumprindo a ordem do Senhor – ‘crescei’ – se unem para construírem juntos, nesta terra, uma família, imagem do Reino que será vivido em plenitude no abraço eterno do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

Homem e mulher não devem ser vistos como metades que se completam, mas seres inteiros e livres que, tendo cumprindo a ordem do Senhor – ‘crescei’ –, unem-se para construírem juntos uma família – lugar de Amor nesta terra e imagem do Reino que será vivido em plenitude no abraço eterno do Pai Misericordioso.

Reflexão

Quem comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro deus da própria vida.
Fonte: CNBB em 17/08/2012

Reflexão

Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne”. Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, patilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento a sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

RESPEITO PELAS MULHERES

É bem conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não tinha valor; ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia.
A resposta de Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa superioridade masculina. Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus.

HOMILIA DIÁRIA

Na contramão está a direção certa

Postado por: homilia
agosto 17th, 2012

Na contramão está a direção certa! Irmãos e irmãs, casados ou não, o Evangelho – como o Antigo Testamento – revela o Matrimônio como um bem criado por Deus, mas sustentado somente pelo mesmo amor que o inspirou.
Jesus foi novamente experimentado por aqueles que não queriam viver da experiência do amor que compromete o ser humano com a verdade amorosa do amor verdadeiro. Mais do que um trocadilho, o Evangelho de fato nos apresenta o quanto a vocação ao Matrimônio comporta um compromisso indissolúvel com o cônjuge e perante Deus: “Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois formarão uma só carne” (Mt 19, 5).
Interessante que o Matrimônio, como um dom de serviço, somente alcança sua riqueza de significado original e eficácia na edificação da sociedade se realmente obedecer o seu princípio com os ditames estabelecidos por quem O criou, como recorda o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, ao responder a pergunta: “Para que fins instituiu Deus o Matrimônio?”
A resposta continua atual: “A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e dotada de leis próprias pelo Criador, está por sua natureza ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e bem dos filhos. Segundo o desígnio originário de Deus, a união matrimonial é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: ‘O que Deus uniu não o separe o homem’ (Mc 10,9)” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 338).
Ainda mais, para os cristãos, este dom é apresentado como um enriquecimento alcançado pela centralidade em Cristo Jesus. Por isso, o mesmo Compêndio assim afirma no nº 341:“Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para viver o Matrimônio na nova dignidade de sacramento, que é sinal do seu amor esponsal pela Igreja. ‘Vós maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja’ (Ef 5,25)”.
Assim como o próprio Cristo foi questionado por pessoas movidas por um coração duro (cf. Mt 19,8), hoje e sempre os cristãos são experimentados por ideologias e maus costumes, que procuram fundamentar uniões entre as criaturas e os surgimentos de “novas famílias”, em contraposição à Palavra de Deus e ao único Salvador do gênero humano, da sociedade e do mundo. Vale sempre a pena recordar, nesta matéria, a atualidade da letra do Concílio Vaticano II que, tomado por um espírito de comunhão dialogal, procura dialogar com o mundo contemporâneo mas sem ir contra a fidelidade a Deus.
Assim convoca, dia após dia, a Igreja e o mundo – inclusive os homens de boa vontade – a não negociar e nem renunciar o que a Palavra de Deus revela como necessário para o bem dos povos. Neste contexto, o Matrimônio precisa de muita coragem vinda do Alto para não deixar de seguir contra a correnteza em ritmo de uma “piracema”, que não desiste da nascente das instituições Divinas: “(…) a dignidade desta instituição não resplandece em toda a parte com igual brilho. Encontra-se obscurecida pela poligamia, pela epidemia do divórcio, pelo chamado amor livre e outras deformações. Além disso, o amor conjugal é muitas vezes profanado pelo egoísmo, amor do prazer e por práticas ilícitas contra a geração. E as atuais condições econômicas, sócio-psicológicas e civis introduzem ainda na família não pequenas perturbações. Finalmente, em certas partes do globo, verificam-se, com inquietação, os problemas postos pelo aumento demográfico. Com tudo isto, angustiam-se as consciências. Mas o vigor e a solidez da instituição matrimonial e familiar também nisto se manifestam: as profundas transformações da sociedade contemporânea, apesar das dificuldades a que dão origem, muito frequentemente revelam de diversos modos a verdadeira natureza de tal instituição” (Constituição pastoral Gaudium et Spes nº 47).
De fato, “tirar a poeira” que vai se acumulando pela rotina ou pelas tentações do tempo presente e, mais do que isto, fazer brilhar o dom do Matrimônio para a Igreja é e sempre será, antes de tudo, tarefa de quem procura ouvir, meditar e orar diariamente com a Palavra de Deus, pois estes haverão de encontrar no Espírito Santo a esperança que renova e atualiza os dons da criação, sem contudo ferir a sua essência e missão.
Existem sim, muitos pecados que estão a serviço de uma desfiguração da instituição matrimonial, mas felizmente, até na Escritura, a origem destes males não precederam este dom (cf. Gn 2-3). Sinal de que respeitando o primado da Graça, poderemos contribuir, cada um a seu modo, para a conservação e propagação deste autêntico e sempre atual patrimônio da humanidade. Dom e tarefa para todo o organismo civil e religioso instituído pelo Criador, assumido e elevado por Cristo, no poder do mesmo Espírito Santo, que nos pode salvar de “micro organismos” permissivos à vontade de Deus para o Matrimônio.
Se parece ser a meta de muitas ideologias – e pessoas que as servem apaixonadamente – a desconstrução das tradições e sacramentos embasados na Palavra de Deus, procuremos unir esforços para preservar o corpo social da “falência múltipla” dos “órgãos” que constroem o sadio convívio humano. Para tal, continuemos intercedendo, semana após semana, por uma eficaz e eficiente Pastoral Familiar. Sem contudo, nos desviarmos dos apelos pessoais do Espírito Santo, em prol desta causa, que precisa ser abraçada com grande paixão.
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 17/08/2012

Oração Final
Pai Santo, dá aos homens e mulheres do nosso tempo o desejo de transformar o amor egoísta ‘gostar do outro’ no amor generoso ‘querer bem ao outro e a todos’. Este é o caminho ensinado por Jesus, único capaz de conduzir à harmonia entre os seres que criaste com tanto carinho. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá aos homens e mulheres do nosso tempo o desejo de transformar o amor egoísta (‘gostar’ do outro e possuí-lo) no Amor generoso (‘querer o bem’ do outro e se doar a ele). Este é o caminho ensinado por Jesus, único capaz de conduzir à harmonia entre os seres que criaste com tanto carinho. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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