HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/08/2024
ANO B

Mt 19,3-12
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Os dois serão uma só carne

Aí está uma verdade de fé: o homem se casa com a mulher e a mulher se casa com o homem, e os dois se tornam uma só carne. Esta união é feita por Deus, portanto, o homem não pode desfazê-la. Quem se separar de sua mulher e se casar com outra, comete adultério. O mesmo vale para a mulher. Ouvindo isso, os discípulos disseram que, se é assim, é melhor não se casar. Jesus responde que, na vida, as decisões devem ter uma motivação séria, por exemplo, não se casar para se dedicar inteiramente ao Reino do Deus. Há, porém, situações que não dependem da vontade pessoal.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/os-dois-serao-uma-so-carne/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-puder-aceitar-isso-que-aceite-16082024
Reflexão
Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne” . Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, partilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados, seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o Evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-sexta-feira-9/
Reflexão
«Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe»
Fr. Roger J. LANDRY(Hyannis, Massachusetts, Estados Unidos)
Hoje, Jesus responde às perguntas dos seus contemporâneos sobre o verdadeiro significado do matrimônio, ressaltando a indissolubilidade do mesmo.Sua resposta, no entanto, também proporciona a base adequada para que nós, cristãos, possamos responder a aqueles cujos corações teimosos os obrigam a procurar a ampliação da definição de matrimônio para os casais homossexuais.Ao fazer retroceder o matrimônio ao plano original de Deus, Jesus ressalta quatro aspectos relevantes pelos quais só se pode unir em matrimônio a um homem e uma mulher:1) «O Criador, desde o início, os fez macho e fêmea» (Mt 19,4). Jesus nos ensina que, no plano divino, a masculinidade e a feminilidade têm um grande significado. Ignorar, pois, é ignorar o que somos.2) «Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher» (Mt 19,5). No plano de Deus não é que o homem abandone os seus pais e vá embora com quem ele queira, mas sim com uma esposa.3) «De maneira que já não são dois, e sim uma só carne» (Mt 19,6). Esta união corporal vai mais além da pouco duradoura união física que ocorre no ato conjugal. Refere-se à união duradoura que se apresenta quando um homem e uma mulher, através do seu amor, concebem uma nova vida que é o matrimônio perdurável ou união dos seus corpos. Logicamente, que um homem com outro homem, ou uma mulher com outra mulher, não pode ser considerado um único corpo dessa maneira.4) «Pois o que Deus uniu, o homem não separe» (Mt 19,6). Deus mesmo uniu em matrimônio ao homem e à mulher e, sempre que tentamos separar o que Ele uniu, estaremos fazendo por nossa própria conta e por conta da sociedade.Em sua catequese sobre Gênesis, o Papa João Paulo II disse: «Em sua resposta aos fariseus, Jesus Cristo comenta aos interlocutores a visão total do homem, sem o qual não é possível oferecer uma resposta adequada às perguntas relacionadas com o matrimônio».Cada um de nós está chamado a ser o eco desta Palavra de Deus em nosso momento.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «A estatura e os hábitos do homem podem mudar, mas a sua natureza continua idêntica e a sua pessoa é a mesma» (São Vicente de Lerins)
- «Na narração bíblica surge a ideia de que o homem é de alguma forma, incompleto, constitutivamente no caminho para encontrar no outro a parte complementária para a sua integridade, quer dizer, a ideia de que apenas na comunhão com o outro sexo se pode considerar “completo”» (Bento XVI)
- «A estima pela virgindade por amor do Reino e o sentido cristão do matrimónio são inseparáveis e favorecem-se mutuamente» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.620)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-16
Reflexão
Sexualidade e matrimônio: são algo sagrado!
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, com o Evangelho, contemplamos a sexualidade como uma realidade central da criação. A diversidade sexual e o matrimônio (onde os esposos se doam mutuamente na sua distinção sexuada) são algo sagrado. Não é mero acaso que: 1. Deus altere a sua linguagem (“fala” na primeira pessoa do plural) quando se dispõe a criar o homem (“Façamos o homem à nossa semelhança”); 2. Cristo dignifique o matrimônio com a categoria de sacramento e assista a uma boda no início do seu ministério.A palavra de Deus confirma esta tradição da Igreja. Além disso, lemos no “Génesis” que Deus nos criou à sua imagem, fazendo-nos “homem” e “mulher”. Quando duas pessoas se entregam mutuamente e, juntas, dão vida aos filhos, o sagrado também fica atingido: cada pessoa alberga o mistério divino. Assim, a convivência de homem e mulher também se insere no religioso, no sagrado, na responsabilidade perante Deus.—Deus-Criador: tu és o “nós divino” que inspira e guia o “nós humano” (matrimônio).https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16
Reflexão
O homem esteja “incompleto”, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Jesus explica que a narração bíblica da criação fala da solidão do primeiro homem, Adão, querendo Deus pôr a seu lado um auxílio. Dentre todas as criaturas, nenhuma pôde ser para o homem aquela ajuda de que necessita, apesar de ter dado um nome a todos os animais selvagens, integrando-os assim no contexto da sua vida. Então, de uma costela do homem, Deus plasma a mulher...Na base desta narração, é possível entrever concepções semelhantes às que aparecem no mito referido por Platão, segundo o qual o homem originariamente era esférico, porque completo em si mesmo e auto-suficiente. Mas, como punição pela sua soberba, foi dividido ao meio por Zeus, de tal modo que agora sempre anseia pela outra sua metade e caminha para ela a fim de reencontrar a sua globalidade.—Na narração bíblica, não se fala de punição; porém, a ideia de que o homem de algum modo esteja incompleto, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16
Reflexão
À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, vemos que só na comunhão com o outro sexo, o homem possa tornar-se “completo”: o “eros” (amor-paixão) está de certo modo enraizado na própria natureza do homem. Adão anda à procura e “deixa o pai e a mãe” para encontrar a mulher (cf. Gn 2,23-24); só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se “uma só carne”.O segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o “eros” impele o homem ao matrimônio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre. Deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico. O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano.—Esta estreita ligação entre “eros” e matrimônio na Bíblia quase não encontra paralelos literários fora da mesma.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16
Comentário sobre o Evangelho
O casamento implica amar com um coração nobre e generoso
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Hoje, alguns fariseus querem preparar uma armadilha a Jesus. Mas, quanto ao tema do divórcio não se brinca. A dureza de coração, quer dizer, o egoísmo acaba por aprovar o divórcio. Um coração nobre não precisa de divórcios!- Uma vez que Jesus não admite brincadeiras com o matrimônio, dá-nos uma norma para elevar o nível: se um marido não ama a sua mulher (ou vice-versa) com coração nobre e generoso, também comete adultério (está a abusar da outra pessoa).https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-16
Meditação
Jesus fala do amor conjugal que, por graça de Deus, une um homem e uma mulher, e que, por ser amor e vir de Deus, não pode ser rompido. O amor é indissolúvel. Os discípulos não entendem essa exigência de um amor incondicional e indissolúvel. De fato, só podemos compreender isso se formos iluminados pela fé que vem de Deus. Sem a fé não podemos compreender nem o compromisso do celibato nem o compromisso do casamento. Não podemos compreender nem mesmo nossa realidade humana.OraçãoDEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, a quem, inspirados pelo Espírito Santo, ousamos chamar de Pai, fazei crescer em nossos corações o espírito de adoção filial, para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F08%2F2024&leitura=meditacao
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