sexta-feira, 28 de julho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 28/07/2023

ANO A


Mt 13,18-23

Comentário do Evangelho

A eficácia da Palavra de Deus

Esta explicação da parábola do semeador parece ter sido elaborada entre as primeiras comunidades. É uma interpretação alegórica aplicada aos seus contextos atuais, fugindo ao estilo de Jesus.
A ênfase é a maneira como é acolhida a palavra de Jesus. Descrevem-se os resultados da missão: aquele ouve a palavra sem entendê-la, pois o sistema religioso das sinagogas o retém nas malhas de sua tradição, roubando a palavra semeada em seu coração; outro recebe a palavra com alegria, como discípulo, porém defronta-se com a perseguição às comunidades e desiste logo; outro ouve a palavra, porém não quer ir contra o sistema que seduz, ilude e promete riquezas; contudo, há quem ouve a palavra, a entende e insere-se na comunidade dando frutos abundantes. Nestes últimos a Palavra de Deus foi eficaz. O sucesso da missão não está na adesão imediata das multidões, mas no anúncio do Reino, que dia e noite cresce sem parar.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.
Fonte: Paulinas em 27/07/2012

Vivendo a Palavra

Usando parábolas para anunciar a chegada do Reino do seu Pai e nosso Pai, Jesus convida os discípulos a participarem ativamente no processo. Definições delimitam o assunto. Parábolas abrem caminhos novos para a compreensão e a intuição. Oferecendo a nossa visão pessoal, nós nos tornamos co-autores e corresponsáveis pela Boa Notícia.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/07/2012

VIVENDO A PALAVRA

Definições encerram o assunto. Parábolas abrem espaço para novas e criativas leituras. Jesus mostra o caminho, apresentando uma das inúmeras interpretações que podem sem atribuídas às suas parábolas. Nós devemos seguir essa trilha, buscando, em nosso cotidiano, situações que possam ser enriquecidas com as parábolas do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/07/2017

VIVENDO A PALAVRA

O texto conduz instintivamente à pergunta que não quer calar: que tipo de terreno eu sou? A resposta que vou encontrar, certamente não me deixará satisfeito e acomodado. Não posso me desculpar, pensando que fui feito assim… O Pai me fez terra boa, pronta para receber a sua Mensagem e produzir frutos a cem por um. Descobrir e conquistar esta ‘terra boa’ dentro de mim é o resultado da minha conversão diária. Até o meu dia derradeiro.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/07/2021

Reflexão

Todos nós falamos muito em felicidade e todas as pessoas desejam ser felizes. Em nome da felicidade as pessoas fazem as maiores proezas e correm os maiores riscos. A felicidade está sempre naquilo que nós mais valorizamos na nossa vida. É justamente aqui que nós encontramos o elemento de análise principal para encontrarmos a causa de tanto sofrimento e tanta dor que estão presentes no mundo de hoje. Deus é o valor absoluto e somente a partir dele pode haver felicidade verdadeira. Qualquer felicidade que encontre o seu fundamento fora de Deus, coloca o seu fundamento em um falso valor, de modo que é na verdade uma falsa felicidade, que só pode trazer dor e sofrimento.
Fonte: CNBB em 27/07/2012

Reflexão

A Palavra de Deus é um dos grandes pilares da espiritualidade cristã. O outro esteio que alimenta nossa fé é a eucaristia. Na celebração eucarística e nas outras ações litúrgicas, a Palavra é distribuída em abundância. Atualmente, tornou-se fácil e prático o acesso à Palavra de Deus, pois as numerosas edições da Bíblia Sagrada e os novos meios eletrônicos favorecem o contato diário com ela. Portanto, o banquete da Palavra está à disposição de quem quiser. Cabe-nos criar o hábito de ler e meditar diariamente a Bíblia, com a mente e o coração disponíveis, não só para acolher a mensagem divina, mas sobretudo para praticá-la. Somente mediante a prática da Palavra de Deus é que seremos “terra boa”: faremos progressos nos caminhos de Deus e seremos agentes transformadores da sociedade.
Oração
Ó Jesus Mestre, exigente é a tua Palavra. Precisamos empenhar-nos para buscá-la e praticá-la. Nem sempre damos à Palavra de Deus o merecido valor. Então ela não penetra em nós nem provoca mudança de vida. Move nossa vontade, Senhor, para que aprofundemos a tua mensagem de amor. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 23/07/2021

Reflexão

A Palavra de Deus é um dos grandes pilares da espiritualidade cristã. O outro esteio que alimenta nossa fé é a Eucaristia. Na celebração eucarística e nas outras ações litúrgicas, a Palavra é distribuída em abundância. Atualmente tornou-se fácil e prático o acesso à Palavra de Deus. As numerosas edições da Bíblia Sagrada e os novos meios eletrônicos favorecem o contato diário com ela. Portanto, o banquete da Palavra está à disposição de quem quiser. Cabe-nos criar o hábito de ler e meditar diariamente a Bíblia, com a mente e o coração disponíveis, não só para acolher a mensagem divina, mas sobretudo para praticá-la. Somente mediante a prática da Palavra de Deus é que seremos “terra boa”: faremos progressos nos caminhos de Deus e seremos agentes transformadores da sociedade.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Vós, portanto, ouvi o significado da parábola do semeador»

P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos a Deus como um lavrador bom e magnânimo, que semeia com as mãos cheias. Não poupou nada para a redenção do homem, mas gastou tudo em seu próprio Filho, Jesus Cristo, que como grão enterrado (morte e sepultamento) converteu-se em nossa vida e ressurreição graças à sua santa Ressurreição.
Deus é um agricultor paciente. Os tempos pertencem o Pai, porque só Ele sabe o dia e a hora (cf. Mc 13,32) de ceifar e de separar os grãos da palha. Deus espera. Também nós temos de esperar, sincronizando o relógio da nossa esperança com o desígnio salvador de Deus. Diz São Tiago «Olhai o agricultor: ele espera com paciência o precioso fruto da terra, até cair a chuva do outono ou da primavera» (Tg 5,7). Deus espera a colheita fazendo-la crescer com a sua graça. Nós tampouco não podemos dormir, mas devemos colaborar com a graça de Deus prestando a nossa cooperação, sem pôr obstáculos a esta ação transformadora de Deus.
O cultivo de Deus que nasce e cresce assim na terra é um fato visível em seus efeitos; podemos vê-los nos milagres autênticos e nos exemplos clamorosos de santidade de vida. Há muita gente que depois de haver escutado todas as palavras e o ruído deste mundo, tem fome e sede de ouvir a autêntica Palavra de Deus, ali onde ela se encontra viva e encarnada. Há milhões de pessoas que vivem a sua pertença a Jesus Cristo e à Igreja com o mesmo entusiasmo inicial do Evangelho, pois a palavra divina «encontra a terra onde germinar e dar fruto» (São Agostinho); o que temos que fazer é levantar a nossa moral e olhar o futuro com olhos de fé.
O êxito da colheita não se encontra nas nossas estratégias humanas nem no marketing, mas na iniciativa salvadora de Deus “rico em misericórdia” e na eficácia do Espírito Santo, que pode transformar as nossas vidas para que demos frutos saborosos de caridade e de contagiosa alegria.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «As obras boas que fazemos não são nada se não somos capazes de suportar também pacientemente os males. Quanto mais ascende alguém na perfeição, tanto mais cresce contra ele a adversidade do mundo» (São Gregório Magno)

- «A palavra de Deus faz um caminho dentro de nós, A escutamos com os ouvidos e passa ao coração; não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração; e do coração passa às mãos, às boas obras» (Francisco)

- «Mas esta “relação íntima e vital que une a homem a Deus” pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosa, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus e foge quando Ele o chama» (Catecismo da Igreja Católica, n° 29)

Reflexão

A fé sem obras é uma fé “morta”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a “Parábola do semeador” é uma advertência que não devemos esquecer, e um constante convite a responder com frutos ao amor com que Ele cuida de nós. A fé permite-nos reconhecer a Cristo no próximo, e Seu próprio Amor nos impulsa a transformar a Palavra recebida em vida entregada.
A fé sem caridade não dá fruto, e a caridade sem fé seria um sentimento constantemente a mercê da dúvida. A fé e o amor precisam-se mutuamente de jeito que uma permite à outra seguir o seu caminho. Com palavras fortes —que sempre concerne aos cristãos—, o apóstolo São Tiago diz «Se não se traduz em ações [a fé] por si só está morta (...) Mostra-me a tua fé sem as ações, que eu te mostrarei a minha fé a partir de minhas ações» (St 2,17-18).
Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso compromisso neste mundo, esperando novos céus e novas terras onde more a justiça.

Meditação

Na parábola das sementes, Jesus fala das diferentes reações diante de sua Palavra. Por melhor que seja a semente, é preciso que de nossa parte seja acolhida. Deus oferece-nos a graça, mas sempre a podemos rejeitar. Peçamos que o Senhor nos faça dóceis e atentos a seus convites. Esse deve ser nosso pedido contínuo e insistente, a oração que devemos fazer sempre, sem desanimar. É bom e libertador ser a terra boa que acolhe a semente do Reino.
Oração
Ó Deus, que ensinastes aos ministros da vossa Igreja servir e não serem servidos, concedei-lhes solicitude em sua tarefa, mansidão no trabalho e constância na oração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus explica a parábola do semeador


Hoje Jesus explica a “Parábola do semeador”. Caminho, pedregal, obstáculos, terra boa…
Sem comentários. Você mesmo! Onde você se localiza?

Meditando o evangelho

DISPOSIÇÕES PARA ACOLHER O REINO

O sucesso do Reino depende de muitos fatores entre os quais a disposição interna da pessoa que escuta a mensagem. As diferentes disposições dos ouvintes foram comparadas, parabolicamente, com a diversidade de solos nos quais cai a semente ao ser semeada.
Some-se a isto as múltiplas forças externas que põem em risco a semente. O Evangelho as identifica com o Maligno, as tribulações, as perseguições, as preocupações mundanas e a fascinação das riquezas. Embora não seja dito, mesmo a semente plantada em terra boa viu-se às voltas com fatores contrários. Para sobrepujá-los e tornar-se frutuosa, foi preciso enfrentá-los. Isto por que, onde quer que irrompa o Reino, este tende a atrair toda sorte de oposição. Uma situação inevitável!
A disposição interna de cada pessoa torna-se patente na medida em que deve enfrentar as tentações que se abatem sobre ela. Quando a Palavra de Deus é acolhida num coração generoso, não há tribulação suficientemente forte para dele arrebatá-la. A pessoa revestida da fortaleza que vem do Espírito será capaz de superá-la e de produzir frutos para o Reino. Pelo contrário, quando a Palavra cai no coração de uma pessoa acomodada ou pouco disposta a passar pela provação da fé, um pequeno contratempo levará tudo a perder.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, que o teu Espírito Santo me revista de fortaleza, e me predisponha a enfrentar todos os contratempos da vida para produzir os frutos que esperas de mim.
Fonte: Dom Total em 28/07/2017 23/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. OUVIR E COMPREENDER
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A Palavra de Deus exige, além da audição, uma correta compreensão. Ouvir a Palavra, mas sem entendê-la, ou melhor, sem perceber suas implicações práticas, nem sentir-se questionado por ela, é inútil. Assim acontece com quem permite que o Maligno lhe arrebate do coração a palavra semeada. O mesmo se dá com quem sucumbe diante das tribulações e perseguições, ou se deixa sufocar pelas preocupações deste mundo e pela fascinação das riquezas. Todas estas circunstâncias são indício seguro de que a Palavra se deteve nos limites da audição, sem chegar a ser compreendida.
Quem ouve a palavra e a entende, certamente, viverá de acordo com ela. Trata-se de uma compreensão prática, explicitada no nível existencial. É no dia-a-dia, nas circunstâncias mais simples da vida, que se revelam os níveis desta compreensão. Mantendo-se imune às investidas do Maligno, o discípulo segue firme no caminho traçado pela Palavra. Nada é suficientemente forte para demovê-lo de seu projeto de vida, pois ele deixou-se seduzir pelo Reino, não por mundanismos efêmeros.
Portanto, a passagem da audição à compreensão existencial é um movimento que exige do discípulo um exercício de conversão e disponibilidade para a ação de Deus. Sem isto, a Palavra permanece estéril.
Oração
Espírito de compreensão da Palavra, ajuda-me a explicitar, no dia-a-dia, meu entendimento prático da mensagem do Reino.
Fonte: NPD Brasil em 27/07/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A semente lançada na terra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus contou esta parábola para algumas pessoas que precisavam sair da beira do caminho, tomar decisões, esforçar-se por entender o que acontece na vida, não deixar que o maligno roube a Palavra esquecida num canto. Contou a parábola para quem precisava remover as pedras que impedem que a palavra se enraíze, pessoas que nada aprofundam, se entusiasmam hoje e desistem amanhã. A parábola foi dita também para aqueles que vivem em ambientes nos quais a Palavra não tem nenhum significado. Seu conteúdo é estranho e é logo sufocada pela preocupação da riqueza com todas as suas consequências. Os bens do mundo e a ilusão da riqueza deslocam qualquer sentimento de solidariedade e bondade. Há um semeador, há uma semente e há um terreno. O semeador semeia, não tem apenas o nome. A semente é de qualidade, é a Palavra de Deus. O terreno deve estar preparado. Depois vem o cultivo. Tudo isso indica o cuidado que é preciso ter com a Palavra. Ela não volta a Deus sem ter produzido o seu fruto, e permanece sobre aqueles aos quais foi dirigida até ser acolhida.
Fonte: NPD Brasil em 28/07/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Semente é de primeira, a terra, nem tanto...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Perto da minha casa onde vivia minha infância, havia uma pequena quitanda, onde se vendia também sementes de hortaliças. Minha saudosa mãe sempre tinha no quintal um pedacinho de terra onde gostava de cultivar verduras, e ela me incentivava a cuidar do canteiro. Um dia decidi obedecer e seguindo seus conselhos fiz um canteirinho só para mim, e fui comprar as sementes.
Como era desleixado e não zelava de maneira conveniente pelo canteiro, os brotinhos das hortaliças acabaram morrendo, por falta de água e de cuidados, fora o que os pardais comeram. Certa tarde em que ela me censurava pelo meu desleixo, respondi que as sementes é que não prestavam... É isso que Jesus explica aos discípulos neste evangelho.
A Semente da Boa nova vem sendo fartamente semeada desde a encarnação de Jesus, primeiro por ele próprio e depois pela Igreja, desde a Era Apostólica, até os nossos tempos. O problema está na terra do coração do Homem, onde a semente cai. As vezes não compreendemos a Palavra, sentimos necessidade de uma formação, de um aprofundamento, mas sempre deixamos para mais tarde, então as Forças do Mal levam a semente embora. Essa foi semeada á beira do caminho…
Em outras ocasiões acolhemos a Palavra e a guardamos como uma nova ideologia ou Filosofia de Vida, mas não deixamos que ela se enraíze em nós, isso é, nos negamos a admitir que ela mude algo em nossa vida, são essas as sementes que caíram em terreno pedregoso, talvez pedregulhos de um exacerbado racionalismo que nos impede ter uma visão do Transcendental. Então na primeira dificuldade a rejeitamos e ela permanece em nós, mas na superficialidade do nosso ser.
Há as sementes que caíram no meio do espinheiro, achamos a Palavra muito interessante, mas há em nosso íntimo outras raízes do espinheiro do egoísmo, que sufocam a Semente, no coração de um egoísta, de quem se recusa a viver em comunidade, na comunhão de vida com os irmãos e irmãs, nesse coração a pobre Semente da Palavra não tem a menor chance de frutificar.
E quando se compreende a Palavra é porque vemos nela a possibilidade de algo novo e inédito em nossa vida, queremos que frutifique, cuidamos da terra do nosso coração, removemos os pedregulhos e espinhos, aplicamos o poderoso Fertilizante da Eucaristia e aos poucos vamos sentir a alegria de ver os frutos, que as vezes são poucos, outras vezes dão um pouco mais, e em outras vezes chegam a cem por cento. Nosso coração comporta todos esses tipos de solo, cuidar dele para que possa sempre frutificar, é dever de todos nós, como ensinou-me minha mãe a cuidar do pequeno canteiro.
Quando somos desleixados com a Palavra, jogamos a culpa na semente, há os que, por conta disso mudam de igreja e de religião e vão se embora levando no coração muitos espinheiros, pedregulhos e terra seca, sem se darem conta disso.

2. O que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende - Mt 13,18-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A parábola do semeador é explicada aos discípulos. A semente é a Palavra do Reino. Os diversos tipos de terrenos são as pessoas que ouvem a Palavra. A Palavra anunciada desce ao coração de quem a ouve. A pessoa pode não entendê-la, ou pode ser instável e inconstante. Desiste diante das dificuldades. O ouvinte da Palavra também pode estar muito ocupado com os assuntos do mundo e seduzido por suas riquezas. Terra boa é quem ouve, entende e dá fruto. Não basta ouvir e entender. Os frutos devem aparecer comprovando que a terra é de fato boa. O fruto é resultado do entendimento, da perseverança, do desapego dos bens deste mundo. Há corações que não entendem porque são insensíveis como pedra ou porque estão cheios de espinhos de ganância de bens que passam. Estes acabam sendo adversários da Palavra do Reino. A Palavra em quem é simples e aberto de coração produz frutos por sua própria força, cem, sessenta, trinta, respeitando a qualidade do terreno. Quem ouve a Palavra e a entende produz fruto na medida de sua capacidade.
Fonte: NPD Brasil em 23/07/2021

HOMILIA DIÁRIA

Quando a Palavra é eficaz?

Postado por: homilia
julho 27th, 2012

Caríssimos, fico a pensar se, no tempo das primeiras comunidades cristãs, existiam pessoas que se perguntavam entre elas: “Mas tal pessoa ouviu a Palavra de Deus, mas não tem vivência cristã?” Ou ainda: “Fulano começou tão bem na Igreja… Agora abandonou tudo?”
O Evangelho de hoje, quando nos apresenta a interpretação de Jesus quanto a parábola do semeador (cf. Mt 13, 18-23) não vem nos dar matéria para julgarmos aos outros, mas para lançarmos sobre nós mesmos um olhar, mais profundo, quanto ao nosso relacionamento com a Palavra de Deus e o testemunho que temos transmitido uns aos outros, os tais frutos.
Interessante perceber que a explicação que Jesus, o Divino Semeador, faz de Sua parábola do semeador está endereçada a este tipo – necessário e diário – de exame de consciência. Até porque o problema nunca estará na Palavra de Deus, quando anunciada corretamente:“Pois a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração” (Hb 4,12).
Mas como está o nosso acolhimento? Esta Palavra dependerá não somente da escuta externa, mas de uma compreensão interior da mesma, para que os frutos sejam produzidos “um cem, outro sessenta e outro trinta” (v. 23). Contudo, não significa que o Senhor considere “tudo fácil”, como se não houvessem pressões internas e externas que possam “abortar” a eficácia concreta da Vontade de Deus a nosso respeito.
São várias as forças contraditórias, tão conhecidas pelo Senhor, a ponto d’Ele mesmo elencar algumas realidades: compromisso com Deus, só baseado em emoções momentâneas (v.21); estar desprotegido perante as solicitações da vida e das tentações (v.22). E outras tantas fraquezas que Jesus não trata com indiferença, muito pelo contrário, Ele quer cuidar e auxiliar com a Sua Infinita Misericórdia e ação do Poderoso Espírito.
Por isso, não podemos arrumar desculpas, como: “Somos frutos destas circunstâncias e vítimas das pressões que nos rodeiam! Somos fracos! Resultado do meio em que nascemos e vivemos!” Se fosse assim, meu irmão e irmã, você haveria de concordar comigo, que Nosso Senhor teria que ter pregado para os anjos bons, e não a nós, pobres pecadores!
Mas quem disse que Ele veio nos salvar pelos nossos méritos e meios puramente humanos e falíveis? A Palavra encarnada veio, na certeza que seríamos – e de fato fomos! – salvos pelos méritos de Cristo e na força do Seu Espírito de Misericórdia. Instituiu a Igreja como serva da Palavra e instrumento desta Salvação, no poder do Crucificado-Ressuscitado.
Sabemos que, mesmo assim, o crescimento na vivência do plano de amor que o Pai tem para nós (e para cada um em particular), é um drama que não permite “romantismos melosos” e nem uma “tragédia”. Dentro da liberdade de cada um, diariamente, pela “fé que opera pelas obras” (cf. Gl 5,5), precisamos nos abrir à graça do Senhor para sermos “terras boas”, através das quais os que nos conhecerem possam se “alimentar” do nosso testemunho e glorificar ao Pai do Céu pelas nossas boas obras (cf. Mt 5,16).
O contrário poderá ser uma infundada desconfiança da eficácia da Palavra, pois da parte do Divino Semeador sempre prevalecerá esta verdade: “A chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece com a minha palava: Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão” (Is 55,10-11).
Enquanto da relação da Palavra e nós, os outros de forma correta ou não também dirão algo. E se nada disserem… Será que a nossa vida está comunicando algo? Façamos hoje e sempre o nosso exame de consciência à luz da Palavra eficaz.
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 27/07/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus é nossa maior riqueza

Precisamos ter dinheiro, coisas materiais, mas não podemos ter riqueza maior do que a Palavra de Deus na nossa vida

Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o maligno e rouba o que foi semeado em seu coração” (Mateus 13,19).

A Palavra de Deus é a grande riqueza para nossa vida! Se soubéssemos o valor dessa riqueza, o quanto esse tesouro é precioso para a nossa vida, cuidaríamos melhor, daríamos o melhor de nós para a abraçarmos e segurarmos, a fim de que esse tesouro não nos fosse roubado.
O inimigo da nossa alma quer roubar a força e o poder da Palavra de Deus de nossa vida, e os caminhos são explicados pela própria Palavra: “Aquele que ouve a Palavra de Deus e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado”. A pessoa se distraiu, não tomou conta da palavra que foi semeada e, acima de tudo, não se abriu para a dinâmica do Reino. Ela ouviu como se fosse mais uma palavra da sua vida, e já nem se lembra mais da palavra importante que ouviu. Ela foi roubada do seu coração.
Aqueles que ouvem a Palavra de Deus até a recebem com alegria, mas não têm constância, não têm perseverança; então, passam por sofrimentos, perseguições e momentos difíceis da vida. Cai, assim, por terra, tudo aquilo que Jesus fez, falou e renovou na alma deles. A pessoa dá mais atenção ao sofrimento, à situação difícil, às dificuldades que ela passa na vida do que à graça da Palavra, que é capaz de transformar qualquer tristeza, qualquer dificuldade e situação complicada da vida numa nova semente, uma nova luz para sua própria alma. Em vez de voltar-se para a Palavra, volta-se para seus problemas; assim, a Palavra vai sendo sufocada dentro do coração e da sua vida.
Aqueles que ouvem a Palavra de Deus acolhem-na com amor e muita alegria. Quão boa é a Palavra de Deus! No entanto, as preocupações do mundo e as ilusões com a riqueza e os bens materiais nos roubam de Deus.
Precisamos ter dinheiro, coisas materiais, mas não podemos ter riqueza maior do que a Palavra de Deus na nossa vida. Quando nos preocupamos, voltamo-nos para as coisas materiais, esquecemo-nos da riqueza, da bondade de Deus para conosco. Esquecemo-nos e deixamos aniquilar, sufocar a força que a Palavra de Deus tem de cuidar de nós.
Não há dinheiro nem riqueza melhor, neste mundo, que possa cuidar de nós, agora e na eternidade, do que a Palavra de Deus!
Aquele que ouve a Palavra guarda-a no coração e a põe em prática, não deixando nada a roubar. Quem ouve a Palavra produz frutos, vinte, trinta, sessenta, cem por um na sua vida.
Deus quer que nossa vida seja muito frutuosa.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Cultivemos a semente da Palavra em nosso coração

A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem outro sessenta e outro trinta” (Mateus 13,23).

Jesus, o semeador, está nos explicando a parábola do semeador, porque essa parábola nos coloca na condição de ouvintes da Palavra de Deus, que é a boa semente.
Você sabe que o fruto vem da semente, a árvore vem da semente; ninguém nasceu pronto, nenhum fruto nasce pronto. Nós nos tornamos o que somos hoje porque, um dia, fomos semente — no bom sentido daquilo que é a semente, como o germe da vida. O germe da vida em nós vem por meio da Palavra.
A Palavra de Deus é essa semente que faz germinar o homem novo, a mulher nova. Só vamos ser homens de Deus transformados, renovados e curados se a semente da Palavra germinar no nosso coração. Porque é a Palavra de Deus que dá direção, que realiza a transformação; é a Palavra que realiza a cura, a libertação; é ela que traz para nós o nosso encontro pessoal com Deus. O que acontece é que muitas pessoas, inclusive na casa de Deus, no caminho d’Ele, estão perdidas, não levam a vida em Deus porque não levam a sério a Palavra d’Ele que é semeada.

A Palavra de Deus é essa semente que faz germinar o homem novo, a mulher nova

Não basta estar na Igreja, não basta receber os sacramentos, não basta pertencer a esse ou aquele movimento, pois o que nos dá sustento e sentido na caminhada em Deus é a Palavra em nós. É ela que produz frutos em nossa vida, traz o fruto bendito de Deus a nós, que é Jesus, o filho de Maria, a Palavra que se encarnou nela.
Aquela Palavra que se encarnou em Maria, que se fez carne e habitou entre nós, essa mesma Palavra também se encarna em nós quando a acolhemos como semente.
Sei que a semente parece uma coisa muito desprezível e insignificante. Você olha para uma sementinha, você não dá muito valor, sobretudo se vivemos numa era com a nossa, em que a ansiedade nada sabe esperar. Mas o fruto só vai ser saboroso se a semente for cuidada, cultivada e valorizada, se a semente for realmente amada para que ela cresça ao seu tempo e o fruto você colha o melhor possível.
A Palavra de Deus está sendo semeada em nosso coração, mas ela, muitas vezes, não encontra acolhimento, e onde ela não é acolhida, ela também não cresce; ou ela é até acolhida, mas, muitas vezes, é sufocada, desprezada ou não cria raízes, porque nós a acolhemos de uma forma tão superficial, nós a acolhemos de qualquer jeito, acolhemos em meio às palavras do mundo e misturamos tudo.
A semente de Deus é Sua Palavra eterna e salvadora. Se quisermos produzir o fruto do Reino de Deus em nós, e muito fruto, trinta ou sessenta, a graça do Espírito Santo é preciso acolher. Com um coração atento, disposto e com profundidade, a Palavra tem poder de transformar a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/07/2021

Oração Final
Pai Santo, envia o teu Espírito para que nós, ainda que ouvindo as mesmas palavras, sejamos inspirados para acolhê-las cada vez de forma nova, como mensagem viva e adequada para o tempo em que vivemos. Certamente assim o desejava o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/07/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos terra acolhedora para a Semente do Evangelho. E nos dá força, Pai amado, para cuidar dessa semente, não permitindo que as seduções do mundo sufoquem a plantinha que nascer, mas adubando e regando o canteiro para que ela se torne árvore forte e dê frutos de salvação para todos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/07/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto adoramos, nós Te damos Graças pela Palavra Santa, que semeias em nossa vida. Ajuda-nos, Pai que tanto amamos, a nos fazermos terra boa, rica, adubada, úmida, pronta para acolher a Boa Semente e produzir frutos de Esperança para os nossos companheiros de jornada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/07/2021

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