quarta-feira, 19 de julho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/07/2023

ANO A


Mt 11,25-27

Comentário do Evangelho

Faltava-lhes o coração iluminado pela luz de Deus.

Nossa perícope do evangelho é precedida de ataques de Jesus a algumas cidades próximas do Mar da Galileia, ao estilo dos oráculos proféticos contra as nações. As cidades beneficiadas pelos “milagres” de Jesus não se converteram (11,20-24). Na verdade, os “atos de poder” realizados por Jesus deviam conduzir à fé na “proximidade do Reino dos Céus”. Mas os destinatários das inventivas de Jesus não conseguiram ultrapassar o que os olhos “de carne” permitiam ver; faltava-lhes o coração iluminado pela luz de Deus. O trecho de hoje é uma oposição ao orgulho das cidades que não se converteram; um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra (v. 25; Gn 1,1; 2,4a).
O motivo do louvor: “... escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 25), pois assim Deus queria (cf. v. 26). “Estas coisas” referem-se ao que é dito no v. 27, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai (“Ele é a imagem do Deus invisível” [Cl 1,15]). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai!”, Jesus responderá: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
Fonte: Paulinas em 17/07/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre deixa para os discípulos – que hoje somos nós! – a lição da simplicidade, da humildade, da decisão de nos mantermos pequeninos, para termos acesso ao Reino do Pai. É forte a tentação que sentimos de nos tornarmos poderosos e aprendermos muitas coisas, esquecendo-nos de que o Reino de Deus foi revelado aos simples.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre deixa para seus discípulos – que hoje somos nós! – a lição da simplicidade, da humildade, da decisão de nos mantermos eternamente pequeninos. Só assim teremos acesso ao Reino do Pai. É forte a tentação que sentimos de nos tornarmos poderosos e aprender muitas coisas, buscando títulos universitários e nos esquecendo de que o Reino de Deus foi revelado aos simples.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2019

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre se alegra com a simplicidade, a pureza, a humildade dos seus discípulos. Eles são os ‘pequeninos’ – a quem o Pai Se revela. Como nós nos colocamos neste contexto? Estamos cultivando uma vida cheia de sabedoria, simples, modesta e transparente, ou buscamos avidamente os enganadores títulos universitários tão queridos pela sociedade de consumo?
Fonte: Arquidiocese BH em 14/07/2021

Reflexão

O conhecimento de Deus é diferente de todas as outras formas de conhecimento das quais o ser humano é capaz. De fato, temos diversas formas de conhecimento, como o racional, o científico, o vulgar e o mitológico, entre outros, que encontram a sua origem na nossa relação com as coisas e as pessoas que conhecemos e que se tornam de alguma forma objeto do nosso conhecimento. Com Deus, a coisa é diferente. A mente humana é incapaz de, por si só, chegar até o conhecimento de Deus. Só conhecemos a Deus porque, no seu infinito amor, ele revelou-se a todos nós. É o amor de Deus que, sabendo que somos incapazes de chegar até ele, vem até nós.
Fonte: CNBB em 17/07/2013

Reflexão

Uma explícita oração de louvor sai do coração e dos lábios do Mestre. Qual o motivo da alegria? É o reconhecimento ao Pai pelo modo como conduz a história da salvação. Os intelectuais da época, entendidos em leis e conhecedores das Escrituras são, em geral, avessos aos ensinamentos de Jesus. Embora tenham condições para interpretar a Lei e os Profetas, não aceitam Jesus como o Messias prometido. Pior: dificultam sua missão, opondo-lhe aberta resistência, tachando-o com apelidos ofensivos e procurando fazer a cabeça do povo simples para não segui-lo. Os pobres e marginalizados, ao invés, com mais facilidade acolhem Jesus e abrem espaço para sua mensagem. São os “pequeninos” que vão compor a comunidade de Jesus e, ao longo dos séculos, irão difundir em toda a parte a sua mensagem de salvação.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/07/2019

Reflexão

Uma explícita oração de louvor sai do coração e dos lábios do Mestre. Qual o motivo da alegria? É o reconhecimento ao Pai pelo modo como conduz a história da salvação. Os intelectuais da época, entendidos em leis e conhecedores das Escrituras, são, em geral, avessos aos ensinamentos de Jesus. Embora tenham condições para interpretar a Lei e os Profetas, não aceitam Jesus como o Messias prometido. Pior: dificultam sua missão, opondo-lhe aberta resistência, tachando- o com apelidos ofensivos e procurando fazer a cabeça do povo simples para não o seguir. Os pobres e marginalizados, ao invés, com mais facilidade acolhem Jesus e abrem espaço para sua mensagem. São os “pequeninos” que vão compor a comunidade de Jesus e, ao longo dos séculos, difundir em toda a parte a sua mensagem de salvação.
Oração
Ó Jesus, Filho de Deus, com grande contentamento louvas ao Pai. Constatas que as pessoas sem instrução, os marginalizados, enfim, os “pequeninos” são os que mais se abrem para as propostas do Reino. Tu falas, Senhor, diretamente ao coração. Se o encontras receptivo, tua comunicação se torna eficaz. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 14/07/2021

Reflexão

Uma explícita oração de louvor sai do coração e dos lábios do Mestre. Qual o motivo da alegria? É o reconhecimento ao Pai pelo modo como conduz a história da salvação. Os intelectuais da época, entendidos em leis e conhecedores das Escrituras são, em geral, avessos aos ensinamentos de Jesus. Embora tenham condições para interpretar a Lei e os Profetas, não aceitam Jesus como o Messias prometido. Pior: dificultam sua missão, opondo-lhe aberta resistência, tachando-o com apelidos ofensivos e procurando fazer a cabeça do povo simples para não segui-lo. Os pobres e marginalizados, ao invés, com mais facilidade acolhem Jesus e abrem espaço para sua mensagem. São os “pequeninos” que vão compor a comunidade de Jesus e, ao longo dos séculos, irão difundir em toda a parte a sua mensagem de salvação.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje, o Evangelho nos oferece a oportunidade de aprofundar, na estrutura da mesma divina sabedoria. Há entre nós quem não deseje conhecer os mistérios revelados desta vida? Mas há enigmas que nem a melhor equipe de procuradores do mundo jamais chegará nem sequer a decifrar. No entanto, há Um ante o qual «De fato, nada há de escondido que não venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público» (Mc 4,22). É aquele a quem se dá assim mesmo o nome de Filho do Homem, pois diz de si mesmo: «Todas as coisas me foram dadas por meu Pai» (Mt 11,27). Sua natureza humana por meio da união hipostática tem sido assumida pela Pessoa do Verbo de Deus: é, numa palavra, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, diante da qual não há trevas e pela qual a noite é mais luminosa que o pleno dia.
Um provérbio árabe diz assim: «Se numa noite preta uma formiga preta sobe por uma parede preta, Deus a estará vendo». Para Deus não há segredos nem mistérios. Há mistérios para nós, mas não para Deus, ante o qual o passado, o presente e futuro estarão abertos e esquadrinhados até a última vírgula.
Diz, satisfeito, o Senhor: «Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos» (Mt 11,25). Sim, porque ninguém pode pretender conhecer estes ou segredos parecidos escondidos nem os tirando da escuridão com o estudo mais intenso, nem como devido por parte da sabedoria. Dos segredos profundos da vida saberá sempre mais a velhinha sem experiência escolar do que o pretensioso cientista que tem gastado anos em prestigiosas universidades. Tem ciência que se ganha com fé, simplicidade e pobreza interiores. Tem dito muito bem Clemente Alexandrino: «A noite é propícia para os mistérios; é quando a alma atenta e humilde olha para si mesma refletindo sobre a sua condição; é quando encontra a Deus».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Sou uma alma muito pequena que só pode oferecer a Deus coisas muito pequenas» (Santa Teresa de Lisieux)

- «Faz parte do mistério de Deus agir com discrição. Deus não atropela com poder externo, mas dá liberdade» (Bento XVI)

- «Um coração humilde e confiante que nos faça voltar ao estado de crianças; porque é ‘aos pequeninos’ que o Pai Se revela (Mt 11, 25)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.785)

Reflexão

O estilo de Deus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje perguntamo-nos: Por que Jesus não opôs com poder os seus detratores? Por que não lhes demonstrou com vigor irrefutável que Ele é o Ressuscitado? Por que se revelou somente a um pequeno grupo de discípulos, cujo testemunho nós temos agora que confiar?
É próprio do mistério de Deus agir de maneira discreta. Somente pouco a pouco vai construindo sua história na grande história da humanidade. Faz-se homem, mas de tal maneira que pode ser ignorado pelos seus contemporâneos, pela força de renome na história. Padece e morre e, como Ressuscitado, quer atingir à humanidade unicamente a través da fé dos seus, aos que se manifesta. Não é talvez o estilo divino? Deus não atropela com poder exterior, senão que dá liberdade oferece e suscita amor.
—Senhor, Tu chamas com suavidade às portas de nosso coração. Quero abri-lo para que me faças capaz de “ver”.

Meditação

Sei rezar ao Pai? - Como é minha oração? - Sou daqueles que “cansam” Deus com excesso de lamentação? - Pedro... João... e tantos outros, homens iletrados, simples pescadores, colocaram-se generosamente nas maõs de deus. E eu? - Sei louvar a Deus pelas maravilhas que Ele realiza ou vejo tudo de modo negativo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 17/07/2013

Meditação

“Eu te louvo, ó Pai, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” A fé, a graça de aceitar a palavra de Jesus é um dom de Deus. Só podemos receber essa graça se reconhecermos nossa pobreza e nossa fraqueza. Se confiamos apenas em nossas ideias, se estamos satisfeitos conosco, vamos considerar loucuras e absurdas as propostas de Jesus. Peçamos que Deus mude nosso coração e nossa maneira de pensar e agir. Só assim haverá salvação para nós, quando o Evangelho for vida em nossa vida.
Oração
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

O mistério de Deus revelado aos pequenos


Hoje, Jesus transmite-nos um grande “segredo”: se queres ter fé, faz-te pequeno. Para crer em Deus, temos de começar por nos situarmos: quem sou eu? Só Deus é Deus!, e reconheço que eu sou limitado. Na verdade, somos inteligentes, mas também… muito limitados. Quando o homem não acredita em Deus, inventa um “Deus”, ou autoproclama-se “Deus”.
- Jesus é Deus que se fez pequeno. Tu não te farás pequeno perante Ele? O lógico é que eu reconheça a minha pequenez e proclame a grandeza de Deus. Não é?

Meditando o evangelho

LOUVANDO O PAI

A oração de Jesus resulta de uma experiência vivida no seu ministério. Enquanto os líderes religiosos do povo resistiam em aceitá-lo e converter-se ao Reino, o povo simples e inculto mostrava-se receptivo diante de sua mensagem, deixando-se tocar por ela. O fracasso junto aos sábios e doutores era, pois, compensado pelo êxito junto aos pequeninos.
Refletindo sobre este episódio, Jesus detecta a ação do Pai no coração de quem é tido como incapaz de penetrar nas profundezas do saber teológico. Evidentemente, o saber revelado pelo Pai aos pequeninos não é de caráter intelectual. Pouca serventia teria para eles um saber que leva ao orgulho e à arrogância. Eles carecem de um saber existencial, que lhes toque o fundo do coração, predispondo-os para assimilar a sabedoria do Reino. Esta, sim, pode trazer salvação, por gerar solidariedade, partilha, reconciliação, vida em comunhão. A sabedoria revelada por Deus leva os pequeninos a se reconhecerem todos como irmãs e irmãos, convocados pelo Pai para viverem o amor. Quem adquire este tipo de sabedoria, coloca-se no caminho da salvação, o caminho de Deus.
Quanto aos sábios, a auto-suficiência impede-os de entrar numa dinâmica de amor-comunhão, por recusarem a se colocar no mesmo nível dos demais. Instruídos por si mesmos, estão fadados a cultivar uma sabedoria puramente humana, ineficaz em termos de salvação.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de revelação, liberta meu coração da arrogância que me impede de captar a revelação transformadora do Pai aos pequeninos.
Fonte: Dom Total em 17/07/2019 e 14/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. OS SÁBIOS E OS PEQUENINOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A indignação de Jesus pela má vontade de alguns era compensada com a alegria de constatar a aceitação de seu testemunho por parte de outros. Enquanto os pequeninos davam mostras evidentes de estarem captando o que lhes estava sendo revelado, os sábios e doutos iam na direção contrária, alimentando contra Jesus um ódio sem limites.
Os que se tinham por sábios e doutos eram os mestres da Lei e os fariseus. Seus conhecimentos a respeito das Escrituras e seu "modo exemplar" de praticar os mandamentos levavam-nos a se considerar superiores aos demais. Seu desprezo por Jesus era evidente. Julgavam-no incapacitado para a tarefa de mestre, por lhe faltar a devida preparação. Era um mestre improvisado e sem gabarito. Logo, merecedor de desprezo.
No polo oposto, estavam os pequeninos. Estes também eram objeto do desprezo por parte dos sábios e entendidos, que os chamavam, pejorativamente, de "povo da terra". Marginalizados pelas estruturas religiosas, iam em busca de quem os acolhesse, e ouviam quem lhes parecia ser o melhor.
O encontro com Jesus dava-se nestas circunstâncias de marginalização. E a capacidade de compreender o que lhes era revelado resultava de sua busca sincera e despretensiosa da Palavra de Deus. Suas mentalidades eram menos estruturadas, portanto, suficientemente flexíveis para acolher a revelação que o Pai lhes fazia, por meio do testemunho de Jesus.
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
Fonte: NPD Brasil em 17/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Revelado aos pequeninos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nas minhas reflexões sobre este evangelho sempre me perguntei com toda sinceridade “Por que será que esse Deus-Pai de Jesus escondeu informações importantes sobre si mesmo, ou das coisas que lhe dizem respeito, dos Sábios e entendidos desse mundo?” Será que Deus nunca foi muito com a cara deles? Para uns Deus se abre e se revela sem segredos, para outros se esconde. Vindo da parte de Deus isso é meio esquisito... Eu assim pensava.
Mas vamos ver quem são essas pessoas Sábias e Entendidas, no tempo de Jesus e em nossos dias. O homem que valoriza a Ciência e o conhecimento, tornando-a Absoluta como única reveladora da Verdade, se enquadra nessa categoria de pessoas. No tempo de Jesus eram os Doutores da Lei, Escribas e Fariseus, entre os quais havia os Sacerdotes e os Membros do Conselho do Sinédrio. Sabiam tudo sobre a Revelação Divina e a Vinda do Messias e aquilo para eles era o suficiente. Nada mais havia a ser revelado por alguém, sobre Deus, muito menos um pobre Galileu, sem eira nem beira como Jesus. Deus não os excluiu da Revelação, eles é que excluíram Deus de sua vida, quando não deram créditos para a pessoa e os ensinamentos de Jesus, aquele que é por excelência o único e Verdadeiro Revelador do Pai. Nos dias de hoje o homem tem projetos monumentais e grandiosos, consegue conquistas e avanços fantásticos no mundo da ciência e do conhecimento. O crescimento da tecnologia é espantoso e perceptível a cada dia.
E o homem não percebe que tudo isso são as maravilhas de Deus, e ao adquirir o conhecimento, longe de fazer uma experiência divina, exclui Deus da sua Vida, acreditando somente em  si mesmo e em seu conhecimento, decretando a sua emancipação, e achando que somente basta á sua salvação.
Os pequenos e simples do tempo de Jesus, eram os que não tinham nenhum conhecimento sobre Deus, entretanto, sentiram-se atraídos por Jesus e viam Nele algo Novo e Inédito, e a possibilidade de Salvação, que para eles era impossível, em Jesus torna-se possível. Eram os impuros, os pecadores, as prostitutas, os Publicanos, leprosos, pastores e pescadores.
A ação Divina segue hoje essa mesma linha. A Humanidade tem uma forte tendência Ateísta e Secularista, dando maior crédito ao Homem Poderoso desse tempo, suas estruturas sociais, o mundo da tecnologia e da ciência onde a Igreja de Cristo será sempre olhada com menosprezo e desconfiança, pois ela é o Sacramento legítimo e verdadeiro, dessa Salvação Divina, mas a humanidade prefere crer na Sabedoria do Homem.
Em nossas comunidades cristãs, precisamos ter muita cautela para não nos deixarmos influenciar por essa Cultura Ateísta e , se somos grandes em algum conhecimento, tenhamos a coragem de nos fazer pequenos para servir, somente assim estaremos abertos a novas e revigorantes experiências reveladoras com Jesus de Nazaré.

2. Assim foi do teu agrado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Os pequeninos são os verdadeiros sábios. Eles sabem dar respostas às perguntas decisivas que surgem em nossa vida. Por que dar de comer a quem não sabe agradecer? Por que amar se existe traição e ingratidão? Deus revela seu mistério de amor aos pequenos e despretensiosos. Quem ama com humildade, sem pretensões nem interesses, conhece o Amor e a sua força. Quem conhece o Amor conhece a Deus, mergulha em seu mistério, não por atos da inteligência, mas sim pela experiência do afeto. O pequenino sabe e conhece o Amor em toda a sua extensão, sabe e conhece a bondade da sensibilidade, da solidariedade, da hospitalidade, da gratuidade. Sabendo que o amor vem de Deus e volta para Deus, nunca desiste nem desanima. Colocando-se ao lado daquele que não sabe por que não recebeu a revelação, ajuda-o a não desistir nem desanimar. A sensibilidade do humilde e pequenino percebe as dificuldades do amor nas instabilidades da vida, nas desconfianças, nas desilusões, nos desenganos, nas traições. Percebe e persevera, e faz com que o outro não desista de amar porque, se desistir, desistiu da vida e da salvação. Por que dar de beber e de comer a quem não sabe agradecer? Por que continuar depois da traição? A resposta é dada por quem conhece o Pai pela revelação do Filho. Os pequeninos são de fato sábios e entendidos. Eles têm o conhecimento experimental do amor.
Fonte: NPD Brasil em 17/07/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1 Revelou-se aos pequeninos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Confesso que sempre entendi errado esse evangelho, principalmente na hora de responder: quem são os Sábios e entendidos, e quem são os pequeninos, diante de Deus. É preciso por os “pingos nos is”, para que a reflexão nos ajude a ser mais santos mediante a Palavra.
Sábios e entendidos, neste evangelho, não se refere simplesmente a intelectualidade da pessoa, nem aos conhecimentos adquiridos com os estudos de caráter científico ou teológicos, foi o próprio Deus que dotou o homem com o dom da inteligência e não seria Ele a menosprezar tão precioso dom, que impulsiona o homem a evoluir cada vez mais. A questão aqui é outra...
O conhecimento humano adquirido poderia em tese, levar o homem a uma experiência com o Criador de tudo, mas o que acontece, principalmente com o homem da pós-modernidade, é que, quanto mais ele sabe e consegue avançar na tecnologia, nas ciências, na medicina e outras áreas científicas, mais ele se torna arrogante, prepotente e autossuficiente, julgando-se maior do que Aquele que o dotou de inteligência. Então esse homem “Sábio” olha com maus olhos a religião, vê a Igreja como um estorvo nos avanços da pós-modernidade, classifica como retrógrado e arcaico todo ensinamento cristão, e ainda muitas vezes rotula de ignorantes aos que buscam viver na Fé, em suma, olham as outras pessoas de cima para baixo, como seres inferiores, porque não evoluíram. Este homem “sábio”, em uma linguagem bem chula, acaba cuspindo no prato em que comeu, negando sua origem Divina e a sua condição de Criatura elevada à condição de Filho de Deus com a obra da Salvação.
E quem são os pequenos? Exatamente esse mesmo homem, dotado de inteligência, que evoluiu no conhecimento e nas ciências humanas, e ao mesmo tempo abriu-se para Deus, contemplando Aquele que é Onipotente, Onipresente e Onisciente, e mais ainda, sentindo que Deus manifesta todo seu poder exatamente no amor, que busca e reconhece o homem como seu Filho, dando a ele a própria vida em seu Filho Jesus Cristo, no grandioso mistério da encarnação onde o Onisciente se rebaixa ao mesmo patamar das suas criaturas, que nada sabem, e inicia com elas um longo aprendizado, através da revelação aonde Deus vai se apresentando gradativamente, respeitando as nossas limitações.
E então, este homem grandioso, enriquecido pelo conhecimento humano, e repleto na Fé, pela sabedoria que vem do alto, dotado de ricos e numerosos carismas Divinos, se sente motivado e inclinado a imitar a Deus, de quem é Filho, não em essência, mas por adoção, e se faz pequeno, inclinando diante dos seus irmãos e irmãs, na comunidade ou em família, para simplesmente servir. Eis a finalidade de todo conhecimento humano, eis o fim primeiro de toda ciência e tecnologia:  servir, ajudar, promover a pessoa humana. Foi isso que Deus fez, um pequenino que se curva, que se inclina diante do homem, para servi-lo (Lava Pés).
Estes são os pequeninos benditos, os Bem-aventurados que herdarão o céu, porque se tornaram tão íntimos de Deus que já vivem com ele em comunhão, ainda que em suas limitações. Jesus se alegra e bendiz ao Pai, que ele revelou aos homens, fazendo-se pequeno, e sendo agora revelado nos Grandes Homens, que o imitando, também se fazem pequenos, somente e exatamente para SERVIR...

2. Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos - Mt 11,25-27
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A percepção dos fatos da vida pela sensibilidade que leva à admiração e ao conhecimento pode ser mais real em quem está no último lugar ou vê o mundo de baixo para cima. Aparentemente, a visão panorâmica de cima para baixo é mais abrangente. No último lugar é possível ter uma visão panorâmica em linha reta. Os pequeninos enxergam as bases, se posicionam nos fundamentos, até embaixo das mesas. Jesus, porém, está falando de pequeninos que receberam a revelação do Pai em contraposição aos sábios e doutores. Não são pequeninos por estatura. Pequeninos são os que Deus escolhe e lhes revela os seus segredos. Estes são os escolhidos. Quanto ao conhecimento, uns o têm como ciência adquirida, outros como ciência infusa. Estes sabem por revelação. Os outros são os esforçados aos quais Deus concedeu inteligência a fim de estudarem os mistérios para a utilidade comum. Santa Rosa de Lima, moça simples de pouca instrução, teve que se explicar diante dos Inquisidores da época, causando-lhes grande surpresa pelo conhecimento que demonstrou dos ensinamentos da fé cristã. Sabia por intuição divina. Paulo diz aos gálatas que Deus se dignou revelar nele o seu Filho Jesus Cristo, e afirma que foi a Jerusalém se explicar aos apóstolos “em virtude de uma revelação”. Historicamente, pequeninos seriam os discípulos. Sábios e entendidos, os escribas e fariseus.
Fonte: NPD Brasil em 14/07/2021

HOMÍLIA DIÁRIA

Sejamos canal da graça para todos

Feliz da casa na qual ainda há alguém por onde a graça de Deus pode entrar. Existem muitos lares que ninguém ainda se abriu para receber essa graça do Senhor.

Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11, 25)

Moisés foi escolhido por Deus e chamado por Ele. Por isso, ele subiu o Monte Horeb (Monte Sinai), e lá do alto ele se colocou na presença da Senhor. Neste momento o Senhor disse: Eu sou o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.
Diante disso, Moisés cobriu seu rosto, pois temia olhar diretamente para Deus. Uma vez que Ele se revelou ao profeta, este passou a ser usado como instrumento nas mãos do Senhor.
Moisés foi usado por Deus para que a tão esperada libertação de Israel pudesse acontecer. Esse mesmo Deus também quer nos usar para que sejamos canais da graça. Nós nunca seremos capazes de ser a própria graça, mas precisamos assumir o papel de via que leva os outros a ela.
Talvez, hoje, você se pergunte: “Por que, na minha casa, só eu sou temente a Deus e só eu procuro fazer a vontade de Deus?”. A resposta é justamente essa leitura, pois você foi escolhido, assim como Moisés, a libertar o seu povo.
Feliz da casa na qual ainda há alguém por onde a graça de Deus pode entrar. Existem muitos lares que ninguém ainda se abriu para receber essa graça do Senhor.
Como Moisés, subamos ao monte com o rosto encoberto, mas com o coração completamente aberto, com o intuito de adorar o Deus único e santo, o mesmo de nossos pais. Assim como Moisés, coloquemo-nos à disposição do Senhor para que a graça chegue ao coração de muitas outras pessoas.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 17/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

Pai revela Seu amor aos pequenos

Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mateus 11,25).

Veja a graça de Deus: o nosso Pai, o Senhor do Céu e da Terra é o Criador de todas as coisas, o Soberano, Eterno, Onipotente, Aquele que é digno de todo o nosso louvor, honra e glória no Céu e na Terra, porque Ele é um Pai maravilhoso, é o Pai que tudo criou, é o Pai que tudo fez por amor.
Deus não revelou a grandeza do Seu amor, Ele não nos revelou a grandeza da Sua ciência nem a grandeza de todas as coisas a quem se acha sábio, como aquela pessoa que acha pode tudo, que tem a sabedoria e todo o conhecimento.
Os sábios têm a sua sabedoria humana. Os conhecedores têm seus conhecimentos científicos e sabem o valor que tudo isso tem para a nossa vida. Existe, no entanto, uma sabedoria escondida, uma sabedoria eterna, existe a sabedoria criadora de todas as coisas; e essa sabedoria de Deus é revelada aos pequeninos. Contudo, não é somente ao pequeno, mas àquele que é pequenino, que se faz menor, que tem a verdadeira humildade.

O Pai revela Seu amor e Sua vontade a quem se faz pequeno, a quem se faz humilde

A sabedoria da vida não se esconde sobre a aparência do orgulho, da soberba nem do egoísmo humano. Muitas pessoas se portam e se comportam como sabedoras de todas as coisas, mas a sabedoria de Deus vai ao encontro dos corações mais humildes, sensatos e serenos, e é ali que Deus faz morada, ali Ele se esconde, manifesta-se.
Deus quer se manifestar por meio de nós, mas precisamos ser pessoas humildes e sensatas. A humildade de se fazer pequeno e ser pequeno, sem nada daquele sentimento de grandiosidade, de querer saber tudo, poder tudo, achar tudo quando não somos nada. Nada de se elevar, de encher-se e inchar, inflamar-se de orgulho e soberba. Quando fazemos isso, tornamo-nos pessoas briguentas, que estão sempre no combate umas com as outras, porque queremos ter razão, queremos ser conhecedores, achar que podemos tudo quando, na verdade, Deus não se revela no meios dessas confusões.
Aquele que, humildemente, se recolhe, coloca-se no seu canto, aquele que abaixa a sua cabeça, dobra os seus joelhos, aqueles que colocam Deus acima de todas as coisas, inclusive dos seus pensamentos intelectuais, dos sentimentos do próprio coração, ele coloca o Senhor acima de todos e todas as coisas.
Assim consiste a verdadeira sabedoria, e é assim que o Pai revela Seu amor e Sua vontade a quem se faz pequeno, a quem se faz humilde e a quem não busca sentimentos de grandeza, de superioridade nem de orgulho.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

Pela via da humildade, tocamos na graça de Deus

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mateus 11,25).

O coração de Jesus exulta no louvor e na gratidão ao Pai, no reconhecimento da grandeza de Deus, que revela o Seu amor e a Sua bondade às almas pequenas e humildes. Que beleza, meus irmãos, é saber que a Palavra de Deus chega ao nosso coração quando nos abrimos pela via da humildade!
Os orgulhosos e os soberbos não tocam na graça de Deus, não porque sejam excluídos por Ele — Ele não exclui ninguém –, mas porque, na verdade, todo orgulho e toda soberba são barreiras para que a graça de Deus penetre, para que a graça de Deus entre. Então, abramos o nosso coração, primeiro, para conquistar a humildade da verdade, e a verdade na humildade, pois é só com ela que tocamos na verdade de Deus.
Se continuarmos tão orgulhosos como somos, a verdade será sempre a nossa, nós é que sabemos das coisas, nós é que temos razão. Chateamo-nos com qualquer situação porque as coisas não estão do nosso jeito.

A Palavra de Deus chega ao nosso coração quando nos abrimos pela via da humildade

O humilde sabe colocar-se no último lugar, o humilde sabe apreciar as coisas pequenas, o humilde não procura se elevar, engrandecer-se, exaltar-se, mas ele sabe rebaixar-se, retirar-se, fazer-se pequeno; e onde ele se faz pequeno, ali Deus se faz presente, ali a graça de Deus se revela.
Deus cuida dos corações humildes. Foi assim que Maria cantou e exultou, que Deus derruba os soberbos e exalta os corações humildes. E é pelos corações humildes e pequenos que Jesus, hoje, está louvando e bendizendo ao Pai.
Os tesouros do coração de Deus estão ao nosso dispor, mas é preciso que, no amor, o coração se converta, seja lapidado e mergulhado no amor misericordioso de Jesus, para que esse coração se torne humilde, para que seja queimado do meio de nós e dos nossos sentimentos todas as vaidades, todo esse orgulho que faz de nós pessoas prepotentes.
Nós não suportamos ser contrariados, chateados, porque o orgulho se fere com facilidade. O orgulhoso não perdoa, o humilde está sempre se reconciliando, renovando-se e procurando viver a reconciliação com os seus irmãos.
Deus quer cuidar de nós, Ele quer permanecer no meio de nós. Deus quer cuidar do nosso coração. Precisamos deixar que a chama da humildade acenda a chama fervorosa da graça de Deus no coração de cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/07/2021

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelos dons que nos dás – sobretudo a vida e a fé – e, mais do que tudo, pelo Dom maior do teu Filho Unigênito, que se fez humano como nós para revelar-te às tuas criaturas. Ajuda-nos, Pai amado, a ouvi-lo para que possamos segui-lo pelos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós te agradecemos pelos dons que nos dás – especialmente a vida e a fé – e, mais do que tudo, pelo Dom maior: o teu Filho Unigênito, que se fez humano como nós para revelar-Te a nós, os teus filhos. Ajuda-nos, amado Pai, a ouvi-Lo para que possamos segui-Lo pelos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai nosso, em Ti está a nossa Fonte de Vida e de Paz. Faze-nos compreender a lição do Evangelho para que, vivendo uma existência leve, livre, pacífica, alegre e seguindo o Caminho de Jesus em busca da Verdade, cheguemos ao Reino de Amor, sintetizado no teu Abraço Paterno, que receberemos na companhia dos irmãos e do mesmo Cristo Jesus, teu Filho que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/07/2021

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