quarta-feira, 17 de julho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/07/2019

ANO C


Mt 11,25-27

Comentário do Evangelho

Faltava-lhes o coração iluminado pela luz de Deus.

Nossa perícope do evangelho é precedida de ataques de Jesus a algumas cidades próximas do Mar da Galileia, ao estilo dos oráculos proféticos contra as nações. As cidades beneficiadas pelos “milagres” de Jesus não se converteram (11,20-24). Na verdade, os “atos de poder” realizados por Jesus deviam conduzir à fé na “proximidade do Reino dos Céus”. Mas os destinatários das inventivas de Jesus não conseguiram ultrapassar o que os olhos “de carne” permitiam ver; faltava-lhes o coração iluminado pela luz de Deus. O trecho de hoje é uma oposição ao orgulho das cidades que não se converteram; um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra (v. 25; Gn 1,1; 2,4a).
O motivo do louvor: “... escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 25), pois assim Deus queria (cf. v. 26). “Estas coisas” referem-se ao que é dito no v. 27, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai (“Ele é a imagem do Deus invisível” [Cl 1,15]). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai!”, Jesus responderá: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
Fonte: Paulinas em 17/07/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre deixa para os discípulos – que hoje somos nós! – a lição da simplicidade, da humildade, da decisão de nos mantermos pequeninos, para termos acesso ao Reino do Pai. É forte a tentação que sentimos de nos tornarmos poderosos e aprendermos muitas coisas, esquecendo-nos de que o Reino de Deus foi revelado aos simples.
Fonte: Arquidiocese em 17/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre deixa para seus discípulos – que hoje somos nós! – a lição da simplicidade, da humildade, da decisão de nos mantermos eternamente pequeninos. Só assim teremos acesso ao Reino do Pai. É forte a tentação que sentimos de nos tornarmos poderosos e aprender muitas coisas, buscando títulos universitários e nos esquecendo de que o Reino de Deus foi revelado aos simples.

Reflexão

O conhecimento de Deus é diferente de todas as outras formas de conhecimento das quais o ser humano é capaz. De fato, temos diversas formas de conhecimento, como o racional, o científico, o vulgar e o mitológico, entre outros, que encontram a sua origem na nossa relação com as coisas e as pessoas que conhecemos e que se tornam de alguma forma objeto do nosso conhecimento. Com Deus, a coisa é diferente. A mente humana é incapaz de, por si só, chegar até o conhecimento de Deus. Só conhecemos a Deus porque, no seu infinito amor, ele revelou-se a todos nós. É o amor de Deus que, sabendo que somos incapazes de chegar até ele, vem até nós.
Fonte: CNBB em 17/07/2013

Reflexão

Uma explícita oração de louvor sai do coração e dos lábios do Mestre. Qual o motivo da alegria? É o reconhecimento ao Pai pelo modo como conduz a história da salvação. Os intelectuais da época, entendidos em leis e conhecedores das Escrituras são, em geral, avessos aos ensinamentos de Jesus. Embora tenham condições para interpretar a Lei e os Profetas, não aceitam Jesus como o Messias prometido. Pior: dificultam sua missão, opondo-lhe aberta resistência, tachando-o com apelidos ofensivos e procurando fazer a cabeça do povo simples para não segui-lo. Os pobres e marginalizados, ao invés, com mais facilidade acolhem Jesus e abrem espaço para sua mensagem. São os “pequeninos” que vão compor a comunidade de Jesus e, ao longo dos séculos, irão difundir em toda a parte a sua mensagem de salvação.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Sei rezar ao Pai? - Como é minha oração? - Sou daqueles que “cansam” Deus com excesso de lamentação? - Pedro... João... e tantos outros, homens iletrados, simples pescadores, colocaram-se generosamente nas maõs de deus. E eu? - Sei louvar a Deus pelas maravilhas que Ele realiza ou vejo tudo de modo negativo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 17/07/2013

Meditando o evangelho

LOUVANDO O PAI

A oração de Jesus resulta de uma experiência vivida no seu ministério. Enquanto os líderes religiosos do povo resistiam em aceitá-lo e converter-se ao Reino, o povo simples e inculto mostrava-se receptivo diante de sua mensagem, deixando-se tocar por ela. O fracasso junto aos sábios e doutores era, pois, compensado pelo êxito junto aos pequeninos.
Refletindo sobre este episódio, Jesus detecta a ação do Pai no coração de quem é tido como incapaz de penetrar nas profundezas do saber teológico. Evidentemente, o saber revelado pelo Pai aos pequeninos não é de caráter intelectual. Pouca serventia teria para eles um saber que leva ao orgulho e à arrogância. Eles carecem de um saber existencial, que lhes toque o fundo do coração, predispondo-os para assimilar a sabedoria do Reino. Esta, sim, pode trazer salvação, por gerar solidariedade, partilha, reconciliação, vida em comunhão. A sabedoria revelada por Deus leva os pequeninos a se reconhecerem todos como irmãs e irmãos, convocados pelo Pai para viverem o amor. Quem adquire este tipo de sabedoria, coloca-se no caminho da salvação, o caminho de Deus.
Quanto aos sábios, a auto-suficiência impede-os de entrar numa dinâmica de amor-comunhão, por recusarem a se colocar no mesmo nível dos demais. Instruídos por si mesmos, estão fadados a cultivar uma sabedoria puramente humana, ineficaz em termos de salvação.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de revelação, liberta meu coração da arrogância que me impede de captar a revelação transformadora do Pai aos pequeninos.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. OS SÁBIOS E OS PEQUENINOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A indignação de Jesus pela má vontade de alguns era compensada com a alegria de constatar a aceitação de seu testemunho por parte de outros. Enquanto os pequeninos davam mostras evidentes de estarem captando o que lhes estava sendo revelado, os sábios e doutos iam na direção contrária, alimentando contra Jesus um ódio sem limites.
Os que se tinham por sábios e doutos eram os mestres da Lei e os fariseus. Seus conhecimentos a respeito das Escrituras e seu "modo exemplar" de praticar os mandamentos levavam-nos a se considerar superiores aos demais. Seu desprezo por Jesus era evidente. Julgavam-no incapacitado para a tarefa de mestre, por lhe faltar a devida preparação. Era um mestre improvisado e sem gabarito. Logo, merecedor de desprezo.
No polo oposto, estavam os pequeninos. Estes também eram objeto do desprezo por parte dos sábios e entendidos, que os chamavam, pejorativamente, de "povo da terra". Marginalizados pelas estruturas religiosas, iam em busca de quem os acolhesse, e ouviam quem lhes parecia ser o melhor.
O encontro com Jesus dava-se nestas circunstâncias de marginalização. E a capacidade de compreender o que lhes era revelado resultava de sua busca sincera e despretensiosa da Palavra de Deus. Suas mentalidades eram menos estruturadas, portanto, suficientemente flexíveis para acolher a revelação que o Pai lhes fazia, por meio do testemunho de Jesus.
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
Fonte: NPD Brasil em 17/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Revelado aos pequeninos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nas minhas reflexões sobre este evangelho sempre me perguntei com toda sinceridade “Por que será que esse Deus-Pai de Jesus escondeu informações importantes sobre si mesmo, ou das coisas que lhe dizem respeito, dos Sábios e entendidos desse mundo?” Será que Deus nunca foi muito com a cara deles? Para uns Deus se abre e se revela sem segredos, para outros se esconde. Vindo da parte de Deus isso é meio esquisito... Eu assim pensava.
Mas vamos ver quem são essas pessoas Sábias e Entendidas, no tempo de Jesus e em nossos dias. O homem que valoriza a Ciência e o conhecimento, tornando-a Absoluta como única reveladora da Verdade, se enquadra nessa categoria de pessoas. No tempo de Jesus eram os Doutores da Lei, Escribas e Fariseus, entre os quais havia os Sacerdotes e os Membros do Conselho do Sinédrio. Sabiam tudo sobre a Revelação Divina e a Vinda do Messias e aquilo para eles era o suficiente. Nada mais havia a ser revelado por alguém, sobre Deus, muito menos um pobre Galileu, sem eira nem beira como Jesus. Deus não os excluiu da Revelação, eles é que excluíram Deus de sua vida, quando não deram créditos para a pessoa e os ensinamentos de Jesus, aquele que é por excelência o único e Verdadeiro Revelador do Pai. Nos dias de hoje o homem tem projetos monumentais e grandiosos, consegue conquistas e avanços fantásticos no mundo da ciência e do conhecimento. O crescimento da tecnologia é espantoso e perceptível a cada dia.
E o homem não percebe que tudo isso são as maravilhas de Deus, e ao adquirir o conhecimento, longe de fazer uma experiência divina, exclui Deus da sua Vida, acreditando somente em  si mesmo e em seu conhecimento, decretando a sua emancipação, e achando que somente basta á sua salvação.
Os pequenos e simples do tempo de Jesus, eram os que não tinham nenhum conhecimento sobre Deus, entretanto, sentiram-se atraídos por Jesus e viam Nele algo Novo e Inédito, e a possibilidade de Salvação, que para eles era impossível, em Jesus torna-se possível. Eram os impuros, os pecadores, as prostitutas, os Publicanos, leprosos, pastores e pescadores.
A ação Divina segue hoje essa mesma linha. A Humanidade tem uma forte tendência Ateísta e Secularista, dando maior crédito ao Homem Poderoso desse tempo, suas estruturas sociais, o mundo da tecnologia e da ciência onde a Igreja de Cristo será sempre olhada com menosprezo e desconfiança, pois ela é o Sacramento legítimo e verdadeiro, dessa Salvação Divina, mas a humanidade prefere crer na Sabedoria do Homem.
Em nossas comunidades cristãs, precisamos ter muita cautela para não nos deixarmos influenciar por essa Cultura Ateísta e , se somos grandes em algum conhecimento, tenhamos a coragem de nos fazer pequenos para servir, somente assim estaremos abertos a novas e revigorantes experiências reveladoras com Jesus de Nazaré.

2. Assim foi do teu agrado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os pequeninos são os verdadeiros sábios. Eles sabem dar respostas às perguntas decisivas que surgem em nossa vida. Por que dar de comer a quem não sabe agradecer? Por que amar se existe traição e ingratidão? Deus revela seu mistério de amor aos pequenos e despretensiosos. Quem ama com humildade, sem pretensões nem interesses, conhece o Amor e a sua força. Quem conhece o Amor conhece a Deus, mergulha em seu mistério, não por atos da inteligência, mas sim pela experiência do afeto. O pequenino sabe e conhece o Amor em toda a sua extensão, sabe e conhece a bondade da sensibilidade, da solidariedade, da hospitalidade, da gratuidade. Sabendo que o amor vem de Deus e volta para Deus, nunca desiste nem desanima. Colocando-se ao lado daquele que não sabe por que não recebeu a revelação, ajuda-o a não desistir nem desanimar. A sensibilidade do humilde e pequenino percebe as dificuldades do amor nas instabilidades da vida, nas desconfianças, nas desilusões, nos desenganos, nas traições. Percebe e persevera, e faz com que o outro não desista de amar porque, se desistir, desistiu da vida e da salvação. Por que dar de beber e de comer a quem não sabe agradecer? Por que continuar depois da traição? A resposta é dada por quem conhece o Pai pela revelação do Filho. Os pequeninos são de fato sábios e entendidos. Eles têm o conhecimento experimental do amor.

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos canal da graça para todos

Feliz da casa na qual ainda há alguém por onde a graça de Deus pode entrar. Existem muitos lares que ninguém ainda se abriu para receber essa graça do Senhor.

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11, 25)

Moisés foi escolhido por Deus e chamado por Ele. Por isso, ele subiu o Monte Horeb (Monte Sinai), e lá do alto ele se colocou na presença da Senhor. Neste momento o Senhor disse: Eu sou o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.
Diante disso, Moisés cobriu seu rosto, pois temia olhar diretamente para Deus. Uma vez que Ele se revelou ao profeta, este passou a ser usado como instrumento nas mãos do Senhor.
Moisés foi usado por Deus para que a tão esperada libertação de Israel pudesse acontecer. Esse mesmo Deus também quer nos usar para que sejamos canais da graça. Nós nunca seremos capazes de ser a própria graça, mas precisamos assumir o papel de via que leva os outros a ela.
Talvez, hoje, você se pergunte: “Por que, na minha casa, só eu sou temente a Deus e só eu procuro fazer a vontade de Deus?”. A resposta é justamente essa leitura, pois você foi escolhido, assim como Moisés, a libertar o seu povo.
Feliz da casa na qual ainda há alguém por onde a graça de Deus pode entrar. Existem muitos lares que ninguém ainda se abriu para receber essa graça do Senhor.
Como Moisés, subamos ao monte com o rosto encoberto, mas com o coração completamente aberto, com o intuito de adorar o Deus único e santo, o mesmo de nossos pais. Assim como Moisés, coloquemo-nos à disposição do Senhor para que a graça chegue ao coração de muitas outras pessoas.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 17/07/2013

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelos dons que nos dás – sobretudo a vida e a fé – e, mais do que tudo, pelo Dom maior do teu Filho Unigênito, que se fez humano como nós para revelar-te às tuas criaturas. Ajuda-nos, Pai amado, a ouvi-lo para que possamos segui-lo pelos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 17/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós te agradecemos pelos dons que nos dás – especialmente a vida e a fé – e, mais do que tudo, pelo Dom maior: o teu Filho Unigênito, que se fez humano como nós para revelar-Te a nós, os teus filhos. Ajuda-nos, amado Pai, a ouvi-Lo para que possamos segui-Lo pelos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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