terça-feira, 16 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/04/2019

ANO C


João 13,21-33.36-38

Ouça:


Comentário do Evangelho


Incompreensão dos discípulos

Nosso texto é a sequência do episódio do lava-pés, situado antes da festa de Páscoa dos judeus. A perturbação de Jesus é o desconcerto em face da incompreensão dos discípulos. Diante da afirmação de Jesus: “... um de vós me entregará”, todos os demais discípulos são suspeitos. A traição é obra de Satanás.
Simão Pedro guarda no seu próprio nome a ambiguidade da falta de confiança e da fé, do medo e da coragem de quem será, um dia, capaz de entregar a própria vida pelo Senhor. “Eu darei minha vida por ti!” (v. 37). Simão Pedro terá que passar pela dura prova da paixão e morte do Senhor para depois, superada a reação primária, poder ver com clareza e, como dom, atualizar na sua vida a entrega de Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me viver em sintonia com Jesus, de modo que meus preconceitos não venham a influenciar minha adesão a ele.
Fonte: Paulinas em 26/03/2013

Vivendo a Palavra

Vençamos nossa tendência de julgar o próximo. Dentro de nós moram muitas dessas figuras que encontramos no Evangelho. Gostamos de nos imaginar como Pedro, João ou Mateus. Mas é bom que aceitemos a nossa porção Judas, que tantas vezes nos incomoda e até repudiamos...
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

O texto bíblico não é só para ser lido e admirado: ele deve ser refletido em nosso comportamento. Vençamos nossa tendência de julgar o próximo. Nos nossos corações moram muitas dessas figuras que encontramos no Evangelho. Gostamos de nos imaginar como Pedro, João ou Mateus. Mas é bom que aceitemos a nossa porção Judas, que tantas vezes nos incomoda e até repudiamos...

Reflexão

Mesmo entre os discípulos de Jesus, a humanidade, com a sua fraqueza, falou mais alto nos momentos mais difíceis. Todos estão à mesa com ele, celebrando a Páscoa, mas ninguém está pronto para viver a Páscoa de Jesus. Judas Iscariotes abandona a mesa celebrativa para procurar os sumos sacerdotes e trair Jesus. Simão Pedro afirma que dará a vida por Jesus e, como resposta, ouve a profecia de que o negará três vezes ainda naquela noite. Com exceção de João, que esteve acompanhando Jesus até o alto do Calvário, todos os demais se dispersaram.
Fonte: CNBB em 26/03/2013

Reflexão

Profundamente comovido, Jesus desabafa algo que o sufoca: o traidor é um do grupo. Com gesto de carinho, entrega o pão umedecido a Judas Iscariotes, que imediatamente se retira do convívio. “É noite”: enquanto Judas entra nas trevas, Jesus é glorificado pelo Pai: passando pelo vale do sofrimento e da morte, será resgatado pelo Pai que lhe devolverá a glória que “tinha antes da criação do mundo” (Jo 17,5). Pedro, em rompante entusiasmo, promete a Jesus fidelidade a toda prova, afirmando que dará a vida por ele. Jesus, porém, revela que Pedro o negará três vezes, antes do cantar do galo. O impacto causado pela traição de Judas e de Pedro é atenuado com a presença do discípulo amado, que estará junto à cruz de Jesus, sustentado pela força do amor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UM DE VÓS ME TRAIRÁ

A dureza do coração de Judas impediu-o de reconhecer quem, de fato, era o Messias Jesus. Sua decepção deveu-se ao fato de o Mestre não corresponder às suas expectativas messiânicas. Sem dúvida, Judas imaginava-o como um Messias glorioso, cheio de poder, líder de uma revolta contra os romanos, objeto da admiração popular. Evidentemente, os discípulos haveriam de tirar partido da situação, se as coisas fossem assim.
O projeto de Judas não encontrou guarida no coração de Jesus. O Mestre não buscava a própria glória, mas a fidelidade à vontade do Pai. Seu poder era usado para servir e libertar, e não para oprimir e dominar. Não estava tanto preocupado com os romanos, quanto com seus próprio compatriotas, que tinham transformado a religião em instrumento de opressão. Jesus tornara-se objeto da admiração popular, mas também vítima da perseguição sistemática por parte de seus adversários.
Nada do que Judas imaginava, acontecia com o Mestre. Daí a sua decepção. Sua decisão de trai-lo resultou de uma paixão precipitada. Não foi capaz de abrir mão de seu preconceito com relação a Jesus. Por isso, não vendo realizar-se o que imaginava, Judas optou por vender o seu Mestre.
A atitude do discípulo traidor repete-se cada vez que os seguidores de Jesus caem na tentação de medi-lo com os parâmetros que têm na cabeça. É o erro fatal de quem o desconhece.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de despojamento, aproxima-me de Jesus despojando-me de minhas idéias preconcebidas, a fim de que eu possa reconhecer o sentido de sua presença no meio de nós.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O TRAIDOR IDENTIFICADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O anúncio da traição foi desconcertante para o grupo de discípulos. Independentemente de qualquer cultura, a traição é sempre um ato abominável. De modo especial, entre pessoas cujas vidas foram postas em comum, e nas quais se deposita toda confiança. Isto explica a surpresa dos discípulos quando Jesus anunciou que um deles haveria de traí-lo. E essa surpresa foi maior, quando o traidor foi identificado com Judas, filho de Simão Iscariotes.
O evangelista João dirá várias vezes que se tratava de um ladrão. Logo, alguém de caráter duvidoso, de quem se pode esperar tudo. A traição seria apenas mais uma manifestação da personalidade malsã deste discípulo. Os evangelhos, em geral, referem-se a Judas como alguém que vendeu sua própria consciência ao aceitar entregar o Mestre por um punhado de dinheiro.
Entretanto, é possível suspeitar de outras razões desta atitude tresloucada. Será que Judas entendeu, de fato, o projeto de Jesus? Terá sido capaz de abrir mão de seus esquemas messiânicos para aceitar Jesus tal qual se apresentava? Estava disposto a seguir um Messias pobre, manso, amigo dos excluídos e marginalizados, anunciador de um Reino incompatível com a violência e a injustiça? Judas esperava tirar partido do Reino a ser instaurado por Jesus. Vendo frustrado o seu intento, não teria tido escrúpulo de traí-lo?
Uma coisa é certa: Judas estava longe de sintonizar com Jesus. Algo parecido acontecia com Pedro, que haveria de negá-lo. Só que este recuou e se converteu à misericórdia do Senhor.
Oração
Pai, faze-me viver em sintonia com Jesus, de modo que meus preconceitos não venham a influenciar minha adesão a ele.
Fonte: NPD Brasil em 26/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amar ou Negar e trair... Você decide.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho, São João, bem naquele jeito que nós já sabemos, faz uma linda reflexão com uma narrativa às avessas! O leitor com certeza, ao tomar contato com este evangelho, se pergunta "Mas em uma hora dramática e terrível dessa, quando já o prenúncio de que dois que estão ali na mesa, irão trai-lo e negá-lo no dia seguinte, Jesus começa a falar em Gloria, porque Nele o Pai foi Glorificado?" Se a gente não comentou com alguém, pelo menos pensou, não é?
Fazendo uma releitura diferente dos sinóticos, onde a paixão e morte de Jesus apresenta-se como um quadro tenebroso ao espírito do leitor, João enxerga na paixão de Jesus a sua Vitória definitiva, a sua definitiva Glorificação, dando-lhe inclusive uma postura de Rei e Juiz, invertendo os papéis com Pilatos. Essa ideia de João não foi algo que surgiu depois, mas desde o início de seus escritos, nas Bodas de Caná , por exemplo, ele afirma a Mãe que "A sua Hora ainda não chegou", não a hora da derrota, do fracasso e do fim do sonho, mas exatamente o contrário, o que está nascendo, o que está surgindo, o Reino afirma suas raízes sobre o madeiro da cruz, e é um Reino para sempre, que conduzirá os homens à sua plenitude, é o início da nova criação, um novo horizonte se descortina para toda humanidade.
É olhando nessa perspectiva joanina que agora podemos focar Judas e Pedro. Um que o traiu, e outro que o negou. Dois pecados da mesma gravidade. Judas agiu assim, porque já tinha delineado dentro dele o modelo de Jesus que ele queria e ambicionava, para sair-se vitorioso em suas ambições possivelmente revolucionárias, é difícil fazer um juízo sobre a ação do traidor, talvez o tenha traído porque ele o havia decepcionado, por não ser o modelo que ele havia delineado dentro de si, ou talvez o traiu, por acreditar que na hora em que a cobra fosse "fumar", Jesus manifestaria o seu Messianismo poderoso e daria a volta por cima, "virando o jogo". Mas são apenas hipóteses...
Já Pedro o negou por medo de comprometer-se, estava ali como um curioso, nem conhecia o tal homem...Evidentemente que depois, quando seus olhos cruzaram com o de Jesus, Pedro sentiu na alma a dor da sua negação e chorou amargamente, e acreditou na Misericórdia Divina, maior que o seu pecado. Judas não! Possivelmente sentiu que o seu pecado não teria perdão, não acreditava e nunca acreditou que Deus o amaria, com a mesma intensidade, depois da sua traição, e preferiu a loucura da morte, porque a ideia de olhar para os olhos de Jesus, o aterrorizava.
Em nossos tempos, longe do fato histórico que marcou as últimas horas de vida de Jesus, junto aos seus discípulos, é urgente percebermos contritos que, Trair ou Negar a Jesus, é uma questão de ocasião e de oportunidade. Podemos trai-lo sim, quando percebemos que o Jesus que criamos, ou que alguém criou em nossa fantasia, não bate com o Jesus real dos evangelhos, podemos trai-lo quando percebemos que teremos que mudar nosso jeito de ser cristão, mas falta-nos coragem para dizer a verdade e assumi-la em nossas comunidades, talvez medo de perder o cargo, a fama e o prestígio...
Podemos também negá-lo, como Pedro, nos confrontos com a pós-modernidade, que nos impõe anti-valores, por medo de perder algo, o prestígio, o status diante dos amigos e da sociedade. Não é fácil dar testemunho cristão nos dias de hoje, e muitas vezes nos iludimos achando que o nosso testemunho cristão é dado na comunidade, na pastoral, no movimento, se fosse isso, jamais haveriam cruzes, seria fácil demais. No trabalho, na escola, na família, no partido político, como trabalhador, como funcionário público, como profissional autônomo, é exatamente aí nesses ambientes "extra Eclésia", fora das fronteiras da comunidade, é aí que negamos e traímos a nossa Fé, e o evangelho de Cristo. Pelo menos que sejamos sinceros como São Pedro e acreditando na misericórdia Divina, choremos, por nosso amor para com Deus, o próximo e a Igreja, ser tão pequeno...

2. Eu darei minha vida por ti!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Chegou a hora da glorificação de Jesus, marcada pelo realismo da decepção humana. Entusiasmo e boa vontade se confrontam com o que em nós é má inclinação e força de morte. Pedro quer dar a vida por Jesus, mas o negará três vezes. Judas vende o Mestre por algumas moedas. Foi ambição ou perdeu o rumo?

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 26th, 2013

Antes das celebrações da Ceia e da Paixão, a Igreja coloca para todos os cristãos a personalidade de Judas,  o traidor de Jesus, entregando-o aos Seus algozes para, depois, ser preso e morto.
No Evangelho de hoje, Jesus levanta a voz e, dirigindo-se ao seu homem de confiança, diz: “Faça logo o que você tem de fazer”. Essas palavras devem ter soado nos ouvidos e no coração de Judas quase como uma obrigação, e ele saiu correndo, como se tivesse medo e vergonha da própria sombra, porque teve consciência, naquele momento, de que o Mestre sabia de seus planos e de sua traição. No entanto, não voltou atrás. Que pena!
Muita gente quis ver, nesse fato, uma espécie de “predeterminação”, como se Judas tivesse sido escolhido por Deus para ser o protagonista de um ato infame, mas necessário.
Necessário por ser a hora da manifestação plena do amor de Jesus, até o fim, sem recuar diante das ameaças que pairavam sobre Ele. É a plena manifestação de Sua divindade e eternidade.
Voltando ao caso Judas, diríamos que, na realidade, não era necessária sua atitude, pois Jesus podia ter sido descoberto e preso de outro modo. Se Judas, apesar de ser discípulo de Jesus e de ouvir, todos os dias, Seus ensinamentos, chegou a esse ato de traição, é porque tinha tendências e personalidade de traidor, tendências que nascem da ambição, da inveja, do egoísmo, da falsidade e falta de amor. O mais triste é que se tratava de uma pessoa íntima, porque, como disse o evangelista, ele “comia no mesmo prato do Mestre”. O nosso modo de comer difere do modo de comer dos judeus.
Era costume deles colocar, no centro da mesa, bandejas com comida, das quais cada um ia se servindo; em geral, com os dedos, com a mão. Costume que vigora ainda entre muitos povos. Judas pertencia aos amigos íntimos de Jesus. E isso é o que causa mais estranheza e tristeza.
Que essas considerações sirvam de alerta para nós, que pensamos estar livres de uma traição só pelo fato de sermos pessoas da Igreja e de comunhão frequente. Onde não existe amor verdadeiro tudo é possível.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 26/03/2013

Oração Final
Pai Santo, permite que sejamos capazes do exame de consciência sincero, para reconhecer as nossas virtudes, que são dons da tua Graça, mas também o nosso pecado, face escura da caminhada, para iluminá-la com a luz do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, permite que sejamos capazes do exame de consciência sincero, para reconhecer as nossas pequenas virtudes, que são todas elas dons da tua Graça, mas também o nosso pecado, face escura da caminhada, para iluminá-la com a luz do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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