terça-feira, 25 de junho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/06/2019

ANO C


Mt 7,6.12-14

Comentário do Evangelho

O amor ao próximo que, unido ao amor de Deus, e precedido por ele, é a plenitude de toda a Escritura.

À primeira vista, as palavras de Jesus parecem enigmáticas. Os cães são para o Salmo 22 símbolo dos inimigos do justo (Sl 22[21],17); os porcos, símbolo dos pagãos; assim eram chamados os romanos. Trata-se de não profanar o que é santo e agir com discernimento e prudência. Por causa de sua fé é que os cristãos foram perseguidos.
A regra de ouro (v. 12) é conhecida tanto no universo bíblico como extrabíblico. Trata-se de uma regra de solidariedade (ver: Eclo 31,15). A regra de ouro pode ser considerada uma variante do amor ao próximo que, unido ao amor de Deus, e precedido por ele, é a plenitude de toda a Escritura.
Os versículos 13 e 14 utilizam a imagem tradicional dos dois caminhos (ver, por exemplo: Pr 4,10-19). “Entrai pela porta estreita…” (v. 13). De que porta se trata? É a própria mensagem de Jesus que deve ser posta em prática pelos discípulos. Jesus mesmo, toda a sua existência, é o caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6); ele é igualmente a porta: “Eu sou a porta das ovelhas […] quem entra por mim será salvo” (Jo 10,7.9).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.
Fonte: Paulinas em 25/06/2013

Vivendo a Palavra

Mergulhamos nas águas profundas do Sermão da Montanha. Aprendemos a sobriedade no falar e a coragem na escolha do caminho. Fazer ao irmão aquilo que gostaríamos que ele nos fizesse é, muitas vezes, uma porta estreita ou um caminho áspero, mas Jesus promete: esta é a estrada para o Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre ensina que as coisas sagradas devem ser respeitadas. Nós não podemos nos utilizar delas para obter lucro financeiro ou para a promoção pessoal. Isto seria atirar pérolas a porcos. Seguir Jesus é entrar pela porta estreita da Justiça e seguir vida afora pelo caminho (às vezes difícil e áspero) da Fraternidade.

Reflexão

Hoje em dia, fala-se muito da questão da inculturação. É inculturação do anúncio, da liturgia e assim por diante. De fato, a inculturação é necessária para que todos possam viver os valores do Reino de Deus. Mas o Evangelho de hoje nos faz uma grave advertência: não atireis vossas pérolas aos porcos. É claro que devemos valorizar todas as formas e expressões de uma cultura e reconhecer os grandes valores que estão presentes na cultura e que expressam os valores evangélicos, mas inculturar o Evangelho não significa submete-lo aos valores culturais, pois a cultura tende a ver o Evangelho de uma forma ideológica e a usar as suas palavras sem os critérios do Reino, pisando nelas e voltando-se contra nós.
Fonte: CNBB em 25/06/2013

Reflexão

Não é prudente falar de Deus e do seu projeto de vida e libertação a pessoas que se julgam autossuficientes, que desprezam a religião e seus símbolos sagrados. Seria desperdício total. As coisas sagradas, dentre elas a Palavra de Deus, devem ser oferecidas a quem tem o coração aberto para acolhê-las com respeito. Jesus retoma a máxima chamada “regra de ouro”. Coloca-a em chave positiva: fazer aos outros o que desejaríamos que nos fizessem. Para praticar essa norma em todos os momentos, temos de prestar atenção à realidade do outro, colocar-nos no seu lugar, enfim, sair de nós mesmos. A caridade aqui é entendida como atitude de amor sem limite, sem esperar retribuição. Isso faz parte do “caminho estreito” pelo qual se supera o egoísmo e se alcança a salvação.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

O que faço com a pérola da Palavra de Deus? - Sei falar das coisas de Deus sem ser inconveniente? - Lembro-me sempre que mais que as palavras, é o exemplo que arrasta? - Sei me policiar procurando fazer aos outros o que quero que façam a mim? - Faço-me presente quando precisam de mim ou fujo das ocasiões deixando tudo para os outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 25/06/2013

Meditando o evangelho

A CAUTELA PASTORAL

Soa enigmática a orientação de Jesus aos discípulos: não dar aos cães as coisas sagradas, nem jogar pérolas aos porcos. A que estaria se referindo?
As palavras do Mestre exortam a cautela no trabalho pastoral. Era uma forma de precaver os missionários contra a ingenuidade de partilhar a mensagem do Reino com gente despreparada para recebê-la, ou pior ainda, avessa ao Reino e a seus mensageiros. Seria um trabalho inútil, com o risco de provocar um reação violenta.
Esta norma pastoral de Jesus pressupõe um mínimo de boa vontade e de abertura por parte de quem é evangelizado. É inútil querer levar alguém a converter-se ao Reino, contra a sua vontade. Será pura perda de tempo! A Palavra só produz frutos no coração de quem a recebe com liberdade e alegria. Seria fazer mau uso dessa Palavra querer forçar alguém a acolhê-la. Jesus entrevê até mesmo um risco para a vida do apóstolo, ao dizer que os porcos poderiam voltar-se contra ele e despedaçá-lo.  Não valeria a pena correr tal risco!
A experiência missionária de Jesus ofereceu-lhe as bases para chegar a esta conclusão. Ao longo de seu ministério, ele se deparou com pessoas absolutamente refratárias à sua mensagem, numa evidente atitude hostil. Por isso, não nutria a ilusão de poder convertê-las. As coisas santas e as pérolas teriam destinatários melhores.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A REGRA DE OURO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus estabeleceu uma regra preciosa para o trato mútuo entre os discípulos do Reino. Cada um deveria fazer para o outro tudo quanto gostaria que o outro lhe fizesse. É o desafio de dar aquilo o que se gostaria de receber.
Esse princípio tem conseqüências bem práticas. O discípulo faz o bem ao próximo independentemente de retribuição, agindo com um amor gratuito e de qualidade. Ele dá o melhor de si. Procura sempre formas novas de fazer o bem. Não mede esforços quando se trata de ser útil ao irmão. É sempre solícito e serviçal. Tudo isso porque gostaria de ser tratado assim. Não lhe importa o reconhecimento alheio. Esta é sua opção de vida.
Toda Lei e os Profetas, ou seja, toda a Escritura, se resumem nesta regra de ouro do comportamento do discípulo. Não é preciso ir além dela, se se pretende viver um amor entranhado a Deus e ao próximo. O amor a Deus está aí presente porque, a opção do discípulo é uma opção de fé. Ele age assim porque acredita no Senhor e sabe que sua ação é um caminho para o Pai. Por outro lado, este modo de agir só tem sentido quando se transforma em manifestação de amor ao próximo. O trato cordial e amigo, em última análise, não se baseia na lei da retribuição nem acontece por mera formalidade. Ele é sinal do bem desejado ao outro e da solidariedade que sua presença desperta.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a fazer a todos o bem que eu gostaria que me fizessem, como forma de expressar minha fé em ti.
Fonte: NPD Brasil em 25/06/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Caridade nos abre para as Coisas Santas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho há frases meio soltas como por exemplo, a afirmativa inicial de “Não se dar pérolas aos porcos”.De repente o ensinamento vai na direção da nossa relação com as pessoas e fecha, falando sobre a tal de porta estreita e a larga. Será que há um Fio condutor nesses assuntos abordados por Jesus? Vejamos...
A disponibilidade para a prática da virtude da caridade para com o nosso próximo, garante em nosso coração e em nossa Vida Cristã o acolhimento das “Coisas Sagradas” que nada mais são do que os ensinamentos da Santa Palavra. O Amor e a caridade, por si mesma, sempre busca o aprimoramento que vem da Palavra de Deus. Se o ouvinte não pratica essa virtude da Caridade, o seu coração jamais estará aberto á Santa Palavra e nesse caso, anunciar a Boa Nova é um verdadeiro desperdício da Coisa Sagrada.
Autoestima e amor próprio são coisas também importantes, afinal, nosso corpo não é coisa impura e má, como se pensou e se pregou no passado, mas sim há nele a dignidade de ser templo do Deus Vivo. Portanto, a caridade verdadeira consiste em dispensarmos ao próximo essa mesma dedicação que temos por nós próprios.
Daí decorre a consciência da nossa fraqueza e a nossa total dependência da Graça de Deus, é a tal porta estreita, porque o mundo nos educa á sermos prepotentes, buscadores insaciáveis dos prazeres que o mundo oferece, e a pós modernidade quer distância da cruz e do sofrimento, preferindo a largueza do prazer saciado. Entrar pela porta estreita é aceitar fazer essa desafiadora peregrinação pelas estradas dessa Vida, se fazendo pequeno no serviço aos irmãos e irmãs que caminham conosco, pois quem vive inchado de orgulho e prepotência, e não está acostumado a servir mas só a ser servido, não vai conseguir passar pela porta estreita.

2. Estreita é a porta que leva à vida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Evangelho nos diz para não darmos o que é santo aos cães nem dar pérolas aos porcos. Não lhes servem e não vão entender. Poderão até pisá-las e nos atacar. A regra de ouro do comportamento social consiste em fazer aos outros o que quero que seja feito a mim. Este é o resumo de toda a Bíblia. A porta da perdição é larga. A porta da salvação é estreita. O caminho da perdição é espaçoso, o que leva à vida é estreito. Quem o encontra? Parece que não são muitos. Hoje se propõe caminho fácil para tudo. O que exige algum esforço é considerado retrógado e retorno ao passado. Necessidades afetivas, casais do mesmo sexo, aborto em casos de estupro e muitas outras questões que pairam no ar da cultura contemporânea necessitam de reflexão séria e busca de encaminhamentos e soluções que exigem esforço. Há aqui um caminho estreito a ser percorrido, que não é feito de soluções permissivas. Tanto faz, não vamos voltar ao passado, é preciso ser atual, somos seres livres, é preciso evoluir, são afirmações que se assemelham a pérolas dadas a porcos, a caminho largo que leva à perdição. Espero que se faça o melhor para mim quando eu estiver perdido em alguma situação humana que não possa ser resolvida com frases de efeito. O que quero para mim, quero para os outros.

HOMILIA DIÁRIA

Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor

Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor, ter discernimento para sabermos a hora, o momento e a quem nos dirigiremos com a Palavra de Deus e com as coisas santas que dizem a respeito a Ele.
Que coisa maravilhosa o Evangelho de hoje! Ele está nos chamando à atenção para não darmos aos cães as coisas santas nem atirarmos as nossas pérolas aos porcos. Os cães não sabem o que é uma coisa santa, e os porcos não sabem dar valor às pérolas. Para os porcos, pérolas e lavagem são a mesma coisa. Isso nos mostra que não devemos gastar nossas energias, nosso ardor, para anunciar o Reino de Deus, as coisas d’Ele para quem vai menosprezá-las, caçoar delas e nos ridicularizar com aquilo que estamos levando a eles.
Eu sei que, dentro de nós, muitas vezes, existe um ímpeto de querer evangelizar, anunciar o Senhor a outras pessoas. Mas para anunciar, pregar existe o tempo, a hora e o momento certo.
É obvio que devemos anunciar e pregar a Palavra no tempo oportuno e inoportuno, mas o que não podemos, de forma nenhuma, é desperdiçarmos o Evangelho de Cristo com quem somente o despreza e pisa em cima. Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor, ter discernimento para sabermos a hora, o momento e a quem nos dirigiremos com a Palavra de Deus e com as coisas santas que dizem a respeito a Ele.
Respeitar as coisas santas é saber o momento e a hora certa de evangelizar. Nós entramos pela porta estreita, passamos pela porta apertada, mas precisamos encontrar brechas para, ali, anunciar o Evangelho. Esse é o caminho que nos salva, e não é porta larga, onde tudo pode, onde tudo é permitido, onde não existem leis nem limites.
Que nós vivamos as diretrizes, guiados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 25/06/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a enxergar nosso irmão, cuidar de suas dores e partilhar generosamente com ele os nossos dons. Que sejamos testemunhas do teu inefável Amor e da certeza de que já caminhas conosco rumo ao teu Reino para o abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH 25/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a preguiça e a covardia nos tentam para ficarmos acomodados em nossa zona de conforto, esquecendo-nos das lições do Evangelho. Ajuda-nos, amado Pai, a ouvir o Cristo, teu Filho que se fez nosso irmão em Jesus de Nazaré! Ele nos convida a viver fraternalmente com todos os companheiros que colocaste perto de nós pelos caminhos desta terra abençoada que nos confiaste para ser conservada, usufruída e partilhada.

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